Fuzileiros Navais treinam em Formosa (GO)
Operação é feita com foguetes de diferentes calibres atingindo alvos que estavam entre nove e 90 km de distância
Com capacidade de disparar foguetes de diferentes calibres a partir de uma mesma plataforma, atingindo alvos situados a distâncias entre nove e 90 km, o Sistema de Lançadores Múltiplos de Foguetes Astros FN 2020 foi um dos destaques da Operação Formosa 2014.
Realizado pela Marinha do Brasil ao longo da semana no Centro de Instruções de Formosa (CIF), a 100 km de Brasília, o exercício contou com a participação de 2 mil fuzileiros navais.
Além do sistema Astros FN 2020, a Força Naval também empregou pela primeira vez o Radar Saber M60 (Sistema de Acompanhamento de alvos aéreos Baseado em Emissão de Radiofrequência).
A Operação Formosa 2014 foi dividida em quatro fases: o deslocamento da tropa do Rio de Janeiro para Brasília; as oficinas, quando os batalhões são agrupados por assuntos específicos; os temas táticos, que é a simulação de uma situação de crise, culminando com a simulação de uma operação anfíbia; e, por fim, a fase da demonstração.
Operação Formosa
Utilizando munição real, a Operação Formosa tem o objetivo de aprimorar o treinamento e manter as condições de pronto-emprego dos meios operativos e militares do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha (CFN).
Na prática, caso o País precise, os homens devem estar prontos em 48 horas para qualquer tipo de missão como as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em áreas de risco – como a que está acontecendo no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
O exercício também objetiva a capacitação dos fuzileiros navais para em missões de paz como a Minustah, no Haiti, a Unifil, no Líbano.
Além de assistência humanitária em áreas atingidas por calamidades públicas, como ocorrida no terremoto no Chile em 2010, quando foi montado um hospital de campanha para apoio ao socorro das vítimas.
Além disso, o treinamento fortalece a troca de experiências com militares estrangeiros. Este ano, a Marinha dos Estados Unidos participou do exercício.
De acordo com o Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), almirante Gomes da Luz, o treinamento vem firmando parcerias de grande importância para a Força.
“Nós tivemos o intercambio com a medicina expedicionária dos marines (fuzileiros norte-americanos) e observadores colombianos que vieram assistir ao exercício e a medida que os anos passam Formosa vem tomando corpo nacional e internacionalmente”, afirmou o almirante.
Meios empregados
Tanto o sistema Astros quanto o Radar Saber são de fabricação nacional e foram adquiridos ano passado.
Integrado ao sistema de defesa aeroespacial brasileiro, o Radar foi empregado na defesa antiaérea do Estádio do Maracanã, no Rio, durante a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.
O sistema Saber é um radar de busca e vigilância, podendo detectar alvos aproximadamente 5.000 metros de altura e com capacidade de processamento de 40 alvos simultâneos. O equipamento é capaz de diferenciar e classificar aviões e helicópteros.
Já o sistema Astros 2020 possui além das capacidades mencionadas, a vantagem em agregar um sistema digitalizado de comando e controle instalado em uma única viatura.
Também foram empregadas 160 viaturas, distribuídas entre, caminhões, viaturas leves, ambulâncias e blindados, como os Carros Lagarta Anfíbios-Clanfs, M113 e Piranhas, semelhantes aos utilizados no Haiti e no complexo da Maré.
Além disso, o exercício contemplou manobras com duas aeronaves UH-15, o super cougar, uma aeronave UH-12, conhecido como esquilo e dois caças A-4 Skyhawk, da Marinha do Brasil, que vieram da Base Aérea de São Pedro da Aldeia (RJ) e ficaram sediados na Base Aérea em Anápolis (GO).
Já com relação aos armamentos, foram disponibilizados para a operação, dentre outros, cinco obuseiros de artilharia Light-Gun e quatro lançadores de mísseis de superfície-Ar Mistral.
