Leopard_2_A7,_Eurosatory_2010

Leopard_2_A7,_Eurosatory_2010

Reconhecido, nos últimos anos, como o melhor tanque de segunda mão do mundo – por causa do extraordinário número de viaturas dos estoques europeus que continua a ser comercializado ao redor do globo –, o Leopard, da empresa alemã Krau-Maffei Wegmann (KMW), voltou do limbo das couraças para disputar um lugar no ensolarado (e rentável) mundo dos carros de combate novos e sofisticados. E voltou com tudo.

O Exército da República Federal da Alemanha vem recebendo, desde dezembro passado, os modelos Leopard 2A7+ (também chamado de 2A7 plus), de 11 metros de comprimento e 67,5 toneladas de peso, que absorve as lições aprendidas pelo blindado alemão nas guerras do Afeganistão e do Iraque, a serviço dos exércitos do Canadá e da Dinamarca. Todos os 200 carros Leopard 2 antigos da força terrestre germânica serão remodelados para a versão 2A7+.

O trabalho da KMW para alcançar uma viatura blindada capaz de renovar a lenda do famoso Leopard não foi pequeno. Talvez por isso, o preço unitário do tanque surpreenda: 37,87 milhões de dólares (mais do que um caça leve sino-paquistanês JF-17 saído da fábrica, ou um caça-bombardeiro Kfir C-12 dos estoques israelenses).

Apenas como comparação: o Exército chileno ofereceu à força terrestre da Colômbia 100 exemplares do tanque Leopard 1V, construídos na década de 1980, por 1,5 milhão de dólares cada um…

Mudanças – A Kraus-Maffei entrevistou antigos comandantes de unidades de Leopard em território afegão, bem como os seus tripulantes, para entender e aproveitar as muitas opiniões e expectativas que eles acumulavam acerca de um tanque digno do século 21. A experiência do Exército americano na operação dos seus M1A1 Abrams em solo iraquiano também foi consultada.

O resultado foi o modelo 2A7+, (1) dotado de câmeras que permitem aos tripulantes, dentro da torre, visibilidade da área externa em 360º; (2) blindagem reforçada nas laterais e na parte traseira – de 4 m de largura, para a proteção contra as granadas de armas tipo RPG –; (3) uma estação de metralhadora pesada controlada remotamente no topo da torre; (4) unidade auxiliar de potência para garantir o abastecimento de energia elétrica quando o carro está com o motor desligado; e (5) um equipamento de ar condicionado mais potente.

Com tudo isso, e outras novidades mais, o carro – que tem 2,64 m de altura –, ficou, claro, maior e dependente de uma perfeita equação entre potência e tração. O Leopard 2A7 se move por meio de uma reengenharia do sistema que envolve motor, sistema de colocação dos carris, rodas, e equipamentos acessórios. Isso lhe permite alcançar a velocidade de 72km em rodovia. Sua autonomia é de 450 km

A capacidade de combate da tripulação também foi alvo de um reestudo.

Dentro da torre os operadores do blindado ganharam melhor isolamento acústico, mira térmica aperfeiçoada e munições mais eficazes (que explodem acima ou por trás do alvo) para o canhão de 120 mm. Compreensivelmente, muitos outros detalhes ainda são secretos.

Leopard 2A4 Jakarta Parade 5th October 2013
Viaturas Leopard 2A4 do Exército da Indonésia

Versão 2A6 – Nos últimos dez anos, várias potências militares da Europa têm modernizado os seus veteranos Leopard 2A4 ao nível tecnológico do modelo 2A6 – reforma que não sai por menos de 5,7 milhões de dólares.

Uma viatura da versão 2A6, de 55 toneladas, comprada na fábrica custava, ano passado, 11,4 milhões de dólares.

Até 2010, o Leopard 2A6 se manteve como a versão mais avançada do carro alemão, e um verdadeiro contemporâneo do Abrams americano.

Elevados ao patamar 2A6, os tanques 2A4 ganham, entre outras melhorias, sistema de tração reconfigurado (que permite resposta mais rápida e precisa aos comandos do motorista), estabilizador aperfeiçoado para os disparos do canhão com a viatura em movimento, e câmara especial que possibilita ao tripulante enxergar à noite, em meio à névoa ou durante as tenebrosas tempestades de areia.

Leopard 2A6 - 9
Leopard modelo 2A6

História – O blindado Leopard 2 apareceu em 1979, como a solução ideal para a substituição dos pesados (e um tanto lentos) M-60 americanos, originários de um projeto do início da década de 1960. A Alemanha Ocidental comprou 2.125 Leopard 2 novos; a Holanda, 445; a Suíça 370; Espanha, 219; Grécia, 170; e Suécia, 120.

Quando a Guerra Fria terminou, em 1991, muitos exércitos operadores dos Leopard  começaram a se mexer para vender parte das suas viaturas.

Mais de 1.500 dos 3.500 Leopards 2 construídos por várias unidades fabris foram comercializados como carros de combate de segunda mão para a Áustria, Canadá, Noruega, Suécia, Cingapura, Dinamarca, Finlândia, Polônia, Portugal, Grécia, Chile, Turquia e Espanha.

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Claudio Moreno
Claudio Moreno
9 anos atrás

Boa tarde Senhores!

