American Sniper: lobos e ovelhas
Thiago Cortês
Todos admiram, mesmo que secretamente, pessoas que recusam o cinismo predominante e brindam os seus próximos com uma amostra do que é a virtude em ação.
O novo filme de Clint Eastwood começa com o sermão de um pastor sobre o apóstolo Paulo. O que Paulo ensinava e fazia, explica o ministro, era motivo de escândalo para a maioria dos seus contemporâneos. Mas Paulo tinha dentro de si a convicção de estar fazendo a coisa certa.
Chris Kyle está no culto com sua família. Ele ainda é uma criança, mas ouve atento o pastor explicar que somos incapazes de decifrar o padrão de Deus nos eventos que ocorrem na nossa vida. Só podemos considerar real e verdadeiro o que podemos enxergar?
Não se engane pelo cenário da história ou seu contexto histórico. American Sniper não é sobre a Guerra do Iraque – nem contra e nem a favor – ou sobre qualquer aspecto da vida militar.
O drama de Clint Eastwood é sobre os dilemas morais enfrentados por homens de convicção em um mundo no qual a defesa de qualquer princípio – por mais óbvio que seja – é vista como uma atitude fundamentalista. A convicção é uma anomalia. O mundo jaz do relativismo.
Se você quiser defender uma visão moral, prepare-se para enfrentar dilemas terríveis. Se você quiser se sacrificar por algo maior, prepare-se para a solidão. Sim, solidão: ao dizer que está disposto a morrer pelo seu país, Kyle ouve da futura esposa: “você é um egocêntrico!”.
Chris Kyle é filho de um diácono e de uma professora de escola bíblica dominical. Desde cedo ele aprendeu que a defesa dos princípios básicos de certo e errado o colocaria em conflito com a maioria que há muito abandonou o “preto-no-branco” por mil tons de cinza.
Ainda menino, Kyle intervém em uma briga para defender seu irmão mais novo de um típico valentão. Ao ver seu irmão apanhando, ele não tem dúvidas: soca o garoto maior até lhe tirar sangue. Ao invés de lhe repreender, o seu pai lhe explica que as pessoas são divididas em três grupos: ovelhas, predadores e cães pastores que protegem as ovelhas “do Mal”.
“Algumas pessoas preferem acreditar que o Mal não existe. Mas se algum dia ele aparecer na sua porta, não saberão como se proteger. Essas são as ovelhas. E então existem os predadores. Eu e sua mãe não estamos criando ovelhas ou predadores”, adverte o diácono.
Kyle cresce como um típico jovem dos nossos dias. É um beberrão e mulherengo. Mas ele enxerga o que os outros não enxergam. Em certo dia, o noticiário que para seu irmão é entediante, para Chris Kyle é perturbador. E, como Saulo, ele caí do cavalo.
Como a luz do dia
As escolhas daquele que se tornaria o atirador de elite mais letal da história militar dos Estados Unidos são pautadas por um antiquado senso de moralidade. Não há espaço para o cinismo ou a meia-verdade no horizonte de Chris Kyle. Ele enxerga o Mal tão claro como a luz do dia. É essa característica singular que irá definir o seu destino para sempre.
Quando poderia se arriscar menos, Kyle desce às profundezas do labirinto infernal de Ramadi para ensinar soldados novatos sobreviverem um dia a mais. Quando sua esposa grávida pede que ele fique em casa, Chris Kyle volta ao Iraque para proteger seus amigos.
Em pouco tempo a insurgência iraquiana apelida Kyle de “o Diabo de Ramadi”- em referência a uma das cidades em que combateu – e coloca a sua cabeça a prêmio. Ele é temido por sua eficiência em matar. 160 mortes “oficiais”: tudo indica que o número seja maior (255).
O maior mérito de Chris Kyle, contudo, não reside no número de inimigos que ele abateu. Mas na quantidade de garotos que ele salvou com sua mira certeira. O filme faz um sutil e brilhante paralelo entre a visão moral distinta e a pontaria acima da média de Kyle.
Além do inimigo que espreita em cada janela e porta, o jovem texano é obrigado a enfrentar as dúvidas crescentes e o medo paralisante dos seus colegas de farda.