Defesa NBQR
A ação ainda expôs as atividades do sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR). O CFN também está capacitado para reconhecer e identificar agentes químicos, biológicos e radiológicos.
“Em uma situação real, existe uma estrutura para atender medidas de proteção, detecção, identificação e descontaminação desses agentes”, afirmou o comandante do Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais, capitão-de-fragata Gioseffi.
O Comandante Gioseffi também apresentou o Robô Defender D2, adquirido recentemente pela Marinha para a Copa 2014, que cumpre várias etapas no processo de desativação de artefatos explosivos.
O equipamento é totalmente remoto e operado a uma distância de até 1km, o que permite maior segurança para os militares envolvidos.
Na demonstração, o robô realizou uma varredura no compartimento até a sua detonação. “As câmeras e sensores reportam para o operador em um monitor qual é a situação daquele compartimento, onde está e qual o tipo de artefato.
Em uma segunda fase, ele se aproxima tira um raio-X, investiga para saber que tipo de explosivo tem dentro da caixa suspeita. A partir daí ele remove o artefato do compartimento, transportando para um lugar seguro onde possa ser detonado”, explicou o comandante.
FONTE/FOTOS: Ministério da Defesa
Bom dia caros Senhores,
Será que para o exercício de 2015 já teremos os AF1-M.
Em reportagem do PA e PN, diz que o protótipo está em fase de testes de aceitação e as primeiras unidades a serem entregues com data prevista para 2015…
Estou curioso para ver o que eles podem fazer!
CM
qual o veiculo mais pesado que as nossas tropas conseguem lançar por paraquedas ???
quando o “matador” ficar pronto, onde será feito o “teste de distancia” ??
Gostaria muito que a MB (CFN) e o EB mostrassem imagens dos impactos acontecendo desses projéteis… como o ASTROS 2020 por exemplo.
Só tem lançamentos e sinto falto do impacto e da verificação/”comprovação” de seus respectivos CEPs.
Grande Abraço.
Oganza,
Se um projétil de 155 mm disparado a 30 km tem um CEP de 250 metros, pode ter certeza que o de um foguete SS-30 tem no mínimo o dobro.
Pra esse tipo de arma ter alguma serventia, se faz necessário o lançamento “simultâneo” de toda uma bateria (4 lançadores, salvo engano), com seus 128 foguetes, que têm ogiva unitária e explodem por impacto.
Os outros foguetes de maior alcance com certeza têm CEP bem maior. Só têm validade porque usam ogivas dispersoras de submunições.
Mas também é necessário o lançamento simultâneo de toda uma bateria (16 SS-80) pra ter algum resultado, porque a 80 km a “precisão” deve ser péssima.
Nesse contexto, fica difícil saber onde colocar uma câmera pra gravar o impacto. rsrsss
Srs desculpem o offtopic, é que sobre os Chinooks para o EB eu já tinha lido (mas não achei nada no Forte), a novidade seriam os OH58 Kiowa….
“Helicópteros americanos para o Brasil
Boeing e Bell fazem ofertas ao Exército Brasileiro
29/10/2014
(Infodefensa.com) Roberto Caiafa, São Paulo – Em abril de 2014, a Boeing divulgou uma oferta ao Brasil de um lote de helicópteros CH-47 Chinook. Recondicionados e revitalizados, esses aparelhos atuariam como vetores de transporte com grande mobilidade e apelo logístico, especialmente no teatro amazônico. E a oferta foi em outubro “Tivemos algumas discussões iniciais sobre o Chinook com o Exército Brasileiro”, disse o porta-voz da Boeing Scott Day, quando perguntado sobre uma potencial venda CH-47 para o Brasil. Day se recusou a dar detalhes, mas disse que a potencial venda “não era grande.”. Segundo fontes ouvidas por INFODEFENSA.COM a oferta abrangeria doze células da versão CH-47D a preços bastante atraentes, com a possibilidade de adição de novos equipamentos e capacidades, caso isso seja especificado pelo Exército Brasileiro.
