‘Estarei próximo da presidente Dilma’, diz Jaques Wagner
Após longo período de espera, a presidente Dilma Rousseff anunciou, ontem, que o Ministério da Defesa será a pasta do governador Jaques Wagner no seu segundo mandato, que começa em janeiro de 2015. Em entrevista exclusiva ao A TARDE, Wagner falou qual será seu papel no governo.
Acabou a novela do ministério, governador?
Terminou. Na verdade, o primeiro a sugerir (o Ministério da Defesa) para ela (presidente Dilma Rousseff) fui eu. Primeiro tenho uma relação boa com eles (militares). Estudei no Colégio Militar do Rio de Janeiro e até iria seguir carreira, mas depois daqueles episódios todos de 1968, acabei não indo. Acho que os militares são extremamente importantes. Na carreira de Estado, as mais perenes são eles e o Itamaraty (diplomatas).
O senhor acha que ainda existe um pouco de medo em relação aos militares?
Algumas pessoas têm uma visão equivocada (dos militares). Olham para a Defesa ou ainda com trauma de 64 ou com uma lógica de Guerra do Paraguai, que é como se fosse necessário ter tropas para brigar e invadir. Creio que as pessoas desconhecem a dimensão que têm hoje o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do ponto de vista tecnológico, campanhas de diminuição de vulnerabilidade. As pessoas não têm ideia dos investimentos da área. Por exemplo, o submarino nuclear. É tecnologia pura que será transferida da França para cá. Satélites. Estamos prestes a lançar um satélite brasileiro estacionário com muita tecnologia, muito mais que banda larga (internet). Também os caças (que o governo comprou) da Suécia. Então, tem um grande volume de investimentos. É bom lembrar ainda o comando da vigilância da Amazônia, que é um patrimônio nosso. A base da Antártida.
Enfim, há uma capilaridade incrível, pois eles estão em todos os cantos. Na própria Base Aérea de Salvador, os caças que patrulham a nossa costa. Só para se ter uma dimensão do cargo: já foram ministros da Defesa o ex-governador Waldir Pires, o vice-presidente da república, o ex-presidente do STF Nelson Jobim, o Celso Amorim, que foi durante oito anos ministro das Relações Exteriores, que teve reconhecido seu trabalho fantástico.
Além disso, o senhor também vai participar do núcleo de governança do governo Dilma?
Prefiro chamar de coordenação de governo, que é aquela primeira linha, o “núcleo duro”, não gosto muito desse nome. É o grupo de ministros que ela convoca para ficar diretamente em volta. Na conversa com a presidente, ficou acertado que vou para a Defesa e sou parte da coordenação política ou de governo.
Mas com a função de participar de negociações com o Congresso, com as lideranças políticas?
Não. A coordenação estuda projetos estratégicos. Agora ninguém impede de negociar. O Jobim, por exemplo, era ministro da Defesa, e até pela origem dele, que foi além de integrante do STF, ministro da Justiça, poderia receber uma missão. É o meu caso também, ela pode me encomendar algo nessa linha, não tem nada que me impeça. Não estou na frente da batalha política. O articulador político pelo que estou percebendo é o deputado Pepe Vargas do Rio Grande do Sul. Mas todo ministro é político. Pela minha relação posso conversar com vários segmentos, mas não é minha função primeira.
Já discutiu com a presidente a estratégia nesse início de governo ante esse bombardeio todo pelo caso da Petrobras?
Ainda não puxou essa reunião. Quando puxar, vou estar. É que ela está nesse momento querendo fechar o ministério para anunciar.
Como o senhor responde a essas provocações da oposição de que a Defesa não é um dos ministérios fortes?
Há uma espécie de senso comum, que é muito pobre, segundo o qual pelo meu poder político deveria ir para Comunicações. Isso é uma babaquice. Para quem diz isso eu respondo: amigo, a última vez que fui para um cargo dito de segunda, foi para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, saindo para ser governador. É uma pasta da maior relevância. Cibernética, Amazônia, satélite, submarino nuclear, os caças, a Embraer, a Base da Antártica, ou seja, é muito dinheiro investido. Meu sentimento é que estou absolutamente satisfeito.