O agnóstico Eastwood fala no filme por meio de um jovem soldado que quase foi padre e é assaltado pela dúvida: Será que eles fazem a coisa certa? E será que vale a pena?
“O Mal existe. Nós já o vimos por aqui”, responde, serenamente, Chris Kyle. Eastwood mostra que o sniper mais admirado e temido da história dos EUA permaneceu até o fim com as convicções simples de um menino dedicado a proteger os inocentes dos bandidos.
A virtude em ação
Há muitos sub-dramas terríveis contidos nas decisões de Kyle, mas não vou abordá-los para que o leitor assista ao filme e possa se surpreender com cada dilema que surge na história.
Ao contrário do que se poderia imaginar, Eastwood não manifesta aprovação diante da moralidade “preto-no-branco” de Chris Kyle. Diante disso ele é novamente agnóstico.
Mas o velho mestre americano não deixa de mostrar que são de homens como Kyle que a sociedade precisa nos momentos mais tenebrosos, quando os lobos aparecem e recuamos como ovelhas confusas e apavoradas. Sem visão moral, sem senso de direção.
Hoje em dia os homens estão mais preocupados em ser queridos por todos e não conseguem defender qualquer princípio por mais de 5 minutos. Eles não acreditam mais em certo e errado. São cínicos. Para os quais “honra” e “sacrifico” são como peças de museu.
São bem poucos os que ainda enxergam o mundo como o apóstolo Paulo e Chris Kyle enxergavam. Mas todos admiram, mesmo que secretamente, pessoas que recusam o cinismo predominante e brindam os seus próximos com uma amostra do que é a virtude em ação. Clint Eastwood faz um elogio desses homens ilustres. Assista American Sniper.
Thiago Cortês escreve no blog Descortês.
FONTE: Mídia em Máscara
Excelentíssimo texto ,já queria ver o filme ,agora então.
Sds.
Alguem sabe qual arma é usada pelas nossas forças armadas pra esta modalide?
Achei em pesquisa a baret .50, alguem confirma?
Sds
GC
Boa tarde Senhores!
Pois então…pessoalmente não vejo a menor diferença entre uma criança de qualquer idade que seja armada com granada ou pistola, de um adulto em igual condições.
Ambos tem a intenção ou não de ferir e matar, fizeram sua escolha…não podem reclamar da sentença.
Jovens do mundo inteiro, sabem mesmo que virtualmente usar uma pistola, fuzil, RPG, a esfaquear entre as costelas e torcer o cabo em sentido anti horário…então sabem também as conseqüências.
Se hoje fosse reconvocado para um TO quente, meu desejo é cumprir minha missão e voltar o melhor possível para minha familia e amigos, porque eu sei que do lado de lá terei oponentes com o mesmo desejo, natural assim!
CM
@jfabio.almeida: Nunca ouvi falar de Barret ou .50 no EB. Os Caçadores atualmente utilizam o Imbel AGLC (7,62×51).
Na foto abaixo vê-se o um Caçador com o AGLC.
http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2014/05/conheca-as-armas-e-equipamentos-a-disposicao-do-exercito-brasileiro/militar-cacador-sniper-do-exercito-brasileiro/view
http://pt.wikipedia.org/wiki/IMBEL_AGLC
P.S.: Eu quis dizer .50 em rifles.
http://www.mvb.org.br/artigos/ovelhasloboscaes.php
Fábio,
O Barret e assemelhados em calibre .50 pode até ser usado como rifle antipessoal a partir de grandes distâncias (acima de 1200 metros), mas em geral sua aplicação é antimaterial (veículos não blindados, veículos levemente blindados, lançadores de mísseis, etc).
Especificamente como arma antipessoal o EB usa rifles diversos, em calibre 7,62 x 51 mm, tanto semi-automáticos quanto de ferrolho, nacionais e estrangeiros.
O que eu sei que é muito usado é um rifle de ação por ferrolho da Imbel em calibre 7,62 x 51 mm, e o salvo engano, o semi-automático HK PSG-1, alemão, no mesmo calibre.
