Mísseis MSS 1.2 AC são lançados com sucesso durante preparação para a avaliação do Lote Piloto

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Míssil Anticarro MSS 1.2 AC

Míssil Anticarro MSS 1.2 AC

Mísseis MSS 1.2 AC

Lote-piloto de Mísseis MSS 1.2 AC, fornecido pela Odebrecht Defesa e Tecnologia/Mectron ao Exército está sendo avaliado ao longo de 2015

Dois bem sucedidos lançamentos, realizados em 05 de maio e 01 de julho de 2015, no Centro de Avaliações do Exército – CAEx, em Guaratiba/RJ, deram continuidade à preparação para o processo de avaliação do lote-piloto do Sistema de Armas Míssil Superfície-Superfície Anticarro MSS 1.2 AC entregue em 2013 e 2014 ao Exército Brasileiro pela Mectron, empresa controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia.

Equipes técnicas do CTEx – Centro Tecnológico do Exército e da Mectron realizaram os lançamentos e obtiveram dados para, dentre outros aspectos técnicos/operacionais, avaliação dos novos giroscópios desenvolvidos e fabricados em 2015 para atualização dos mísseis.

Ambos lançamentos foram realizados contra alvos fixos posicionados a uma distância de 1.500 metros. Os disparos foram “remotos”, ou seja, sem a presença de um atirador, na medida em que um dos aspectos técnicos que estava em avaliação era a rigidez mecânica do sistema e a confiabilidade dos novos giroscópios.

O sucesso alcançado nestes lançamentos ratifica o trabalho do CTEx e da Mectron na preparação para a primeira fase da avaliação do lote piloto, a ser realizada até o final do ano, incluindo lançamentos de vários mísseis contra alvos em diferentes condições de condicionamento e emprego.

O MSS 1.2 AC é um sistema de armas para lançamento de míssil superfície-superfície, anticarro, de médio alcance, guiado a laser, para uso por tropas em solo ou embarcado em viaturas. É composto pela munição (míssil e tubo lançador) acoplada a uma unidade de tiro para mira e disparo, resultando em um sistema leve, de fácil transporte e rápida entrada/saída de posição. Sua guiagem do tipo “beam-rider” é altamente imune a contramedidas e seu sistema de propulsão, que não deixa rastro de fumaça, proporciona segurança ao atirador evitando que sua posição de tiro seja identificada.

Além de munições e unidades de tiro, também foram entregues ao Exército equipamentos de teste e simuladores para treinamento de atiradores.

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação

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Vader
9 anos atrás

Caras, não é desfazendo não, e careço de maiores informações.

Mas para um velho infante como eu que já achava o Javelin grande e pesado demais, esse míssil AC me parece enorme e pesado.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Vader,
Lembrando que o MSS 1.2 é um míssil de infantaria, mas classificado como médio.
Nunca foi pretensão dele ser um míssil leve.
Como você sabe há 3 categorias, que são relativos a portabilidade: leve, médio e pesado.
O leve e o médio podem ser levados pela infantaria ou por veículos. O pesado é exclusivamente veicular e helitransportado.
Nas Forças Armadas Brasileiras temos:
Leve: Erix
Médio: Milan 2, Bill, MSS 1.2
Pesado: Ataka (levado pelo Mi-35)

Só de curiosidade, o Ocidente em geral adota os mísseis leves ou médios em veículos, deixando os “pesados” só para uso em helicópteros, enquanto os russos instalam também os pesados nos veículos (daí terem que adotar a recarga automática, procedimento não adotado no Ocidente).
Essa prática dá sinais de estar mudando já que,por exemplo, o Hellfire tem sido instalado em alguns veículos, mas tudo ainda muito rudimentar e sem escala, não sendo adotado como equipamento padrão.
Um abraço e desculpe o off-topic.

Vader
9 anos atrás

Boscão, é que eu fico pensando no pobre do infante fazendo uma marcha para o combate e tendo que carregar um treco desse peso e tamanho para ser usado, senão na Ofensiva, na Defensiva que se seguirá.

Pô, pra um infante armado e equipado, já carregando quase 40kg, já era um porre ter que carregar a AT-4.

Matheus Augusto
Matheus Augusto
9 anos atrás

Que boa notícia, espero que comecem a produzir em massa logo, pode não ser o melhor míssil AT do mundo mas pra quem não tem quase nada, qualquer coisa é bem vinda, a atual capacidade anti-tanque e anti-blindado da nossa infantaria é extremamente baixa.

Bom dia a todos !

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Vader,
Mas ele vai desmontado! Precisa de pelo menos três infantes pra transporte, igual o Milan ou o Bill, já usados pelo Brasil, que vão desmontados.
O Milan pesa completo (sem visor noturno) 37 kg com 2000 m de alcance. O Bill pesa 39 kg. (também sem visor noturno) também com 2000 m.
O MSS 1.2 pesa 51 kg completo (sem visor noturno), mas é dito que tem alcance de 3000 m.
Só o Erix é que pesa menos de 20 kg, mas tem alcance limitado a 600 m.