Aí ficam me perguntando: o que o senhor vai fazer pela Bahia na Defesa? É outra bobagem, gente. O que eu vou fazer pela Bahia depende de estar na coordenação de governo e ter o peso de, quando Rui (Costa, governador eleito) precisar de alguma coisa, eu ligar para um ministro amigo meu e dizer o que o Estado quer. E com toda força política nossa. Se por acaso eu fosse para o Ministério dos Transportes, resolveria os problemas das estradas da Bahia. E o resto? Tem Cidades, Integração Nacional, Saúde. Os tempos estão mudando. Não adianta o cara achar que eu no Ministério das Comunicações iria fechar rádio de inimigo e dar rádio a amigo. Isso não existe mais.
O senhor está esperando um orçamento apertado para 2015 em função da crise econômica?
Lógico que todo mundo sabe que terá orçamento apertado, mas óbvio que eu tenho garantias para os projetos prioritários que citei. Todos terão continuidade, mas tudo aponta para um ano de orçamento apertado.
E o sentimento de começar esse nosso governo?
É um sentimento bom. A presidente conseguiu fazer a equação política. Praticamente todos os partidos parceiros estarão bem representados (no ministério). Claro que todo parceiro quer ampliar a participação, mas ela venceu etapa importante.
Incomoda o senhor integrar um ministério que tem pessoas ditas conservadoras, como a ministra da Agricultura Kátia Abreu?
Não. Você sabe como eu fiz na Bahia. E alguns diziam que tinha mais carlistas na minha chapa que na do adversário. As pessoas também têm o direito de mudar, caramba. As pessoas podem ter uma história assim e depois conviver com outro projeto político. A presidente tem o comando. O ministro não vai fazer o que quer no ministério. Se fizer uma aberração contra aquilo que é o conceito da presidente da república, ela vai dizer, não é por aí. Você pode dizer, olha ela trouxe uma pessoa conservadora. Eu posso ver por outro ângulo: a pessoa conservadora aceitou vir para o ministério de alguém do PT e tem a característica que tem. É um processo de ajuste de todo mundo. Um deputado tem um grau de liberdade muito maior de quem está num ministério. Não acho que isso é problema, esse é um governo de coalizão, não ganhamos só com o PT, com as forças chamadas de esquerda, ganhamos também com as forças de centro.
Já deu para puxar alguma coisa para a gestão de Rui Costa?
Agora não é o momento de discutir isso, porque a cabeça de todo mundo está focada em fechar o ano e fazer a transição. Isso é para 15 de janeiro. Todo mundo que chega vai arrumar a casa ainda.
O senhor estará em Brasília quando a presidente Dilma chegar à Bahia para descansar, na quinta?
Ela já fez o dela. Eu tenho que fazer o meu agora. É como quando o governador nomeia o secretário. Transfere para ele o problema. Ela já transferiu, cada ministro tem que montar (a equipe). Eu volto a Salvador e retorno na quinta-feira para Brasília para estudar a estrutura do Ministério da Fazenda, enfim tem todo um trabalho a ser feito.
FONTE/FOTOS: A Tarde (entrevista de Biaggio Talento)
COLABOROU: Guilherme Menezes
” Eu volto a Salvador e retorno na quinta-feira para Brasília para estudar a estrutura do Ministério da Fazenda…”
Ou o futuro ministro cometeu um engano, ou já está preparando um ataque ao QG do maior inimigo de sua pasta, O Dono da Tesoura, hehehe.
Off Topic – Primeira Exportação do Guarani
http://www.defensenews.com/story/defense/international/americas/2014/12/24/iveco-lebanon/20856469/
FONTE: DefenceNews
NOTA: Será que isso é resultado de nossa participação na missão de paz?
CM
Acesse o documento do que o novo MD terá que se desdobrar para realizar sem cortes de verbas.
Em tempo:
Agora faz mas sentido a euforia na aquisição de um AH de verdade…não o OH58 que é menos capaz (eu repito) que nosso Fennec, como disse em post anterior que acobou não indo pra frente…(triste)
http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/be/boletins.php
“NOTA: Será que isso é resultado de nossa participação na missão de paz?”
