Brigadas de tanques do Chile recebem blindados porta-combustível
As Brigadas blindadas chilenas sediadas no norte do país – a 1ª, de Arica; a 2ª, de Iquique; e a 3ª, de Antofagasta –, receberam as primeiras oito viaturas porta-combustível sobre esteiras tipo M-548A1, que estão sendo reformadas pelo Centro de Manutenção Industrial da empresa FAMAE (Fábricas y Maestranzas del Ejército), em Talagante – Região Metropolitana de Santiago –, em parceria com a empresa privada Jurmar.
Os veículos transportam, cada um, 4.000 litros de diesel, e vão apoiar os deslocamentos das colunas blindadas da força terrestre, especialmente em terrenos não preparados. As brigadas de Arica e de Antofagasta receberam três carros cada uma, e a de Iquique, por enquanto, dois.
O M-548 é, de origem, um blindado municiador de 12,8 toneladas, desenhado nos Estados Unidos no fim da década de 1950. O Chile recebeu quase 250 dessas viaturas, procedentes dos exércitos da Itália, dos Estados Unidos e do Canadá. Parte delas será adaptada à função de suprimento de combustível; uma outra parte continuará em sua operação original de municiamento; e uma terceira parcela será desativada para servir como fonte de peças de reposição.
Areia – No decorrer de um trabalho que começou no segundo semestre de 2013, os modelos A1 porta-combustível ganharam, além do tanque de 4.000 litros, duas válvulas para o abastecimento de outros veículos que transferem 150 litros de diesel por minuto, e um sistema tipo camlock, que permite encher o tanque do M-548 desde uma fonte externa.
As viaturas estão sendo entregues pintadas externamente na cor areia – padrão para os carros alocados às unidades do norte do Chile –, e com um revestimento interno que impede a oxidação das paredes do blindado e a consequente contaminação do diesel transportado.
Além disso, eles dispõem de indicador digital do nível do combustível no tanque, régua verificadora do nível para confirmações suplementares e uma motobomba de quatro tempos, movida a gasolina, com autonomia de 2h20.
As viaturas chilenas também passaram por adequações no motor e melhorias no chassis.
Boa tarde Senhores!
Fantástico a maneira racional e muito inteligente que o Exército do Chile, faz uso de material obsoleto para a linha de frente.
Houve um tempo que nosso glorioso EB também atuava assim. Por exemplo a empresa paulista Bernadini tinha vários projetos para reconversão das viaturas CCL M-3 e M-3 A1 Stuart em lança pontes “CCX-1-LP10”, “CCL X1 – 90mm”. Havia outros projetos para essas viaturas como um lança foguetes. No caso do M-4 Sherman uma viatura LP de 20t….
Atualmente os M-41 Caxias estão ou sendo espetados (poucos), ou doados (caso do Uruguay recebeu 20 unidades) ou pior ainda apodrecendo Deus sabe lá até quando em dependencias externas de suas antigas unidades…
Porque não aproveitar as experiência do AGSP (aonde aliás logo na entrada vemos um X1 bem conservado) e fazer converções interessantes do vestuto M-41C?
Por exemplo, porta-morteiros M120, VBT armado com a Remax.50 ou 30mm, estendendo os estudos aproveitar o o Skyfire 70mm e adaptá-lo na viatura…até caça minas para operar lá nas missões do EB no Líbano (melhor que fazer na mão…)
Possíbilidades são muitas e os custos são viáveis. E não precisa de aprovação de presidente, MD ou qualquer outra porra louca. É só pegar e fazer!
Moreno
Olá senhores! Senhor Claudio Moreno eu acredito que seja mais viável economicamente se manter uma plataforma comum para varias tipos especializados de blindados, especialmente os sobre lagartas! Acho que esta ocorrendo isso no EB com os Leo. Imagino que seja um dos motivos para os M-60 estarem sendo concentrados numa única região. Por falar nisso sou um grande admirador da família de blindados que a Suécia esta desenvolvendo. Desse veiculo só não derivou um MBT, mas ele acompanha sem problema algum os Leo II da Suécia.
Aliás, existe necessidade deste tipo de veículo (municiador ou abastecedor de combustível sobre lagartas) para o Exército Brasileiro?
Esses Chilenos, estes sim sabem fazer do limão a limonada.
EParro,
Certamente é útil um veículo remuniciador blindado. Esse momento assim como o reabastecimento são etapas críticas em um desdobramento militar.
Quanto a conversão dos M-41C em VBT isto não implicaria em ônus para as unidades de CC pois hoje o M-113 é o VBT padrão do EB em se tratando de VBT sobre largatas. A logística portanto para manter o VBT41C não seria um problema.
CM
Claudio Moreno 25 de fevereiro de 2015 at 23:04 #
Bôa Claudio Moreno, agradeço a atenção.
Entretanto, hoje, o EB já tem equipamento para realizar estas tarefas de remuniciador e de reabastecedor ou não?
Esta é minha dúvida.
Saudações
A capacidade é a equivalente aos antigos QTs… 20 tambores de 200lt.
DÚVIDA:
Diz o artigo “… fim da década de 1950”.
O carro M-548A1 não é baseado no M113?
O M113 (baseado nos seus antecessores M59 e M75) não começou a ser usado em 1960?