Pra comparação, o míssil leve americano Javelin pesa 23 kg pronto pra disparo (2500 m/4750 m).
O TOW precisa de 4 pra carregar e pesa completo 110 kg (4500 m).
O Spike MR pesa 28 kg e alcance de 2500 m.

O TOW é pesado, mas como ele foi desenvolvido pra substituir o canhão sem recuo M40 que pesa 220 kg e tem alcance de 300 m contra alvos móveis e 1000 m contra alvos fixos, vale a pena.
O MSS 1.2 vai nessa mesma linha.
Um abraço.

Felipe Morais
Felipe Morais
9 anos atrás

Prezado Bosco, qual é mais ou menos o tempo de montagem desses sistemas? E quanto homens são necessários para montá-lo?
Penso que, em um TO quente, sem proteção de edificações, é complicado para o(s) soldado(s) montarem esses lançadores.

E em locais com muitas edificações, é inviável um sistemas desses se não em locais mais altos ou em linha reta. Estou equivocado?

Att

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Felipe,
Não sei ao certo, mas são poucos minutos, já que é só conectar alguns poucos elementos (pedestal, visor, bateria, tubo com míssil, visor noturno).
Pelo tanto de alças que tem no topo do tubo lançador do MSS 1.2 ele idealmente deve ser carregado por mais de um homem.
No frigir dos ovos o MSS 1.2, em termos de portabilidade, é da mesma classe de uma metralhadora pesada ponto 50 (M2) ou de um morteiro 81 mm, uma arma de uso coletivo.
Em relação ao posicionamento dos mísseis, sem dúvida deve ser escolhido o local mais próximo do ideal para a instalação dos lançadores, que precisam estar em locais ao ar livre já que não foram feitos para disparo em ambiente confinado e precisam ter um amplo campo de tiro pela frente, onde os blindados irão passar.
Em alguns casos o lançador pode ser montado numa posição mais protegida e ser movimentado já em posição de disparo por um ou dois infantes, até uma posição de tiro, como ocorre com a metralhadora M2.
Há vídeos no YouTube com mostra o Bill sendo carregado por dois homens. Não raro o Milan também é carregado já armado.
Um abraço!

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Ah! São necessários três ou quatro homens para carregar, montar e lançar o MSS 1.2.
Claro, mais seriam necessários para levar mísseis adicionais.
O ideal desse sistema é ser levado por uma viatura. No caso poderá estar montado e operando a partir dela e opcionalmente ser “desembarcado” para operar no chão sobre um pedestal (tripé).
Um Marruá com um lançador montado poderia levar tranquilamente 4 mísseis.

Felipe Morais
Felipe Morais
9 anos atrás

Muito obrigado pelos esclarecimentos Bosco.
Imaginei que a logística fosse mais complicada.

Joker
9 anos atrás

Sera q poderia ser montado sobre um vbtp-mr ou vbtp-lr?

Melky Cavalcante
Melky Cavalcante
9 anos atrás

Bosco, como ele é guiado a laser é possível se usar a tática de um sistema iluminar o alvo enquanto outro realiza o disparo de uma posição diferente ?

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Melky,
Pra esse tipo de guiamento laser não. Ele usa o sistema beam rider e não o sistema “semi-ativo”.
Esse sistema obriga que o míssil seja vinculado ao lançador visto que ele “cavalga” o feixe laser.
Interessante que só mísseis ditos pesados (Hellfire, Mokopa, etc) usam o sistema de laser semi-ativo. O único míssil antitanque de infantaria que o utiliza é o japonês Type 87.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Já o sistema “laser beam riding” do MSS-1.2 é bem popular tendo sido usado por russos, sul-africanos, israelenses, chineses e bielorrussos.
Os mísseis que usam o sistema são: Kornet, Vikhr, Kryzantema, Ingwe, MAPATS, Shershen e HJ-9.
E ainda tem os mísseis lançados por canhão de tanque, como o russo Sniper, ucraniano Kombat e o Falarick belga.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