Sem palavras … acredito que dizer: fabuloso, fantástico, impressionante, mortal é pouco.

Fiquei sem fôlego quando entrei em um Leo1A1, já que minha vivencia foi nos combalidos mas vestutos Caxias. Penso se meu coração seria capaz de suportar a emoção de acompanhar um deslocamento em campo de provas.

Moreno

Vader
9 anos atrás

O que é inacreditável é o preço de uma belezura dessas. Coisa de maluco equipar uma força blindada com esse custo.

Se se pensar que um RPG de dois mil bucks explode o bicho todo, simplesmente não compensa.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Eu sei que existe uma preferência pelo Leopard em termos de MBT, mas eu particularmente acho que todos são basicamente do mesmo nível e não tenho nenhum preferido.
Todos os modernos MBTs têm blindagem pesada composta avançada, todos têm motorização que confere uma relação de peso/potência satisfatória(variando só em relação ao M-1 que usa turbina enquanto os outros usam motor diesel), todos usam lagartas, todos têm pressão sobre o solo satisfatória, suspensão satisfatória, sistemas de proteção NQB, sistemas de climatização, capacidade de agregar blindagem adicional, etc.
O sistema de armas adota canhões pesados capazes de disparar projéteis APFSDS motados em torres giroestabizadas, sensores multiespectrais para o atirador e o comandante, também estabilizados, o que permite ao tanque atirar em movimento contra um alvo móvel, munição penetrante adequada e letal a 4 km, etc.
A grande maioria dos novos MBTs é dotado de carregador automático enquanto o “velho” M-1 não o adota, mas isso, do ponto de vista da operacionalidade, é irrelevante. Já li que o M-1 não tem porque os que existiam não satisfizeram o nível de segurança exigido pelo US Army.
Um fator que os distingue e pode fazer alguma diferença nas guerras futuras é a capacidade defensiva, baseado em sensores e sistemas passivos. Nesse quesito parece que os tanques russos estão um pouco na dianteira.
Os ocidentais ainda acreditam que a melhor defesa é uma pesada blindagem, um motor potente e um ataque fulminante.
Obs: Um fator que fará diferença mas que só agora começa a ser relevante é a adoção de sistemas de proteção ativa, não só para os MBTs, mas para todo veículo de combate.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
9 anos atrás

Bosco boa tarde!

É verdade em partes…pois ainda que 2 ou 3 disparos a mais em relação ao municiamento manual, seja pequeno, ainda assim, são dois ou três disparos a mais que podem fazer a diferença.

Ainda ocorre que, teóricamente os CC em que o remuniciamento é automático, isto livra espaço para um em­paiolamento de mais munições…sendo assim o CC retarda seu remuniciamento.

Mas isso é somente pontos de vista, bons Cmt de CC sabem tirar vantagens sobre as suas desvantagens.

Moreno

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Obrigado Cláudio!
E pelo jeito os americanos mudaram de ideia porque adotaram o Stryker MGS, com canhão com carregador automático.
Um abraço.

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Claudio, eu sempre li que o carregamento manual em carros de combate é mais rápido do que o carregamento automático.

Isto para uma tripulação profissional, bem treinada.

Vader
9 anos atrás

Caras, continuo chocado com esse preço. Isso é preço de aeronave de caça! Agora pergunto, o que é mais relevante para o combate, o que é mais letal, o que pode causar mais baixas no inimigo: um esquadrão de caças ou um regimento de carros destes?

Não dá pra comparar. Apenas nações super ricas podem se dar a um luxo desses.

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Alias, Claudio, de tudo que li sobre as vantagens do carregamento automático, jamais encontrei algo que falasse de se obter uma maior cadencia de tiros com o mesmo.

Afim de deixar minha posição bem clara: eu sou favorável ao carregamento automático.

Soldat
Soldat
9 anos atrás

Ótima noticia para o Exercito Afegão.

Até os oficiais Afegãos sabem que o melhor tanque de combate é o Alemão..hehehe….

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Soldat,
Deixa de ser apressadinho e lê o artigo…hehehehe…

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“joseboscojr
21 de fevereiro de 2015 at 13:46 #”

“Obs: Um fator que fará diferença mas que só agora começa a ser relevante é a adoção de sistemas de proteção ativa, não só para os MBTs, mas para todo veículo de combate.”

Mestre Bosco

Parece que Israel já está nessa praia “um tempinho”.

Mas creio que após 2010 mais novidades surgiram:

http://www.army-technology.com/projects/merkava4/

Kojak
Kojak
9 anos atrás

Lord Vader

Concordo.

Caro né.

Recomendo aos Colombianos comprarem rápido todos Leo 1 do Chile e manda-los para KMW/MTU e transforma-los em Leo1a5, creio que se pode melhorar algo mais.

Vai sair boa relação custo x benefício.

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“Soldat
21 de fevereiro de 2015 at 18:12 #”

U$$ 37,87 mi unit ?

Verdade, ainda mais que o Afeganispagão é um país rico.

Eles podem.

Sou fã dos Leo’s, mas ………………

Ter não significa operar.

O Vader complementa e pode “sentar” a bota que eu assino !

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“Afeganisapagão” melhor ……………..