Hoje está na moda a adoção pelos snipers de rifles mais poderosos, com calibres maiores, como por exemplo o .338 Lapua Magnum, mas não sei se o EB o adota.
O rifle usado pelo “Kyle” no filme (e provavlmente na vida real) é o McMillan TAC-338, em calibre .338 Lapua Magnum.
Ah! No EB “sniper” é “caçador”.
Bosco, obrigado pela resposta, perguntei pois fui pesquisar e encontrei este sitio e la realmente diz sobre ser utilizado como vc disse, antimaterial. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfPiQAJ/armas-que-exercito-brasileiro-usa,
mas vi um video no youtube, tentei até procurar mas nao encontrei mais, onde um atirador usa um deste para acertar uns alvos humanos do outro lado de uma colina, mas pelo que vc disse imagino que seja pela distancia.
sds
GC
Bosco
Veja o video achei.
https://www.youtube.com/watch?v=Vj_y0KRpbl4
sds
GC
“O” Sniper Americano: Carlos Hathcock
Fábio,
No caso de forças especiais, que usam armas que não são padrão, fica difícil a gente saber o que o EB adota, sem uma fonte oficial.
Esse site que você indicou deve ser confiável, mas salvo engano, o fuzil de precisão que o EB usa como “padrão”, se é que um fuzil de precisão pode ser classificado como “padrão” é um de ferrolho da Imbel, em calibre 7,62 mm, que não é citado no site.
Também não adianta ter um ou dois exemplares e dizer que é de dotação do EB. rsrsss
O Collombeli é que seria a pessoa ideal pra falar sobre esse tipo de arma, mas ele não tem aparecido.
Isto levando em consideração que o rapaz só fala a verdade, que todos os que ele matou mereciam morrer, se realmente ele tinha algum dilema moral na cabeça antes de explodir a cabeça de uma criança.
De acordo com o texto, o rapaz é quase um anjo.
Mas por favor, sei que todos aqui pensam diferente e acham o cara o máximo, então, nem se dêm o trabalho de me xingar. Só quis me expressar.
Lyw,
Mas você está falando do Kyle de verdade ou o Kyle do filme?
O artigo analisa o Kyle do filme! Filme não cabe extrapolações morais como você colocou. A verdade é a que é mostrada no drama e no roteiro.
O Kyle do filme jamais mataria um inocente e menos ainda, uma criança inocente.
Já o Kyle na vida real, ninguém sequer citou. Até eu que citei o rifle, citei o usado pelo “Kyle”, do filme.
Pelo menos, o Kyle real, se não era santo, disse que era, e foi inclusive inspiração para um filme épico.
Ou seja, se estivesse mentindo, pelo menos tinha noção de ética, moral, vergonha, certo e errado, e queria que algumas verdades, que só ele sabia, continuassem ocultas.
Diferente dos membros do EI, por exemplo, que fazem questão que saibamos de suas “verdades” de forma nua e crua.
Armas não matam pessoas.
Pessoas matam pessoas.
Militares de carreira são preparados para cumprir missões e ponto.
Quem tem um militar de carreira em Família sabe do que estou falando.
Sargento Infante PQD.
Missão dada, missão cumprida.
Cada Força tem seu preparo, isso varia muito de pais para pais.
Pelo que percebi ao meu lado, não estamos mal “na fita”.
Vou ver se consigo alguma informação dos caçadores.
COLOMBELLI cadê você Amigo ?
“isso varia muito de país para país.” Melhor ……..
Enquanto isso na Argentina:
http://www.infodefensa.com/latam/2015/02/23/noticia-roban-26000-balas-arsenal-ejercito-argentino.html
IMBEL
https://www.youtube.com/watch?v=nXe3ncUkFMo
3m50s aparece um fuzil
https://www.youtube.com/watch?v=86YwxCWGOgU
Este é do EB
https://www.youtube.com/watch?v=YpaSShh8YKM
Informações dos Fuzis do atiradores de elite do BOPE
https://www.youtube.com/watch?v=Iqig39ET3Aw
Assisti o filme ontem.
Filmaço! Grande história, grande direção do Clint Eastwood e excelente interpretação do Bradley Cooper.