Boa tarde a senhores!
EParro respondendo sua pergunta: não ….o EB não tem nada similar no momento. .
CM todos os
Claudio Moreno 26 de fevereiro de 2015 at 16:11 #
Putz!
Então, não tem pois não precisa ou não tem mas precisaria?
Como será que é feito o reabastecimento e o remuniciamneto hoje em dia?
Saudações.
“Como será que é feito o reabastecimento e o remuniciamneto hoje em dia?”
No Exército Brasileiro? Ao improviso! Praças correndo pra lá e pra cá, carregando sacos, caixas e tambores…rsrsrs.
Eparro,
Só pra citar como exemplo, o USA usa veículos blindados específicos para remuniciar o obuseiro AP M-109 e remuniciar e reabastecer o tanque M-1, o IFV M-2 e o M-3, com mínima exposição de pessoal.
No caso do remuniciador do M-109 é o veículo M-992, baseado no mesmo chassi do obuseiro, que permite que o obuseiro efetue disparos continuamente, por horas.
No caso do M-1 é um veículo baseado no chassi do M-987, que por sua vez é muito semelhante ao M-270 MLRS, que é baseado no chassi do M-2 Bradley.
Esse veículo abastece o M-1 e o M-2/M-3 de combustível e munição, na linha de frente.
Só de curiosidade, o lançador de foguetes M-270 MLRS, tem seu próprio guindaste integrado e não precisa de ajuda de outro veículo dotado de guindaste pra repor os contêineres com foguetes pré-embalados. Só de um veículo de carga, que também é baseado no chassi M-987.
Basicamente os veículos que estão na linha de frente e os que estão na retaguarda, mas sujeitos a tiro de contra-bateria, deveriam ser remuniciados, reabastecidos, recuperados ou rebocados, por veículos igualmente blindados e capazes de se autodefenderem.
Bom dia Senhores!
Bem vamos por partes, como diria o Jack Estripador ou o Dr. Marcelo Colli (cirurgião vascular do EB de grande competência que tive a honra de trabalhar por alguns anos com ele).
EParro: é importantíssimo a proteção das equipagens de remuniciamento e reabastecimento, mas no momento o EB não dispõe de veículos blindados especializados para o reabastecimento. Para o remuniciamento creio que somente as unidade M-109A3 e os M-109A5 em faze de recebimento o terão. O reabastecimento é realizado por viaturas MAN. O remuniciamento já ví correr na artilharia de 105mmAR com MAN + M-113. Nas unidades CC os Caxias regressavam até um ponto seguro e pré-determinado para realizar o remuniciamento.
PORQUE ISTO OCORRE ou OCORRIA?
Vale lembrar que somente após a chegada dos M-60A3TTS é que o EB passou a desenvolver uma doutrina de emprego de CC Pesado. Por isso.
Agora vamos ao colega João.Filho. Bem senhor Filho…acredito que não tenha sido vossa intenção, mas fica aqui o alerta:
_ Repeito com o Exército Brasileiro! Somos profissionais! Não existe improvisos? Sim, existem mas, são realizados com profissionalismo e respeito ao material mais importante que temos: a vida do valoroso Soldado Brasileiro. Talvez em seu cotidiano, vossa senhoria esteja acostumado a ver pessoas à ficar no corre corre, desnorteados, no improviso porco e barato. Mas tenha a certeza de que isso não se aplica a cavalaria e demais unidade de campanha do Exército Brasileiro que está disposto a fazer o sacrifício supremo em favor dos desnorteados que habitam esta grande Nação.
Tenho dito.
Claudio Moreno
Off Topic:
Brasileiros façam a sua parte! Expressem seu desagrado com a política diplomatica caprichosa que nosso governo está desenvolvendo com a Indonésia.
Abaixo link de contato com o Planalto e meu txt de repúdio.
NOTA aos desavisados: Respito ainda que ela não mereça.
https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php?IND_IDIOMA=
TXT:
Prezada Exmª Srª Presidente Dnª Dilma Rousseff, Inicialmente a congratulo pelas conquistas sociais que vosso governo alcançou e a continuidade de programas da gestão anterior que brindaram ao povo das classe mais baixas a oportunidade de experimentarem por primeira vez uma melhora em sua qualidade de vida. Porém não posso furtar-me ao dever de expressar meu descontentamento e preocupação com o rumo em que vai o tema Indonésia. Deixando a questão do traficante internacional de lado, concentro minha preocupação e a dos brasileiros que trabalham na AVIBRAS e EMBRAER, ao fato de que a não continuidade dos contratos firmados com essas empresas brasileiras pelo governo de Jacarta, representa um contra senso a sua posição de governo, tanto para os trabalhadores destas empresas, bem como as próprias instituições que são consideradas por seu governo, estratégicas no setor de defesa. As perdas financeiras envolvidas são inadmissíveis. O capricho diplomático tem limites senhora presidente! Grato
joseboscojr 27 de fevereiro de 2015 at 3:03 #
Claudio Moreno 27 de fevereiro de 2015 at 9:34 #
Meus caros, agradeço as esclarecedoras explicações!
Claudio Moreno 27 de fevereiro de 2015 at 10:09 #
Bela iniciativa, muito bom texto. Tem minha admiração e respeito.