Ministro da Defesa Jaques Wagner defende investimentos durante audiência na Câmara
Brasília, 20/05/2015 – Durante a manhã desta quarta-feira (20), o ministro da Defesa, Jaques Wagner, expôs detalhes do orçamento do setor, em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Ele defendeu a manutenção dos projetos estratégicos das Forças Armadas e disse que houve avanço no orçamento da pasta ao longo dos anos. “Nosso custo com pessoal é alto, mas decuplicamos os valores de investimentos. Temos que reconhecer que tivemos progresso”, afirmou.
De acordo com dados apresentados, o ministro salientou que o aumento na aplicação para a área de Defesa este ano “demonstra o esforço das Forças com o governo”. Lembrou também que seu ministério é o 7º orçamento da Esplanada, sem considerar custo com pessoal. “Um país que tem o patrimônio como o nosso, que tem a Amazônia, não pode ser indefeso.”
O titular da Pasta citou, um a um, os programas fundamentais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Entre eles, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), orçado em R$ 1,7 bilhão, com custo de R$ 489 milhões para o ministério; o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que tem orçamento de R$ 31 bilhões até 2025; o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com R$ 11 bilhões; a Amazônia Conectada, que trará infovia de mais de 7 mil quilômetros de fibra ótica submersa nos rios da Bacia Amazônica; além da aquisição dos caças Gripen NG e da fabricação do KC-390 – maior aeronave já construída no Brasil.
Jaques Wagner mostrou, ainda, a estrutura do ministério, criado em 1999, e que conta atualmente com pouco mais de 1,3 mil funcionários. Sobre os documentos-base, como a Estratégia Nacional de Defesa, o Livro Branco de Defesa Nacional e a Política Nacional de Defesa, destacou que a atualização, a cada quatro anos, é fundamental.
Ademais, o ministro elogiou o trabalho que vem sendo realizado pelos militares nas mais diversas atividades, tais como na proteção das fronteiras brasileiras, em ações subsidiárias (entre elas o Projeto Soldado Cidadão e o Programa Forças no Esporte) e missões de paz no exterior.
“O Brasil é tido como o país que mais contribui dentro das forças de paz.” Wagner destacou também o comando do general Carlos Alberto dos Santos Cruz à frente da maior operação da Organização das Nações Unidas (ONU), a Monusco, no Congo. O militar tem sob sua responsabilidade cerca de 20 mil homens.
Por fim, o ministro reiterou sua admiração pelo efetivo de profissionais que integram as Forças Armadas brasileiras. “Tive a oportunidade de conhecer o comando de um tenente em um pelotão de fronteira na Amazônia, que longe de tudo, ainda se ofereceu para permanecer por mais um ano por se sentir útil ao país no local”. E disse, ainda: “As Forças e o Itamaraty são as grandes escolas do país, da maior qualidade do serviço público”.
Estiveram presentes na audiência de hoje, os comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas; e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.
FONTE / FOTO: Ministério da Defesa