Exército Brasileiro vai escolher seu veículo blindado 4×4
Victor Barreira, Lisboa
Quatro empresas do setor têm até meados de dezembro para entregar ofertas ao Exército Brasileiro para um lote inicial de 32 veículos táticos blindados 4×4, na sequência de um pedido de propostas lançado em outubro.
A Iveco Veículos de Defesa da Itália, juntamente com sua Iveco América Latina, a Avibras do Brasil unida à francesa Renault Trucks Defense, a BAE Systems Land Systems da África do Sul, e AM General dos Estados Unidos aliada à Plasan de Israel, estão prontas para participar da competição.
Um contrato está programado para ser concedido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Exército durante os primeiros seis meses de 2015, com as primeiras unidades sendo incorporadas apenas seis meses depois do contrato firmado. O pacote também inclui a nacionalização da produção de veículos e fornecimento de treinamento, peças de reposição e serviços de apoio logístico.
A Iveco propôs o Light Multirole Vehicle (LMV); a Avibras o Tupi, que é baseado no veículo Sherpa Light Scout da Renault Trucks Defense; A BAE Systems Land Systems da África do Sul oferta seu RG32LTV (Light Tactical Vehicle); e a AM General e Plasan o MLTV-BR (Modernised LTV-Brazil). Esses veículos foram anteriormente testados extensivamente no Brasil pelo Centro de Avaliações do Exército.
O programa, conhecido como VBMT-LR (Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas), faz parte dos Projeto Estratégico Guarani e deve adquirir um total de 186 veículos blindados leves polivalentes: uma compra inicial de 32 e outra de 154, para ser mais tarde completada em lotes separados de 77 cada. Os primeiros 77 seriam recebidos em kits completos “Knock-Down” para montagem local e o segundo lote seria produzido em série no Brasil.
Os veículos brasileiros terão proteção balística, provisões para comunicações, e a capacidade de serem equipados com lançadores de granadas de fumaça de 76 milímetros, equipados com suportes para armas Plattmounts e uma estação de arma remota ARES Aeroespacial e Defesa REMAX (Reparo de metralhadora Automatizada X) que foi desenvolvido pelo CTEx e pode ser armado com armas de 7,62 milímetros ou 12,7 mm.
FONTE: IHS Jane’s Defence Weekly
Espero que, além de alcansar os indices de aprovação nos testes, o LMV da Iveco vença esta concorrencia,assim estaríamos aumentando a familia Iveco no EB.
Sds.
Somente esses 4 veículos foram apresentados ao EB para participar da licitação?
E eu espero, mas acho que será em vão, que o EB escolha o melhor veículo dos quatro que se apresentaram e o que tem o melhor corriculum operacional em combate, o LTV da BAE, porque lá se a coisa encrespar vai dar caixaão e vela preta.
Grande abraço
Caro amigo Juarez,
Você me incutiu tanto na cabeça o “ter não significa operar” que, vendo por essa lógica, o melhor candidato é o da Iveco, cujo motor é o mesmo daquele furgão dela (com algumas modificações).
Claro que eu lembro da nossa discussão em que você destrinchou que o da BAE era melhor, mas a gente sabe que nem sempre o melhor vence.
Aliás, viu que agora divulgaram que a compra será bem maior do que as 32 unidades divulgadas anteriormente?
E aí diferenças de custo começam a pesar mais. Não tenho ideia qual é o mais barato, mas dá para presumir que quem já tem planta instalada no Brasil tem condições de oferecer um preço menor – se vai oferecer, são outros 500.
Quando foi que o MLTV (AM General) fez testes no Brasil?
Li em outras paragens que além desses quatro veículos, o EB só avaliou mais um, o Gladiador, da Inbra, o qual foi desclassificado por não atender aos requisitos.
Estranhei bastante a KMW não ter participado com seu AMPV12, dado que está construindo uma fábrica no Rio Grande do Sul.
E, aí já deve pesar um pouco mais a necessidade de ter que fabricar parte deles aqui, as ausências da Hatehof e da Paramount também são dignas de nota.
Caro Rafael!
Eu vou tentar te explicar o que eu penso sobre isto, baseado na minha experiência militar e agora civil mexendo com equipamentos e caminhões.
Eu li por aí, varios testes feitos pelo pessoal da midia de defesa em alguns veículos como o Tigre Russo, o LMV e no Sherpa, e o que mais me chamou a atenção é que ninguém se preocupou em informar as caratericitcas de robustez contrutiva, custo de manutenção e simplicidade da mesma.