Pra quem gosta de temas militares, como 100% do pessoal aqui da Trilogia, é imperdível.
Kojak
valeu por compartilhar os videos!
Este ultimo do BOP estas duas armas que aparecem no começo, uma americana e a segunda nacional, a nacional é a identica a Americana, será quem copiou de quem?
sds
GC
Uma crianca e tao letal em um conflito, quanto um soldado adulto.
Os americanos tiveram baixas (talvez algumas centenas), por causa dos guerrilheiros (meninos e meninas) norte vietnamitas (Viet Cong),
Demorou muito para que os americanos se ajustassem a realidade.
Israel tambem sofre um dilema persistente pelo uso de criancas bombas que o Hamas envia para fazer atentados.
Eu penso exatamente como o Kojak, ou seja, voce tem uma missao e dentro de uma etica possivel , voce tem que cumprir a sua missao.
No caso dos snipers americanos que operam em ambientes urbanos no Iraque, ou nas montanhas do Afeganistao, a situacao e ainda mais delicada porque de vez em quando, voce tem que matar uma crianca. E o seu dever eh protejer a seus compatriotas, e fim de conversa.
No filme Lone Survivor, a historia real de uma operacao militar no Afeganistao, aquele grupo de Navy Seals teve que tomar uma decisao, a qual custou a vida de 3 deles, e mais 10 outros que vinham a resgata-los no QRF (Quick Response Force).
Se eles tivessem matado os tres campesinos (informantes) do Taliban, eles todos, provavelmente estariam vivos ate hoje.
O texto é muito bom e como o Nunão lembrou, o texto fala do personagem Chris Kyle assim como o filme fala sobre a visão que Clint Eastwood teve do personagem Chris Kyle e seus dilemas a partir de sua pesquisa, muito dela obtida do livro Auto biográfico de Chris Kyle – American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S..
O livro mostra muito da visão Preto-no-Branco, no meio de um cenário com muitos tons de cinza, que norteia as decisões e ações de Chris Kyle… para quem não está “preparado” ou de mente aberta para entender o contexto, Kyle parece mais um fundamentalista conduzindo sua cruzada, mas com uma linguagem “operacional” e não de ódio, apesar de diversas vezes soar preconceituosa (de novo o contexto), mas sempre tentando seguir as “regras” e “comandos” contidas em uma Doutrina Operacional.
E aqui temos que esclarecer: Um sniper não sai por ai apontando e atirando. Quando alvos/ameaças são identificadas, elas tem que ser reportadas ao comando que ai em tão avalia e dá ou não o Comando de Liberação para o disparo… Em seu livro, ele conta que pelo menos 25% das vezes ele disparou sem o “Comando de Liberação” e tb, segundo ele, todas as vezes eram alvos válidos… No início, isso gerou “problemas” para Kyle com seus comandantes, esse fato não está no filme, mas quando as tropas voltavam do campo e queriam saber quem era o Anjo da Guarda que estava cuidando deles, os comandantes passaram a fazer vista grossa e ai é que começa o início da “lenda”… é nesse momento que nasce “O Diabo de Ramadi” – Shaitan Al-Ramadi em árabe ou simplesmente Al-Shaitan – O Diabo.
Christopher Scott Kyle foi morto no Rancho Rough Creek (um campo de tiro) por um veterano do USMC onde ele fazia um trabalho voluntário para os veteranos com TEPT – Transtorno de Estresse Pós-Traumático… esse é o fato, o consumado, mas Kyle foi morto pela lenda… foi morto por Al-Shaitan.
Grande Abraço.
“O texto é muito bom e como o Nunão lembrou, o texto fala…”
Oganza,
Não fui eu não. Foi o Bosco.
De qualquer forma, vi o filme e concordo com o que o Bosco escreveu.
Nunão… ups…
foi mal Bosco… 🙂
Curiosamente alguns dos maiores feitos de snipers não são de Chris Kyle, mas sim do Sargento Carlos Hathcock, tb do USMC, durante o tempo em que serviu no Vietnã e quem detinha o kill record das FFAA Americanas, com 93 kills confirmados (segundo ele, foram de 300 a 400).
