Brasil e Estados Unidos desenvolverão projeto na área de defesa
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, participou hoje (29/06/2015), em Washington, de reunião de trabalho com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, no Pentágono. A principal decisão foi a de desenvolver um projeto de defesa conjunto entre Brasil e Estados Unidos, que inclui parceria tecnológica, a associação entre as empresas brasileiras e norte-americanas e a busca de novos mercados.
Wagner e Carter aproveitaram a oportunidade da vigência dos dois acordos bilaterais nas áreas de defesa e de proteção de informações militares sigilosas promulgados na semana passada pelo Congresso Nacional para dinamizar a cooperação entre os dois países. Os acordos foram assinados em 2010 e dependiam da aprovação do legislativo brasileiro.
“Inauguramos hoje uma nova fase nas relações bilaterais na área de Defesa. Com os dois acordos em vigor traçamos uma agenda positiva de avanços na cooperação militar e tecnológica entre os dois países”, afirmou o ministro Jaques Wagner.
Ao final da reunião, o ministro Wagner convidou Carter para visitar o Brasil, e como resposta, o secretário comprometeu-se em definir uma data.
Acordos
O ministro Jaques Wagner, que muito se esforçou junto ao Congresso Nacional para que os acordos fossem aprovados antes da chegada da presidenta Dilma Rousseff aos EUA, discutiu com Carter várias ações conjuntas previstas para a execução dos documentos.
O Acordo Bilateral sobre Cooperação em Matéria de Defesa (Defense Cooperation Agreement – DCA) permitirá a realização de treinamentos conjuntos, cursos e estágios, e facilitará as negociações comerciais de equipamentos e armamentos.
Já o Acordo sobre Proteção de Informações Militares Sigilosas (GSOMIA), que cria um quadro jurídico para a troca de informações militares sigilosas de maneira mais segura, possibilitará ao governo brasileiro avançar no intercâmbio de tecnologia, sem risco do repasse informações confidenciais para terceiros.
“Com certeza a aprovação dos dois acordos está contribuindo, significativamente, para o processo de ‘confidence building’ ou construção de confiança mútua necessária para o aprofundamento das relações bilaterais na área de defesa”, disse Wagner.
De acordo com a Exposição de Motivos nº 00287/2015, assinada pelos ministros Jaques Wagner e Sérgio Danese (Relações Exteriores – interino), o acordo sobre sigilo de informações militares “poderá impulsionar parcerias comerciais e industriais, tendo em conta o sigilo e a proteção das informações militares contidas em contratos”.
Vale ressaltar que o instrumento não deverá prejudicar a legislação nacional de ambos os países em relação ao direito dos indivíduos de obter acesso a documentos públicos ou informações de caráter público, à proteção dos dados pessoais ou à proteção de informações classificadas.
Para Wagner, o restabelecimento do diálogo é algo positivo e relevante também para a indústria de defesa que poderá explorar de forma sistemática as possibilidades de cooperação entre empresas brasileiras e norte-americanas. O setor de defesa brasileiro poderá contribuir significativamente para equilibrar a balança comercial entre os dois países.
Em 2014, os Estados Unidos exportaram um volume total de US$ 42,4 bilhões para o Brasil, deixando o país em 9º lugar na lista de destinos das exportações norte-americanas. O Brasil, por sua vez, exportou US$ 31,4 bilhões e ficou na 16ª posição da lista de países exportadores para aquele país.
Com o quadro jurídico e institucional estabelecido com a ratificação e vigência dos acordos DCA e GSOMIA, a visita do ministro brasileiro criou um ambiente ideal para a constituição de novas parcerias empresariais.
Agenda de Compromissos
Jaques Wagner iniciou sua agenda de compromissos nos Estados Unidos na sexta-feira (26), quando realizou encontro com empresários brasileiros e norte-americanos, na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, a convite do Brazil-U.S. Business Councill (Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos).
O ministro Wagner fez uma apresentação dos projetos brasileiros estratégicos e deixou claro o desejo do governo brasileiro em agilizar os processos bilaterais que estimulem uma maior parceria estratégica. A comitiva de 17 empresários contou com a liderança do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Sami Hassuani.
Ainda na sexta-feira, na Casa do Soldado, o ministro presidiu a solenidade de passagem do cargo da Secretaria-Geral da Junta Interamericana de Defesa, do almirante Bento Costa Lima ao brigadeiro Maurício Ribeiro Gonçalves.
FONTE / FOTO: Ministério da Defesa (Assessoria de Comunicação Social – Ascom)
Semana passada foram protocolados dois requerimentos pelo Congresso acerca de informações dos rumores de instalação de uma base chinesa na Argentina.
Num futuro não muito distante talvez vejamos os Estados Unidos fazendo um papel em relação a nós equivalente ao que fizeram na Europa de setenta anos atras. Tomem nota. Espero estar errado.
Passou a hora de ficar em cima do muro, e esta ai sim é uma parceria que realmente vale a pena, não com Argentina, Venezuela, Bolívia, Paraguai etc…ou pior, com os chineses.
Ahahahaha, ou seja, os EUA desenvolverão tecnologia e darão algum dinheiro e algumas migalhas desta para nós em troca da força de trabalho.
País que não investe em tecnologia tem mais é que ir pedir benção mesmo. Pelo menos pede a quem manja do riscado, não a russo, chinês, etc., que só sabe espionar e copiar.
Nada como ver o governo do PT se rendendo à lógica dos fatos e à evidência, pondo o discurso antiamericanalha que defendeu por 40 anos de lado, e indo beijar a mão “dus gringu” em troca de migalhas das mesas deles.
Esses gringos tem uma paciência maior que o mundo…
Estão de mãos dadas?
“An alliance with the powerful is never to be trusted”
Phaedrus
Eu já estava sentindo falta dos comentários dos queridos Colombelli e Vader! 😉
Seguindo o Aldo: estavam de mãos dadas?! Iguaizinho!
Nada como um dia após o outro.
Contente de saber que os americanos não estão dormindo e irão lutar pela principal gema da coroa.
Cedo ou tarde, à medida que o apetite dos Qin aumentar, ouso afirmar teremos que ter uma base norte-americana aqui.
No começo fui contra. Mas sabendo o modus operandi dos Qin e a visão imperial de mundo que eles possuem (e que a esquerda não dá uma palavrinha sequer), penso não ser uma má idéia.
Rafael, desculpe a minha ignorância, mas, o que é Qin?
A dinastia Qin foi a que unificou a China, dando-lhe inclusive o nome (etimologicamente, “China” deriva de “Qin”)
Muitíssimo obrigado. É um prazer encontrar alguém que conhece história.
Sera que o Brasil acordou para a realidade dos fatos, ou foi empurrado para o colo do Tio Sam por questoes de sobrevivencia?
Definitivamente, a futura base de foguetes (Misseis???), chineses na Argentina deve ter incentivado a Washington e Brasilia, a formalizarem um tratado de cooperacao militar, com implicacoes extrategicas e geopolitcas para a regiao.