Chegar a conclusão de que o veículo “A” é o supra sumo da piringolândia após embarcarem em circuitos fechados de fábricas ou pequenos circuitos em áreas sem pavimento subindo e descendo ladeira e fazendo curva a la Senna em dia de chuva e emitindo conceitos a meu ver completamente desprovidos de amparo técnico.
Vamos supor que eu fosse um dos avaliadores das viaturas em questão. a primeira coisa que eu faria seria colocar na rampa e fazer um pente fino na parte inferior do veículo com atenção especial para suspensão, dimensão de braços ocilantes,, barras de torção, barras de direção, pivos, tipos de buchas, posicionamento de molas e e amortecedores, se as cruzetas são isentas de lubrificação, facilidade para de manuteir o eixo cardã, proteção aos ítens sencíveis do motor como carter, sistema de alimentação e principalmente de arrefecimento, se o sistema elétrico é protegico contra corrosão, se o alterandor o motor de partida são blindados, bom em fim por aí.
Nos testes dinâmicos levaria ele para o pior dos olhos de boi para ver se a relação de redução dos diferenciais e da caixa de transmissão permitam que ele empurre o barro na frente com payload máximo, levando ao mesmo tempo o motor e o sistema de arrefecimento ao seu pico máximo para observar o comportamento geral do power train.
Evidentemente que os testes de proteção balística e de IEDs seriam cruciais.
Eu espero sinceramente que o pessoal do EB tenha trilhado por aí e não tenha ficado querendo que o veículo tenha um comportamento e estabilidade de um fórmula um em pista de terra.
Agora especificamente sobre a Iveco, tu comentastes do motor ser um mesmo do furgão que imagino que tu estejas te referindo ao Danly e suas versões. Eu fiz uma breve busca e via que na ficha técnica do Danly fala em Iveco F 1C e do LMV um Iveco F 1D que a rigor parecer ser o mesmo bloco,o mesmo cabeçote ,mas com sistemas de injeção diferentes. o LMV se utiliza de uma flauta common rail de acionamento eletrônico e sistema de emissão de gases EGR
Buenas aqui começa o nosso suplicio. sistemas EGR para funcionarem adequadamente exigem um diesel de muito boa qulaidade e com teores de enxofre inferiores a 50ppm, ou seja na missão do Líbano o pessoal da logística vai ter que providenciar por lá este produto se não vai ser uma fila de LMV com problemas de injeção, mas isto é facilmente resolvido.
Agora vamos falar de operação no Brasil:
Tchê, a Iveco na Europa é grande empresa, muita respeitada e dona de um parcela do mercado de caminhões e veículos comercias leves bem razoavel.
Aqui no Brasil, infelizmente, o pós venda deles é uma verdadeira tragédia, basta abrir a internet e tu verás uma enxurrada de reclamações, e olhe bem, falta de componentes de reposição e custos estelares destes., e ainda sem contar que a rede Iveco, no Brasil é outra tragédia, então meu amigo, de nada adianta fabricar por aqui se na hora que quebrar tem que consultar a página dois do manual de operação veículo, parágrafo primeiro que diz o seguinte:
O horários do vôos para Roma
Mais tarde vamos falar dos outros veículos, agora fazer um chimarrão que tá na hora
Grande abraço
Esse é o Juarez que eu conheço: mata a cobra, mostra o pau e toma um chimarrão contando como matou a danada.
Bom, não sei se o EB fez uma avaliação mecânica tão extensa assim. Tomara.
Mas acredito que tenha, apenas, analisado se os veículos cumpriam todos os requisitos técnicos do edital, que não fala desse tipo de teste. No fundo, são mais testes dinâmicos mesmo (além dos requisitos do veículo em si, como capacidade, equipamentos disponíveis, etc).
http://www.df.eb.br/arquivos/EDITAL%20PRE-QUALIFICACAO%20VIATURA%20BLINDADA%20MULTITAREFA%20LEVE%20DE%20RODAS.pdf
Tem algumas disposições sobre a manutenção que deverá ser oferecida.
E fizeram teste de durabilidade 4.000 km. Não é muito, mas já é alguma coisa.
Quanto à Iveco, não sou do ramo, então não sabia dessa fama dela. Só quis dizer que ela tem certa vantagem sobre as concorrentes por ter fábrica e concessionárias por aqui. Mas se as peças tiverem que vir de avião, aí todas estão empatadas.
