CIGS1

CIGS1

BRASÃO_DO_CIGSSubordinado ao Comando Militar da Amazônia, o Centro de Instrução de Guerra na Selva é um estabelecimento de ensino militar bélico que tem como missão especializar militares no combate na selva, realizando pesquisas e experimentação doutrinárias, para a defesa e proteção da Amazônia.

A especialização de militares se dá por meio do Curso de Operações na Selva (COS), considerado como referência nacional e internacional na difusão da doutrina de operações na selva. Como pré-requisito para a matrícula, o militar voluntário é submetido a rigorosos testes físicos, intelectuais e psicotécnicos.

Ao completar 50 anos, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) se orgulha de já ter formado um grande número de militares da Marinha, do Exército, da Força Aérea, da Polícia e dos Bombeiros Militares. Também passaram pelo COS militares estrangeiros de 28 nações amigas, tipo de cooperação que permite maior integração e intercâmbio de conhecimento, além de fortalecer os laços de amizade do Brasil com outros países.

Atualmente, o CIGS está estruturado em Divisões de Ensino, de Doutrina e Pesquisa, de Alunos, Administrativa, de Saúde, de Veterinária, na Companhia de Comando e Serviço, e no Campo de Instrução.

Para cumprir sua missão, o Centro dispõe de um campo de instrução com cerca de 1150 km² de área inteiramente preservada, onde coexistem em perfeita harmonia as instruções de selva juntamente com a fauna e a flora amazônica.

O CIGS administra em Manaus um zoológico, que é o segundo ponto turístico mais visitado da cidade e que recebe em média 120 mil visitantes por ano. Conta com um acervo de 190 animais, muitos dos quais ameaçados de extinção no restante do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA). Neste zoológico, são realizados estudos sobre a fauna e a flora da região, em apoio a órgãos de pesquisa, contribuindo para a preservação e a conservação das espécies, dentro de um plano de gestão ambiental.

A primeira turma de Guerreiros de Selva foi formada em 1966, sob o comando do Coronel Jorge Teixeira, o “TEIXEIRÃO”, como era carinhosamente chamado pelos amazonenses.
Sob sua orientação, “Os Pioneiros” superaram todas as dificuldades inerentes à época e deram ao Centro as melhores condições para o início de suas atividades, que, fruto do amor ao Exército, à Amazônia e ao Brasil, fizeram com que o CIGS fosse paulatinamente obtendo projeção no cenário nacional e internacional, tornando-se, hoje, a melhor escola de guerra na selva do mundo.

Atualmente, alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa e seguindo as diretrizes e orientações do Comandante do Exército e do Comandante Militar da Amazônia para a transformação da Força Terrestre, os integrantes do CIGS trabalham diuturnamente para atingir níveis operacionais cada vez mais elevados.

Histórico
O CIGS foi criado pelo Decreto Presidencial Nº 53.649, de 2 de março de 1964. A partir daquela data, tiveram início os trabalhos para a instalação desse estabelecimento de ensino na distante e inóspita cidade de Manaus, considerada por muitos militares como “local de castigo”. Nessa empreitada, destacou-se o Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, estagiário de Estado-Maior no Quartel-General (QG) do Núcleo de Divisão Aeroterrestre, que se voluntariou para liderar os pioneiros daquele que se tornaria, em pouco tempo, um centro de referência em operações na selva em todo o mundo.

Em 19 de setembro de 1966, o CIGS foi instalado, provisoriamente, no QG do Grupamento de Elementos de Fronteira (GEF), seu Grande Comando enquadrante, onde funciona hoje o Colégio Militar de Manaus. No dia 5 de outubro de 1966, foram inauguradas as instalações do Centro no antigo QG do GEF, na ilha de São Vicente, atualmente ocupada pelo 9º Distrito Naval.

Somente em outubro de 1967, o CIGS mudou-se para o seu atual aquartelamento, localizado no bairro São Jorge, na zona oeste da capital amazonense.
Segundo as palavras do pioneiro Coronel R/1 Francisco JANDER de Oliveira, quando da criação da Confraria das Velhas Onças de Fortaleza em 1997:
“A criação do CIGS preencheu uma lacuna existente no Exército, pois 2/3 do território brasileiro coberto de vegetação tropical e fronteiriço a países da América do Sul, não possuíam uma Unidade de selva. Era um contrassenso a existência de unidades convencionais em terreno selvático e sem nenhuma capacidade de atuação.”

