Buk M1

 

Buk M1

Investigadores do Escritório do Procurador Nacional da Holanda completaram a primeira fase do trabalho que tinha como objetivo apurar as causas da explosão, a 17 de julho de 2014, do jato Boeing 777 da Malaysian Airlines que cumpria o voo MH-17, com destino a Kuala Lampur, e foi destroçado no ar quando se encontrava no espaço aéreo da Ucrânia.

Entre tripulantes e passageiros morreram 298 pessoas, a maior parte delas cidadãos de nacionalidade holandesa.

A apuração concluiu que, conforme se suspeitava desde a época da tragédia, a aeronave foi destruída pela explosão de um míssil do sistema antiaéreo autopropulsado de médio alcance Buk-M1-2, pertencente ao Exército russo – e, mais importante, que essa arma, por sua complexidade técnica, só poderia ter sido operada por militares russos.

A força terrestre da Rússia possui mais de uma centena de sistemas Buk. Eles operam a partir de uma viatura blindada 9k38, de tração 6×6. A bateria antiaérea que se encontrava no lado oriental do território ucraniano, reforçava a defesa dos rebeldes separatistas pró-Rússia que controlam a região.

Alcance – O Buk foi projetado e desenvolvido na década de 1970, com a missão de substituir o míssil Vympel 2K12 Kub, designado SA-16 pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), nos anos de 1960.

A versão M1-2 do Buk – que os especialistas ocidentais da Aliança Atlântica redesignaram SA-17 Grizzly – incorporou um míssil 9M317, de 40 cm de diâmetro, capaz de cortar o espaço impulsionado por propelente sólido, à velocidade de 1.230 metros por segundo. Orientando-se por radar semi-ativo, esse vetor mostrou-se apto a alcançar alvos a distâncias de até 45.000 metros.

A reputação do sistema russo cruzou fronteiras. No segundo semestre de 2012, um grupo de sete militares venezuelanos viajou à cidade de Ulyanovsk, na região central da Rússia, para ser treinado na operação de um sistema Buk M2E (nomenclatura do equipamento destinado à exportação).

A arma russa chegou ao território venezuelano no primeiro trimestre de 2013, montada sobre uma viatura MZKT-69221 – de maior porte e mobilidade que a usada pelo governo de Moscou em apoio aos separatistas ucranianos.

Evidências – Reunidos em uma base aérea holandesa, investigadores, especialistas em acidentes aeronáuticos e militares qualificados em defesa antiaérea que trabalharam na primeira fase de diligências, examinaram mais de um milhão de evidências – destroços do avião, fotografias e videos, bem como testemunhos orais e escritos, acerca da tragédia com o Boeing malaio.

De acordo com o apurado, a bateria antiaérea empregada para derrubar a aeronave havia sido levada para território ucraniano pouco antes de ser usada.

Na segunda fase dos trabalhos, o Escritório do Procurador holandês pretende identificar os responsáveis pela derrubada da aeronave, fato que teria acontecido devido a uma análise tragicamente equivocada acerca do tipo de alvo que sobrevoava a fronteira da Ucrânia com a Rússia no dia 17 de julho do ano passado.

Essas diligências vão querer respostas para as seguintes perguntas:

A) Que pessoas operavam a bateria antiaérea responsável pela ação contra o voo MH-17 ?;

B) Quem, no território ucraniano, detectou o tráfego do Boeing malaio e concluiu (erradamente) que se tratava de um avião militar ucraniano, ordenando, em consequência disso, o disparo do míssil?

C) Quais autoridades do Exército russo aprovaram e ordenaram o envio da bateria antiaérea para a Ucrânia?

D) Quem, no governo de Moscou, respaldou, aquela época, a intervenção do Exército no conflito interno da Ucrânia?

Há muitas perguntas que ainda estão sem resposta. Entre elas: como era feita a localização e identificação dos alvos aéreos dos separatistas ucranianos? Os investigadores ocidentais acreditam que, sozinhos, os rebeldes pró-Rússia não teriam qualificação técnica para monitorar o tráfego em altitudes elevadas.