PS: O Paulo Bastos disse em seu facebook que o motor do Plasan fundiu e que o BAE tombou durante os testes, dentre outras coisas.
Pois é Rafael, o motor fundiu,a pergunta é porque ele fundiu??? Não sei, o LMV capotou, evidentemente que devem ter feito a “curva das cobras” com ele, o que vem de acordo com aquilo que eu penso. Estes veículos tem centro da gravidade alto, principalmente quando equipados com a torre de armamento e não tem como exigir deles uma grande estabilidade em curvas em altas velocidades, mas tem gente que acha isto o ó do borogodó nos veículos militares, eu já achjo que isto não fede e não cheira, o que precisa ter é torque em baixa e relação de redução adequada.
Voltando ao assunto enquanto sorvo um amargo, outra coisa importante é a escala de produção que é tudo, principamente para quem não tem muita grana para manter e operar coisas digamos “exóticas”. Neste quesito o LTV e o Iveco levam vantagem , pois parece que ambos venderam relativamente bem, o que traz como benefíco provavel um custo de manutenção menor em face a grande escala de produção de compenentes para atender as frotas que estão em operação. E provavelmente logo aparecerão fornecedores alternativos de peças no mercado, o efeito F 16.
O que na minha modesta opinião de “achista”, o único que o EB deveria correr da briga seria o tal de Tupi que é um JPX 2 Jason live, ou seja é uma cruza de galinha de angola com quero quero.
Grande abraço
Sim, Juarez, quando eu li que ele capotou me veio a mente exatamente a sua crítica aos testes em altas velocidades. E que o BAE, pela sua altura, teria uma desvantagem natural nesse tipo de teste (o do alce).
Mas, pelo edital,o que o EB quer é isso daí: um “jipão”, relativamente ágil, confortável e com blindagem nível II e resistente a IEDs de até 6kg.
Vamos ver o resultado, mas, por esses comentários, ficará entre o Lince e o Tupi, sendo o primeiro o favorito e o segundo tentando apelar para razões nacionalistas, “pero no mucho”.
Abraço!
Me parece um balaio de gatos isso dai. Comprando equipamentos de diversos fornecedores, cujo custo para manter cada um vai lá para a estratosfera. E realmente é de se estranhar a não participação da KMW.
Oba, até que enfim um post sobre veículos blindados!!!
Vai chover e o Cantereira irá alagar!!! Oba!!!
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Uma breve história do FRES:
(http://www.thinkdefence.co.uk/future-rapid-effects-system-fres/)
E pensar que o exército britânico levou 7 longos anos, prá se livrar de uma arapuca chamada Land Rover Snatch…
Bárbaridade!!!
E façam um grande favor aos soldados que vão colocar o respectivo pescoço a premio, no lote que for ao Líbano, tirem a REMAX e instalem no lugar a CROWS.
A REMAX pode ir passear no Haití, no Líbano a coisa é mto séria prá se levar brinquedo.
Acho que vocês supervalorizam o cenário do Líbano. Menos. Lá não é o Afeganistão.
Sobre a Remax, apesar da reportagem citá-la, no edital não fala nada a respeito. Sei não se o EB irá por ela ou mesmo uma manual, como as da Platt, em todos os veículos.
Mauricio, qual o problema com a Remax???
Grande abraço
Juarez,
Nenhum em especial que eu saiba, mas devido ao TO, melhor se garantir c/ um equipamento testado em combate.
juarezmartinez escreveu em 21 de novembro de 2014:
“… o único que o EB deveria correr da briga seria o tal de Tupi que é um JPX 2 Jason live, ou seja é uma cruza de galinha de angola com quero quero. …”.
Não consegui entender tua resposta.
Pelo que sei o Tupi é o Sherpa Light da Renault Trucks Defense.
Em termos claros e precisos, por favor, explique o que você tem contra este veiculo.
Obrigado
Nenhum desses ai irá sobreveviver de fato a IEDs. Talvez e apenas talvez o MLTV permita a retirada de sibreviventes com ossos e tímpanos estourados.
Pela possibilidade remota de se chegar a pouco mais de 180 unidades, seria muito melhor comprar de prateleira alguma coisa da classe de um Dingo. Vcs estão brincando com essa palhaçada de querer construir tudo por aki…
Isso é um veículo para zona de combate e para reduzirmos o número de sacos pretos voltando para casa é melhor subir o nível, o soldado brasileiro não sabe o que é uma zona de combate de verdade desde Suez.