1 – Missão solo mais longa: 3 semanas (“A caça ao Apache” que eliminava e torturava Marines… o “Apache” na verdade era uma mulher sniper).
2 – Primeira missão com múltiplos kills noturnos – 6(?) (com a primitiva mira Star Light montada em rifle M14 semiautomático)
3 – Kill de maior valor (ele caçou e eliminou um General)
4 – Maior kill rate de “oficiais” em uma mesma missão – 7 (durante os 3 dias na defesa da Colina 53)
5 – Primeiro kill executado alem dos 2.000 m (2.280m(?) com uma Browning M2 .50 com uma luneta adaptada, esse record durou 35 anos)
6 – Maior tempo “acordado” em uma mesma missão (4 dias e 3 noites, onde ele rastejou camuflado por 1.500m em campo aberto para eliminar um oficial Viet Cong)
7 – Suposto Kill acertando a luneta do sniper inimigo conhecido como “Snake” (nunca confirmado, a não ser pelo testemunho de seu observador John Burke). Ele chegou a pegar o rifle do “Snake” como troféu e para comprovar o feito, mas ao chegarem a base e devolver seu equipamento ao arsenal, no dia seguinte o rifle havia, segundo ele, sido roubado.
8 – Ele tb tem maior média de missões Solo do USMC.
Ps.1: Uma curiosidade, é que Hathcock recebeu um Purple Heart não como sniper, e sim por ter salvo 7 Marines quando o veículo que estavam foi atingido por uma mina e no meio das chamas ele resgatou os 7, um por um, e teve mais de 40% do corpo queimado. Suas ações como sniper foram condecoradas em 1996 quando ele recebeu a Silver Star.
Ps.2: Durante o Vietnã, Hathcock tinha um prêmio por sua cabeça de US$ 30.000, enquanto a média por outros snipers durante a guerra gravitou entre 1.500 e 3.000 dólares.
Ps.3: Como “todo” sniper, Hathcock tb era um “fanfarrão” e dentre suas pérolas, ele dizia: “Os Viet Congs não sabiam se misturar ao ambiente, eu os caçava e os iludia como e onde eu queria”. Na verdade, ele se utilizava de táticas arriscadas, constantemente se mostrando e desencadeando uma caçada em seu encalço… mas que normalmente levava o inimigo para o terreno/topografia que desse vantagem a ele para emboscar seus perseguidores. Bom, ele era muito bom nisso, tanto que voltou vivo.
Carlos Norman Hathcock II morreu em 1999 aos 56 anos com esclerose múltipla.
Grande Abraço.
Caro Oganza,
Gostei do seu comentario, e eu ja havia visto a historia de Carlos no History Channel.
Sao ambientes totalmente diferentes, e eu sei que voce concorda comigo nisso.
Iraque e um tremendo de um complicado conflito urbano. O sniper nao esta muito distante do alvo, e muitos “civis” espalhados no TO.
Afeganistao, montanhas e muita distancia entre o sniper e o alvo. Talvez o ambiente mais facil para um sniper.
Mas no Vietnam, o bicho pegava. O ambiente muito mais hostil, nao somente por causa do inimigo, mas tambe por causa da vegetacao e da vida animal.
O Carlos tinha que se cuidar nao somente de evadir os perigosos guerrilheiros e soldados norte vietnamitas, como tambem estar atento para possiveis picadas de cobras, aranhas e outros insectos na selva.
Esse povo vietnamita, cuja a estatura media e de 1,47 m, eram bastante aguerrido e violento.
A meu ver; juntando todas essa caracteristicas que eu citei, tambem diria que o Carlos foi o melhor sniper americano ate hoje.
Nao tiro o merito do Kyle, porque ele eliminou o maior numero de inimigos possiveis, em tao pouco tempo.
joseboscojr 27 de fevereiro de 2015 at 21:08
Bosco, o Kyle do filme representa o Kylo real, ou pelo menos uma versão do Kylo real. No texto, embora o autor se basea-se no que foi apresentado no filme, não fica claro se o mesmo se refere exclusivamente ao personagem do filme ou ao próprio Kyle, na verdade seria até estranho fazê-lo, já que o personagem se baseia numa pessoa real, é parte da história da mesma contada em um filme.
