Exército Brasileiro: Recebimento do 5º Lote de Gepard 1A2
Rio de Janeiro (RJ) – No dia 26 de março de 2015, representantes da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea participaram de uma equipe sob coordenação da Diretoria de Material e composta por integrantes da 11ª Bia AAAe AP e técnicos da KMW a fim de realizarem o desembarque de 06 (meia dúzia) VBC DAAe GEPARD 1A2, referentes ao recebimento do 5º Lote deste Produto de Defesa adquirido pelo Exército Brasileiro.
FONTE: EsACosAAe
Bom dia Senhores, que todos tenham um excelente dia de feriado.
Quanto ao tema Gepard1A2, penso que foi uma excelente compra, pois não dispunhamos de nada do gênero. Acredito que ainda há espaço para a aquisição de mais dois ou três lotes em igual quantidade. Os atuais foram distribuir as unidades adquiridas ao 5ª e 6ª BdaCavBld (dezeseis em cada se não me engano), a Alemanha e Bélgica (não modernizado) tem mais unidades em estoques, deveriamos aproveitar a porta aberta e adquirir mais lotes.
Uma pena que no EB ainda não é visto a necessidade de termos um VBT que seja capaz de acompanhar o Leopard 1A5. Não vou “chover no molhado” mas todos sabem meu conceito sobre o M-113 mesmo que modernizado e com uma blindagem adicional.
CM
a unica coisa que falta, sao noticias sobre como ocorre o treino do pessoal e que alvos foram comprados para simular avioes e helicopteros de alta performance.
O EB não comprou alvos que simulem aviões e helicópteros de alta performance. É uma “não-notícia” rsrs.
Só a título de curiosidade, porquê o “meia dúzia” entre parênteses depois do “06”? Será que ninguém sabe que 06 e meia dúzia definem a mesma quantidade?
Mudando de assunto… Só falta mais um lote, certo?
Boa tarde Lyw, satisfazendo sua curiosidade, nenhum arti lheiro no EB fala “seis” e sim “meia duzia”.È considerado palavrão Uma explicação é que na transmissaõ de dados de tiro por fonia o algarismo 6 pode ser confundido com 3 e vice versa. Então é seis para os outros e meia duzia para a Artilharia.Por isso é que no EB se diz que “todo artilheiro é babaca” e eles aceitam na boa e não se ofendem. A propósito, sou de Infantaria. Sds e Feliz Páscoa a todos.
Que bom..
O Brasil deveria comprar muito mais lotes de GEPARD 1A2 antes que eles sejam vendidos para sucata infelizmente.
Eu ,particularmente, acho que deve ser criada uma versão do Guarani artilhada para esta mesma função do Gepard, acho que o Guarani com torre Torc vai fazer isso .
Sds.
Eduardo, considerando que a função do Guepard é acompanhar os tanques suponho que o Guarani não teria nem performance off-road (lagartas x rodas) nem blindagem suficiente para fazer esse papel adequadamente.
Acho que uma versão antiaérea do Guarani, se um dia existir, teria outras aplicações. E nesse caso acho que seria melhor ela usar mísseis.
Renato.B escreveu em 7 de abril de 2015 at 13:17 #
“… Eduardo, considerando que a função do Guepard é acompanhar os tanques suponho que o Guarani não teria nem performance off-road (lagartas x rodas) nem blindagem suficiente para fazer esse papel adequadamente. …”.
Renato, não entendi teu comentário!
Poderia esclarece-lo?
Renato, o Guarani tem como colocar blindagem adicional se necessário for, e , não sei como um veículo cuja variante caça tanques está em desenvolvimento não poderia fazer ,assim como o Gepard, a escolta (por assim dizer) de uma coluna de blindados sendo equipado devidamente com uma torre apta a este fim( defesa ant aérea). Torc 30 ???
Bacchi, o que acha?
Renato estes são comentários do grande Bosco sobre o tema em questão;
joseboscojr30 de junho de 2014 at 21:41#
Vale salientar que o fato do canhão Mk-30 da Rheinmetall ter uma cadência um pouco maior que o Mk-44 não faz o Guarani um veículo antiaéreo, no máximo, só o habilita a melhor desempenhar eventualmente essa função.
Um sistema antiaéreo baseado em canhão que usa munição de impacto (de 20 a 35 mm) pra ser realmente eficaz tem que ter uma cadência de tiro bem grande, geralmente maior que 1000 tiros por minuto.
(Os que usam canhão com projéteis pré-fragmentados, com explosão aérea, têm cadência de 120 a 1100 t/min.)
O Mk-30, operado a gás, tem cadência de 750 t/min e o Mk-44 (tipo “corrente”) tem 200 t/min (pode chegar a 600 t/min na dependência do motor elétrico).
Parece que no Guarani o Mk-30 teria um ângulo de elevação maior, o que também facilitaria a função AA.
Fato é que não se sabe ao certo o porque do EB estar adaptando esse canhão. Pode ser pra ter mais uma opção de fornecedor. Pode ser porque essa solução ofereça um perfil mais baixo. Pode ser por um motivo que não faço a mínima ideia.
Há algum tempo atrás foi divulgado que seria para dar mais flexibilidade ao Guarani, de modo a que ele fosse mais capaz na função antiaérea.
Por isso fiz meus comentários! Mas pode ser que o EB não queira usar o Guarani nessa função, nem de forma eventual, e essa possibilidade não faça parte da doutrina de uso do veículo/arma.