De qualquer forma, as conclusões da primeira fase da investigação – cujo destino final é a apresentação perante a Corte Internacional de Haia – claramente envolvem o governo do presidente Vladimir Putin na morte das 298 pessoas que viajavam no voo MH-17.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

35 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Marcos Gilbert
Marcos Gilbert
9 anos atrás

Mais uma vez a gana por dinheiro fez a Malaysian Airlines autorizar vôos por sobre zona de guerra deu no que deu então, para mim o grande culpado das mortes de todos que estavam no avião é a Malaysian Airlines representada pelos seus dirigentes, eles é que tem que ser processados, presos respondendo pela displicência em função de lucros.

Abraços

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Não acredito no que eu li ai em cima.

Colocaram os ratos na dispensa e a culpa são dos alimentos ?

Quase trezentas famílias foram desgraçadas e vem uma afirmação dessa ?

Rebeldes e Ucranianos não tinham capacidade para tal.

Já o Adolf Josef Putin sim.

Que as sanções internacionais aumentem, que o preço do petróleo e gás baixem mais e que esses facínoras ardam no inferno.

O opositor Russo que morreu a alguns dias:

O cara entrou na trajetória das balas que o mataram e quem mandou ele estar naquele lugar bem na hora que passou um caminhão baú onde tinha uma câmera de segurança oposta.

Pena que a mãe e o pai de certas pessoas não estavam no voo, reiterando a tragédia para os demais.

“Riqueza alguma poderá proporcionar a paz a um homem mau.”

Platão

eparro
eparro
9 anos atrás

Marcos Gilbert 22 de março de 2015 at 23:47 #

Discordo totalmente.

A meu ver é absolutamente injustificável, em qualquer situação, abater um avião civil. Atacar civis é, por si só, uma crueldade e de uma covardia imensurável. Seja em tempo de guerra, seja por terrorista, seja por quem for!

E mais, também não acredito que tenha sido sem intenção ou por erro haja vista que o operador, para iniciar o uso do equipamento, deve ser treinado e certamente ser capaz de distinguir “trigo e joio”!

Groo
Groo
9 anos atrás

Por que a foto de um SA-06?

tadeumar
tadeumar
9 anos atrás

Essa carnificina foi feita pelos soldados russos. Aqui nao tem mao de rebelde.

Essa bateria SAM nao e para qualquer um, portanto, a Russia esta por tras de mais uma chacina aerea.

O 777 estava em sua rota comercial (flight level), sem alteracoes.

A Russia ja derrubou um 747 antes da KLM. O Jumbo estava perfeitamente visivel aos pilotos dos MIGs que o derrubaram.

A culpa nao deste ultimo acidente nao e da Malaysian AirLines….a culpa e de Moscou.

wenerassis
wenerassis
9 anos atrás

Pode ser que sim, mas não há como saber, são europeus que estão fazendo a investigação e eles são suspeitos pois ao por o mundo contra a Russia quem ganha acesso a Ucrânia são eles e os estados unidos. Ou seja, acusações e investigações parciais…

aldoghisolfi
aldoghisolfi
9 anos atrás

Inadmissível a posição do Marcos Gilbert!

É forçar a inversão na ordem dos valores e descrimiinalizar o indescriminável.

O jato foi abatido como um pato gordo, sem justificativa, pois ao que tudo indica ele estava autorizado a cruzar aquele espaço aéreo, no FL pré-estabelecido, em data e horário costumeiro.

Foi um crime bárbaro que precisa ser chamdo à responsabilidade internacional, sim!, inclusive para a segurança do civil que voa!

trackback
9 anos atrás

[…] sua complexidade, essa arma só poderia ter sido operada por militares russos (Ver a matéria “Este foi o míssil que matou 298 inocentes a bordo do voo MH-17”, publicada ontem, 22 de março, no ForTe – Forças […]

Kojak
Kojak
9 anos atrás

tadeumar

Caro Tadeu

foi da korean air.

“wenerassis
23 de março de 2015 at 13:31 #”

“Teoria da conspiração” ? (kkkk rsrsrsrs)

Ele acredita em duendes, papai noel etc …..