E embora não seja um míssil anti-tanque, ainda tem o LMM britânico, um pequeno míssil tático multi-função que vai na mesma tendência dos foguetes guiados.
Os antiaéreos são: RBS-70, Starstreak, Starbust e ADATS.
O ADATS é um extra-série e pode muito bem ser incluído em qualquer categoria já que ele é igualmente capaz tanto na função antiaérea quanto na antitanque.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Joker,
Ainda não tem nada oficial acerca do alcance desse sistema ser de 3 km. O mais certo é que fique na casa de 2,5 km.
Eu pessoalmente acho que mesmo que se confirme o alcance de 3 km é pouco para que possa ser usado como míssil de um veículo blindado caça-tanques dedicado, mas nada impede que seja usado num veículo utilitário como o Marruá ou mesmo que seja adotado como arma secundária dos veículos mencionados (VBTP-MR e LR).
Idealmente um veículo caça-tanques armado com míssil deveria ser dotado com um míssil com alcance de pelo menos 4 km, como no caso dos sistemas russos, americanos, europeus, chineses, sul-africanos, etc. mas eventualmente existem mísseis de infantaria, de menor alcance, implantados em veículos de combate, tais como o Milan, o Javelin e o Bill 2, que são usados como armamento secundário, mas não são usados em veículos antitanque dedicados, que no caso usam mísseis como o TOW, HOT, Kornet, Khryzantema, Spiral, Ingwe, HJ-9, etc.
Ou seja, pelo menos pra mim a resposta é sim e não. rsrsrs
“Sim” porque pode ser instalado ao lado do canhão de 30 mm do VBTP-MR, por exemplo, e “não” porque não tem desempenho que o habilite a ser um míssil antitanque veicular.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Em 2011 o amigo Gerson Victório publicou na sua página no Youtube, um vídeo que o CTEx produziu sobre os lançamentos de teste do MSS 1.2 II.

https://www.youtube.com/watch?v=bPfY_SlcFd4&feature=youtu.be

wwolf22
wwolf22
9 anos atrás

quais ogivas serão utilizadas ??

Pedro
Pedro
9 anos atrás

Olá senhores! Mestre Bosco mesmo sendo uma tecnologia antiga, o guiamento por feixe de laser não é de toda ruim! Explico: O míssil trava no alvo por sistema ótico passivo do visor do atirador e este guia o míssil sem precisar iluminar o alvo! Como os modernos blindados têm sensores de iluminação que literalmente enchem de fumaça negra envolta do blindado, portanto um sistema de guiamento ativo é mais fácil de detectar que os clássicos (não arcaicos) orientação por cabo e feixe de laser! Acho que esse deve ser um motivo que o TOW continua ate hoje mesmo no US Forces.
Mestre Bosco será que o infante do futuro não terá vários desses equipamentos óticos dispensando o peso desses nas armas?
Saudações à turma e aos mestres!

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Pedro,
Eu sempre acreditei que o laser de baixa potência do sistema “laser beam riding” fosse mais discreto e quase impossível de ser detectado, até o dia que o Oganza sacou que se o míssil consegue detectá-lo e seguir sua “trilha” muito mais capaz seria um sistema de defesa de um carro de combate.
Também não acredito muito nessa tática de apontar a mira (e o feixe laser) de um míssil com orientação “laser beam riding” para um ponto próximo ao alvo para que o feixe laser não sensibilize os detectores de um sistema de defesa até um momento antes do impacto, onde a mira é colocada sobre o alvo, reduzindo o tempo de reação do carro de combate.
Mísseis antitanques de infantaria são pouco manobráveis e o tempo de corrida do lançamento ao alvo é curto. Não creio que dá pra fazer isso. Até onde eu sei um míssil guiado por CLOS ou LBR deve ser direcionado ao alvo desde o início sob pena dele não conseguir se por em curso novamente. Duvido muito que essa manobra tenha sido prevista no software do sistema desses mísseis.
Já em relação a um míssil antitanque pesado com orientação laser semiativo como o Hellfire ou o Maverick eu acho mais viável tendo em vista que eles usam uma variação dessa tática que é a de manter o laser designador desligado e só ativá-lo nos últimos segundos da corrida do míssil. Inclusive esse míssil consegue atingir alvos na superfície em alta velocidade (mais de 100 km/h), o que um míssil que segue a linha de visada não consegue fazer.
Fato é que esse sistema para mísseis antitanques não teve muita aceitação no Ocidente, sendo usado só pelos sul-africanos e israelenses (ambos sem muita aceitação) e isso se deve em parte ao laser poder ser detectado.
Tanto os EUA quanto a Europa teve programas de desenvolvimento desse tipo de míssil que foram cancelados. Os EUA teve um míssil guiado por LBR no programa AAWS-M que teve como ganhador o Javelin. A Europa desenvolveu o Trigat-MR que foi cancelado em proveito do Milan-ER (guiado por fio. E por fim teve o MAF italiano, que redundou no MSS-1.2.

Quanto ao infante do futuro, também acho que a mira do rifle ou mesmo do capacete irá substituir a mira de uma unidade de lançamento de míssil.
Nada impede inclusive que um mini míssil seja lançado verticalmente das costas de um infante e seja designado pela mira do capacete.
Um abraço!

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
9 anos atrás

Bosco…

Falando em ATGM, o Estado Islamico continua fazendo vitimas com os seus… Agora foi um M60

http://defence-blog.com/?p=6917

roubrdario diniz valerio
roubrdario diniz valerio
9 anos atrás

Dêm espaço para um cara que a unica frustação que teve na vida ao longo de 67 anos é a de não ter servido ao exercito: a arma é otima. È nossa, criada e fabricada por brasileiros a serviço do Brasil.