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Memórias de um General Amazônida
O precioso manto verde onde está a sede administrativa do CIGS, hoje localizado no coração da urbanizada capital amazonense, nos anos 1960, era um varadouro, segundo o General Thaumaturgo Sotero Vaz. “Isso aqui era só floresta. Uma pequena picada de terra”, recorda o general de 82 anos de idade.

Considerado a história viva do CIGS, o General Thaumaturgo nasceu em 1932 e cedo ingressou na vida militar no Rio de Janeiro, para onde a família havia se transferido. Em suas memórias, passam capítulos da história do Exército Brasileiro na região norte. “Sou amazonense e meu pai foi tenente. Nasci de um susto que minha mãe teve quando meu pai anunciou que iria para a guerra em Tabatinga (extremo norte do País). Com sete meses me lancei na Amazônia”, conta bem humorado.

Com relação à criação do CIGS, o general recorda os seguintes fatos: “em 1956, estava na Brigada Paraquedista, quando fui matriculado no Curso de Operações Especiais. O curso nasceu de uma necessidade do Exército Brasileiro. Na época, um Constellation havia caído no Brasil central e não tínhamos como resgatá-lo. A Brigada foi induzida a realizar esse trabalho. A par disso, um oficial general da época resolveu criar o Curso de Busca e Salvamento, mas sequer havia um quartel no Rio de Janeiro para a Brigada”.

“Ainda nessa época, outro general visitou os Estados Unidos e lá conheceu as Forças Especiais. Na volta para o Brasil, transformou o Curso de Busca e Salvamento em Forças Especiais. Quinze militares entraram no Curso e assim começa a selva”.

“Apesar da boa intenção, os primeiros estágios em Ribeirão das Lages (RJ) careciam de um componente fundamental, relembra com humor o General Thaumaturgo. Lá havia uma ‘matinha’ e de fato não era uma selva. Foi em uma missão com os irmãos Villas-Boas, no Xingu, que tivemos o primeiro contato com a selva de verdade. Com esse avanço, logo os norte-americanos enviaram um militar para acompanhar nosso Curso de Operações Especiais e assim nasce o intercâmbio.

“Em 1964, o CIGS já estava no papel. Passei quatro semanas trabalhando nesse projeto e foi me dada a missão de selecionar oficiais para fazer o curso no Panamá. É nesse período que surge o nome Jorge Teixeira, que, naquela época, era major e foi fazer o curso. Dos mil pontos fez 970, ou seja, foi um aluno excelente”, diz com orgulho.

“Com uma pequena equipe formada, era hora de tirar do papel o CIGS. Coube ao Coronel Jorge Teixeira a difícil missão, que desempenhou com maestria”.
“Quando retornei, em janeiro de 1968, nesse período, Manaus ainda acordava de uma hibernação econômica de quase meio século. O aeroporto de Manaus, em Ponta Pelada, era um barracão de madeira. Hoje, quando vejo o CIGS, em forma, fico até assustado. Naquela época, éramos cinco instrutores com determinação e coragem”. Questionado sobre o papel desempenhado pelo Coronel Jorge Teixeira, Thaumaturgo não esconde a admiração e diz – “O Teixeira foi brilhante; com ele, o Exército reconheceu que tinha de existir uma doutrina para a selva”.

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O Quadrado Maldito
A área de instrução do CIGS, entre os rios Puraquequara e Preto da Eva, é limitada pela Rodovia AM-010 e pelo rio Amazonas, foi cedida ao Exército Brasileiro pelo Governo do Estado do Amazonas ainda na década de 60. A floresta primária totalmente preservada, o ‘Quadrado Maldito’, como é carinhosamente conhecido, é um complexo de Bases de Instrução que compõem o CIGS. Excetuando-se a sede, as demais estão situadas em uma grande área constituída de floresta primária intocada.