O fato novo que surgiu, segundo essas mesmas fontes, é a aparente oferta de lotes de helicópteros Bell OH-58D Kiowa Warrior empregados operacionalmente no Afeganistão e que estão sendo desmobilizados e postos a venda por valores bem acessíveis, o que teria despertado o interesse do EB.
Esses aparelhos, fabricados a partir de meados da década de 1980, estão sendo substituídos no Exército dos Estados Unidos pelo UH-72 Lakota. Com a recente decisão de investir-se mais recursos nos AH-64 Apache usados em missões de escolta, mais a necessidade de reduzir gastos causados pela grande diversidade de modelos em serviço, fez com que os OH-58 Kiowa Warrior fossem paulatinamente sendo retirados de serviço, apesar de um bom número deles terem sido submetidos a uma ampla modernização, que incluiu a instalação de um novo motor, entre os anos de 2001 e 2011. Os OH-58D que estariam sendo oferecidos estão entre os que passaram por essa modernização. Trabalhos adicionais nas células, desmonte de algumas unidades para obtenção de peças e componentes para estoque, ou o implemento de novas capacidades nas unidades operativas poderão serem realizados no Brasil.”
http://www.infodefensa.com/latam/2014/10/29/noticia-boeing-fazem-ofertas-exercito-brasileiro.html
Bosco,
pois é, eu estou ciente desse CEP médio, mas na boa, câmeras a 1 km de uma determinada área não é nada das galáxias.
Por outro lado, CEPs no resto do mundo em geral são superestimados, com a maioria das armas “caindo” em média a metade de seus CEPs nominais.
E no mais, o resto do mundo produzem esses materiais e a net está recheada desses vídeos.
Agora se no Brasil a coisa é diferente eu já não sei. É esse tipo de coisa que me leva duvidar de muita coisa que é “dita” por/para nossas forças.
Mas seria muito legal ver uma área dessas de 500m(?) tomando uma saraivada de uns 10 foguetes desses.
Grande Abraço.
Bozzo,
chega de tranquera usada, mesmo que recauchutada seja lá de quem for, por favor. 🙂
Grande Abraço
Oganza, até entendo que seja “tranqueira usada”, mas não deixa de ser uma noticia interessante, até porque, ao que parece, o EB não caiu na ladainha de “nunca mais compraremos material usado”.
Se vai se concretizar ou não é outra história.
Bozzo,
eu entendo o seu ponto de vista e até certo ponto eu tb gostaria de ver certos equipamentos operando em nossas FFAA. Quem não gostaria de ver por exemplo Chinooks operando na Amazônia com o cocar do EB? Iria ser um ganho operacional e uma baita massagem no ego 🙂
Mas ai é a velha história, não estamos podendo bancar massagem… precisamos é de realidade e tem outra coisa tb: o equipamento embarcado que viria com esses vetores.
Levanto essa questão do equipamento embarcado pelo simples fato não dele ser “antigo” ou muito menos “usado” e sim pelo fato deles poderem ser “muito sofisticados” e com um consequente custo maior de manutenção e sobressalentes.
Posso te dar um exemplo prático disso: É muito pouco falado, na verdade nunca vi nem aki na trilogia, mas os NOSSOS Seahawks não são Seahawks de verdade, eles são UH-60 Blackhawks navalizados, onde foram instalados radar, sonar, uma aviônica e suítes de comunicação em um “nível inferior” aos Seahawks americanos e aos usados por algumas marinhas “mais próximas” dos EUA. Tais sistemas são muuuito mais sofisticados e CAROS de se manter, mas mesmo assim, nunca tivemos algo tão sofisticado em operação por aki… 🙂
E no caso dos Kiowa Warrior, não temos doutrina e nem a infraestrutura tecnológica instalada para esse equipamento no Brasil, doutrina essa que possa talvez começar a entra em vigor depois dos “MLUs” que estão sendo feitos nos Esquilos do EB.