Kojak
Kojak
9 anos atrás
Kojak
Kojak
9 anos atrás
Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Kojak,
Eu sei bem da capacidade israelense na área de proteção passiva, reativa e ativa.
Eu realmente cometi uma injustiça ao não citar Israel junto com a Rússia.
Em relação aos sistemas de proteção ativo eles estão até um pouco na frente no sentido de já estarem num processo mais avançado de instalação nos seus veículos.
Um abraço.

Kojak
Kojak
9 anos atrás
Iväny Junior
9 anos atrás

Bem, é muito caro. É mais caro do que alguns caças novos. Os Kfir block 60 saem a 25 mi. Alguns F-16 da indonésia saíram a 27mi a unidade (doados pelos EUA, apenas as reformas foram pagas). O FC-1 é de 30mi, mas com certeza também dá pra encontrar F-7M (Mig-21 chinês) com radar grifo e eletrônica de quarta geração por 10 mi.

Mas, é o melhor absoluto. Como o Typhoon. É parte da filosofia industrial alemã. Fazer o melhor produto possível. Forte, durável e que depois se pagará quando você precisar dele.

Abração a todos.

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“joseboscojr
21 de fevereiro de 2015 at 19:20 #”

Mestre Bosco.

Tu não comete injustiças !

Apenas um lapso normal.

Shalom (rs)

Pronto lá vem as margaridas.

Kojak
Kojak
9 anos atrás

“Iväny Junior
21 de fevereiro de 2015 at 20:48 #”

“Os Kfir block 60 saem a 25 mi.”

Esse é o preço unit para o pacote de dez anos de garantia, inclusive o motor.

O de cinco anos é 20 mi !

Abraços

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
9 anos atrás

Com o valor de um Leopard 2A7+ daria pra comprar 3 NAe Foch.

Senhores, não dá pra comparar preços de equipamentos novos com de sucata reformada (Kfir), tampouco com avião ching ling. O público alvo é outro.

Tem que comparar com o Merkava e Abrams mais recentes pra saber se é caro ou não.

Isso aí é equipamento pra quem pode. A Alemanha (EUA, RU, Israel, etc) não compraria Kfir ou JF-17. Assim como quem compra Kfir ou JF-17 nem sonha com Leopard 2A7.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Eu ainda sou da opinião que a melhor forma de sobreviver num desses é estando num CC menor, mais leve, e mais ágil, dotado com um canhão potente de 120mm e blindagem elétrica/eletrônica reativa como está sendo desenvolvida em Israel (aquela que aciona o explosivo do artefato antes dele impactar no carro). Um veículo no estilo do Osório (só que atualizado) com este sistema, seria um adversário duro no TO.

Até mais!!! 😉

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Mestre Bosco,

Em seu comentário de 21 de fevereiro de 2015 às 13:46, vc escreveu:
“A grande maioria dos novos MBTs é dotado de carregador automático enquanto o “velho” M-1 não o adota, mas isso, do ponto de vista da operacionalidade, é irrelevante.”

Se o amigo chama de “grande maioria” os milhares de T-64, T-72, T-80, T-90 e clones autorizados ou não, somados aos 800 (oitocentos) Leclercs de fabricação francesa e talvez outros poucos MBTs ‘coreenses’ e ‘niponenses’, tudo bem…

Porém existe um monte de MBTs de primeira e segunda linha que usam carregamento manual e são tão respeitados quanto o “velho” Abrams.
Senão vejamos: Challenger I e II (sem esquecer do velho Chieftain modernizado para Jordânia, chamado Khalid), Leopard 1 e 2, além dos velhos M-60 modernizados mas ainda válidos (Magach e Sabra p/ exemplo).
Claro que existe coisa ainda mais antiga, como os longevos T-54, T-55 e cópias que ‘peleiam’ por este mundo afora.

Certa vez encontrei um texto que apontava como um importante motivo dos soviéticos implementarem o carregamento automático foi a necessidade de reduzir a tripulação para caber em ‘tanque’ apertado, mas também (importante) diminuir a tripulação dos mesmos em 25%…

Quando observamos a redução de 4 para 3 aferimos inicialmente o número absoluto, ou seja, menos 1 (um).
Entretanto, ao observarmos o percentual de redução de 25%, o que leva a conta simples de desdobrar a tripulação de 3 (três) tanques de 4 (quatro) tripulantes para 4 (quatro) tanques de 3 (três) tripulantes.

Traduzindo em uma divisão blindada da época soviética, os soldados que tripulavam 300 (trezentos) T-61 poderiam tripular 400 (quatrocentos) T-72.

Lembro agora que a doutrina soviética valorizava a quantidade,
em face de vários inputs:
– experiência da 2WW;
– terreno em que prioritariamente (vastas planícies leste europeu);
– foco em um ataque defensivo (…seja lá o que isto queria dizer).

Como vc lembrou a segurança sempre foi um problema, não apenas quanto a eventuais quebras, mas principalmente em relação ao armazenamento da munição.
Os T-72 (e correlatos) tinham o mau hábito de explodir o colar de munição armazenado.

Só para terminar, há registro de preocupação ocidental de ter um tripulante a menos, no que diz respeito as atividades de guarda, reabastecimento e manutenção do blindado. Embora não diretamente ligada ao combate, pode ser estafante em uma campanha demorada.