Os EUA e o unico pais que pode enfrentar e conter a invasao chinesa no continente sul Americano, e o Brasil tem um papel importante neste tabuleiro de xadrez.
Se os chineses tentarem instalar ICBMs. ou IRBMs. na Argentina, vamos ter uma nova crise semelhante ao que aconteceu em Cuba em 1962.
tadeumar, você acha possível que o governo atual com seus compromissos com a esquerda, irá fazer algo contra a China?
Eu sinceramente não acredito.
E o famoso Forum São Paulo? Não está em vigor? Socialismo/comunismo über alles?
tadeumar
1 de julho de 2015 at 12:52
Sera que o Brasil acordou para a realidade dos fatos, ou foi empurrado para o colo do Tio Sam por questoes de sobrevivencia?
Os dois, provavelmente.
Penso que esse é o momento inclusive para o país começar a rever sua política nuclear. Se não for para produzir sua própria nuke, pelo menos manter IRBM’s/ICBM’s norte-americanos por aqui.
Estamos fora do alcance de ICBM’s chineses lançados do próprio território. E mandar um SSBN para o Pacífico para colocar o Brasil dentro do alcance de nukes chinesas é uma empreitada arriscada, pois haverá um SSN ianque pronto para mandá-lo para a patrulha eterna.
Muito mais barato e seguro fazer acordo com um governo bananeiro – sob o disfarce de “Base de Foguetes”.
Não me parece que as ambições chinesas na AL envolvam antagonizar os EUA e muito menos fazer de seu território base de misseis ICBM.
O que há é que a China tem praticamente 1,5 bilhão de bocas pra alimentar. Precisa de alimentos, combustível e minério.
A África é uma alternativa, mas é instável e politicamente volátil. Afora isso, tem larga influência européia nas suas antigas colônias. De qualquer sorte, ali estão obtendo minérios. Mas é aqui que esta o espaço aberto e desprotegido.
Aqui eles tem como interesse a maior extensão de terras agricultáveis do planeta e minério, especialmente ferro e terras raras.
A ideia deles é achar um país moribundo (Argentina) pra ser seu lacaio e sua porta de entrada. Certamente pensam em bases navais e quiçá militares, muito pouco provavelmente envolvendo misseis nucleares. Mas forças convencionais sim, por que não?
A ideia é obter o que precisam na base do toma lá dá cá ( favorável pra eles sempre), mas não duvidem que se for necessário e em situação crítica, podem, sim, valer-se da força e os “correntinos” são bem capazes de dar apoio, pois ao invés da inteligência são governados pelo ego megalômano que não aceita papel secundário a que foram relegados na AL ( vide Falklands Malvinas).
Os argentinos ainda ganham a atenção dos EUA com isso e podem lucrar alguma coisa, mas o presso será caro demais a médio e longo prazo, pois os chineses serão como um praga de gafanhotos e farão ali a mesma predação que fizeram na África.
Os chineses estão cooptando os argentinos com promessas (sempre falsas) de cooperação, e comprando vastas extensões de terras ali e no Peru por interpostas pessoas. Assim como os alemães fizeram o Drang nach osten em busca do Lebensraum, os chineses fazem a expansão para o oeste.
Temos urgentemente que nos aliar aos EUA e deixar nossa posição clara de antagonismo aos chineses. Inclusive porque antes de chegar a antagonizar com os EUA, o que já ocorre em certa medida, eles irão antagonizar com os nossos interesses de pais emergente, já que disputamos as mesmas áreas de influência. Só temos a lucrar com esta aproximação. A AL será o continente da disputa no futuro, assim como foi a Europa e Africa e depois Ásia, a se tempo
Desde há muito eu venho falando: não se iludam com estes elementos. Se um dia tivermos uma gerra no futuro, eles estarão de alguma forma do lado oposto.
E o comando do EB deve também repensar a movimentação de unidades do sul. Podem ter que voltar antes do que imaginam, assim como a Marinha deve reforçar o saliente nordestino e o sul.
Se vis pacen, parabellum.
A gente tá falando de China prá lá, China pra cá e estamos esquecendo da Índia. Que também possui mais de 1 bilhão de bocas para alimentar.
Olha a situação:
1 – Duas potências emergentes e antagônicas que concentram juntas mais de 1/3 da população mundial;
2 – Um país que é subpovoado (sim, o Brasil é subpovoado para o território que possui), com população jovem em declínio, e que possui:
– 22% das terras agricultáveis do planeta, sendo que apenas 14% é utilizada
– 12% das reservas mundiais de água doce, sendo que os outros 68% estão nos pólos
E eu já tive que ler de gente muito inteligente (sem ironia) que não precisamos de forças armadas, que deveríamos terceirizar nossa defesa para uma superpotência…
Eu acho que o Brasil poderia usar esse antagonismo China x Índia a seu favor de alguma forma. Embora a segunda também está caminhando – aos trancos e barrancos – para se tornar uma superpotência, não me parece possuir a mesma visão imperial que os chineses possuem.
Muito oportuna a observação do Colombelli com relação à distribuição de forças do EB – nos últimos dez anos, era clara a tendência de transferência de forças para o norte do país.
Mas, dependendo da distribuição das futuras bases chinesas (eles não farão bases apenas na Argentina), teremos de fato que redistribuir nossas forças para o Sul/Centro-Oeste – que é onde estão a maioria de nossas terras agricultáveis.
E, antes de mais nada, está na hora do governo começar a aumentar o percentual gasto com defesa.
Ah, e uma guerra não se ganha apenas no campo de batalha, mas também no campo diplomático.
E nesse campo, infelzimente o país deixou de adotar a velha linha pragmática que existia desde os tempos do Império para investir em uma linha ideológica da mais rastaquera.
Rafael M. F. , “Ah, e uma guerra não se ganha apenas no campo de batalha, mas também no campo diplomático.”
E, permissão para agregar, nos campos econômico -comercial- e da pesquisa!
Para colocar diante disso, temos apenas o A 12…
Não obstante uma população gigantesca, os indianos, ao contrário dos chineses, não tem um apostura agressiva.
Deveríamos buscar nos aliar a eles, não so pelo fato de que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”, mas pelo fato de que a India é um berço de talentos da engenharia e da matemática além de um campo de oportunidades pra nós.
Pelo fato de a India antagonizar com a China na Ásia, tê-la como aliada é importante. E os indianos não são traiçoeiros e predadores. Pode ser atrapalhados, mas muita coisa boa há lá.
No BRICS o que tem de útil pra nós é a a India e a África do Sul. A Russia enquanto estiver governada pelo oligofrênico Rasputin deve ser esquecida. Vive em devaneios. A China é o inimigo. E a África do Sul é negligenciada. A parceria do A Darter poderia ser apenas uma de muitas. A proposito, a Denel tem excelentes projetos de artilharia. Fica a dica.
Afora isso, esta na hora de o Brasil parar com esta besteira de “paz e amor” ( lembram do lulinha paz e amor), e começar a atuar como potencia regional, inclusive roncando grosso quando necessário.
Aquela mulher disse recentemente que o Brasil não pretendia usar o porrete na sua posição de lider regional. Se ela continuar nesta senda, logo o porrete estará dando da nossa cabeça, e manejado por um destes fracassados da AL, talvez até sem ajuda de uma potencia de fora. .
O mundo não é como comercial de margarina e nem como propaganda do governo petista, onde tudo é maravilhoso. O tempo urge e os incautos descobriram tarde de mais que a preparação não se faz da noite par ao dia. Muitos povos perderam territórios, história e honra por causa disso. Guerra não se faz com marqueteiros e mentiras. E como dizia um instrutor da ESA hoje comandante de um BIS: O inimigo é mau e ele existe.
Meus amigos, é de admirar em ver que, mesmo muitos tenham capacidade elevada de raciocínio e discernimento, ainda vemos diversos comentários mais baseados em questões politico-ideológicas, do que na realidade do mundo atual (ou histórico mesmo).
Antes de mais nada, em relações internacionais, não existe essa estorinha pra fazer criança dormir, “amigo bom” e “inimigo mau”, em relações entre países com diferenças tão distintas, o importante são os interesses comuns ($$$$$$$$$$$$$$) que possam ter, o resto é papo pra encher a cabeça de bobagens ideológicas. Coisa de gente que quer reviver a Guerra Fria. Capitalistas exploradores e Comunistas comedores de criancinhas.
Meus amigos, por favor!!!
Wellington, quem está se baseando em questões político-ideológicas é a diplomacia petista – cuja eminência parda é o asqueroso Marco Aurélio Garcia.
O trio Lula/Dilma/Marco Aurélio Garcia lançou a reputação sesquicentenária do Itamaraty na lama. Uma instituição que já teve nomes da estatura do Visconde de Rio Branco, Barão do Rio Branco e Osvaldo Aranha.
Um país que outrora fora árbitro em contenciosos internacionais hoje fica com a bunda na janela para republiquetas bananeiras como Bolívia e Venezuela.
E quanto à realidade do mundo atual: temos uma potência emergente com uma visão imperial de mundo, uma população gigantesca para alimentar, uma crescente marinha de guerra e ambições expansionistas que certamente gerará focos crescentes de tensão em médio prazo.
O mundo daqui a 20 anos será um lugar interessantíssimo – e perigoso.
E acredite, estamos no centro desse redemoinho. A principal causa das guerras do porvir será por água e terras férteis.
Que temos de sobra.
Otima sintese Rafael. Assino embaixo.
E ressalto que a guerra fria não está renascendo “na cabeça” de ninguem, está ai, no mundo empírico, com as desastradas ações de Putin criando nova escalada na Europa Oriental.
A ambição chinesa e o risco que ela representa só não vê quem não quer.
Eu nao acho nada improvavel que a China venha a instalar ICBMs. na Argentina.
Os ICBMs. chineses, se lancados da China e se por acaso consigam sobreviver estruturalmente a um re-entrada atmosferica; o maximo que vao alcancar e a California.
Mas se lancados desde territorio argentino, os ICBMs. atigiriam a densa e estrategica regiao nordeste americana, incluindo Washington D.C. em menos de trinta minutos.
Também acredito que as melhores opções para o Brasil estão em países que buscam o mesmo que nós. Índia, Africa do Sul no âmbito do BRICS e outros em menor nível como Austrália, Turquia e Chile. Além disso, acho que a Suécia ainda tem muito a nos oferecer. Deveríamos aproveitar o fator tempo que ainda temos por estarmos afastados do “centro” das tensões hoje, que é a Asia, Ucrania e o oriente médio. Se esperamos mais, lidaremos com a China instalada na America do sul e na costa Africana e os EUA buscando recuperar sua influencia. O Brasil sem pressão já faz muita besteira, imaginemos com dois gigantes batendo na porta.
Opa, vamos lá!!! Quando inauguramos a fábrica de peneus, parafusos e bancos??? Rsrsrs…
Acho que os amigos não entenderam.
O Brasil não tem que se alinhar a ninguém, seja China, seja EUA, ou qualquer outro país de fora da região, independente da influência disto ou daquilo. O Brasil tem que mostrar, enfatizar e fincar sua posição, seja no cenário regional, ou extra-regional. Quando em questões mundiais, somente quando for de nosso interesse e ponto.
Concordo que esta estória, disseminada muito no período FHC (emprenhada por Bill Clinton) de que o Brasil poderia fazer influência com Soft Power, é papo pra boi dormir. Isto foi levado a cabo pelo governo Lula também (Lulinha paz e amor), mas agora evidencia que existe um limite, ou seja, o soft power só acontece de fato, quando o hard power lhe dar apoio. Resumindo, o Brasil tem que parar com a estória de muito papinho e começar a investir em poder de fato.
E é dai que eu tiro as minhas conclusões de que, não será se alinhando automaticamente aos EUA, ou à Europa, ou à China, ou a quem quer que seja, que iremos conseguir as dois tipos de poderes. Temos é que pensar em nós, nos nossos interesses e aproveitar o que cada ator global possa nos oferecer, sem com isso nos submetermos as suas vontades irrestritamente, como acontece com outros países.
Querem ser contra a bases chinesas no continente sul’americano?! Então que sejamos contra, também, às bases estadunidenses por aqui. Deixar um porque é “bonzinho” e ser contrário ao outro porque é “mauzinho”, no meu entender, é no mínimo ingenuidade (pra não dizer coisa pior).
No mais, sugiro aos amigos, já que citaram questões históricas, cavucar um pouco mais e tentarem fazer uma análise um pouco mais imparcial (e menos passional) dos fatos históricos tando dos EUA, quanto da China, além de outros atores globais.
Até mais!!! 😉
Wellington Góes
4 de julho de 2015 at 14:32
“Acho que os amigos não entenderam.
O Brasil não tem que se alinhar a ninguém, seja China, seja EUA, ou qualquer outro país de fora da região, independente da influência disto ou daquilo. O Brasil tem que mostrar, enfatizar e fincar sua posição, seja no cenário regional, ou extra-regional. Quando em questões mundiais, somente quando for de nosso interesse e ponto.”
O que você não está percebendo é que há uma potência emergente que em 10 anos irá se equiparar aos Estados Unidos em poder econômico e, dentro de 25 anos, provavelmente se equiparará em poder militar.
E que isso terá sérias implicações para a geopolítica mundial, uma vez que será um novo pólo de poder culturalmente antagônico ao ocidente, com consequências ainda imprevisíveis, principalmente para nós.
Repito: De um lado, 1,5 bilhão de bocas para alimentar. Do outro, 22% das terras aráveis do planeta. Tire suas conclusões.
E esse futuro pólo de poder não nos enxerga como parceiros. Seu único interesse é que sejamos fornecedores de matérias-primas para eles e consumidor de manufaturados deles.
E francamente, quem quer ser parceiro do Brasil não constrói base de “foguetes” na Argentina.
As próximas movimentações chinesas na AS vão nos mostrar mais claramente suas intenções.
“E é dai que eu tiro as minhas conclusões de que, não será se alinhando automaticamente aos EUA, ou à Europa, ou à China, ou a quem quer que seja, que iremos conseguir as dois tipos de poderes. Temos é que pensar em nós, nos nossos interesses e aproveitar o que cada ator global possa nos oferecer, sem com isso nos submetermos as suas vontades irrestritamente, como acontece com outros países.
Culturalmente, o legado que embasou nossa cultura foi o greco-romano. Estamos muito, mas muito distantes culturalmente dos chineses.
Não é uma questão de se submeter ou não a um poder superior, e sim tirar proveito do antagonismo de dois poderes, se alinhando ao que trará mais lucros – ou menos prejuízos.
E, particularmente, o modus operandi norte-americano na AS já é sobejamente conhecido. Ao contário do modus chinês, do qual tenho sérias reservas, dada sua visão imperial de mundo.
Felizmente o governo parece estar começando a cair na real. Espero que não seja tarde.
“Querem ser contra a bases chinesas no continente sul’americano?! Então que sejamos contra, também, às bases estadunidenses por aqui. Deixar um porque é “bonzinho” e ser contrário ao outro porque é “mauzinho”, no meu entender, é no mínimo ingenuidade (pra não dizer coisa pior).
Negativo. Bases chinesas na AS terão um alvo claro – e não são os ianques, tampouco o narcotráfico.
Ingenuidade é não enxergar isso.
Felipe, concordo plenamente, sobretudo com a afirmação da Suécia. É com estas alianças que lograremos conquistar um lugar ao sol no cenário mundial, e não com Venezuela, Argentina, Cuba ( ditadura), China et alii.
Rafael, mais uma vez assino embaixo, e acrescento, para complementar tuas observações corretíssimas (embora não careçam de complemento), que os EUA são potencia mundial há 70 anos e se quisessem tinham tomado conta por completo da AL.
Já os chineses mal começaram mostrar as garras e já deixam sua intenção de predatismo bem evidente. Imagine-se eles na condição dos EUA. Parece-me que os perfis, as intenções e a situação de um e outro são bem diferentes. Não se trata de escolher um bonzinho, mas “o menos pior” e os EUA é de longe menos nocivo que a China.
Sozinhos não faremos frente ao poder chinês. Se alguem pode nos ajudar será os EUA. Nós queremos nos preservar e eles impedir a propagação da zona de influência do seu “inimigo do século”.
As bases dos EUA não querem “cercar amazônia” como sugerem em muitas opiniões que desconhecem logistica militar. Nem bases eles precisariam aqui se quisessem conquistar algo lá. É mais fácil pra eles transportar suprimentos da Flórida para amazônia do que nós os levarmos do sudeste. As bases norte americanas tem como alvo o chavismo e a triplice fronteira, reduto forte e conhecido da Al Caeda, quiçá agora do EI.
Já as bases chinesas evidentemente visam propiciar ações terrestres voltadas a projetar poder na AL as custas de paises “traíras”, que, a meu ver, devem ser tratados também como potenciais inimigos. .
Srs
A China, em seu movimento de expansão para a África e para a América do Sul está, apenas, sendo pragmática, pois precisa garantir alimentação para sua população.
Talvez por sua longa história e tradição imperial, diferente de outros países, voltados quase que totalmente para o dia a dia, planeja a longo prazo, daí o investimento pesado em formação de pessoal, a estratégia de se tornar a fábrica do mundo, o crescimento de sua marinha, o seu programa espacial, etc.
E, também, diferente de outros países, parece estar levando a sério o risco de mudanças climáticas.
Assim, não é extraordinário o seu plano de instalação de bases ao longo do Indico até o Atlântico Sul e a sua expansão na África e América do Sul, pois é nestes continentes, particularmente no último, é que ainda há grande quantidade de terras para a agricultura. E nestes continentes é que serão travadas as batalhas pela sobrevivência das nações e, para garantir a própria, os chineses estão fincando o pé.
Quanto aos indianos, talvez por estarem muito focados em sua vizinhança, só agora fazem movimentos em relação à África, a fonte mais próxima de recursos a explorar.
Podem estar muito atrasados, porém, eles têm recursos militares e estão em crescimento rápido. Se as condições climáticas piorarem, eles tem cacife e podem ainda agir.
Quanto ao Brasil, dada a sua proverbial cultura despreocupada com o futuro e preguiçosamente pacifista, há a opção de se associar a uma das grandes potências ficando “protegido” por ela.
Uma alternativa para isto, opção que deixará de existir em poucos anos, é a de aproveitarmos este pouco tempo, para desenvolver uma capacidade militar melhor focando esforços em algumas tecnologias essenciais (mísseis, sistemas eletrônicos, capacidade de modernização e manutenção local, etc.), um esforço de trazer para o país empresas e cidadãos europeus (as coisas tendem a ficar cada vez mais feias por lá) com conhecimento em áreas estratégicas e uma diplomacia mais sensata que busque os interesses do país e não fique agarrada a ideologias e posições panfletárias.
Infelizmente o tempo e curto e passa rápido e não parece, nem que haja visão e vontade, nem que haja tempo para que o país consiga constituir FA`s armadas e preparadas para representar um poder dissuasório suficiente para garantir alguma independência e soberania.
Assim resta a opção de retornarmos a esfera ocidental ou dar seguimento a nossa trajetória de dependência da China.
É bom observar que o Brasil, como outros países da América do Sul, está sofrendo uma “invasão” chinesa sendo cada vez maior sua dependência econômica da China e maior o controle que empresas de capital chinês (governo Chinês?) exercem sobre a produção e exportação de alimentos (verticalização do processo econômico) e cada vez maior seu interesse pela infraestrutura brasileira.
Ou seja, de uma forma gradativa, o Brasil está sendo incorporado a esfera de influência chinesa e ainda agradece por isto.
Portanto, parece haver um otimismo exagerado ao se considerar que os acordos definidos com os EUA sinalizam um retorno do Brasil a comunidade político-econômica ocidental.
Sds
É difícil debater, visando algum avanço autóctone, quando temos gente com capacidade intelectual que se limita à alinhamentos automáticos, por conta de ideologias retrógradas.
Não é a toa que nossas forças armadas se comportam, na maioria das vezes, como sucursais ou, na melhor das hipóteses, como guardas nacionais. Talvez por isto vemos tantos negativistas, travestidos de realistas, sendo contrários à equipamentos estratégicos (mísseis, aeronaves e navios).
Eu, felizmente, penso que podemos mais.
Até mais!!! 😉
No mais, eu sou daqueles que acha que qualquer país de fora da região, que queiram estabelecer bases militares, além dos que queriam deixar, deveriam sofrer sanções da nossa parte. Por isto sou favorável apenas buscarmos fornecedores de tecnologia militar de médio e pequeno porte. Países do porte da Alemanha, França, Itália, Suécia, África do Sul, Coréia do Sul, etc…., ou quem não tenham interesses militares na região e no nosso entorno.
Agora, pra ser tornar uma realidade, seria preciso deixarmos a covardia de lado e assumir, efetivamente, nossas responsabilidades com a segurança regional, tomar posições firmes com quem quer que seja e não seria se alinhando a este, ou aquele, que teríamos esta capacidade/possibilidade.
Esqueçam essa estória de nos alinharmos a quem é ocidental, porque ten cultural ocidental, ou vice-versa, se fosse por isto, os países europeus não tinham travado tantas guerras entre si ao longo de sua história, ou mesmo aqui na América do Sul. A mesma coisa no oriente. Isto é um dos maiores papos furados. Quando há interesse próprios em disputa, irmão mata irmão sem nem pestanejar.
Até mais!!! 😉
Wellington Góes
5 de julho de 2015 at 17:04
“No mais, eu sou daqueles que acha que qualquer país de fora da região, que queiram estabelecer bases militares, além dos que queriam deixar, deveriam sofrer sanções da nossa parte”
A China está construindo uma base para “lançamento de foguetes” na Argentina.
Seguindo sua lógica, então teremos que impor sanções um país que é o principal parceiro comercial do Brasil, com um volume exportado de US$ 46 bilhões em 2014.
Aí pergunto, para quem iremos vender nossas commodities?
“Por isto sou favorável apenas buscarmos fornecedores de tecnologia militar de médio e pequeno porte. Países do porte da Alemanha, França, Itália, Suécia, África do Sul, Coréia do Sul, etc…., ou quem não tenham interesses militares na região e no nosso entorno.”
Lamento informar, mas a totalidade desses fornecedores de pequeno e médio porte possuem boa parte de sua tecnologia sensível embarcada cuja origem é de alguma superpotência com interesses militares. Basta ver o Gripen.
“Agora, pra ser tornar uma realidade, seria preciso deixarmos a covardia de lado e assumir, efetivamente, nossas responsabilidades com a segurança regional, tomar posições firmes com quem quer que seja e não seria se alinhando a este, ou aquele, que teríamos esta capacidade/possibilidade.”
Não é uma questão de covardia e sim de constatação: o país não terá condições de se defender sozinho contra uma superpotência hostil.
No longo prazo, um lado terá que ser escolhido. E de fato o país precisa estar militarmente preparado para suas escolhas.
Ouso afirmar que, no futuro, para os Estados Unidos e UE será muito interessante um Brasil militarmente forte no hemisfério Sul.
Mas isso implicará um comprometimento a um nível superior, e não sei se nossa sociedade e nossa classe dirigente estão preparadas para tal.
“Esqueçam essa estória de nos alinharmos a quem é ocidental, porque ten cultural ocidental, ou vice-versa, se fosse por isto, os países europeus não tinham travado tantas guerras entre si ao longo de sua história, ou mesmo aqui na América do Sul. A mesma coisa no oriente. Isto é um dos maiores papos furados. Quando há interesse próprios em disputa, irmão mata irmão sem nem pestanejar.”
Essa mesma Europa aprendeu com duas guerras mundiais e hoje mantém uma unidade que está funcionando, apesar das crises recentes.
A última guerra de larga escala na América do Sul foi há mais de 150 anos.
Quanto ao Oriente, sempre teve uma estabilidade armada, mas relativamente equilibrada. E esse equilíbrio não poderá ser mantido no longo prazo, tendo em vista a expansão naval chinesa e sua crescente agressividade nos mares da China Oriental e Meridional.
Não é à toa que Coréia do Sul e Japão – inimigos ancestrais – estão fazendo acordos de defesa. Não é à toa que países como Vietnam e Malásia estão estreitando seus laços com os Estados Unidos. Não é à toa que os Estados Unidos estão direcionando a maior parte das suas forças navais para o Extremo Oriente.
Eles sabem do que a China é capaz.
E da mesma forma que é difícil debater com “gente com capacidade intelectual que se limita à alinhamentos automáticos, por conta de ideologias retrógradas”, também é difícil debater com gente com capacidade intelectual que se prende a nacionalismos toscos – por conta justamente de ideologias igualmente toscas – que não permitem pensar que temos muito mais a ganhar atuando em cooperação com uma superpotência.
Cooperação é muito, mas muito diferente de submissão.
Aviso aos navegantes: O Brasil tera que se alinhar, queira ou nao queira.
Essa politica de ficar de ficar em cima do muro vai acabar por bem ou por mal.
O Brasil vai ter que decer do muro ou sera derrubado na bala.
Um alinhamento automatico com os EUA, sera a unica forma de garantir a seguranca nacional (territorial) do Brasil.
Com os russos ao norte (Venezuela) e a China ao Sul (Argentina); Brasilia tera que decidir se morrre nas maos dos russos, ou se es esmagado pelos chineses, ou se sera salva pela US. Navy.
Se não me engano os chineses se consideram o império do meio, sempre cag.. e andaram pra o resto do mundo.
Enquanto os indo europeus ainda estavam jogando bosta um no outro nas estepes da ucrânia os chineses já tinham uma civilização vigorosa.
A tal postura predatória e expansionista foi curiosamente o ocidente e o queridinho do Japão pra cima da China
Eless são muto mais ressabiados com o ocidente e o Japão do que nos com eles
Até entendo a preocupação da rapaziada com a China e demais questões geopolíticas, mas acho que tais argumentos parecem papo de maluco quando descambam para o xenofobismo e racismo
( gafanhotos,amarelos, horda tribal) como se estivéssemos lidando com idiotas e inferiores.
Nem o Tom Clancys bêbado escreveria um enredo tao ruim onde os chineses irão promover uma invasão tipo call of duty para nos obrigar a comer pastel de frango e falar mandarim.
Claro, pode acontecer de tudo, inclusive nada
Srs
Só para esclarecer:
A China, como Império do Meio surgiu no século III AC e os primeiros registros sobre nações na região constam do século XIII AC.
A civilização chinesa não é mais antiga que as do Oriente Médio, norte da Africa e sul da Europa.
Sds
Andre Luiz, justamente porque os chineses não são néscios e incapazes é que devem ser levados a serio.
Não se iluda com eles. Postura de considerar “impossivel” ou fantasiosa a possibilidade de um dia haver conflito com eles é o tipo de atitude que levou países à ruina quando despertaram tarde demais. Está bem evidente o que eles pretendem, bastando olhar o que estão fazendo na África, onde chegam tomam o que lhes interessa e nada deixam de positivo.
Não se trata de questões ideológicas ou raciais, trata-se de identificar atitudes. Não há bons ou ruins, há quem é melhor pra nós e quem é pior em dada circunstância. Entre os EUA, que sempre puderam mas nunca agiram pra tomar nada na AL, e os chineses, que ainda não podem e ja agem claramente, prefiro os primeiros. Eles, os chineses, fazem o que precisam para alimentar os 1,5 bilhão de bocas e nos fazemos o que é necessário pra nos defendermos deles.
E para comprovar que já há pessoas que pensam o mesmo, segundo texto do General Castro, recém promovido, o CMS estará recebendo o 2 BAVEX e uma quarta companhia de forças especiais, cuja implantação dos núcleos estão nas metas desta GU, não tendo havido cogitação, no citado texto, de mudança de uma brigada de cavalaria para o CMO, como a alguns dias questionaram o comandante do CMS em coletiva, o que é emblemático.
Amigos,
Com relacao a China ter que alimentar milhoes de bocas, eu duvido que esta seja a preocupacao deles, para explicar o expansionismo acelerado do imperio chines.
Nao se esquecam de que a China (o governo comunista de Mao e seus aseclas), mataram aproximadamente 100 milhoes de seus compatriotas, por pura perseguicao politica.
Portanto nao creio que eles (chineses) estao aqui para alimentar as famintas bocas de seus cidadaos.
O expansionismo chines nao e por causa de alimentos, e sim por dominacao mundial. Os Chineses sim sao racistas.
O maior poluidor do planeta, o pais que explora sua classe trabalhadora como se fossem insetos, e que nao tem o menor receio em espionar a capacidade industrial e cientifica de outros paises; para mi nao passa de um pais predador….sao como gafanhotos… eles vem, fazem a devassa e se vao.
Andre Luiz 6 de julho de 2015 at 12:40
“A tal postura predatória e expansionista foi curiosamente o ocidente e o queridinho do Japão pra cima da China”
Isso à partir de 1842 – vide Guerra do Ópio – e de forma mais intensificada no final do séc. XIX.
O modus operandi da China sempre foi claramente imperial, desde a antiguidade.
Sua forma de negociar com forças rivais era clara: “temos mais armas. Temos mais homens. Ou você se submete a nós ou o esmagamos”
Só que impérios consolidados tornam-se indolentes e preguiçosos. Assim aconteceu com a China sob o reinado dos Qin.
O que fez a China sucumbir no período 1842-1911 foi principalmente a corrupção e a ineficiência da burocracia imperial.
A Europa, a Rússia e o Japão apenas se aproveitaram disso ao máximo.
O problema é que os chineses não esquecem uma ofensa. Há antigos ódios adormecidos que, se despertados, podem dar início a uma catástrofe.
O chineses não esqueceram as humilhações impostas pela Europa e Japão desde a Primeira Guerra do Ópio (1839-42), passando pela Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-95) e pela Revolta dos Boxers (1899-1901).
Nunca esqueceram as atrocidades japonesas na Manchúria durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-45).
Eu tenho razões de sobra para temê-los, uma vez que sua tradição imperial nunca morreu, apenas mudou de forma – vide Mao Tsé-Tung e o PC chinês.
Qualquer semelnhança do PC chinês com a antiga corte Qin não é mera coincidência.
As lideranças chinesas acreditam firmemente que seu país voltará a ser o centro do mundo, e estão trabalhando duro para isso.
Não gosto da idéia de uma China inimiga – até pelo legado importantíssimo que a mesma deixou em campos como filosofia, navegação, arte, arquitetura, engenharia (antiga e moderna), literatura, et cetera. São mais de 3000 anos de história.
Mas infelizmente esse é o cenário que se desenha.
Rafael, eu até pensei escrever um artigo para me posicionar melhor, mas depois que percebi direito o que você tinha escrito no primeiro parágrafo no do comentário à mim, desisti da ideia. Se você acha, realmente, que a China irá construir uma base na Argentina, talvez uma base de lançamento de foguetes (como deixastes a entender) para atingir aos EUA, então não vale apena refutar. É difícil contra-argumentar quem acredita em teorias conspiratórias neste nível.
Aliás, o segundo parágrafo também evidencia o pensamento colonial que boa parte da elite comercial brasileira tem até hoje, ou seja, pensa tão somente em vender commodities ao resto do mundo. Não é atoa que tem gente (especialmente alguns militares e ex-militares que perderam a teta livre, quando alguns políticos viram que corria muito dinheiro pelas aquisições militares) que torce ferrenhamente para que empresas estrangeiras comprem empresas nacionais, apenas porque acreditam que somos mais corruptos que eles. Como se a Alston, Siemens e outras tantas empresas estrangeiras envolvidas nos vários escândalos de propinas no caso Lava Jato fossem santas.
No mais, prefiro ser um “ufanista tosco” que acredita que o Brasil tem que trilhar seu próprio caminho, fazer por si mesmo o que outros fizeram para chegar a influenciar o mundo, do que ter complexo de vira-latas, achando que somos só isto e deveríamos nos conformar com o que somos.
Até mais!!! 😉
Wellington Góes
7 de julho de 2015 at 13:13
“pensamento colonial que boa parte da elite comercial brasileira”
Aí você já mostrou a que ideologia serve. Dispenso debate com gente desse naipe.
“Se você acha, realmente, que a China irá construir uma base na Argentina, talvez uma base de lançamento de foguetes (como deixastes a entender) para atingir aos EUA, então não vale apena refutar.”
Se fosse os Estados Unidos, estaríamos bem. O problema é que a Província de Neuquén fica a 1380 km de Buenos Aires. E os funcionários da “base de foguetes” serão regidos pela legislação chinesa.
Em suma: um enclave chinês dentro da própria Argentina.
Não sou eu falando isso, e sim a Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/09/1513124-construcao-de-base-de-pesquisa-espacial-chinesa-irrita-argentinos.shtml
Neuquén fica a 1.832 km de Porto Alegre. Fica a meros 2.650 km da Região Metropolitana de São Paulo. A 3.240 km de Brasília.
Mas para você isso é “teoria da conspiração”…
Os próximos movimentos chineses na AS irão mostrar suas reais intenções.
Eu adoraria ver o Brasil um superpotência econômica, industrial e militar disputando espaço com Estados Unidos e China.
Mas isso é impossível com a classe dirigente que temos – que é reflexo da sociedade “samba, carnaval e futebol” que temos.
Então é tentar tirar o melhor proveito possivel da situação, com as ilhas de excelência que temos, aliado àqueles que nos trarão mais lucros – ou menos prejuízos..
Finalizando: Se você prefere ser um “ufanista tosco , seja feliz.
Eu prefiro ser um “negativista travestido de realista por conta de “ideologias retrógradas”, conforme suas próprias palavras.
Tchau…
Tem um pessoal que só vai parar com esse papo fraco de “teoria da conspiração”, “golpe”, etc quando não restar mais nada no Brasil ou alguma outra nação estender a bandeira em Brasília.
Lamentável que alguns destes, que vivem no fantástico mundo de bob, tem alguma ou muita influência na gestão do Estado.
Rafael, você, definitivamente, não tem a mínima noção “a que ideologia eu sirvo”. Rsrsrs Não me meça por esta régua. #ficaadica
No mais, mania chata esta de pinçar frases do texto e depois se debruçar com argumentações, este ato acaba desvirtuando todo o entendimento, claro, propositalmente para levar o debate para o lado que você quer levar. Por favor, não faça mais isto.