No Haiti tivemos muitos casos de TPT e ao menos 3 suicidios em nossas tropas pois eles não aguentaram a pressão e mortes por ferimentos relativamente “simples” por pura falta de experiência do corpo médico.
Dingo:
http://www.1zoom.net/Army/wallpaper/225164/z254.3/%26original=1
Grande Abraço
O Tupi é bom ???
Eu nao gosto da ideia de depender demais de um unico fabricante, acho que qualquer outro iria melhor para o País do que o da Iveco.
Na pratica, é duvidoso que o EB se meta em grandes encrencas.
Mas é uma excelente inicativa, finalmente hein ?? teremos nossos ” Tiger “” feitos quase inteiramente aqui !!
Agora, asim estamos parecendo um país continental…
O exército e a FAB vem dando boas melhoras, os submarinos tambem, é a frota da MB de superfície que ainda é um fiasco enorme.
ps: PARARAM de importar uniformes da China ???
“PARARAM de importar uniformes da China ???”
Se não voltaram a fazer isso, desde 2011:
http://www.forte.jor.br/2011/08/04/fardamento-do-eb-nao-vira-mais-da-china/
PS – solicitamos não usar palavras em maiúsculas nos comentários.
Em termos de padronização da frota, evidentemente que o ideal é o da IVECO.
MAS penso que o de maior tradição neste tipo de carros é o da Krauss-Maffei, o AMPV12 sem dúvida alguma. Aliás, se não me falha a memória, o caminhão transportador/rebocador da KM, na categoria, foi considerado o melhor de todos os empregados na II guerra.
Oganza, o que é TPT?
Não sabia que morreram militares brasileiros no Haiti em razão de confronto. Para mim, só havia mortes causadas pelo terremoto, suicídios e um eletrocutado.
Sobre IEDs, a proteção exigida é a STANAG 2.
A IDF usa, dentre outros veículos, o Hatehof Wolf (recentemente adquiridos pela PMESP), com proteção contra IEDs STANAG 1, então não acho tão ruim o requisito do EB.
Só acho que tem que ter outros veículos mais seguros para serem usados em situações mais graves. Se forem do EB, melhor. Se forem dos outros países da missão, ok também.
Sobre o Sherpa Light a única coisa que eu sei dizer é que ele não vendeu muito, com poucos usuários (tirando a França, só países subdesenvolvidos) e poucas unidades vendidas para eles.
Rafael Oliveira,
TPT: Transtorno Pós Traumático. 🙁
O departamento (não sei qual, pois ele não existe de fato oficialmente) que deveria dar o apoio aos nossos veteranos foi e é absurdamente falho, um ninho de incompetência e os relatórios estão lá na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), com uma montanha de perguntas sem respostas.
A situação era tão ruim, que nossos militares não estavam preparados para encarar o sofrimento dos haitianos.
Mas pasmem, isso não é de hj, uma situação muito parecida foi relatada em nossas tropas que foram para o Timor Leste. Lá, nossos militares fizeram uma calendario regressivo formado por pedrinhas com o apelido de Disisperômetro, que contava justamente quantos dias faltavam para eles voltarem para casa.
Parece coisa pequena, mas quando uma tropa passa a atribuir nomes como Disisperômetro a um Calendario de Serviço e o pior, transforma-o em um altar de “contagem” para algum tipo de alívio, alguma coisa está muuuuuito errada.
Como eu disse: “…o soldado brasileiro não sabe o que é uma zona de combate de verdade desde Suez.”
Grande Abraço.
Outros veículos ausentes desta concorrência:
Foxhound, inglês, substituto do Land Rover Snatch.
Bushmaster, australiano, apresentou bom desempenho tanto no Iraque, como no Afeganistão.
A lista divulgada pelo EB, mais parece o resultado de um trabalho extremamente burocrático.
Mauricio R., devido a minha pouca inteligencia. eu não entendi seu comentário!
Você quer dizer que é o EB quem escolhe os candidatos a uma sua concorrência?
Eu sempre pensei que o EB abrisse a concorrência. e quem quisesse se habilitava.
Estou correto ou não?
Que vença o MELHOR, sem essa palhaçada de ser “made in Brazil”, até porque nossos carros custam três vezes mais do que em qualquer lugar do mundo.
rsbacchi,
O ideal seria que o EB abrisse qualquer concorrência ao mercado e quem entendesse ter com que atende-la, repondesse a solicitação de informações ou enviasse proposta; conforme o caso.