Abç.,
Ivan, seu aluno indisciplinado. 🙂

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Ivan,
Como “grande maioria” eu quis dizer todos os projetos de tanques de última geração.
O modo como escrevi deu a entender que só o M-1 tem carregador automático.
Foi muito oportuno seu comentário.
Os pesadões Abrams, Challengers e Leopards são carregados manualmente.
Igual a turbina do M-1. Salvo engano tem um tanque russo que usa turbina também.
Um abraço.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Wellington Góes,

(22 de fevereiro)

Entendo sua simpatia por armas, blindados e outros hardwares russos, mas é importante avaliar cada item de acordo com a doutrina de utilização, bem como os terrenos onde serão usados.

O ideal de estar “num CC menor, mais leve, e mais ágil, dotado com um canhão potente de 120mm e blindagem elétrica/eletrônica reativa..” tem a ver com a doutrina russo-soviética.

Você sabe, como todos os participantes do FORTE, que há 3 (três) variáveis determinantes no projeto de um “tanque de guerra” ou força blindada:
– Mobilidade;
– Poder de Fogo; e
– Proteção.

Outras coisas vão se somar, como ação de choque, aquisição de alvos, informações, comando e controle (comunicações), mas vamos ficar no essencial. O alerta é que para ter mais de uma das 3 (três) principais variáveis é necessário sacrificar algumas das outras… inexoravelmente.

Russos (soviéticos antes deles) baseiam sua doutrina no terreno que devem lutar prioritariamente (as vastas planícies da Europa Central e Leste – ver mapa), na vegetação rasteira e sem cobertura, em grandes formações mecanizadas e quantidade (escreveria em maiúscula se fosse permitido).
http://www.worldatlas.com/webimage/countrys/eunewlnd.gif

Como fica óbvio, Moscou sacrificou a proteção (blindagem e segurança para tripulação) pela mobilidade e poder de fogo. As decisões de ter um ‘tanque’ mais leve e sistemas automáticos de carregamento automático (menos um tripulante) seguem a opção doutrinária que foi feita.

Assim sendo (e na visão doutrinária russa), possivelmente os melhores tanques para as estepes eslavas talvez seja o robusto T-72 e seu derivado T-90.
Mesmo considerando que os T-64 e T-80 (p.ex.) são mais caros de construir, apesar de ter suspenção melhor; que o Leopard 2 (p.ex) são caríssimos e demandam mais atenção na manutenção, apesar de ser mais blindado; assim como os Abrams.

Mas atenção.
Quando o combate ficou mais próximo (Chechênia por exemplo) a falta de proteção blindada se fez sentir e voou pedaço de T-72 para todo lado.

Acredito na necessidade de analisar todos os pontos importantes para a definição da doutrina de emprego da força blindada, que vai levar em consideração vários pontos, como por exemplo: terreno dos possíveis TOs, logística existente e possível, ameaças, capacidade industrial nacional, capacidade econômico-financeira nacional entre tantos outros.

Opção prioritária pela mobilidade em detrimento da proteção pode ser temerária em alguns cenários.

Sds.,
Ivan.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Voltando ao interessante artigo, destaco o início autoexplicativo:
“Reconhecido, nos últimos anos, como o melhor tanque de segunda mão do mundo – por causa do extraordinário número de viaturas dos estoques europeus que continua a ser comercializado ao redor do globo…”

O Leo 2 é um excelente (mais que isso, excepcional) carro de combate, sendo que quanto mais moderno, ou melhor, modernizado, melhor.
(desculpem o trocadilho cacofônico)

Mas o sucesso comercial tem muito haver com a disponibilidade para venda provocada pela desmobilização dos exércitos da Alemanha e Holanda que colocaram no mercado o que consideram seus excedentes.

Merkavas usados e recondicionados foram postos a venda a bem pouco tempo e Abrams são oferecidos e vendidos novos, basta ver os exércitos da Arábia Saudita e Egito.

Sds.,
Ivan.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Bosco,

Sim, o T-80 soviético / ucraniano.
Usam turbinas a gás SG-1000 na versão T-80B com 1.000hp, bem como GTD-1250 na versão T-80U de 1.250 hp.

Mas há versões do T-80 que buscaram simplificação com motores diesel.

Abç.,
Ivan.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Desculpe Ivan, mas simpatia por equipamentos russos, como assim? Em nenhum momento eu citei se quer algum equipamento russo, por favor, vamos parar com essa mania de ter ler mentes aqui.

Quem pensa em dotar o EB com blindados mais leves do que os encontrados por ai (Leo 2A6, Abrams, Merkava, etc) é o próprio EB. Aliás, o mestre Bacchi até já deu a letra, CC em torno de 40-45 ton.

Já disse e repito, não me compare com nenhum russófilo que exista por ai, pois não sou, muito menos entre na pilha de alguns iluminados que pensam isso. Uma coisa é eu citar uma vez ou outra, um ou outro equipamento, outra coisa é eu ser tendencioso por este ou aquele país.

Até mais!!! :/

Vader
9 anos atrás

“Uma vez ou outra” é ótimo hehehe… 🙂

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Iluminado. Rsrsrs

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Wellington,

Ler mentes deve ser interessante, mas não tenho a menor ideia de como se faz. Mas gosto de ler o que se escreve na trilogia, mesmo sem disponibilidade para comentar.

Com o tempo fica fácil perceber as simpatias, seja por doutrina militar e/ou produtos militares, do fuzil ao porta-aviões.