  • Base de Instrução Marechal Rondon (BI/1) – Está situada na altura do km 65 da Rodovia AM-010. Durante a realização dos cursos de operações na selva, é utilizada como ponto inicial das fases de patrulhas e de operações.
  • Base de Instrução Plácido de Castro (BI/2) – Situa-se no km 4 da Estrada do Puraquequara. Tem a infraestrutura para proporcionar aos alunos dos cursos e estágios as melhores condições para o aprendizado nas fases de Vida na Selva, Técnicas Especiais e de Patrulhas.
  • Base de Instrução Lobo D’almada (BI/3) – Localiza-se no km 28 da Estrada do Puraquequara. É uma base alternativa da BI/2, também proporcionando condições para o desenvolvimento das fases de Vida na Selva, Técnicas e Patrulhas.
  • Base de Instrução Pedro Teixeira (BI/4) – Situada às margens do Lago Puraquequara, proporciona condições para o desenvolvimento das fases Técnica, de Patrulhas e de Operações, com instruções em geral relacionadas ao emprego de meios fluviais e aeromóveis. Nesta base, desenvolve-se o bloco de tiros de ação reflexa (TAR). Foi ampliada em 2006, dando início à concepção de pavilhão em “H” existente em alguns Pelotões Especiais de Fronteira, passando a ser a base mais bem estruturada para o desenvolvimento dos COS e estágios.
  • Pela proximidade com a comunidade ribeirinha de São Francisco do Mainá, é adequada ao desenvolvimento de projetos sociais e de meio ambiente, além de propiciar pesquisas científicas em cooperação com instituições públicas e privadas.
  • Base de Instrução Ajuricaba (BI/5) – Situada na sede do Município de Manaus, a BI/5 foi criada para suprir as necessidades do então Curso de Operações na Selva e Ações de Comando (COSAC), quando do desenvolvimento dos cursos de ações de comandos. Hoje, é utilizada em todas as fases dos cursos, principalmente nas instruções de fundamentação teórica, pista de cordas, zoobotânica e natação.
  • Base de Instrução Felipe Camarão (BI/6) – Situada às margens do Rio Preto da Eva, também proporciona, em excelentes condições, o desenvolvimento da fase de operações, com instruções em geral relacionadas ao emprego de meios fluviais e aeromóveis.
  • Base de Instrução Henrique Dias (BI/7) – Serve como apoio nas Operações Ribeirinhas dos cursos.

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Doutrina e Pesquisa
O CIGS conta com uma Divisão de Doutrina e Pesquisa (DDP) que tem por finalidade desenvolver e aperfeiçoar a doutrina de operações na selva, bem como pesquisar e experimentar materiais, de acordo com as orientações e diretrizes da Seção de Doutrina e Pesquisa do CMA e do Comando do CIGS.

Sendo o principal difusor da Doutrina de Operações na Selva, procura sempre se manter alinhado com o acelerado avanço tecnológico, nunca deixando de observar as lições aprendidas nos exercícios operacionais na Amazônia. Nesse sentido, são frequentes os testes com equipamentos, armamentos, embarcações, medicamentos e alimentos.
Podemos citar as pesquisas e testes do emprego militar de búfalos para as operações na selva, desenvolvidos a partir do ano 2000, visando uma alternativa ao transporte de suprimentos, sem substituir os meios tecnológicos existentes na atualidade.

O contínuo estudo chegou a esse animal, criado com sucesso na Amazônia, rústico e com diversas características que foram ao encontro das necessidades militares.

Inovações
Nesses 50 anos de história, o CIGS realizou diversas inovações que repercutiram no Exército Brasileiro, dentre as quais, citam-se a disseminação de novas técnicas de instrução e de combate, muitas delas restritas apenas à Brigada Paraquedista, melhorando o nível operacional individual da Instituição; a criação do brado de ‘selva’, que ecoa atualmente por todas as Unidades da Amazônia brasileira; o coturno de lona verde; as viaturas camufladas; a boina verde como peça do uniforme, inicialmente apenas para o CIGS, depois para o CMA e, finalmente, para todo o Exército; e a adoção da Onça Pintada como símbolo do Combatente de Selva do Exército Brasileiro.