Mas a lista divulgada neste caso, me pareceu um tanto quadrada, burocrática, sem imaginação.
Diversos veículos de desenvolvimento mais recente e alguns outros que seriam barbada estarem presentes, simplesmente não estão; o que motivou meu comentário.
Mauricio R. – em suma, você não tem a menor ideia de como o EB age nas concorrências!!!
Já que você não sabe, eis como começou:
“… 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O objetivo deste documento, doravante designado RFI, sigla em inglês para Request for Information, é convidar empresas que desejem participar do processo de obtenção da Viatura Blindada Multitarefa – Leve de Rodas (VBMT-LR), doravante referenciadas por FORNECEDORES, a submeterem informações técnicas e comerciais preliminares, visando orientar o Exército Brasileiro no citado processo de obtenção.
A VBMT-LR é a plataforma básica da Subfamília Leve da Nova Família de Blindados de Rodas do Exército Brasileiro. …”.
Ou seja, o EB emitiu um documento solicitando a quem quizesse participar da concorrencia de seleção de um fornecedor do veiculo, a se apresentarem e fornecerem dados tecnicos sobre seu produto.
Se não se apresentaram outros candidatos você acha que o EB deve mandar delegação a todos os fornecedores faltantes pedindo por favor para eles se candidatarem?
juarezmartinez escreveu em 21 de novembro de 2014:
“… o único que o EB deveria correr da briga seria o tal de Tupi que é um JPX 2 Jason live, ou seja é uma cruza de galinha de angola com quero quero. …”.
Não consegui entender tua resposta.
Pelo que sei o Tupi é o Sherpa Light da Renault Trucks Defense.
Em termos claros e precisos, por favor, explique o que você tem contra este veiculo.
Obrigado
Bachi, boa noite, descuple a demora em responder, mas eu estive fora e sem acesso a internet.
Tchê, como o EB vai comprar 180 veículos aproximadamente e inicialmente serão 32 e irão para o TO quente, eu defend oa tese de que se comprasse o melhor, que desta “short list” vamos chamar assim, no meu modesto entender é o veículo da BAE, porque?
1 Testado em combate
2 Escala de produção
3. A experiência dos engenheiros Sul Africanos neste tipo de veículo em função dos passado de combate na Namibia e em Angola.
Porque eu acredito que não se deva comprar o Tupi, ou Renault Sherpa Light:
1 Não foi testado em combate real
2. Não tem ainda escala de produção
3. Pouca experiência deles especificamente com este tipo de veículo.
4. Nos requisitos operacionais do EB, prevê a capacidade de transportar 5 combatentes com proteção blindadas nos 5 acentos, o Tupi só temq uatro e improvisaram um “banco” no meio sem blindagem.
Bachi, um exército com poucos recusros para manter e operar na minha opinião, não deve se dar ao luxo de testar veículos novos ou ainda adquir alguma coisa que lá adiante devido a baixa escala de produção poderá trazer dificuldades logísticas e custos de manutenção elevados. Ex JPX….
Espero ter repondido a tua pergunta.
Grande abraço
Otimo, excelente resposta.
Perfeitamente entendido.
Muito obrigado.
Aliás, complementando teu comentário sobre a capacidade de 5 homens, o ROB menciona nos itens desejáveis a capacidade de 6 homens!!!
Eu que agredeço a tua atenção dispensada ao meu post.
Grande abraço
Oganza,
Desculpa a demora.
Esses suicídios devem ter a ver com algo que o Colombelli me contou: a maioria do pessoal do EB não tem aptidão alguma para ser combatente. Está lá mais para ficar encostado, ganhando o soldo. Aí mandam pro Haiti, que é bem mais sossegado do que ser PM no RJ e em SP, e o pessoal surta.
No mais, o suicídio está ficando cada vez mais comum. Policiais federais se suicidam nas fronteiras e até mesmo no TRT-SP, só nos últimos dois meses, 3 servidores se suicidaram.
Sobre a sua frase, acho que desde a 2ª Guerra mesmo, rsrsrs. Suez e Líbano ainda são tranquilos perto de uma guerra de verdade.
Abraços!
Teste de verdade, bota pra subir Alemão, Pedreira e Chapadão no Rio, com o Bope, enfrentado barricada de trilho de trem, tambor de concreto e óleo jogado na ladeira, com chuva de .30 e 7,62 de AK’s e FAL/FAP, vido sabe-se de onde.
