Exército Brasileiro prestes a receber lote final do sistema antiaéreo VSHORAD RBS 70
O Exército Brasileiro prestes a receber lote final do sistema antiaéreo VSHORAD RBS 70 está perto de completar mais uma etapa da renovação dos seus meios de defesa antiaérea.
De acordo com o site noticioso do grupo britânico Jane’s, uma equipe da Força Terrestre seguirá dentro de alguns dias para a Suécia, a fim de realizar os testes de aceitação de fábrica do terceiro e último lote de equipamentos relacionados ao pacote de 16 postos de disparo do sistema de defesa antiaérea de muito curta distância (very-short-range air defence system) – ou SHORAD, na sigla em inglês – RBS-70, fabricado pela SAAB Dynamics.
O conjunto de armas foi adquirido no início do ano passado, por meio da Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW), à empresa SAAB Dynamics, e custou 28 milhões de Reais (9,8 milhões de dólares). Os dois primeiros carregamentos chegaram ao Brasil em março e em novembro de 2014.
De acordo com a informação do Jane’s, o novo fornecimento inclui equipamentos de visão noturna, simuladores e itens de manutenção – incluindo um kit de testes destinado ao recém-criado Batalhão de Manutenção e Suprimento de Artilharia Antiaérea.
O Batalhão foi criado e ativado pela portaria nº 876, de 12 de agosto de 2014. Ele está sediado em Osasco (SP), e é subordinado à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea.
Novo canhão – A SAAB está entregando ao Brasil, além dos 16 postos de disparo e do lote prestes a ser liberado na Suécia, mísseis antiaéreos Mk II, ferramentas de manutenção, peças de reposição e documentação técnica. Os mísseis Mk. II possuem alcance comprovadamente eficaz a distâncias entre 5.000 e 6.000 m – mas podem, eventualmente, cobrir trajetórias de até 8.000 m.
O contrato firmado pelo Brasil prevê ainda o treinamento de militares brasileiros no VSHORAD RBS-70.
Segundo o grupo Jane’s deverão ser adquiridos sistemas adicionais – de comando e controle, alerta e comunicações –, que obedecerão as diretrizes do Projeto Estratégico da Força Terrestre brasileira no tocante à Defesa Antiaérea.
A mesma fonte afirma que o Exército se prepara para importar um novo tipo de canhão antiaéreo, cuja compra ainda depende de estudos acerca do calibre mais indicado, de custos, integração aos meios já disponíveis na Brigada Antiaérea, facilidades de apoio logístico e verificações sobre o ciclo de vida do equipamento.
O Exército já começou a operar viaturas blindadas KMW Gepard 1A2, dotada de canhões de 35 mm, encomendadas em maio de 2013. A entrega desses equipamentos será completada em julho deste ano.
A renovação da artilharia antiaérea brasileira – uma das prioridades máximas da Força Terrestre – inclui também a aquisição de radares portáteis SABER M-60, para a detecção de alvos a baixa altitude, e de centros de operações antiaéreas móveis. Os dois equipamentos foram desenvolvidos em um esforço conjunto da empresa Bradar (grupo Embraer Defesa & Segurança) com o Centro Tecnológico do Exército.
O programa de modernização prevê ainda a aquisição de radares SABER M200, para a identificação de targets a média altitude, mísseis russos Igla-S, e canhões antiaéreos do sistema Pantsir S1.
Será que a Jane’s não está apenas reproduzindo uma noticia que saiu em algum órgão de imprensa brasileira?
Eu já vi isto acontecer anos atrás no Brasil!!!
Jornal brasileiro > Jane’s defence Weekly > Jornal brasileiro!!!
Alguém sabe dizer se além dos radares SABER M60 e M200, os sistema FILA da Avibras será modernizado/melhorado, ou se será descartado na medida que em que todo este aparato entre em operação no EB?
Até mais!!! 😉
Góes boa tarde,
O novo Cmt do EB em entrevista mencionou que o sistema FILA será modernizado. E que os trabalhos no M200 seguem e logo haverá os primeiros testes.
Moreno
16 lancadores apenas ?!?!?!?!
sem comentarios…
Obrigado Cláudio!
Boa noite, Wellington,
Só para lembrar: o Fila orienta o fogo de um sistema de armas que nada tem a ver com o dos mísseis RBS-70.
Nesse momento, e na situação atual do Fila, me parece que a idade tecnológica dele está muito aquém do patamar tecnológico dos produtos da Bradar.
São equipamentos de gerações totalmente diversas.
Abraço.
A vantagem do FILA sobre um radar 3D como o SABER 60 é que o primeiro pode prover solução de tiro para canhões AA de 40 mm, enquanto que o segundo não pode.
E os canhões precisam de diretoras de tiro sob pena de serem subutilizados.
E ainda tem as diretoras de tiro dos canhões Oerlikon 35 mm, os Super Fledermaus.
Caro Roberto Lopes
Saudações
KMW Gepard 1A2, quantas unidades acredita-se que estejam disponíveis para venda ainda ?
Abraços.
Pois então Bosco, é por isto o meu questionamento. Se estamos, e/ou estaremos, avançando quanto a radar de detecção, mísseis e canhões, é um contra-senso não modernizarmos o radar diretor de tiro, ou Equipamento de Direção de Tiro (EDT) FILA.
Um pouco sobre ele:
http://www.esacosaae.ensino.eb.br/PAGINAS/ENSINOBRAVO.PHP
Até mais!!! 😉
Aproveitando a oportunidade, um pouco sobre a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea do EB.
http://www.esacosaae.ensino.eb.br/
Quanto aos mísseis antiaéreos, eu sou da opinião que o MD deveria deixar de lado os Pansir e/ou o CAMM e partir para algo, realmente, um divisor de águas, o Aster 15 e/ou 30. Deixando para, no futuro próximo, desenvolver a versão superfície-ar do A-Darter e, quem sabe, do Marlim, no melhor estilho Spyder. Tudo isto usando o caminhão Astros.
De russo mesmo só alguns helicópteros e, quem sabe, o S-400 se for preciso no futuro (umas três baterias – uma no Rio de Janeiro, outra em Brasília e outra em São Luiz).
Até mais!!! 😉