O CIGS tem como uma de suas principais tradições o estabelecimento de onças como mascotes. A primeira mascote, uma onça batizada com o nome CIGS, foi doada ao Centro no primeiro semestre de 1967, passando a participar das atividades diárias da organização militar (OM), tais como as formaturas, na qual desfilava embarcada em uma viatura jipe. “Teixeirão”, “Zeus”, “Princesa”, “Cosac”, “Garrone” e “Lana” foram outras mascotes que sucederam a onça CIGS. Atualmente, o Centro possui as onças mascotes Chitara e Simba, que continuam realizando as mesmas atividades que as antecessoras.

Outra importante tradição do CIGS é a realização da Marcha da Saudade. Esse evento foi executado pela primeira vez no ano de 1989, em comemoração aos 25 anos de criação do Centro. Essa atividade é realizada anualmente, durante a semana do guerreiro de selva (6 de junho), e dela participam antigos comandantes do CIGS, ex-integrantes, os ‘Velhas Onças’, guerreiros de selva de todo o país e ilustres convidados, como a Sra. Nalda – costureira que confecciona, há mais de 30 anos, o chapéu bandeirante, cobertura utilizada pelos integrantes do Centro. A Marcha da Saudade de 2014 contou com a participação de oficiais-generais do Exército e da Aeronáutica, do Ministro do Superior Tribunal Militar e de mais de vinte ‘velhas onças’.

Nesses 50 anos, o CIGS não ficou parado no tempo. A evolução tecnológica ocorrida nas últimas décadas foi acompanhada de perto, o que permitiu aprimorar as técnicas e as táticas de combate na selva, capacitando os guerreiros de selva a atuarem no combate moderno em melhores condições que seus oponentes. Já em 1967, houve o emprego de helicópteros nas atividades do COS, fruto da experiência obtida pelos pioneiros junto ao Exército estadunidense, que empregava esse meio aéreo na Guerra do Vietnã.

FONTE: Verde Oliva

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wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

o Exercito cobra entrada para visitas ao Zoo ??
Se sim, espero que o dinheiro sirva para fazer a manutenção do local…
os óculos de visão noturna funcionam bem na selva amazonica ???? a humidade não interfere no desempenho ??

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Parabéns ao Exército por manter um Zoológico, eis que essencial para o cumprimento de sua verdadeira missão de defender o país… (ironia).

Mauricio R.
Mauricio R.
10 anos atrás

“Na época, um Constellation havia caído no Brasil central e não tínhamos como resgatá-lo.”

Este acidente é distinto daquele c/ o Curtiss Commando, que se tornaria a “clareira do avião”, clareira esta que se encontra no “quadrado maldito”.

Melky Le Faucheur
Melky Le Faucheur
10 anos atrás

wwolf22

Sim, o ingresso custa 5 Reais, e ajuda a cobrir os gastos do zoo, que só de alimentos consome 15 toneladas por mês.

Fernando "Nunão" De Martini
Editor
10 anos atrás

“Rafael Oliveira 10 de novembro de 2014 at 22:23
Parabéns ao Exército por manter um Zoológico, eis que essencial para o cumprimento de sua verdadeira missão de defender o país… (ironia).”

Rafael,

Exercitar a ironia pode até fazer bem pra saúde, para o bom-humor, para o cérebro, mas é importante também conhecer um pouco da história das coisas.

Partindo da sua frase, o fato é que o CIGS nasceu justamente para ajudar o Exército a cumprir sua missão de defender o país, em especial naquela região, e o zoológico nasceu para ajudar nessa missão de instrução, apresentando aos alunos a fauna que iriam encontrar naquele teatro de operações, as características de cada animal etc, agregando valor à instrução recebida.

Em pouco tempo, o zoo acabou gerando interesse da população, cresceu e tornou-se também uma atração local. Poderia ficar fechado, ser um zoo “particular” do Exército, mas foi aberto à visitação. Acabou sendo bastante ampliado e reformado na virada para este século, em parceria com o governo do Estado do Amazonas e Superintendência da Zona Franca de Manaus (uma pesquisa de meio minuto no google, antes de comentar, já traz isso tudo).

Acho importantíssimo se discutir o que é relevante ou não para as Forças Armadas etc, tecer críticas e tudo o mais. Isso ajuda e muito no debate (e não estou sendo irônico).

Só que às vezes parece que tudo é motivo para meter o pau.