A culpa foi do FHC se vc tivesse afirmado colava menos ridículo.

Marcos Gilbert
Marcos Gilbert
9 anos atrás

Não estou justificando nada, só estou dizendo que o $$$ para Malaysian Airlin foi mais importante que a segurança dos passageiros, pois é sabido que em zona de guerra existe amigo e quem não é amigo é inimigo. Para não gastar mais com combustível eles jogaram com a sorte e perderam pois sabiam muito bem do risco que corriam , agora se eles não pensaram nisso então fecha a empresa aérea e dá lugar para quem é competente, O pior é que as famílias que confiaram na empresa é que pagaram caro.

Não sou a favor nem de Russo nem de Ucranianos para mim tanto faz como fez tanto.

Abraços

M@K
M@K
9 anos atrás

Desculpem minha ignorância…mas a foto é de um Buk-M1????

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

M@K,
como o Groo disse, a foto é do SA-6, chamado de Kub.
O Buk é mais moderno e substituiu o Kub (SA-6).
As diferenças são:
O lançador do Kub tem 3 mísseis e a do Buk tem 4;
O lançador do Buk tem associado ao lançador, o radar iluminador (TELAR);
O míssil do sistema Buk não é propulsado por um sistema de motor foguete com ducto (tipo ramjet), e sim por motor foguete sólido, portanto não tem as tomadas de ar como o Kub.

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
9 anos atrás

Pergunta… Em uma tela de radar, qual a diferença entre um Il76 e um B-777 ?
Estou com o Marcos… Junto com quem disparou o míssil, a Malasyan Airlines é culpada sim !! Insano permitir 300 pessoas sobrevoarem uma zona de conflito da intensidade do conflito ucraniano

vassilizaitsev
vassilizaitsev
9 anos atrás

TB estou com o Marcos………… no meu ver, a Malaysian Airlines tb sua parte na culpa sim………. bastava ter alterado a rota para ter ocorrido outro desfecho……. mas aposto como o fator custo do combustível falou mais alto.

E, se não estou enganado, a Ucrânia tb é operadora do BUK.

abraços.

Marcos
Marcos
9 anos atrás

Aeronaves comerciais operaram durante toda a guerra Irã-Iraque dentro de um corredor aéreo.

Marcos
Marcos
9 anos atrás

Inversão de valores. A culpa agora é da vítima que perambulava pelo ares, enquanto o inocente criminoso estava lá, só olhando, sem ter o que fazer. Foi então que…

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Os que afirmam essa asneira de culpar a Malasyan Airlines não fazem ou nunca fizeram voos comerciais internacionais nas chamadas “áreas quentes”.

Neste exato momento centenas de voos estão fazendo isso.

Insistir numa tese é uma coisa, ser ignorante no assunto é outra.

Kojak
Kojak
9 anos atrás

” Na semana passada, mais de 800 voos de diferentes empresas optaram pela mesma rota que o da Malaysia Airlines.”

“Sobre o caso do MH17, o diretor comercial da companhia disse à CNN: “A rota foi aceita pelo controle de tráfego europeu. Exatamente como muitos outros, nós optamos por essa rota, que vinha sendo realizada há várias semanas por diferentes empresas. E com centenas de aviões passando por lá diariamente.”

Lembrando que a cura da SIDA (AIDS) poderia estar nesse voo.

Uma pequena amostragem:

http://edition.cnn.com/2014/07/22/travel/conflict-area-flights/index.html?hpt=hp_t3

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Além do texto, vejam os vídeos ….. todos bem interessantes..