Sua opção teórica para o ideal de carro principal de combate é semelhante a doutrina russa, que é derivada da doutrina soviética. E esta não é a primeira vez.

O interessante é que está tudo certo, é sua opção, assim como há aqueles que sempre preferem soluções alemães, americanas, francesas, israelenses ou marcianas.

A questão que sempre discuto, com todos, é que o equipamento, e a doutrina por trás dele, precisa estar de acordo com o cenário (ou cenários) de cada país.

O Leopard 2A7+, alvo da matéria acima, é um excelente exemplo.
Carro de combate soberbo, impressionante, mas seria péssimo nas estepes russas… simplesmente porque é caro e seria impossível produzi-los aos milhares.

Entretanto o mesmo Leopard 2, em versões mais antigos, estão constituindo a espinha dorsal das forças blindadas polonesas, bem no meio do North European Plain. Em número contido, apenas 247 unidades, será o pilar defensivo em torno do qual vai gravitar o restante do exército. E a Polônia fica pertinho da Rússia europeia.

Quanto ao Exército Brasileiro não escrevi em nenhum momento sobre suas opções (e teria muito o que escrever), inclusive porque não era assunto da matéria que está sendo comentada. O EB tem problemas mais urgentes que seus MBTs, como por exemplo a necessidade de um VBCI de verdade para acompanhar os Leo 1. Mas é outro assunto, para outra matéria.

Sds.,
Ivan.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Olá, boa noite!

Quando eu citei a minha opção, o fiz pensando no tocante o que o EB acha e o qual compartilho que, por coincidência pode parecer igual a do exército russo.

A minha opção por CC mais leves se deve à várias questões, dentre elas a maior agilidade no campo de batalha, bem como em áreas urbanas, menor pressão sobre o solo, menor possibilidade de atolar, além de menores transtornos logísticos.

O que mais temos visto são CC, que outrora foram as feras mais temidas no campo de batalha, sendo abatidos como tiro ao pato. Antes do advento dos RPGs e outros equipamentos equivalentes, o que se imaginava como melhor solução para sobrevivência dos tripulantes era o aumento de sua proteção blindada, consequentemente seu peso. Hoje a realidade é outra e não seria aumentando ainda mais seus peso, consequentemente seus custos de aquisição, de operação (mais peso, motores maiores, mais combustível, etc, etc, etc) e mais manutenção.

Hoje, com os melhoramentos de blindagem mais leves e efetivas, aliado à melhores sistemas, torres, canhões e munições mais eficientes, não vejo motivo achar que com CC mais pesados resultaria em CC melhores e mais letais.

Como citado em outra oportunidade, um CC iraquiano durante a operação Tempestade do Deserto, deu trabalho a um helicóptero Lynx do exército britânico, justamente, devido a sua agilidade em operar num ambiente urbano. Eu só vejo uma grande vantagem de CC pesado, sobreviver à IEDs com grande carga explosiva.

Levando essa discussão pro lado da aviação, me lembro da opinião do coronel da USAF que defendia que a melhor opção de combate ar-ar era um caça leve, mas equipado com um grande motor, se estudo fez surgir o F-16, um dos melhores caças a reação no combate dog-fight.

Enfim, por causa de uma miríade de questões e não apenas por causa que é doutrina deste ou daquele exército. Como eu escrevi acima, acho que um CC médio, equipado com uma torre com sistemas de última geração, um potente canhão de 120mm (veja que eu cito 120mm e não 125mm como o padrão russo), munições mais eficientes e blindagem reativa, no estilo ao que os israelenses estão desenvolvendo, daria muito trabalho a qualquer CC ultrapesado como os citados Leo 2A4/5/6/7, Abrams M1A1/A2, Merkava II/III/IV, Ariete, Challenger, Leclerc, T-90, K-1, etc. Mas está é minha opinião.

Até mais e é uma satisfação poder debater e aprender com você, dentre outros debatedores especialistas como o Bosco, Iväny, Mestre Bacch, Rafael, Cláudio, etc. 😉

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Ivan escreveu em 22 de fevereiro de 2015 at 13:30 #

“… Mesmo considerando que os T-64 e T-80 (p.ex.) são mais caros de construir, apesar de ter suspenção melhor; que o Leopard 2 (p.ex) são caríssimos e demandam mais atenção na manutenção, apesar de ser mais blindado; assim como os Abrams. …”.

Por favor, o que você quer dizer com “… ter suspensão melhor…”?

Além disso, você sabe os preços do T-64, T-80, Leopard 2 e Abrams? Gostaria muito de saber!

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Prezado Reginaldo Bacchi,

Estou sem tempo de pesquisar para responder adequadamente agora, mas há diferenças entre a suspensão dos T-64 e T-80 de um lado com aquela dos T-72 e T-90.

Os T-64 e em seguida os T-80 apresentaram entre outras melhorias, frente aos anteriores T-55 e T-62, uma nova suspensão com 6 (seis) rolentes pequenos, que permitiria um rodar mais suave e possivelmente maior peso.
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/TER.aspx?nn=167

Os T-72 e seu desenvolvimento T-90 mantiveram o mesmo tipo básico de suspensão já comprovado nos T-54, T-55 e T-62, que por sua vez tinham muito a ver com a suspensão do venerável T-34. Pelo que lembro, o tipo de suspensão dos T-34, T-54, T-55, T-62, T-72 e T-90 são baseados no sistema Christie, de antes da segunda grande guerra e inovador para aquela época. Robusto e simples, foi a opção soviética e russa para seus carros de combate de produção massificada.