Se chegar ao alto do morro, tá aprovado.
Afeganistão é aqui. E moro junto aos dois últimos morros e vejo todo dia, soldadinhos de 15-16 sendo treinados por exPQDs e ex FNs cada morro com 90 saoldados na contenção só com essas “peçinhas”. FDS é só traçante voando de um lado pro outro. Encurralaram na Maré os FN e PQDs, botaram pra correr,…
É necessário ao meu ver, uma mudança de treinamento e doutrina para combate urbano real. Desculpem o desabafo. Mas não vejo nossas FFAAs aptas a combate real nem no TO das favelas do Rio.
Tinham q criar um “CIGS” de guerrilha urbana.
Rafael Oliveira,
tenho um grande amigo que faz parte da 1ª geração nascida no Brasil de imigrantes libaneses e que por conta de seu trabalho (não posso revelar qual) está intimamente ligado com as reais capacidades de nossas tropas para missões no exterior e seus relatos são estarrecedores.
Iremos ter um encontro daki a algumas semanas e provavelmente ele terá mais novidades.
Voltando ao post, é como eu disse, esse veículo não é um jipizinho, é um veículo para zona de combate e o nível tem que ser muuuuito mais alto… e 180 unidades é melhor comprar de prateleira.
O Grande problema desses projetos de Light Armored Veichle é que eles foram pensados para serem transportados por C-130, e isso limitou sua proteção, foi o caso do BRAVO da AM General, que teve que sofrer donwgrade e virou o MLTV. Resultado: estão trocando número de mortes por números de vivos, mas multilados.
Repito, nenhum desses ai irá sobreviver de verdade a IEDs.
Grande Abraço.
Quanto a capacidade de soldados, o número real com proteção mínima efetiva é 4. E não tem o que se discutir.
Para cada soldado a mais é em média 1,5 t a mais de blindagem no veículo para uma proteção efetiva. O resto é conversa fiada.
Ou é isso ou serão necessários testes de DNA para colocar os pedaços de corpos corretos em sacos pretos. Muitos sacos pretos.
Grande Abraço.
Oganza, você poderia descrever mais detalhadamente o que é (era?) este tal de BRAVO?
O que é o MLTV?
Parece que você tem um excelente conhecimento sobre este assunto.
Não seria interessante compartilha-lo conosco?
Grande abraço.
Bacchi,
desculpa pela simplificação/portuguesamento do nome BRAVO que na verdade é BRV-O.
Mas pode-se dizer que todos eles são fruto do FTTS – Future Tactical Truck Systems que deu origem aos demonstradores do JLTV – Joint Light Tactical Vehicle (esse papo de ser tudo absolutamente JOINT está acabando com as FFAA americanas, esse conceito pra mim é mais eficiente para FFAA menores, mas isso é outro papo).
Que tiveram como finalistas em 2008(?) os GTV (AM General e GD), Valanx (BAe Systems) e o LOC (LM). Todos eles cumpriram os requisitos iniciais do JLTV que visava a substituição de 30 a 40% da frota de HMMWVs. Mas todos eles teriam a limitação para serem transportados nos C-130.
O requerimento foi para a geladeira e e os fabricantes disseram que não daria para ter o nível de proteção necessária e ao mesmo tempo ser transportados nos Hércules.
Com isso as concorrentes se dispersaram em suas parcerias e montaram novos projetos “mais lights” adequando-se a uma menor exigência de proteção balística feita pelo DoD americano em seu novo requerimento revisado “para baixo”. Nesse meio tempo a AM General, já sem a figura da GD cria o BRV-O que se tornaria o conceito para a origem do MLTV, que é algo entre BRV-O e o Reliability Enhanced HMMWVs program.
Hoje o programa está muito estranho e conta com o JLTV da LM, o L-ATV da Oshkosh e o BRV-O da AM General. Mas ainda tem o MLTV tb da AM General correndo por fora, como uma alternativa aos 3 mais pesados acima, onde sua principal vantagem é ter de 25 a 30% das partes dos HMMWVs, mas é menos protegido.
A net tem vasto material sobre o programa Bacchi, apesar dos principais meios não darem tanta visibilidade para ele.
Segue o MLTV em testes no Kuwait:
http://www.amgeneral.com/corporate/media/photos.php?c=mltv%20kuwait
Grande Abraço.
Oganza, obrigado.
Vou ler o maximo possivel sobre estes programas.
Alguma coisa eu já sei.
No problema Bacchi 🙂
Bom Oganza então sua crítica seria mais contra própria licitação que prevê um veículo de até 8.000 kg de massa em ordem de marcha e que estabeleceu que parte da encomenda deveria ser montada no Brasil (2° lote) e produzida no país (3° lote).
Da combinação desses dois requisitos restaram os candidatos acima. Outros fabricantes não se interessaram e veículos pesadamente blindados não se enquadrariam no requisito da massa.
Aliás, a título de curiosidade, a blindagem anti-minas do Guarani também é nível 2 – 6kg de explosivo. Então nossos capecetes azuis não terão proteção adequada contra IEDs.
Só não entendi exatamente a parte de 1,5T de blindagem para proteger cada soldado adicional. O assoalho do veículo não é inteiramente blindado? Não me parece que aumentando um pouco o veículo para caber mais um soldado ou mesmo “apertando” mais um soldado sem mexer no tamanho do veículo implicaria em acrescer mais 1,5T de blindagem. Mas essa minha ilação é uma pergunta (não tenho conhecimento para sustentar minha tese; é só especulação minha).
Grande abraço.
Oganza, só gostaria de salientar que minha opinião é pelo menos ruim dos três, mas de fato, andei lendo sobre estes veículos e nenhum deles é realmente efetivo contra IEDs de 6 Kg ou mais, inclusive tem uma avaliação do Iveco após a detonação de um IED de 4,5 Kg que literalmente demoliu a frente do veículo e feriu os soldados que estavam no banco dianteiro.
Grande abraço
Rafael Oliveira,
exatamente meu caro, nossas tropas irão ganhar um caixão “blindado” de 8 ton que não protege ninguém. A título de curiosidade: 55% das IEDs detonadas nos últimos 10 anos tinham 30 lb de explosivo, isso é quase 15 kg.
Com relação ao Guarani, ele é uma bela de uma porcaria, pode funcionar muito bem para TO da AL, mas o dia em que ele for transportar nossas tropas em zonas quentes de verdade será uma carnificina, ele não resiste nem a um .334 Lapua Magnun a 800 m.
A questão de 1,5t para cada soldado é bem simples. Cada local (assento) é tratado como uma célula de sobrevivência e não dá para colocar/improvisar por exemplo um 5º acento no meio dos dois traseiros e achar que ele terá a mesma proteção. O problema é que existem forças a serem consideradas quando uma mina ou IED explode como vetores da onda de choque, fragmentações, torções, etc… e considerando a 1ª e a 3ª por exemplo, elas influenciam em um dos quesitos que é fundamental para a sobrevivência: Para onde o ocupante será jogado .
Essa questão é muito importante, pois ela “delimita” no projeto uma caixa imaginária de “balanço” máximo do soldado dentro do veículo para determinar sua aceleração média dentro dakele espaço… quanto menor a aceleração, menores são os danos. Por exemplo: se a cabeça de um soldado estiver muito distante do teto, mesmo de capacete, ele pode ficar paralítico se a aceleração for muito alto.
No fim, para cada elemento a mais, precisa-se de um reprojeto para que comporte mais uma “Célula”, mas vc pode colar mais um ali, mas ele não estará protegido e seu próprio “balanço” e aceleração não prevista pode lesionar e até mesmo matar um ou mais ocupantes, que sem o tal elemento a mais, estariam protegidos. Um parafuso solto no chão do veículo é letal em uma explosão de mina ou IED.
Então sim, para cada elemento temos uma nova “Célula” que irá somar mais 1,5t de peso em média.
Para entender mais de uma forma geral sobre o problema e desafios atuais e suas ações, segue o relatório TWV Strategy direto do Pentágono.
http://www.g8.army.mil/pdf/The_Army_TWV_Strategy.pdf
Grande Abraço.
Juarez,
perfeitamente, tb entendi que vc estava defendendo o menos pior dos 4, apesar de que eu (e isso é opnião e puro achismo) acho que o MLTV, apesar de não ter ido para combate, se tornará o melhor dos 4, mas com certeza será o mais caro.
Pois ele faz parte da “nova geração” de veículos blindados “leves” projetado desde o início para o novo mundo dos IEDs.
Grande Abraço
Muito obrigado pela explicação, Oganza.
Artigo devidamente salvo para uma leitura atenta.