Tem tanta coisa interessante para originar uma discussão a partir do texto, desde o porque de se perceber na época a necessidade do CIGS, a sua evolução para a atual configuração em diversas áreas de instrução, estrutura, divisões, tradições, inovações etc, que dá até um certo desgosto em ver que a (pouca) discussão a respeito do tema ficou centrada na existência do zoo…

E olha que não faltam matérias anteriores para se somar à discussão sobre todos esses temas.

Não encare isso como uma crítica pessoal. É que tem dias em que realmente dá um certo desgosto em ver oportunidades de discussões interessantes perdidas.

Brandenburg
Brandenburg
10 anos atrás

Faço minhas as palavras do “Nunão”, se me permite. Como ex aluno do CIGS( guerreiro de selva 966) e com cinco anos de serviço em OM de infantaria na Amazonia tenho enorme respeito e admiração por aquela casa e por tudo que lá aprendi, assim como outras centenas de oficiais e praças brasileiros e estrangeiros que por lá passaram e deixaram seu “sangue, suor e lágrimas”. Valeu a pena! Quanto ao zoológico, além de servir como um “essencial “meio auxiliar de instrução, contribui para a manutenção do excelente e “essencial” relacionamento do Exercito com a população local e demais visitantes de todos os cantos. Sugiro ao “irônico” que programe uma visita ao CIGS. Vai aprender muito, principalmente sobre a “essencialidade ” do zoo. Selva!

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Wolf,
Os OVN não deve funcionar muito bem na selva fechada mas não pela umidade e sim porque a densa folhagem não permite a penetração da luz das estrelas e da Lua.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Bosco,

acho que não é bem assim não, claro que nunca coloquei um OVN a noite na floresta, mas já fiz muita tocaia no mato e no maior breu quando morava no Pará e meus olhos sempre se adaptaram permitindo eu andar e até correr quando tinha picada sem tropeçar.

Se meus olhos conseguiam captar alguma luz ambiente, concerteza um OVN tb consegue.

Mas vc está certo se for em noites nubladas, núvens baixas e que tapam as estrelas… nesse contexto eu já olhei pra um rio e só via um buraco negro, só dava pra saber que era um curso d’água pelos sons ambientes da floresta, que são muito diferentes quando se está perto de um curso d’água.

Grande Abraço.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Caros Nunão e Brandenburg,

A ironia faz bem para saúde e para o debate. Não ficaria feliz se viessem umas dez mensagens dizendo: “Isso aí, fecha o zoô”. Gostei das respostas contrárias mais abrangentes e contundentes.

Sobre a missão de instrução, concordo que ele é útil ao CIGS. Mas, me parece, que uma estrutura muito menor já seria suficiente para que os militares tivessem contato com os poucos animais que realmente têm relevância para o treinamento de sobrevivência na selva.

Quanto à relação com a população local e demais visitantes, eu não tenho dúvida que o CIGS seja a instituição do Exército que mais aparece em programas de TV, principalmente pelo curso de formação de guerreiros da selva. Claro que ter uma onça e algumas cobras torna as reportagens mais interessantes, mas, repito a estrutura me parece muito maior que o necessário para cumprir sua “missão essencial”.

De qualquer forma, minha crítica principal é puramente econômica. O orçamento do Exército é limitado. Seus comandantes não têm recursos para gastar com tudo que desejam e, por isso, eles são obrigados a fazer escolhas.
Comprar 15 toneladas de alimentos para animais (ainda que os ingressos ajudem a pagar a conta e, talvez, a Prefeitura e o Governo Estadual também repassem alguns trocados) implica em não comprar alguns armamentos e munições para suas tropas. Acho que isso é um fato de bem claro e esse foi o motivo da minha ironia.

Aliás, agora atendendo à sugestão do Nunão, pergunto: os armamentos empregados pelos guerreiros da selva são os mais adequados? Os alunos têm a disposição tudo aquilo que é necessário para cumprir a missão? No curso é explicada qual a munição mais adequada à selva (uma discussão bem comum aqui no ForTe e pouco conclusiva)?

aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Alguém sabe algo a respeito da dita DESATIVAÇÃO DO EXÉRCITO NA FRONTEIRA COM A BOLÍVIA?

A informação é de Carlos Evangelista,jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR).