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O Exército libanês receberá um lote de blindados de reconhecimento Renault VBC (Véhicule Blindé de Combat) 90, 6×6, dos estoques da força terrestre francesa.

Projetado entre o final da década de 1970 e o início dos anos de 1980, o carro, de 5,63 m de comprimento, 13,5 toneladas de peso, e canhão Giat F1 de 90 mm, tem préstimos comparáveis aos do EE-9 Cascavel, fabricado pela extinta Engesa, brasileira, mas é muito menos robusto que ele.

A viatura Renault tem praticamente o mesmo comprimento de chassis que o Cascavel (5,63m contra 5,2m), mas é 15 cm mais baixa e, no geral, pesa somente 56,2% do peso de um Cascavel.

Mas isso não impede que o carro da Engesa seja também consideravelmente mais veloz que o veículo francês.

Enquanto a Renault diz que o motor diesel de seis cilindros colocado na parte traseira do VBC 90 o impulsiona à velocidades de até 92 km/h em estrada, os manuais da Engesa (que já datam de mais de 30 anos!) informam que o Cascavel carro atinge 100 km/h em rodovia e 75 km/h em terrenos não preparados. Mas é difícil acreditar que, hoje, tais velocidades possam ser, efetivamente, obtidas, diante do forte desgaste do Cascavel no Exército brasileiro.

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Museu – Em situação de emprego real, o VBC 90 transporta 20 projetis de 90 mm na torre e mais 25 em um encaixe da parte interna do chassis. O sistema de pontaria do canhão é assistido por um designador de alvos laser e um magnificador de visão que multiplica a qualidade da imagem por seis vezes, tanto de dia como de noite.

A viatura é equipada ainda com uma metralhadora coaxial de 7,62 mm à esquerda do comandante, e dois lançadores de granadas de fumaça de cada lado da torre.

A tripulação dispõe de sistema de proteção NBC e equipamento anti-incêndio.

O primeiro Renault desse tipo foi produzido em 1981.

A Gendarmeria francesa recebeu 28 carros, e Oman ordenou um pequeno lote – seis unidades – por volta de 1983. Dois exemplares do VBC 90 que pertenciam à Gendarmeria estão, atualmente, preservados no Museu Général Estienne, da cidade de Saumur, no Vale do Loire – também conhecido como Musée des Blindés (Museu dos Blindados).

Em outubro do ano passado o Ministério da Defesa da França anunciou a cessão de veículos VBC 90 às tropas libanesas, mas sem especificar a quantidade.

O ForTe – Forças Terrestres apurou que a transferência dos carros para o território libanês está amparada em uma operação de financiamento liderada pelo governo da Arábia Saudita, que vem arcando com os custos de boa parte das ações militares destinadas a confrontar a guerrilha do Estado Islâmico.

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Claudio Moreno
Claudio Moreno
9 anos atrás

Boa noite Senhores! É diante de notícias como esta, que eu fico ainda mais decepcionado para dizer o mínimo com o Alto Comando do EB e também os nossos governantes de antes e de hoje! A Columbus de SP tem ou tinha kit’s de revitalização do EE-9 / EE-11. O AGSP também iniciou e ainda está implementando um trabalho fabuloso de revitalização de algumas celulas. Não consigo me conformar com o fato de a IMBEL não ter uma divisão de blindados! O EB é detentor dos direitos sobre o EE-9/11, Ogun, EE-18 , EE-T1 … porquê não abrir uma divisão… Read more »

Melky Cavalcante
Melky Cavalcante
9 anos atrás

Em uma área saturada com RPG-s eu não queria estar operando essa viatura 🙁

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

O Sr. Roberto Lopes comete um engano em afirmar que o Renault VBC 90 é o “Cascavel Francês”. O Sr. Lopes informa corretamente que este veiculo foi usado pela Gendarmerie Nationale (precisamente no Groupement Blindé de la Gendarmerie Mobile), e pelo exército de Oman, mas não especifica que estes foram os UNICOS usuários deste veiculo. Ou seja, foram produzidos somente 34 veículos, contra um total de 1738 EE-9 Cascaveis fabricados. Existem 3 carros que merecem muito mais a denominação de Cascavel Francês, pois foram usados no exercito francês exatamente como o Cascavel no EB: o Panhard AML-60/90, o Panhard ERC… Read more »

Colombelli
Colombelli
9 anos atrás

Claudio, me atrevendo a tentar responder tua pegunta: não tem porque não tem produção de escala pro EB e a concorrência é atroz. O Cascavel tem vários conceitos que precisam ser revistos e vale mais a pena fazer um completamente novo. Este será o Guarani 8×8 com canhão 105. Mas deveria ser mantido em reserva certo numero, mesmo depois de substituído. Incrivelmente nosas FA não trabalham com conceito de reservas mobilizáveis. Um RC Mec tem 18 unidades. So para nossa cavalaria serão necessários 168 unidades armadas com canhão, isso levando em conta que seja uma só (e não duas como… Read more »

Roberto Lopes
Roberto Lopes
9 anos atrás

Prezado Engenheiro Bacchi, bom dia. Aceito sua crítica, sem dúvida, mas devo lhe dizer que não tive a menor intenção de afirmar que o VBC 90 é melhor do que qualquer um dos três modelos que o senhor citou — ou mais merecedor do que eles do título de “Cascavel francês”. E a maior prova de que o VBC 90 não se revelou um veículo melhor do que os outros, é que, ele, efetivamente, fez menos sucesso em operação e no plano comercial. Recorri à imagem do “Cascavel francês” apenas para dar ao leitor do ForTe uma ideia automática, rápida,… Read more »

Mauricio R.
Mauricio R.
9 anos atrás

Os italianos cravaram uma ao venderem ao Líbano caminhões, utilitários e alguns blindados. Ocorre que este país no passado, foi protetorado francês. E eis que agora os franceses dão o troco. O Brasil sequer foi lembrado. Até o “nosso” ST não foi vendido ao mesmo Líbano por nós, mas pelos EUA. “Em uma área saturada com RPG-s eu não queria estar operando essa viatura.” A viatura poderia ser protegida por gaiola e a efetividade dos eventuais RPG’s seria reduzida. “O AMX-10RC foi fornecido ao exercito francês num total de 337 carros e exportado para o Marrocos num total de 108… Read more »