Exército Brasileiro recebe munição 30mm da CBC para emprego no Guarani
Vídeo divulgado pelo Exército Brasileiro (EB) na quarta-feira, 25 de março, mostra o recebimento dasnovas munições 30 mm que serão utilizadas pelas Viaturas Blindadas Guarani. A munição é fornecida pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).
Falando em Guarani, aproveite para assistir também ao vídeo abaixo, de outubro de 2011, com demonstração de tiro real com a viatura. Segundo o EB, este é o mais assistido em seu canal no Youtube. O vídeo de pouco mais de três anos atrás também aborda a entrega dos dois primeiros radares Saber M60.
COLABOROU: Sandro
As municoes do Gepard, são produzidas pela CBC tb ???
o EB importa alguma munição ??
Não, a munição 35X228 mm não é fabricada no Brasil.
Quando o EB adquiriu os Gepard, recebeu uma grande quantidade dessa munição.
Bom dia a todos os Senhores,
Wolf, foi adquirido entre dois e três milhões de cartuchos, junto com os Gepard’s.
Se buscar na net acho que aqui mesmo no Forte.Jor vai encontrar a informação de maneira mais precisa.
CM
http://www.forte.jor.br/2014/06/17/exercito-adquire-540-mil-municoes-para-o-gepard/
Há décadas operamos canhões de 35 mm e até hoje não fabricamos a munição.
Uma pena!!
Bosco,
Pior ainda …é não termos capacitado a IMBEL a produzir canhões AA de 35mm e 40mm. Três unidade fabris e nenhuma dedicada a pesquisa, desenvolvimento e produção de canhões. Triste!
CM
NOTA:
cacete que diferença de 3 ou 4 milhões de cartuchos para 540 mil kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Notícias Populares …jornaleco de SP.
rsbacchi e Caludio Moreno,
pergunto isso exatamente por esse motivo. Li aqui no Forte que o EB recebeu alguns contadores com munição para os Gerard… na epoca o pessoal “calculou” que era munição para uns 06 minutos de guerra….
as municoes de canhões não deveriam ser uma questão básica ??? de soberania ???
tirando a Alemanha, de quem mais poderíamos comprar as uniões pro Gerard ?!?!
contadores= containers
Pois é meu caro Wolf…usando a frase do “Todo mundo Odeia o Cris” : _sabe como é que é…”
Para termos uma idéia, a Avibras e o Grupo Nexter anunciaram a assinatura, na Eurosatory 2014, (portanto a quase um anao atrás) um acordo de cooperação visando o desenvolvimento de uma versão do Sistema de artilharia de 155 mm CAESAR, baseada nos mesmos requisitos de mobilidade, logística e capacidade de comando e controle do Sistema Astros, produzido pela empresa brasileira.
Disso tudo o que saiu até agora?
N.A.D.A. !
Pode parecer loucura o que direi, mas infelizmente parece que nossos governantes e os nosso generais querem reviver tudo o que sempre passamos como nação em época de guerra…ou seja sermos pegos de calças na mão! Foi assim na Guerra do Paraguay, na Primeira Guerra Mudial e também na Segunda Guerra Mundial.
Acreditam que sempre o refrão de nosso hino será o salvador de nossa adorada e amada Terra e Mãe:
A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor.
CM
Hoje em dia, com a possibilidade cada vez mais remota de conflitos entre Estados durarem muitos meses ou anos, sendo o mais provável que sejam de curta duração, acho a fabricação da munição muito mais estratégica que a fabricação de caças, navios, tanques, submarinos, etc.
Saber fabricar um caça em estado da arte pode até ser vantajoso do ponto de vista mercadológico, mas não agrega em nada em termos de soberania ou auto suficiência num caso de conflito real.
Um caça levar (salvo engano), um ano inteiro pra ser feito. Até lá qualquer conflito já teria findado.
Um país, do ponto de vista puramente estratégico, pode muito bem operar equipamento estrangeiro e comprar de prateleira, já que em caso de um conflito real não dar tempo para que unidades sobressalentes sejam fabricadas para substituir as que foram perdidas.