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Mudando de pato pra ganso e totalmente off topic.
Muitos acreditam ser o míssil Meteor superior em desempenho e mais avançado que o míssil Amraam por conta da propulsão aspirada do primeiro, que teoricamente teria maior alcance já que aproveita o O2 da atmosfera no seu sistema propulsor tipo “ducto”, que é um tipo de ramjet que usa combustível sólido em vez do querosene de um ramjet clássico.
Isso não é verdade e uma “prova” disso é que essa propulsão já era usada pelo SA-6 (Kub) há 50 anos e que foi substituído pelo Buk (SA-11/17), que usa propulsão “convencional”, por motor foguete sólido.
Fim do “off topic”.

joao.filho
joao.filho
9 anos atrás

Adolf Josef Putin???? Hahaha!!! Essa foi boa, Kojak! Foi ele que invadiu e destruiu o Iraque, criando esse inferno que agora existe lá??? Ah, ja sei, o Putin deveria ter agarrado o K-Y Jelly e deixar os Estados Unidos levar a OTAN até Moscow, não? Haha. Boa, mesmo.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Eu tinha dúvidas sobre quem perpetrou o abate do avião até o dia que vi aquelas “fotos do satélite” que foram apresentadas pelos russos como prova de serem os ucranianos.
Além de ser praticamente impossível a coincidência de um satélite de reconhecimento fotográfico estar enquadrando aquela área restrita justamente naquela hora precisa do disparo do míssil (é mais fácil ganhar na Sena), de tão tosco o fake que parecia ter origem no serviço de “desinformação” iraniano.
Se a Rússia tentou forjar uma prova, é porque “devia”.
Simples assim!!

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

João,
Não há mais americanos no Iraque.
Se está instalado um inferno lá agora, a culpa não pode ser dos americanos.

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
9 anos atrás

“Kojak 23 de março de 2015 at 22:07 #

Insistir numa tese é uma coisa, ser ignorante no assunto é outra.”
.
.
Uma coisa é discordar… outra coisa é tentar SEMPRE desqualificar a idéia dos outros. Qual é o seu problema ?
Por um acaso o senhor é um especialista no assunto e tem o prazer sádico de desqualificar os outros ?

Leia e releia os comentários de todos que, inclusive eu, acham que a Malasyan tem culpa… NINGUÉM isentou o atirador (o principal culpado). Apenas temos a OPINIÃO de que a companhia aérea tem parcela de culpa sim…

É algo similar ao que ocorreu na rota comercial do chifre da África… É menos oneroso (financeiramente) colocar em risco a vida de meia dúzia de marinheiros do que adotar medidas práticas, como mudança de rotas e etc…
A grana sempre ganha a dispulta

joao.filho
joao.filho
9 anos atrás

Não ha mais americanos no Iraque???
Que jornais andas lendo???

http://mobile.reuters.com/article/idUSKBN0IR22I20141107?irpc=932

Melky Le Faucheur
Melky Le Faucheur
9 anos atrás

Sabe o que vai acontecer ?, O Mesmo que com os responsáveis por derrubar o Voo 655 da Iran Air (USN) e o Korean Airlines Voo 007 (URSS), absolutamente nada. Nenhum país vai declarar guerra a outro por causa de 300 pessoas (a não ser que o culpado seja um país miserável do Oriente Médio/Próximo), infelizmente para as famílias da vítimas, a justiça não sera feita. E felizmente pois um conflito é uma bola de neve, vide, por exemplo, a Primeira Guerra Mundial.
Por outro lado, em zonas guerra, merdas acontecem, é fácil criticar aqui sentado na frente do PC na segurança do lar, mas e se fosse o nosso na reta, teriamos feito diferente?, talvez sim ou talvez não, o mais provável é, quem sabe.

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Bosco,

satélite não, mister M (rs)

Não viram o link que postei:

“Conflict area flights.”

Neste momento centenas de voos comerciais estão sobre “zonas/áreas quentes”, todo tempo.

Ai vem o Doutor “eu quero porque eu quero” desqualificando fatos com opiniões.

Ignorante, escolhe:

Que não tem malícia,

ingênuo, inocente, puro.

Que não tem conhecimento,

analfabeto, apedeuta, apedeuto, desconhecedor, desculto, desinformado, ignaro, iletrado, incompetente, inculto, indouto, inexperiente, insciente, insipiente, ínscio, leigo.

“inclusive eu” (rs)
(Esta no seu texto essa preciosidade de português).

Afirmações “em caixa alta” ?

https://www.youtube.com/watch?v=4oUCdrNBLto

Shalom aleikhem

Salaam Aleikum

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Melky Le Faucheur

Errado.