Grande abraço!
Independente de qual ganhe, nós não “operamos”, vai ter uma viatura ótima pra desfilar em sete de setembro, muito mais útil pra corporação a compra viaturas leves, como os Agrale Marruá. Ou investir esse recurso no treinamento da tropa, pra acabar com os tiro de boca.
Meus caros,
o problema é tão sério, que posso dar o exemplo da Austrália:
O principal veículo de combate de infantaria deles é o ASLAV – Australian Light Armoured Vehicle que é a versão australiana do LAV-25 da GD com design original do MOWAG Piranha 8×8.
Pois bem, o ASLAV levou o farelo no Iraque e Afeganistão contra os IEDs com uma taxa de mortalidade acima de 25%. Mas surpreendentemente, o Bushmaster PMV – Protected Mobility Vehicle se saiu muito melhor pois foi um dos primeiros a adotar o conceito de Armored Cell Box com a célula a mais de 1,5 m do solo e proporciona uma dispersão maior do blaster da explosão e uma melhor absorção da mesma. Ele atingiu uma taxa de 10% de mortalidade.
A ironia, é que o PMV não foi projetado conscientemente para ter essa eficiência, levando o Australian Army a retirar o ASLAV da linha de frente nesses TO e colocar o PMV.
Esse conceito influenciou os improvisados e quase gambiarras MRAPs como: International Truck MaxxPro, BAE Caiman, Oshkosh M-ATV, FPI Buffalo, FPI Cougar e os BAe Systems S.A. RG 31 e 33, todos com um nível de sobrevivência de 10% para menos e com exceção do RG 31, todos são acima de 12 toneladas.
Não existe formula mágica. Atualmente se vc quiser que suas tropas embarcadas em um número mínimo de 4 infantes volte para casa com escoriações, tímpanos estourados, uma ou outra fratura, mas vivos e podendo ter uma vida completamente normal depois, não tem jeito, é 12 toneladas da mais moderna blindagem pra cima.
E isso não é achismo ou suposição, é um fato que os últimos conflitos no Iraque e Afeganistão esfregaram na cara das FFAA ocidentais.
Coisa que Israel já sabe a mais 30 anos, vc não vê a IDF passeando e dando toca de HMMWV em hot spots.
Grande Abraço.
Anderson Petronio,
só agora vi seu interessante “desabafo”, e isso é a ridicula posição do Estado em não admitir que o Brasil vive uma guerra civil velada…
… e nós contribuimos para isso, pois aceitamos fechados em nosso pequeno mundinho das prisões domésticas…
…60 mil mortes por ano pela violência… isso é mais que os ultimos 2 anos de guerra na Síria.
Grande Abraço.
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Delivery by parachute de BMD-2:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2014/11/go-pro-bmd-heavy-drop.html)
Existe um veículo 4×4 testado em combate por mais de 10 anos no Afeganistao, com taxa de mortalidade 0% mesmo após atingido por inúmeras IED´s acima de 6kg, mais de 1000 unidades produzidas mundialmente, suporte logístico no local da missao e com fábrica recém construida no Brasil.
Quem esteve no Seminario Internacional de Defesa da semana passada em Santa Maria, viu os detalhes na apresentacao do DINGO, com fotos dos veículos destruidos por minas AT e IED´s em Cabul.e Kundus.
Mas isso já é um outro patamar.
Leopard,
esse foi o motivo que eu o listei em comentário de 22 de novembro de 2014 at 14:44.
O exelente desempenho do Dingo foi o que norteou os requerimentos que deram origem ao Programa JLTV americano.
O Dingo foi um dos poucos veículos que mantiveram vivos seus ocupantes contra IEDs de 30 lbs, apesar deles terem tido algumas fraturas e alguns timpanos estourados, mas ninguém morreu e nem ficou mutilado.
Grande Abraço.
Dingo 2
Peso de combate 12.500 kg
Carga: 1.360 kg
Tripulação: 3+3
Motor: Daimler-Benz diesel OM924LA com potencia de 225 CV.
Proteção balística: STANAG 4569 nível 3+
Proteção contra minas: STANAG 4569 nível 3A
Observação:
balística STANAG¨4569 nível 3:
7,62X51mm AP (WC core) 30 m 930 m/s
7,62X54mm B32 API (Dragunov) 854 m/s
mina STANAG nível 3A:
mina AT com 8 kg de carga explosiva detonada debaixo de qualquer roda.