Vou copiar uma parte de um texo de um sítio português sobre o assunto:

“Os estudos e projectos da União Soviética que resultaram no fabrico do T-64 (um tanque com uma suspensão completamente diferente da dos seus antecessores e que embora considerado superior era demasiado caro e comlexo) levaram ao modelo T-72, que surgiu em 1971.”
“Pode-se dizer que o T-72 foi um concorrente do modelo T-64, no que foi uma competição entre os gabinetes de projectos ligados ao complexo da fábrica Morozov de Karkhov na Ucrânia, responsável pelo sofisticado T-64 e os seus equivalentes na fábrica de Nizhni-Tagil (UVZ – Ural Vagon Zavod) para lá dos montes Urais, responsável pelo T-64 modificado e barateado, que viria a resultar no T-72.”
“Enquanto os projectistas da região ocidental da URSS (Em Kharkov na Ucrânia e em Moscovo) estavam atarefados em desenhar tanques mais modernos, com protecções e blindagens especiais, a fábrica UVZ, tinha apenas autorização para trabalhar em modernizações da linha T-54/T-55/T-62.”
“Mas quando as autoridades soviéticas concluiram que o T-64 se tinha transformado num tanque demasiado complicado, caro e com demasiadas avarias mecânicas, foi dada a possibilidade à fábrica da Sibéria de utilizar os estudos de modernização do mais antigo T-62 e aplica-los no T-64, com o objectivo de reduzir os custos de produção e conseguir um tanque mais barato que pudesse mais facilmente substituir o T-62
Os projectistas da Sibéria estavam limitados ao desnho básico do tanque e por isto o T-72, é muito parecido com o T-64, sendo as diferenças mais visiveis ai nível do sistema de suspensão.”
“O T-72 representa por isso uma volta a um sistema de suspensão convencional com seis grandes rodas, em vez do sistema utilizado no T-64 (com seis rodas pequenas), embora incorporando muitas das novas características do T-64, entre as quais se encontrava uma nova torre com um carregador automático, um novo motor e um canhão de 125mm. Pode-se por isto dizer que o T-72 é o resultado da mistura entre as caracteristicas mais sofisticadas do T-64, com a plataforma mais antiga mas provada do T-55/T-62.”

Quanto a diferença de custo de aquisição e manutenção dos carros de combate russos (e derivados) frente aos ocidentais (alemães, americanos, franceses e ingleses)terei que pesquisar uma fonte para indicar.

Atenciosamente,
Ivan.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Wellington,
‘ I’ll be back ! ‘
Forte abraço,
Ivan.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Ivan, fico no aguardo. 😉

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Prezado Ivan – tudo o que você mandou foi uma tremenda perda de tempo.

Devido a uma redação sua não perfeita, eu entendi que você estava afirmando que a suspensão do T-64 e T-80 era melhor do que a suspensão do Leopard e Abrams.

Que a suspensão introduzida no T-64 (e depois tornada padrão nos carros soviéticos/russos/ucranianos mais modernos), é melhor que a utilizada nos carro soviéticos da série BT, seguida pelo T-34, T-44, T-54 e finalmente T-55, é ponto pacifico para mim.

Com efeito, a suspensão patenteada por John Walter Christie (6 Maio 1865 a 11 Janeiro 1944) – que a demonstrou a primeira vez em Outubro 1928 – se revelou uma tremenda melhoria quando apareceu. Foi um sucesso, pois conseguia cursos de suspensão até então inimagináveis, de 25 até 60 cm.

A suspensão Christie além dos já acima mencionados carros, foi adotado pelos britânicos nos carros: Cruiser Mk III, Cruiser Mk IV, Covenanter, Crusader, Cavalier, Centaur, Challenger, Cromwell and Comet.

No exército dos EUA foi adotado de uma forma modificada (barra de torção em vez de mola helicoidal) nos: VBTP M113 e derivados, nos obuseiros auto propulsados M107, 108, 109, 110 e derivados, e no Clanf LVTP-7.

Dito tanta coisa a favor da suspensão Christie (e similar) por que ela foi abandonada na Rússia, na Grã Bretanha e possivelmente nos EUA?

Por causa do seu elevado peso como massa não suspensa!!! Uma roda grande separando a lagarta superior da inferior.

As massas de um veículo se dividem em massa suspensa e massas não suspensas.

A massa suspensa é a parte do veículo que leva a tripulação, motores, transmissão etc.

Massas suspensas são aquelas que correm sobre o piso: rodas, freios, parte do molejo.

Quanto maiores forem as massas não suspensas, mais elas influenciam o deslocamento da massa suspensa pelo seu deslocamento vertical devido a obstáculos no caminho, ou seja criam incomodo para tripulação, sobrecarregam (ou mesmo anulam) a ação dos giroscópios que estabilizam o canhão etc etc etc.

Rodas de rolamento menores inferiores, combinadas com roletes superiores (coisa aliás, já usada em muitos outros carros) foi a solução que substituiu a suspensão Christie.