Somando a Cosa Nostra, Camorra Napolitana, Ndrangheta e a Sacra Corona Unita não dá a máfia Russa.

Eles controlam as grandes Empresas, os negócios que geram altos valores agregados, Óleo e Gás(aqui tem umas coisinhas a mais rs) ou seja: o que dá grana na terra da vodka.

Com o bloqueio UE, USA e mais um monte de países eles (Russkaya Mafiya) estão perdendo muito dinheiro.

O Adolf Putin vai virar “pato ao alvo” e não vai demorar muito.

http://www.dw.de/extrema-direita-europeia-se-re%C3%BAne-na-r%C3%BAssia/a-18333328

Raciocinem, tudo por causa da Ucrânia ?

Quem acertar ganha um ovo de pascoa.

Vache zdoróvie !

tadeumar
tadeumar
9 anos atrás

Nenhum aviao em rota comercial naquele corredor aereo esta sujeito a friendly fire.

Flight Level, significa que a aeronave esta em rota, altitude, velocidade e direcao fixa.

Varias aeronaves passaram pelo mesmo corredor aereo (airway), portanto quem disparou o gatillho sabia o que estava voando la em cima.

O caso do aviao do Iran, derrubado pela US. Navy, foi culpa do piloto, o qual recebeu instrucoes da marinha americana para mudar a rota, devido ao intenso clima de beligerancia na area.

O macho piloto iraniano, nao so ignorou as varias advertencias feita pela fragata Aegis, como tambem comecou a baixar de altitude (mundando o flight level), e indo em direcao ao Aegis, o qual os oficiais interpretaram como possivel ameaca e com resposta, dispararam o missil.

Sao circustancias totalmente diferentes. O aviao da Malasya era perfeitamente identificavel no radar.

A pergunta que ficara no ar para sempre e a seguinte: Porque dispararam contra uma aeronave civil gigantesca como e o caso do 777???

lynx
lynx
9 anos atrás

Se VC coloca uma pistola na mão de uma criança de 10 anos, ela dispara a arma e mata alguém, mesmo que sem querer, a culpa é sua, pois trata-se de um incapaz.
Militares profissionais estabelecem regras de engajamento para utilização de seu armamento, mesmo em conflitos, para evitar matar inocentes ou companheiros. Essas regras estabelecem itens objetivos para que se avalie a postura do alvo. Se forem positivos, fogo nele. No caso de aviões comerciais a coisa é até simples. Se não foi estabelecida um espaço aéreo proibido, o avião está seguindo uma aerovia conhecida, na altitude correta para vôo no sentido em que está voando, com o transponder ligado e identificado, em comunicação bilateral com o órgão ATC da área, nada nesse mundo justifica abrir fogo.
E se você não tem radares capazes de fazer esse rastreamento, só o DT do lançador de mísseis? Bem, se VC não é um pistoleiro, estará rastreando sites abertos da internet que mostram, em tempo real, a posição das aeronaves sendo controladas pelo Eurocontrol e suas adjacências. Há vários. Ou, em último caso, ligará para o órgão ATC da área e perguntará. Isso te dará a certeza? Não, mas é mais um dado para compor sua decisão.
Mas e se VC não tem tempo para isso? Porque não teria? Não sabe ver que o alvo em seu DT é de grande porte e está a 38.000 pés? Que ameaça ele é para VC se não se tratar de um B-52? Nenhuma! Então por que atirou?
Ah! VC não estava querendo se defender e sim abater um avião de transporte inimigo que algum inconsequente disse que estaria passando naquele exato local e naquela hora? Então, senhores, temos aqui uma criança pistoleira!
E quem é o culpado? Quem pôs a arma na mão dela!

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas”.

Frase em qualquer stand de tiro mequetrefe.

“lynx
24 de março de 2015 at 13:26 #”

Irrepreensível ! Parabéns.

“tadeumar
24 de março de 2015 at 10:52 #”

Muito bom ! Abraços.