O contrato é da IVECO e são somente 10 veículos “Guaraní”.
Boa noite Mauricio,
Hummm o projeto é de propriedade do EB. Portanto por contrato as exportações, vendas, vetos de vendas…e tudo o mais o EB mete sua colher e tem participação. Se desejar aprofundar no assunto sugiro leitura do proprio Blog da Iveco (é mais limpo e rápido para a leitura, tem leigos que não se adapram a leitura do COTER mas é outra opção para aprofundar em conhecimento deste projeto em específico. )
Nota: estou chamando-o de leigo….é confuso mesmo algumas relações entre as FFAA e os fabricantes. Infelizmente não temos uma divisão da IMBEL para a produção de veículos. ..isto evitaria o intermediário mas criaria outros problemas também. ..
Cm
Quanto ao plano estratégico do EB (vide link abaixo), novamente me parece que a artilharia de tubo rebocado vai ficar para traz…
Não existe uma menção se quer…a artilharia rebocada ao meu ver ainda se faz necessária e nossa artilharia de 155mm rebocada é jurassica, a 105mm menos ruim.
http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/be/boletins.php
CM
Já deu pra ver um pouco do quanto ele sabe sobre a Defesa.
Acho que ele ficaria melhor na Agricultura ou Desenvolvimento Social. Ele estaria mais ‘por dentro’. Afinal, ‘acalmar’ os ânimos e distribuir carne pra companheirada é com ele mesmo. Lembrava disso vagamente e procurando acabei achando este belo resumo.
Olhando tudo abaixo, e dado a falta de recursos para investimentos nas FAs os comandantes poderiam aprender com alguns colegas revolucionários como ligar com o novo ministro: invadam um prédio da Administração ligado a ele, e ele acalma os ânimos distribuindo benesses, quem sabe recursos. Só lembrem de usar alguma farda vermelha, rs.
Vejam se é ou não um defensor do país (dos companheiros). Eu já me sinto mais seguro, rs.
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“Quem está mais seguro com Jaques Wagner na Defesa?
Nomeado ministro da Defesa pela presidente Dilma Rousseff, o governador petista da Bahia, Jaques Wagner, tem todas as credencias para ocupar o cargo que subentende a responsabilidade pela direção superior das Forças Armadas, pelo estabelecimento de políticas ligadas à segurança do país, e até pela aviação civil:
Wagner sempre patrocinou o MST, idolatra terrorista de esquerda, a taxa de homicídios é alta em seu estado, seu nome está envolvido em denúncias de corrupção, e ele não sabia de nada.
Como poderia haver melhor opção para o PT, logo agora que a ditadura venezuelana firmou acordo com o MST “para fortalecer o que é essencial para uma revolução socialista”?
Em 2009, Wagner gastou R$ 161,3 mil em aluguel de ônibus para levar os sem-terra de volta ao interior após uma invasão de prédio superanimada.
Em 2010, instalou quatro banheiros químicos, um tanque d’água e um barracão como “apoio logístico” para outro protesto.
Em 2011, para comemorar o circuito de 40 propriedades rurais invadidas, forneceu verduras e 600 quilos de carne por dia (com gasto diário de R$ 6 mil) para alimentar os cerca de 3.000 sem-terra que invadiram o prédio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, em Salvador. Ofereceu também 32 banheiros químicos, dois chuveiros improvisados e toldos.
A infraestrutura do trio “Abril Vermelho” aumentava a cada ano. Com Wagner na Defesa, não faltarão os camarotes com Open Bar, o Asa de Águia e o Chiclete com Banana.
Como forma de agradecimento pela desocupação da Secretaria, Wagner nomeou Vera Lúcia da Cruz Barbosa secretária de Políticas para as Mulheres. Ela é dirigente do MST, membro da Via Campesina e integrante da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS).
Uma semana depois, dois grupos pertencentes a esta coordenação (Ceta e MTD) invadiram de novo a Secretaria, na ânsia por um churrasquinho e um cargo no governo.