Oganza
Oganza
9 anos atrás

“Como citado em outra oportunidade, um CC iraquiano durante a operação Tempestade do Deserto, deu trabalho a um helicóptero Lynx do exército britânico, justamente, devido a sua agilidade em operar num ambiente urbano. Eu só vejo uma grande vantagem de CC pesado, sobreviver à IEDs com grande carga explosiva.”

Quando uma pessoa não entende o que é uma ordem de batalha fica difícil ela chegar a entender como funcionava as Kill Box da 1ª Gerra do Golfo… quando o referido episódio aconteceu…

1º – Não foi a “mobilidade” que causou transtornos, ele simplesmente se escondia atrás das casas e muros, que por sua vez estava perto de uma escola.

2º – A maior distância que o referido tange percorreu foi 350 jardas para leste de sua posição quando o Lynx e seu ala, um Gazelle, se refugiaram ao fundo da Kill Box para estabelecer uma estratégia via rádio, onde a escolhida foi a Manobra Lebre, que no fim, deu resultado.

3º – Ele ficava como uma “tartaruga”, escondendo e mostrando a “cabeça”, e a cada vez que ele se mostrava ele disparava e logo em seguida dava uma ré de 15 metros para se esconder de novo.

4º – O Lynx estava “preso” em sua Kill Box que por sua vez se encontrava em uma área sem cobertura topográfica. O Lynx não podia sair dela por pena de ser abatido por fogo amigo, portanto suas manobras evasivas só podiam ser dentro da Kill Box que o impedia de se aproximar e o deixava no limite de seus sensores e armamentos.

Enfim, um péssimo exemplo pra corrobora uma péssima teoria.

MBTs são instrumentos de choque… são uma arma psicológica antes de qualquer coisa. Quem já viu, e sentiu, 20 MBTs passar a menos de 20m de distância a 30 km/h sabe o que eu estou dizendo.

Quem tiver curiosidade, busque no CRS pelo report: “Helicopters Vs Armored Vehicles – Factors limiting the use of Kill Boxes in urban environments.” Esse caso é um dos que ilustram os reais acontecimentos do evento, com detalhes técnicos completos, inclusive o Briefing da missão e não o Documentário “Duelo no Deserto” do History, que não passa de um belo passa tempo bem legal. 🙂

”A arma mais importante de qualquer tanke é sua metralhadora.” – George S Patton… por acaso esse cara só entendia um pouco sobre batalhas de tankes. kkkkkkkkk

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Desculpe Oganza, mas o que é CRS?

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Vixi, outro iluminado. Rsrsrs

Efeito psicológico???? Essa é a justificativa para CC pesados?!?! kkkkkkkkk

Tá certo, rsrsrs. 😉

Oganza
Oganza
9 anos atrás

Bacchi,

desculpa… foi mal…

CRS: Congressional Research Service…

…é a maior fonte de reports e prestações de contas free e sem frescura do mundo… só dá trabalho navegar lá… tem que ter pasiência… 🙂

Mas tem tudo… já achei até a composição do aço dos torpedos da Classe Virginia… rsrsrs

Grande Abraço.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Oganza, ao invés de iniciar um comentar sobre um comentário meu (coisa que parece um imã para você, Vader e Kojak) sugiro começar de forma menos provocativa e mais educada tipo: “Wellington, discordo da sua opinião por causa disso e daquilo” e tentar mostrar alguma insanidade da minha parte, em contrapartida você ser um ultra, super, mega conhecedor de todos os mistérios do universo.

A título de opinião, poderiam começar assim: “Discordo por com disso….” “Em minha opinião. ….”, enfim, uma postura menos arrogante e prepotente faz bem a todo mundo. Aliás, a título de ajuda neste entendimento, sugiro procurarem conhecer mais sobre Complexo de Superioridade, isto ajuda em aplacar os seus ímpetos. Abaixo um link sobre.

http://www.infoescola.com/psicologia/complexo-de-superioridade/

Voltando ao tópico…….. Obrigado por nos trazer mais detalhes sobre o ocorrido, pois trás mais informações ao ponto que quero chegar. Veja que a agilidade de se esconder atrás de casas e muros lhe deu maior possibilidade de combate, consequentemente de sobrevivência, do que se fosse um CC pesado, grande e lento. Imagine então se o veículo tivesse uma torre com melhores sistemas de pontaria? Com possibilidade de disparar mísseis antiaéreo pelo canhão (conforme estávamos debatendo em outro tópico, no qual o Bosco tocou no assunto)?! Tenho pra mim que o combate poderia ter um outro desfecho, não?!

No mais, quanto ao restante do seus comentário só Freud explica.

Até mais!!! 😉

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

P.S: mais uma vez, peço desculpas pelos erros de digitação, o meu smartphone sofreu uma atualização e ficou ainda pior.

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Ivan cometi dois erros:

O primeiro é que a relação dos tanques soviéticos/russos/ucranianos é: T-34, T-44, T-54, T-55 e T-62.

O segundo erro, é que só o T-34 tinha a suspensão Christie pura. Os demais tinham a mola helicoidal substituída por barra de torsão. Exatamente como descrevi para os carros do exército dos EUA.

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Oganza, obrigado.