Melky Cavalcante
Melky Cavalcante
9 anos atrás

tadeumar
24 de março de 2015 às 10:52 #

Culpa do piloto iraniano ?, o piloto do IR665 foi o menos culpado, se é que foi culpado pelo acontecido.
O Voo IR 665 estava dentro do corredor aéreo amber 59, com o IFF ligado no modo III com o código 6760 transmitindo continuamente, seguindo o plano de voo e se comunicando com o controle em Bandar Abbas (último contato as 0654 zulu a 12,000 pés e subindo e a 380 kts), tudo corroborado pelo sistema e pessoal do USS Sides (FFG-14), tanto que este classificou a aeronave como Não Hostil.
A Culpa foi do comando USS Vincennes, que naquela época não tinha nenhum equipamento adequado para monitoramento de frequências de aviação civil(caso contrário estaria ciente da comunicação entre o IF665 e a torre de Bandar Abass), além da International Air Distress frequency, apesar de ser um navio defesa aérea e estar operando em uma zona de intenso trafego aéreo (corredor aéreo amber 59). E de acordo com o Almirante William Crowe o Vincennes estava operando em águas territoriais iranianas.

Em 6 de novembro de 2003, a Corte Internacional de Justiça concluiu que as ações da Marinha os EUA no Golfo Pérsico na época tinha sido ilegal.

Vice-presidente George H.W. Bush (depois presidente) declarou um mês depois,
“I will never apologize for the United States of America, ever. I don’t care what the facts are.”
Newsweek, 15 ago 1988

Essa declaração Diz Tudo.

ROTAnaRUA
ROTAnaRUA
9 anos atrás

Kojak
24 de março de 2015 at 5:52 #

“Somando a Cosa Nostra, Camorra Napolitana, Ndrangheta e a Sacra Corona Unita não dá a máfia Russa.”

Não é bom por aí, pois, na verdade, a máfia italiana (estou incluindo aqui todas essas organizações que você citou) é mais poderosa que a máfia russa (possui diversas organizações, também), já que a primeira, além de atuar em seu país, atua fortemente no âmbito internacional, enquanto a segunda tem uma atuação mais voltada para a Rússia.

É preciso dizer que elas atuam de modo distinto.

A máfia russa, após a queda da União Soviética, se aproveitou de toda a falta de organização gerada e se instalou em diversos setores, notadamente no governo, da Rússia e das ex-repúblicas soviéticas.

Quanto a máfia italiana, ela é a grande operadora do tráfico internacional de armas e drogas, além de atuar na falsificação de muitos produtos, no contrabando de cigarros (que gera muito dinheiro). A presença das organizações criminosas italianas é muito forte, ainda, na construção civil, por meio da qual elas lavam vultosas quantias de dinheiro.

Lembra de alguns contêineres cheios de lixo que andaram chegando no Brasil? Serviço tipico da máfia italiana. Ela se encarregam de dar fim em lixo tóxico de muitas indústrias na Itália e em outros países europeus.

Só pra se ter uma ideia da força da máfia italiana, após a queda da União Soviética, ela comprou estoques inteiros de armamentos, os quais simplesmente sumiram dos registros. A Camorra, por exemplo, tem em sua folha de pagamento oficiais russos de alta patente que ficam encarregados de tomar conta desses arsenais.

Ressalte-se que esses armamentos não são só vendidos pra bandidos, como os traficantes brasileiros, mas sim para Estados. A máfia italiana forneceu muito armamento para países africanos. Imagine, uma organização criminosa suprindo as necessidades bélicas de um Estado, vendendo fuzis, carros de combate, helicópteros de ataque e caças.

A Argentina, durante a guerra das Malvinas, só não comprou armamento da Camorra, pois o conflito acabou antes.

M@K
M@K
9 anos atrás

Obrigado pela explicação joseboscojr.
Gosto do assunto mas não entendo muito. O que me chamou a atenção na foto foi mesmo a falta do radar que tinha visto em outras imagens. Abraços.

tadeumar
tadeumar
9 anos atrás

Melky,

Os EUA reconheceram que houve um erro na interpretacao dos eventos naquele fatidico dia.

Os EUA tambem recompesaram monetariamente as familias das vitimas, em virtude do erro cometido pela US. Navy.

Agora se o dinheiro chegou na mao dessas familias; isso nunca saberemos.