Já em relação às armas de uso pessoal e as munições (incluindo mísseis), ou as armas mais rústicas, como morteiros, obuseiros, lança-rojões, etc, vejo como prioridade. Muito maior inclusive que aprendermos a fazer caças Gripen ou submarinos nucleares.
Só pra citar um exemplo, há pouco mais de meia dúzia de países que fabricam caças, e há menos ainda que os fabricam inteiros (incluindo motor, radar AESA, etc), e nem por isso estão “desesperados” pra poderem ter capacidade para tal, e igualmente, nem por isso se sentem indefesos ou com sua soberania ameaçada.
Um país “pobre” como o Brasil tinha que antes de se habilitar a produzir caças e submarinos, produzir toda a sua munição, armas de uso pessoal, armas rebocadas, canhões de pequeno calibre, morteiros, veículos de combate (mais rústicos e que podem ser fabricados às centenas), etc.
Agora, do ponto de vista industrial/econômico, sem dúvida fabricar caças, agrega. Mas aí é outra história, que não tem nada a ver com “estratégico”.
Poderíamos comprar uns A-10s, já que fabricamos munição e os EUA querem se livrar do avião 😉
Bosco
corretíssimo sua colocação. Por exemplo a munição do JAS Gripen é 27mm nunca tivemos isso no inventário d FAB. Quem irá fabricar tal munição? Montaremos o caça ma vamos depwnder de fora para armar o canhão?
CM
Cláudio,
De fato, a questão da munição levantada pelo Bosco é das mais importantes, quando se pensa em estoques e na necessidade de poder recompor rapidamente. Mais de uma vez na história, durante crises nas relações internacionais e conflitos, as Forças Armadas estiveram com estoques muito abaixo do necessário.
Mas não vejo um problema do outro mundo a introdução de um calibre ainda não usado.
Até onde me lembro, o EB não utilizava canhões (e munição) de 30mm em viaturas blindadas, e essa introdução levou a decidir pela fabricação dessa munição aqui, e providências foram tomadas para esse fim.
A FAB, com a aquisição do Mirage na década de 1970, introduziu um calibre de canhão de caça que não utilizava. Uma versão mais avançada desse mesmo canhão (DEFA) mais tarde também equipou o A-1. E essa munição, que não fazia parte do inventário, é feita aqui (no canal do YouTube da FAB, há um programa a respeito).
Cumpridas as exigências financeiras, técnicas e de patentes, licenças etc (ou mesmo de pesquisa e desenvolvimento) e havendo interesse em suprir nacionalmente a demanda, não vejo nenhum problema do fim do mundo em se fabricar aqui munição de 27mm, ou mesmo a de 35mm citada mais acima, se assim for decidido.
Se foi possível no passado, se é possível no presente, por que não seria possível no futuro, desde que a empresa apta a fabricar ainda exista?
Além da CBC, a IMBEL e a ENGEPRON produzem munições de vários tipos, com destaque para esta última, que serve a marinha com munições de 40mm à 127mm.
https://www.emgepron.mar.mil.br/index/municao.php
Como disse o Nunão, produzir munições de 35mm, 27mm e mesmo as de 23mm (AH-2) não seria problema algum.
Só depende de $!!!
Lyw,
Ainda tem a de 25 mm, usada pelos canhões da classe Amazonas, que também não são fabricados aqui.
Ou seja, até agora não fabricamos munição para os canhões de 23mm, 25 mm e 35 mm.
E num futuro longínquo sabe-se lá quando, do 27 mm.
Lyw, só um complemento ao seu comentário que ressaltou a produção aqui no Brasil das munições da Marinha: a Emgepron não produz munição, no sentido estrito do termo.
O que ela faz é gerenciar uma fábrica pertencente à Marinha do Brasil que produz munição, a FAJCMC (Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos).
Só deixo claro isso pois volta e meia tem gente que diz que a Emgepron projeta e constrói navios, quando na verdade (e sem nenhum demérito) seu trabalho é gerenciar essas atividades, que são realizadas por outras organizações da MB, como o Centro de Projetos de Navios da Diretoria de Engenharia Naval e o AMRJ, além de estaleiros privados. Também promove os produtos e sua comercialização, entre outras atividades.
joseboscojr 28 de março de 2015 at 12:10
Acrescente a isto ainda as munições de 30×165 se os Pantsir vierem!