Felipe, o termo serve tanto aqueles que acreditam que a base dos EUA na Colômbia servirá para invadir a Amazônia brasileira (a despeito de outras possibilidades), como os que acham que a Rússia na Venezuela e a China na Argentina, iriam cercar o Brasil e outros países ocidentais, para implantar um império do mal. Daí você escolhe em quem queira colar este rótulo.
Pra finalizar, eu não tenho a mínima pretensão de que o Brasil seja uma potência mundial. Quero sim que sejamos potência econômica e militar, dentre outras coisas, nas regiões e locais que temos potencial e condições de ser e a América do Sul é um destes locais.
Até mais!!! 😉
No mais, mania chata esta de pinçar frases do texto e depois se debruçar com argumentações, este ato acaba desvirtuando todo o entendimento, claro, propositalmente para levar o debate para o lado que você quer levar. Por favor, não faça mais isto.
É minha forma de argumentar. Se não te agrada, só lamento.
E o propósito é justamente o contrário: fragmentar o argumento para facilitar a compreensão, tanto para quem escreve, quanto para quem lê.
E esse é um método de argumentação que antigos teólogos cristãos utilizavam – em particular Orígenes de Alexandria. Um zelo de forma a auxiliar a compreensão do assunto, quando há abundância de informação.
Isso não te irrita porque eu “desvirtuo” seus argumentos. Isso te irrita porque eu divido seus argumentos em mottis (usando um termo , e desmonto cada motti, não dando margem a refutações.
E tivesse você apenas exposto sua opinião, poderíamos ter desenvolvido um bom debate.
Mas não, você tinha que usar de termos como esses abaixo:
“Coisa de gente que quer reviver a Guerra Fria. Capitalistas exploradores e Comunistas comedores de criancinhas”
“É difícil debater, visando algum avanço autóctone, quando temos gente com capacidade intelectual que se limita à alinhamentos automáticos, por conta de ideologias retrógradas”
Talvez por isto vemos tantos negativistas, travestidos de realistas, sendo contrários à equipamentos estratégicos (mísseis, aeronaves e navios)”
Cada ação, uma reação à altura.
E para finalizar, você afirma: “Quero sim que sejamos potência econômica e militar, dentre outras coisas, nas regiões e locais que temos potencial e condições de ser e a América do Sul é um destes locais”
Eu também quero. Se não podemos disputar o mundo, podemos pelo menos manter nosso quintal – em particular América do Sul e África Meridional.
Mas isso significa uma coisa: não teremos condições de se contrapor a investidas de potências globais. Pelo fato puro e simples de que um poder regional não é um poder global
Mais cedo ou mais tarde as circunstâncias nos forçarão ao alinhamento com uma superpotência. Restará apenas verificar com qual das duas teremos lucro (ou prejuízo menor).
completando:
Mais cedo ou mais tarde as circunstâncias nos forçarão ao alinhamento com uma superpotência. Restará apenas verificar com qual das duas teremos lucro (ou prejuízo menor).
E tenho razões fortes para crer que teremos menos prejuízos com os americanos do que com os chineses.
So para que fique claro para alguns aqui. A “base” Americana na Colombia e uma mera instalacao de monitoramento perto da fronteira com a Venezuela.
O que existe de Americano por nesta “base” e uma meia duzia de militares dos EUA e tecnicos Americanos,
A tal base na verdade e de propriedade da Fuerza Aerea de Colombia.
Mas a base de foguetes chineses na Argentina e o] equivalente ao que os Russos fizeram em Cuba em 1962.
Quanto mimimi…
…e Rafael, é assim mesmo, quando acaba os argumentos vazios vem a apelação da fragmentação… sempre foi assim… kkkkkk
Parabéns pelo polido debate.
E meus caros,
hj o Brasil está sofrendo a maior debandada de mentes para Países Sérios da história.
Nesse mês de julho foi concluído no Brasil programa Express Entry do Governo Canadense… são 6.782 profissionais que foram aceitos no programa e todos estarão em território canadense até fevereiro do ano que vem.
Em 15 anos do Programa Express Entry, essa foi a primeira vez que ele foi aberto para o Brasil e superou as expectativas de 5 mil vagas originais.
Um exemplo: Conheci um dos candidatos aceitos e ele trabalha em uma empresa estatal de TI… ele possui 11 certificações internacionais e ainda prestava auxílio a PF em questões de segurança de redes e crimes virtuais no Estado onde ele mora. Ele ganha hj R$ 6,300.00 mais R$ 700 em tickets alimentação e plano de saúde.
Após ser aceito no Programa, ele foi contratado pela divisão Canadense da Schneider Electric com salário de CAD 9,000.00 mais 12,5% de bônus anuais em um contrato de 5 anos. Ele embarca em outubro para Toronto e o Programa deu 5 casas para ele escolher com o aluguel pago pelo Governo Canadense pelos próximos 3 anos. O mais velho de seus 3 filhos (com 7 anos) terá um tutor pago pelo Estado para ajudar na Transição assim como sua mulher e sogra (essa tb contemplada pelas regras do Programa) que tb terão acesso a cursos e um “Padrinho”.
Um detalhe sobre a Sogra: Ela é aposentada no Brasil, então o Governo Canadense complementará sua aposentadoria de forma “simbólica” com CAD 1,800.00.
Após os 5 anos do contrato, toda a família terá direito a escolher se querem ou não se tornar cidadãos canadenses. O que será que eles irão escolher?
PS.: Entre agosto e outubro está chegando no Brasil e versão Australiana do Express Entry… Quem se interessar, aprontem os seus currículos e a paciência… o processo em ambos os programas dura de 6 a 9 meses depois de aceito e pelo menos 10 entrevistas por telefone mais outras 10 conferências por Skype… todas em inglês e todas com mais de uma hora.
Grande Abraço.
Amigos, só um esclarecimento se faz necessário, ainda que pareça axiomático.
A base chinesa não é nenhuma base de misseis militares. Se fosse certamente a reação do restante da AL e dos EUA seria drástica. Cuida-se, a priori, efetivamente de uma base de pesquisa, não muito diversa das que os EUA mantem.
Todavia, este tipo de empreendimento permite a obtenção de um valioso recurso: inteligência. Não necessariamente para uma guerra de invasão. Pode ser até para ampliar ainda mais as compras de terras que eles estão fazendo na Argentina e Peru com interpostas pessoas. Mas claro, também para a guerra a inteligência é fundamental, e nenhum satélite substitui o agente em campo.
Uma base assim justifica a presença e movimentação de pessoal estrangeiro, coisa que ordinariamente chamaria muita atenção. Permite a lenta formação de vínculos regionais e aclimatação. Isso são operações psicológicas.
Mas qual o diferencial das bases dos EUA para as da China? Torno a repetir, os EUA são potência global a mais de 70 anos. Se quisessem algo aqui poderiam ter pego e nem precisariam de força pra isso. Nunca tentaram e nem demonstraram intenção disso. Ao menos não por ações governamentais.