Em 2013, o MST invadiu a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar agilidade na investigação do assassinato de um dirigente do movimento na zona rural de Iguaí. Como os policiais não conseguiram conter o grupo, o subsecretário da pasta, Ari Pereira, disparou sua arma de fogo. Wagner defendeu o subsecretário, dizendo que o tiro foi só “para intimidar e não se [deixar] concluir o processo de ocupação e invasão no prédio”.
“Não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada. As pessoas não podem confundir democracia com baderna”, afirmou Wagner, após anos patrocinando a baderna.
“Daqui a pouco, um integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me faltava essa”, completou o mesmo governador que já havia nomeado uma integrante do movimento para sentar na cadeira da secretaria de Políticas para as Mulheres.
Para um petista, qualquer semelhança com a recomendação atribuída a Lenin – “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz” – nunca é mera coincidência.
Em agosto de 2013, depois de repassar R$ 120 mil para Daniela Mercury participar da Parada Gay de São Paulo, Wagner decidiu financiar com R$ 200 mil o projeto do “Museu da Resistência”, em homenagem ao chefão de extrema esquerda da ALN (Ação Libertadora Nacional) Carlos Marighella, que defendia abertamente execuções sumárias em seu “Minimanual da Guerrilha Urbana”.
Esses foram os indivíduos assassinados nos covardes atos terroristas da ALN:
– José de Carvalho
– Guido Boné
– Natalino Amaro Teixeira
– José Getúlio Borba
– Newton de Oliveira Nascimento
– José Armando Rodrigues
– Bertolino Ferreira da Silva
– Sylas Bispo Feche
– Iris do Amaral
– Walter César Galleti
– Mário Domingos Panzarielo
– Sílvio Nunes Alves
– Manoel Henrique de Oliveira
Em fevereiro de 2014, para que as criancinhas também se espelhassem no ícone do terrorismo esquerdista, Wagner celebrou no Facebook a mudança de nome do Colégio Médici para Colégio Marighella, onde, assim como no museu e na Comissão da Mentira do PT, as vítimas da ALN serão sempre ignoradas.
Não é de surpreender que um estado governado por um fã de Marighella tenha 37,9 homicídios por 100 mil habitantes, 224% a mais que São Paulo, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, que traz o balanço de 2013; e 22 cidades na lista das 100 mais violentas do país, segundo o Mapa da Violência.
A relação delicada entre a gestão Wagner e a Polícia Militar baiana ainda resultou em 52 assassinatos em dois dias de greve da PM em abril deste ano, durante a qual o mesmo governador que contribui para a satanização das Forças Armadas pediu à presidente Dilma que enviasse tropas para socorrer seu estado.
Em setembro, uma reportagem de VEJA revelou que uma ONG chamada Instituto Brasil, criada em 2004 para supostamente facilitar a construção de casas próprias, com dinheiro federal, para pessoas de baixa renda na Bahia, era na verdade um dos braços do PT para desviar dinheiro dos cofres públicos para o bolso dos petistas: R$ 50 milhões ao longo de seis anos, segundo denúncia da própria presidente da entidade, que cuidou do esquema para os petistas até 2010. Dalva Sele Paiva, que disse ter entregado vários pacotes de dinheiro de R$ 20 mil a R$ 50 mil ao deputado federal Afonso Florence quando ele era secretário de Jaques Wagner, disse que era impossível o governador não saber do esquema.
Para completar, Wagner, que é originário do sindicalismo petroleiro, agora também tem o nome envolvido no escândalo do Petrolão a partir das denúncias feitas pela ex-gerente Venina Fonseca. De acordo com uma auditoria interna realizada na Petrobras, duas produtoras de vídeo que trabalharam nas campanhas do governador e de duas prefeitas do PT receberam R$ 4 milhões da estatal em 2008, sem licitação, em projetos autorizados pelo gerente de Comunicação da área de Abastecimento, Geovane de Morais.
Há muito mais coisas interessantes no currículo do novo Ministro da Defesa, mas creio que este resumo é o bastante.
Eu já estou me sentindo muito mais seguro agora. Você não?” (Felipe Moura Brasil)
* como lidar como novo……(linha 6)
Caro Luiz Paulo
Parabéns.
Me recuso a escrever sobre essa pessoa, o que tinha que fazê-lo esta no face da Revista Forças de Defesa.