Quanto à comparação com EI, concordo com você, só não nos esqueçamos que o Kyle não conseguiu tais “façanhas” lutando contra o tirânico EI, mas contra insurgentes iraquianos. Pessoas que tiveram seu país invadido com a prerrogativa da existência de armas de destruição em massa fantasmas, cujo país nunca se reergueu após tal invasão, pelo contrário, agora está penando nas mãos do EI. Chamar estes de terroristas é complicado, a cérebre frase “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” parece caber bem aqui.
E o Vassili?
Sds
GC
Correção, onde estiver escrito “Kylo” leia-se “Kyle”.
Os insurgentes eram dividos em dois grupos. Os sunitas, que fizeram parte do exercito iraquiano, e que ao perceberem a chegada do exercito Americano em Bagda, trocaram a farda pela ropa de civil.
O segundo grupo sao os xiitas, fianciados, treinados e equipados pelo Iran.
Como reza a filosofia occidental: Divide and Conquer. Os EUA deveriam sair deste territoro e deixar que eles se eliminem uns aos outros.
Haviam armas de destruicao em massa no Iraque. So nao os que nao sabem ou fingem nao saber, o Iraque sim tinha varias delas.
O Saddam Husseim usou armas quimicas contra a populacao Kurda, matando quase 5 mil civis.
O programa de armas biologicas foi parar na Siria,
O programa nuclear iraquiano foi bombardeado pela forca aerea de Israel, mas Saddam estava tentando reconstruir secretamente sua capacidade nuclear.
Ate hoje nao se sabe nas maos de quem algumas ogivas sovieticas foram parar. Havia suspeita de que algumas foram compradas ou pelo Iraque ou pela Siria.
“Galeão Cumbica
28 de fevereiro de 2015 at 16:42 #
E o Vassili?”
Tá de sacanagem né GC ?
Daqui a pouco aparece aqui o Pytandorov Bostonovisk. (rs)
Coloquei algo imparcial. (rs)
http://russiapedia.rt.com/prominent-russians/military/vasily-zaitsev/
tadeumar,
sim… sim… são ambientes com desafios e necessitam de táticas completamente diferentes, praticamente fica difícil fazer uma comparação “justa”.
Lá nos EU, na comunidade de tiro desportivo, a maioria elege Hathcock como melhor até como uma certa passionalidade rsrs… eu prefiro ficar em cima do muro…rsrsrs ambos foram grandes atiradores.
Mas vc está certo, o Afeganistão e os últimos conflitos em ambientes desérticos foram o “paraíso” para os tiros ultra longos, assim como a “popularização” dos rifles em calibre .50, que permitiu/facilitou tais disparos com êxito. E as distância continuam aumentando.
Mas tem um disparo digno de nota que foi o feito pelo sniper inglês Craig Harrison que atingiu a marca de mais de 2.470 m e até agora é o segundo disparo mais longo confirmado. A diferença é que ele o fez com um Rifle L115A3 Arctic Warfare em calibre .338 Lapua Magnum. Nessa situação e distância, foi detectado que esse disparo atingiu o alvo com apenas 7% da eficiência balística do referido calibre. Agora se vc imaginar que a cada 180 m o projétil cai em média 9,5 cm rsrs, faça os cálculos de quanto de elevação ele teve que colocar no disparo. É mais de 1 metro acima do alvo… 🙂
O Disparo mais longo hj confirmado é de uma dupla de snipers Australianos com mais de 2.800 m executado com uma Barrett M82 em calibre .50… o feito foi atribuído aos dois pq dado a distância do alvo, ambos decidiram atirar simultaneamente para aumentar as chances de acerto. Um dos projéteis errou o alvo e o outro acertou, ficando assim impossível determinar de quem foi o disparo certeiro.
Grande Abraço.
JT, uma busca rápida no google imagens você verifica que o EB, possui Barrte e .50.Abçs
@nunes neto: alguma fonte confiável? Não encontrei nenhuma.