Precisamos de uma padronização generalizada nas 3 forças e não só de equipamento, mas até mesmo na instrução e doutrinas primárias, com as equipagens sendo “especializadas” em sua força de origem em um segundo momento. Olhe o ex do Reino Unido, que já tem uma instrução unificada e mais recentemente foi além, criando um Comando Único de Asas rotativas.
Como não cansa de dizer um colega aki do blog: Ter, não significa poder operar.
Grande Abraço.
Bom dia Senhores,
Costumamos dizer que tais sistemas são para “bater área” e não alvo.
Notem que tanto o Astros como seus análogos são denominados sistemas de saturação de área.
Somente um adendo: Quanto a situação tática o permite, o Astros pode disparar um único projetil para correção de coordenadas (pelo menos fazia isto a um tempo atrás), com as novas tecnologias empregadas pelo EB, penso que o CEP é menor que os dobro de 250m.
NOTA: vocês em especial o Bosco vai gostar do link:
http://www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/produtos-doutrinarios/n-c-d/ncd-2014?download=181:ncd-03-2014
CM
Claúdio,
É sabido que um foguete é menos preciso que um obus já que as variáveis impostas pelo motor foguete e pela estabilização por aletas são maiores que as referentes à deflagração da carga de projeção e da estabilidade por rotação.
Baseado nisso e no CEP conhecido de um projétil 155 mm a 30 km é que fiz referência à inerente imprecisão dos sistemas de foguetes do ASTROS, mas na verdade nunca li nada a respeito.
O lançamento de um foguete de calibração acompanhado pelo radar de correção balística sem dúvida fornece dados para a correção de tiro que podem atenuar as variáveis externas, relativas ao vento, temperatura, etc.
Vale salientar que com a adição de foguetes guiados, um sistema de múltiplo de lançamento de foguetes passa a ser mais que um sistema de bater área. O MLRS M270 usando foguetes guiados M31 tem sido usado até contra alvos de ponto, urbanos.
Quanto ao artigo, valeu! Foi muito útil.
Muito interessante o novo foguete guiado, que sem dúvida será um divisor de águas para o sistema.
Um abraço.
Grande JBosco,
Imagino que este seja o pontapé inicial. Em caso de sucesso de vendas, outros calibres serão alcançados pela tecnologia.
Abraço a todos,
CM
Sai da frente UH-15…………… pois o Bofors te enquadrou legal, e ele não costuma perdoar quem fica dando sopa assim………. rsrsrsrrsss……..
Acompanho o Oganza, no sentido de que deveria ser mostrado o impacto dos lançamentos no momento em que ocorre.
É o que queremos ver como complementação do sempre belo show que são estes lançamentos!
Mas, apesar da voz de comando de lançamento ainda lembrar as salvas dos velhos canhões, fico muito contente porque a câmara não ficou rodando, o zoom não ficou pipocando e não teve nenhuma horrorosa musiquinha de fundo.
no link abaixo da pra ver uma bateria de Astros da Malasya… de todos os foguetes disparados, so percebi um foguete apenas cair na área demarcada e ainda sim bem longe do X…
a julgar pelo video, acho que os foguetes do Hamas são mais precisos…
http://www.youtube.com/watch?v=rJiEQLe9BYg
Japoneses treinam o uso de MRLS, do convés de navio anfíbio:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2014/11/japanese-mlrs-training-from-deck-of-lst.html)
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Sai encosto, que esse corpo não te pertence!!!
A “Encostada”, aka Avibrás, parece que arrumou quem a queira, no Brasil:
(http://www.defesanet.com.br/bid/noticia/17380/ODEBRECHT-e-AVIBRAS–a–Fumaca-e-o-Fogo/)