Mas até que o EB divulgue algo oficial, fica valendo a informação inicial onde a função AA eventual era aventada.
Vale salientar que o canhão Mk-30 ABM recebe a designação ABM por ser compatível com munição de explosão aérea (air burst), usando espoleta programada tipo AHEAD, que lança uma quantidade programada de “fragmentos” para a frente, formando um cone.
Mesmo se não for usado a cadência máxima de cerca de 800 t/min, e sendo mantida a mais comum de 200 t/min, o veículo com ele armado será mais apto na função antiaérea (principalmente antihelicóptero).
Parece que só a munição tipo AHEAD (KETF), semelhante ao usado pelo canhão AA 35/1000 é usada, sendo pouco útil contra alvos protegidos em trincheiras ou atrás de muros, etc., já que lança seus fragmentos para a frente (unidirecional) e não de forma omnidirecional (distribuição esférica de fragmentos).
De qualquer forma é uma munição que aumenta muito o poder de destruição do veículo e coloca o Guarani em sintonia com o que há de mais avançado no mundo, ficando só o enfrentamento de MBTs e outros veículos pesadamente blindados a cargo de munição APFSDS. Mk-44 também tem opção de usar munição “air-burst” omnidirecional (HETF), mas por algum motivo, optou-se, para a torre nacional, do canhão alemão que usa munição AHEAD (unidirecional).
Só de curiosidade, ao que parece, a silhueta da TORC 30 é menor porque há penetração do armamento no veículo, o que não ocorre com a torre israelense.
Não duvido que a TORC 30 possibilite maior ângulo de elevação, o que seria mesmo interessante para operações urbanas.
Vale salientar que veículos antiaéreos foram aproveitados nos combates urbanos, haja vista o LAV-AD (canhão GAU-12), justamente por ter grande cadência de tiro e grande ângulo de elevação.
Também cogitou-se uma versão A3 do M-1, que dentre outras características tinha um canhão com maior ângulo de elevação, justamente para otimizar seu uso em operações urbanas.
Seja visando a função antiaérea secundária ou priorizando a operação em centros urbanos, parece que o Guarani com a torre TORC 30 fará as duas coisas.
Um abraço.
Sds.
Renato,B: continuo esperando seu esclarecimento.
Oi Bacchi, pelo que entendo a função do Guepard é acompanhar e fornecer proteção AA aos nosso Leopard. E não sei se o Guarani tem performance off-road para acompanhar o tanque.
Ao mesmo tempo, como sugere o comentário do Bosco que o eduardo colocou, a capacidade antiaérea do Guarani é secundária, enquanto o Guepard é especializado.
Lembrando que estou considerando a versão existente do Guarani com o canhão 30mm, se vão fazer uma futura versão especializada aí já seria outra história.
diferença de 1 minuto 🙂
RsBacchi, agora eu tbm estou a esperar suas considerações !rs
Sds.
Complementando. Pelo que entendo o Gepard vai acompanhar unidades cavalaria, na frente. Enquanto o Guarani foi projeto para transportar tropas mais atrás, como infantaria mecanizada.
Renato B. – muito obrigado por sua resposta,
Sinceramente você não está sendo claro em sua pergunta.
Como você merece um comentário vou tentar faze-lo baseado em trechos de sua mensagem.
“… E não sei se o Guarani tem performance off-road para acompanhar o tanque. …”.
Eu sinceramente, não sei porque o Guarani deve acompanhar um carro de combate!!!
O Guarani não foi projetado para acompanhar carro de combate. Como um VBTP 6X6 ele foi projetado para ser o transporte do pessoal do Batalhão de Infantaria Mecanizada, e outras funções do mesmo batalhão, além de ser componente do Regimento de Cavalaria Mecanizado.
“… Ao mesmo tempo, como sugere o comentário do Bosco que o eduardo colocou, a capacidade antiaérea do Guarani é secundária, enquanto o Guepard é especializado. …”
Não existe nenhum ROB dedicado a uma versão anti aérea do Guarani. Ou seja, em outras palavras, não existe previsão de um Guarani anti aéreo.
Eu até hoje não consegui entender esta adoção de um canhão de 30 mm em ALGUNS dos Guaranis.
Em todos os exércitos do Mundo que eu conheço, o uso de canhão 20 mm, 25 mm, 30 mm ou 40 mm em VBTPs, o é em TODOS os veículos do batalhão, e não em ALGUNS, como parece ser que vai acontecer no Brasil
O 30 mm no EB parece uma arma procurando um uso.
Caro RsBacchi, eu que agradeço pelo comentário.
Talvez o problema de clareza se resolva se considerarmos o contexto: No caso estava comentando uma idéia do Eduardo de se usar uma versão do Guarani para substituir o Gepard.
Enfim, eu concordo com você que essa idéia não seria algo adequado. Especialmente quando acrescenta que a proposta do Guarani nunca contemplou essa possibilidade de uma versão antiaérea.
Bacchi,
Meu melhor palpite para o uso do canhão de 30mm em alguns Guaranis dos batalhões é que o EB queria por em todos, mas como não tem dinheiro, colocará apenas em alguns.
Rafael, eu sinceramente não sei.
Pessoalmente acho que resolveram adotar uma arma sem antes ter estudado seu uso.
Inicilamente falavam em que as 30 mm seriam instaladas nos carros dos comandantes de pelotão, depois de um tempo falaram que seriam agrupadas em pelotões anti carro (um uso completamente sem nexo).
Continua achando que é uma arma procurando seu uso.