Achei uma que parece real. Como o Bosco disse, são forças especiais e não é a arma padrão dos “snipers” do EB (Caçadores).
http://i98.photobucket.com/albums/l272/comandos9/bda_op_eps-20.jpg
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1596352-fuzil-da-ditadura-da-lugar-a-modelo-nacional.shtml
Perguntem a um Infante de carreira, Sgto PQD por exemplo que treina e instrui em vários ambientes:
556 ou 762 ?
O que eles acham do FAL ?
Surpresa !
“JT
2 de março de 2015 at 9:41 #”
Seu link está com vírus.
Segundo meu sobrinho ou é foto montagem ou o Barret foi cedido para “apreciação” (rs).
Analise bem a foto.
@Kojak: o link da foto? É do Photobucket, será que está mesmo? Se sim, me desculpem.
Quanto à foto, realmente, não posso afirmar o Barret é oficialmente adotado. Eu, como já disse, nunca ouvi falar de rifle .50 no EB.
Não achei que é montagem, mas grandes chances de ser somente uma “apreciação” mesmo! Ou uma brincadeira de Airsoft que enganou muita gente kkkk
JT, esse vídeo aqui dos fuzuleiros: https://www.youtube.com/watch?v=cJ-Pwmue3L4
COLEGAS FORISTAS
Informação oficial:
Fuzil padrão no EB para caçadores:
Imbel AGLC .308
http://pt.wikipedia.org/wiki/IMBEL_AGLC
Abs
nunes neto,
Esse vídeo é de um amadorismo sem noção…
O dia que akele gordo souber atirar, Puthenfia será um país de respeito…
os caras estão brincando… ridículo.
O CFN pode até ter a arma… mas acho muito difíciu eles terem alguma doutrina para seu emprego… Lamentável
afffff.
Lyw,
Em momento algum eu chamei os insurgentes iraquianos de terroristas.
E se os americanos estavam certos ou não, fato é q
Lyw,
Em momento algum eu chamei os insurgentes iraquianos de terroristas.
E se os americanos estavam certos ou não, fato é que o militar Kyle achava, naquele momento, que estavam certos e que ele estava fazendo algo certo.
Condenar ou demonizar os americanos sem levar em conta um longo contexto histórico é complicado.
No mundo de faz de contas, idealizado, onde o amor é a mola propulsora dos acontecimentos, sequer haveria fronteiras nacionais e países, mas forçando um pouco, nesse mundo imaginário, um país não teria nada a fazer em um outro país situado a 5000 km de distância. Isso seria o ideal do ponto de vista do imaginário, mas infelizmente, há 6000 anos, a Dna. Eva fez o Sr. Adão comer a p – – – a da maçã, e de lá pra cá as coisas não acontecem mais como se ainda vivêssemos no Éden. Muito pelo contrário!
Nesse mundo, os países usam o petróleo como arma e como meio de extorsão, usam pretensas verdades sobrenaturais reveladas pelo Criador como desculpas para subjugar outros homens, etc.
Nesse mundo maluco mas real, coube a um país invadir o Iraque, que tem um histórico de também ter invadido outros países e de ter usado anteriormente armas de destruição em massa, no caso, agentes químicos letais, contra populações civis indefesas. Além de ter no seu histórico, a tentativa de construir armas nucleares, sendo esse um país extremamente belicoso e pior, uma sangrenta ditadura com forte componente de intimidação interna extremamente violeta.
Nesse contexto, uma outra força, no caso, maior (lê-se: EUA), achou ter o direito e a capacidade de invadir esse outro, de menor capacidade, para que as coisas fossem colocadas nos trilhos, de acordo com sua visão egoísta própria.
É feio. O mundo é um lugar feio. Aqui funciona a política do galinheiro, onde há países que bicam os outros, há países que bicam todos, há países que só levam bicadas, há países que bicam e levam bicadas.
Nesse mundo maluco, o Kyle (real) é só mais um dentre tantos, e dependendo do ponto de vista, pode ser visto como herói ou vilão.
Oganza, a questão era se temos ou não, pelo que vimos tanto o EB como a MB têm, com certeza têm doutrina , não tire por um vídeo infeliz toda uma instituição.Abç