Fernando “Nunão” De Martini 28 de março de 2015 at 14:03
Bem lembrado Nunão!
Bom Sábado a todos!
Nunão, também não vejo como um problema insolúvel a adoção de um novo calibre.
Mas a questão é custos de aquisição, de quem comprar e por quanto tempo (o fator tempo está atrelado a possíveis desavenças com nações que nos forneçam aquilo que não fabricamos, não quero dizer que venhamos ter um embargo tal como Argentina e Venezuela, mas pode acontecer de o tempo de entrega dos repostos serem bem longos… já tivemos problemas assim com EUA para repostos do F-5).
Em fim…fico muito triste de que o básico para manutenção de uma guerra de curto prazo, nos tenhamos que ficar deliberando sobre estoques de reposição.
NOTA:
Não sejamos totalmente desmiolados em pensar que devasse ter estoque de milhões de cartuchos disto ou daquilo, pois há prazos de validade e necessidade de condições de abrigo adequados.
Em certa ocasião houve uma discussão acalorada com alguns amigos oficiais que então serviam no PQ RMNT/5 sobre quantidade de estoques para Obus de 155mm. Outros e eu defendíamos um mínimos de 90 dias ao passo que outros diziam que até 60 dias é aceitável. Eu acho que não!
CM
Espero que a CBC faça a munição para o EB com qualidade melhor do que as 22 LR que usamos no tiro esportivo.
Off topic pertinente:
http://www.revistaoperacional.com.br/exercito/exercito-brasileiro-moderniza-sua-frota-de-blindados/#.VSLENmk1ijI.facebook
Muito pertinente mesmo, Lyw.
Nem sabia que os contratos assinados chegavam a esse número. Pelo que eu tinha anotado, dava cerca de 120 unidades contratadas.
Bom saber que a fabricação do Guarani continua.
Também fiquei surpreso Rafael, imaginava algo em torno deste número também.
Agora, esta quantidade de veículos, foi comprada através do orçamento de 2014, vamos ver como vai ser em 2015, a poucos dias li que 90 unidades seriam incluídas no PAC para serem entregues esse ano… Será?
Difícil fazer qualquer prognóstico, né Lyw? rsrs. Nem sei se faz mais diferença algo estar no PAC ou não rs.
A vantagem é que a Iveco tem uma certa capacidade financeira de fabricar alguns Guaranis, mesmo que os pagamentos atrasem, além da suposta venda de 10 deles ao Líbano.
O importante é a linha de produção não parar e, principalmente, não demitirem os empregados qualificados para fabricar o veículo.
O jeito é esperar e torcer por essa encomenda.
Segue o link:
http://www.brasil.gov.br/governo/2015/03/orcamento-de-2015-e-aprovado-pelo-congresso
Do orçamento aprovado para 2015, 5,4 bilhões sairão do PAC para atender programas de Defesa. Destaco a parte a seguir:
“Em 2015, além dos seis eixos temáticos, a área de defesa também receberá recursos do PAC: serão R$ 5,4 bilhões. Entre os planos do Executivo está a aquisição de nove helicópteros franceses de médio porte, a compra de blindados Guarani e o desenvolvimento da aeronave de transporte militar KC-X pela Embraer em parceria com o Ministério da Defesa.
Cerca de R$ 1 bilhão dever ser usado na aquisição de parte dos 36 caças suecos Gripen, para substituir os antigos e já desativados franceses Mirages. A transação foi fechada pelo Brasil no fim do ano passado ao custo total de cerca de R$ 10 bilhões, a serem pagos até 2023.
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos, da Marinha, e o Sistema Integrado de Fronteiras, do Exército, também devem ser beneficiados, conforme o texto aprovado.”
Não diz nada sobre quantidades, mas pelo menos este projeto continua… Já a história dos Helicópteros de Ataque… Sonho meu…