Os chineses ao revés, tem demonstrado inequivocamente uma politica agressiva de busca de recursos naturais que se pauta, em regra, pela unilateralidade dos benefícios, o que bem se pode ver na África, onde as promessas de investimentos viraram poeira depois de muito minério retirado. Aqui mesmo no Brasil, há 25 bilhões de anunciados empreendimentos e investimentos chineses parados. Claro que serviram de fundamento para estardalhaço midiático quando lançados por aquela senhora e pelo outro, aquele um. Tudo promessas vãs. O interesse deles e minério de ferro, soja e carne e em troca nada de útil. Não lhes julgo o mérito, talvez no lugar deles, premido pela necessidade que lhes pesa sobre os ombros, fizéssemos até pior. Não se cuida de um julgamento moral, mas pragmático.
É por esta postura chinesa, que denota maior risco, que nos restará o alinhamento com os EUA como forma de nos preservarmos, pois o Brasil como nação apta a se defender sozinha do ataque de uma força mediana ( note-se bem, nem potencia estou falando) é algo que não viveremos para ver. A prioridade é o bolsa esmola, são os financiamentos por parceiros bolivarianos, copa, olimpíadas, obras para companheirada das empreiteiras, ziriguidum …. e por ai vai etc…
Este é o problema. Hoje as asserções parecem devaneios, teoria de conspiração, mas a rigor nada mais fazemos do que juntar fatos que já aconteceram e se reprisam ciclicamente na historia e formar um mosaico lógico do que virá. Futuramente, o que hoje parece uma pândega parecerá cada vez mais uma possibilidade real, e como em defesa não há improvisos, temo que acordemos tarde de mais e que não tenhamos tempo de tomar um chacoalho antes para acordarmos a tempo de nos prepararmos.
Toda a atenção deve ser dada aos movimentos dos chineses (e não fazer dossiês políticos para enxovalhar reputações e criar factóides, como parece ter se tornado especialidade da ABIN aparelhada). E desde já temos de começar a nos mover cautelosamente no tabuleiro da politica internacional com vista a todas estas possibilidades que baterão à porta antes do que se imagina.
Colombelli
8 de julho de 2015 at 2:04
Intervenção pontual e precisa. Nada mais a acrescentar.
Tá certo então Rafael, você venceu, você já pode levantar o troféu, eu desisto. Rsrsrs
E por favor, não me queira mal, em momento algum te quis diminuir, mas se você acha que se encaixa nas definições que eu coloquei, lamento, mas é o que eu penso. Já tive, por diversas vezes, ter que lidar com pessoas que limitam seus pensamentos assim e, felizmente, o tempo o suficiente para lhes mostrarem o quanto errado estavam. Sugiro esperarmos então.
Oganza, por favor, é patético isto de querer ficar se escorando nos outros pra querer tirar algum proveito, coisa de gente pequena, talvez por isto tu e outros (afora os que possuem motivos reais) preferem se esconder atrás de nicknames.
Colombelli, o Brasil a muito tempo já deveria ter tomado qualquer atitude neste sentido, ou seja, ampliar sua capacidade de obter informações lícitas ou ilícitas no exterior, tomar vergonha na cara e parar de mimimi, além de ter atitudes firmes com quem quer que seja.
De resto, bem, existem teorias conspiratórias para todos os gostos.
Até mais!!! 😉
Wellington é fato que a comunidade de inteligencia brasileira tem estado com foco bastante míope nos últimos tempos, tendo se vocacionado à produção de dossiês politicos. Lembro-me especificamente de um caso de agentes da ABIN flagrados em Pernambuco, tentando investigar o falecido candidato Campos.
Bem ou mal, por sua dimensão continental e riquezas potenciais, o Brasil tornou-se um ator global, ainda de segundo time, mas com boas potencialidades pelo seu tamanho e população. Atores globais devem ter uma eficiente estrutura de produção de informações caso contrário não duram muito tempo em tal condição.
Afirmo que, hoje, salvante alguns casos de setores das forças armadas, esta preocupação não está existindo neste governo, cujo foco é outro.
Quanto as atitudes firmes, creio que deveria ter começado por aqui mesmo quando o Paraguai extorquiu aumento da energia de Itaipu e aquele sujeito lhes deu duzentos milhões a mais por ano a mais ou quando os brasiguaios foram perseguidos; quando o Equador encampou obras financiadas pelo BNDS; quando a Bolivia invadiu instalações da Petrobras e nos extorquiu aumento do gás; quando a Argentina passou a utilizar de subterfúgios alfandegários para atrasar nossas exportações pra lá, e por ai vai.
É preciso a consciência de que o Brasi,l se pretende ter liderança, terá de comprar brigas e ter atritos, especialmente em vista destes fracassados da AL ( exceto Chile). Quem quer posição se posiciona.
Uma coisa porém, é invariável em qualquer cenário futuro: temos recursos que interessam a muita gente. Os chineses apenas são explícitos. Temos de montar estratégias a longo prazo para defesa do que temos, por todos os meios disponiveis, desde diplomáticos ( e ai vem a pertinência dos alinhamentos) até militares ( ai entra a questão do reaparelhamento, da pesquisa e da busca de parceiros viáveis). Petróleo, água e terra logo logo legitimarão gerras e seremos dos principais alvos. .
Wellington, é perfeitamente possível expor sua opinião sem usar de termos ad hominem. Termos como os que você usou não acrescentam nada ao debate.
Eu já tive debates muito mais duros do que tivemos – contra debatedores temíveis como o Vader e o Colombelli, só para ficar em dois exemplos – sem nunca precisar fazer rotulações.
Em um debate sério, trocamos conhecimento, informações e opiniões, sem qualquer julgamento.
Por exemplo: o Colombelli, em seu comentário das 2:04, tomou uma posição muito semelhante à sua – pois ele também não crê que a base chinesa seja para lançamento de mísseis, e sim essencialmente uma base de pesquisa. E fundamentou sua opinião. Repito: sem precisar de rotulações ou ironias.
Até porque nós estamos de acordo quanto às ações e intenções chinesas.
Você não precisa concordar com ninguém nesse espaço. O contraditório é salutar, tanto que esse post já possui quase 50 comentários.
Mas não custa nada agir com postura semelhante à do Colombelli.
E finalizando: não precisa pedir desculpas pelo que você não fez. Em nenhum momento você me diminuiu, pode ficar tranquilo…
Fique com sua opinião e eu fico com a minha. Boa noite.
Wellington Góes,
se meu Perfil não fosse Público talvez vc estivesse certo, mas como invariavelmente ocorre, vc não está… kkkkkkk
mas ohhhh sapiência, quais seriam os meus motivos reais? Pois pelo visto vc sabe.
Fala sério… é cada figura… fatos, não se pode ir contra eles, do contrário só com muito tapa na barata mesmo… kkkkkkk
Fazer o que? kkkkkkkk
Grande Abraço.