Oganza
Oganza
9 anos atrás

Mas que essa criança ai nessa versão A7+ ou Plus rsrsrs tá cara, aaaahhhh isso tá… Um Merkava pelado não sai por menos de U$ 6-7 Milhões… com todos os opcionais fica entre U$ 15-16 Milhões segundo report do DoD Israelense.

Curiosidade: Entre os opcionais está a instalação ou não da tal horrível cortininha de correntes com bolas de aço na parte anterior da torre que teria o “poder” de desviar projéteis mais leves. Mas dizem que funciona rsrsrs vai entender. 🙂

Grande Abraço.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Prezado Reginaldo Bacchi,

O senhor escreveu:
“…tudo o que você mandou foi uma tremenda perda de tempo.”

E em seguida:
“Devido a uma redação sua não perfeita, …”

Usei uma parte do meu intervalo do almoço para esboçar uma resposta ao seu questionamento, pois minha atividade profissional que não tem nada a ver com defesa está consumindo muito do meu tempo, mais do que a jornada normal.

Se meu esforço em ter uma atenção com o senhor foi tomada como uma “tremenda perda de tempo” só posso lhe dizer que sinto muito. Procurarei evitar esse desconforto no futuro.

Quanto a minha redação “não perfeita” reintero minhas desculpas. Usei um ponto e vígula (;) quando deveria ter escrito de outra forma. Mas uma vez a premência do tempo, como expliquei antes.

Obvaimente não afirmei, nem o faria, que a suspenção do T-64 e T-80 é melhor que a do Abrams ou do Leopard. Apenas que era melhor, porém mais cara, que a do T-55, T-62 e mesmo do T-72.

Quanto a suspenção Christie devo registrar que foi perfeitamente explicada por V.S.ª.. Entretanto devo ponderar apenas que tanto o T-62, anterior ao T-64, como o T-72 e seu derivado mais moderno T-90 também usam suspenção do tipo Christie, ou ao menos que são semelhantes.

Sou apenas um entusiasta do assunto, mas tenho lido que a opção de manter uma suspenção tipo Christie nos T-72 e derivados foi uma medida de economia, frente a solução desenvolvida para o T-64, que aparentemente era mais moderna e dava mais estabilidade ao blindado.

Atenciosamente,
Ivan.

rsbacchi
rsbacchi
9 anos atrás

Ivan, é um prazer trocar ideias com você.

Um grande abraço.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Wellington Góes,

I’m back !

“Wellington, discordo da sua opinião por…”
… entender que o amigo deveria observar o cenário em que cada carro de combate principal vai atuar, assim como qualquer sistema de armas.

(Gostou da introdução… ka ka ka…)

Claramente vc faz opção pela mobilidade, como os soviéticos e russos, bem como os franceses na época do AMX-30, até mesmo os alemães com o Leopard 1.

É uma opção válida, mas apenas para alguns terrenos, notadamente onde há condição de amplas manobras em velocidade e profundidade, como as estepes russas ou as planícies eslavas.

Mas se o terreno é mais acidentado ou se a força blindada vai travar uma batalha defensiva onde os adversários vão se aproximar é vital ter uma boa proteção para aquentar o fogo adversário.

Em área urbana será ainda pior.
Os lançadores de granadas propelidas por foguetes (RPG, ‘bazookas’ ou ‘Panzerfaust’) estão fazendo estragos a mais de 7 (sete) décadas, mas elas serão muito mais eficazes contra um tanque menos blindado (e mais leve) do que contra um mais blindado.
Velocidade dentro de uma cidade terá valor limitado.

Blindagem, por sua vez, é essencial.
Mesmo com materiais compostos (blindagem formada por camadas de diferentes materiais, como a Chobham) ficam ainda melhor se há massa suficiente para dar espessura às paredes.
Blindagens reativas são interessantes, mas podem ser ultrapassadas por ATGW modernos com dupla carga (a tandem warhead), gaiolas também. Contra munição cinética do tipo Armour-piercing discarding sabot (APDS) e Armour-piercing fin-stabilized discarding-sabot (APFSDS) a coisa fica pior.

Por que será que os Tanques mais modernos, inclusive o russo T-90, estão cada vez mais pesados? Porque precisam de mais blindagem. Franceses e alemães também seguiram este caminho.
(Em tempo: o T-90 com 47 ou 48 toneladas não é tão pesado assim, fica fora do grupo do Abrams, Leo 2 e Merkava.)

Mais um detalhe.
Nem sempre a proteção blindada vai salvar o veículo, mas deve salvar a tripulação para que esta possa combater de novo. Este princípio norteou o desenvolvimento do israelense Merkava, mesmo em detrimento da mobilidade.

Voltando para o início, é essencial observar o cenário.
Isto significa considerar o terreno onde a força vai combater, qual o poder de fogo do potencial inimigo, as condições logísticas de movimentar os blindados e até mesmo a capacidade econômico-financeira do Estado em questão.

O Leopard 2A7+ é um carro de combate principal espetacular.
Mas se não cabe no orçamento de um determinado exército, ou é mais que o necessário para dissuadir um inimigo, ou é muito complexo para o nível dos seus soldados, ou vc dispõe de alternativa quase tão boa em melhores condições de compra, ou sua logística não consegue transportar o grandão, ou qualquer outra coisa, é melhor procurar opções possíveis, desde que efetivas.

Abraço,
Ivan.