Putin parabeniza Dilma Rousseff por vitória e reforça estreitamento da parceria com o Brasil
Reeleição sinaliza continuidade de projetos conjuntos e avanço do Brics. Segundo especialista, resultados da votação constituem vantagem para as relações russo-brasileiras, mas também alertam para a necessidade de mudanças nas políticas de Brasília.
Iúri Paniev, especial para Gazeta Russa
O presidente russo Vladímir Pútin parabenizou nesta segunda-feira (27) Dilma Rousseff por sua reeleição e disse que os resultados do segundo turno são a prova do apoio dos brasileiros em relação ao desenvolvimento socioeconômico do país e um reforço de sua posição em nível internacional.
No telegrama enviado pela diplomacia russa, Pútin também elogiou a atenção dispensada pela presidente brasileira no fortalecimento da parceria estratégica com a Rússia. O presidente reafirmou a disponibilidade de continuar o diálogo construtivo e o engajamento conjunto para o desenvolvimento da cooperação bilateral em todas as áreas, bem como a interação no âmbito das Nações Unidas, G20, Brics e de outras agências multilaterais.
“A vitória de Dilma Rousseff é um evento positivo, principalmente em termos de estabilidade interna e continuidade da orientação escolhida ainda durante o governo do anterior presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, disse à Gazeta Russa o diretor do Instituto da América Latina e correspondente da Academia de Ciências da Rússia, Vladímir Davidov.
De acordo com o analista, os resultados da votação constituem uma vantagem inegável para as relações russo-brasileiras. “Os nossos países estabeleceram um diálogo ativo, já foi alcançado o entendimento mútuo e existe parecença de posições sobre a maioria dos temas das agendas regional e global”, acrescentou Davidov.
O especialista lembrou ainda que, durante a visita de Pútin ao Brasil em julho passado, foi assinado um amplo pacote de acordos referentes ao setor da energia, aviação, cooperação técnico-militar, práticas aduaneiras, cooperação técnico-científica, bem como um memorando de instalação de estações do sistema de localização por satélite Glonass no país. Pútin e Dilma também se mostraram a favor do alargamento dos contatos nos domínios da educação e ciências por meio programa “Ciência Sem Fronteiras”.
No entanto, Davidov chamou a atenção para o fato de que a diferença de votos de apenas 3% entre Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves sugere que, neste segundo mandato, a governante terá que fazer alguns ajustes em suas políticas. “Os programas sociais, ao que tudo indica, serão perpetuados levando em conta as ondas de protesto que antecederam a Copa do Mundo de 2014, e que causaram danos consideráveis ao prestígio de Dilma Rousseff”, acrescentou.
Meta conjunta
O Brasil é o maior parceiro comercial da Rússia na América Latina. Quase dois anos atrás, os presidentes Vladímir Pútin e Dilma Rousseff estabeleceram a meta de aumentar o comércio bilateral ao patamar dos US$ 10 bilhões anuais.
As exportações russas para o Brasil se concentram em fertilizantes minerais, produtos químicos, produtos técnico-militares e metal. Entre os produtos brasileiros importados pela Rússia predominam os produtos agrícolas.
Se antes os analistas subestimavam o volume dessas importações, uma vez que alimentos e matérias-primas estão sujeitos a bruscas flutuações da conjuntura do mercado e da demanda, agora, sob os efeitos do embargo de produtos oriundos de países ocidentais, o Brasil surge como um dos principais fornecedores de carne, aves e legumes para o mercado russo.
Moscou e Brasília também expandiram a cooperação industrial e a concretização de projetos conjuntos a longo prazo que promovem o desenvolvimento inovador. A petrolífera russa Rosneft, por exemplo, vai investir na exploração e produção de hidrocarbonetos na Bacia do Solimões. Paralelamente, a empresa Silovie Machini está iniciando a extração de hidrocarbonetos para as usinas hidrelétricas de Santa Catarina.
Os empresários brasileiros também não ficam atrás. Exemplo disso é a parceria entre a Marcopolo e a Kamaz na produção de ônibus na Basquíria, bem como a fabricação de refrigeradores e freezers na região de Kaliningrado, em conjunto com a Metalfrio Solution.
No mundo dos Brics
Rússia, Brasil e África do Sul estão considerando a possibilidade de desenvolver conjuntamente tecnologia militar, informou nesta segunda-feira em Paris o vice-diretor do Serviço Federal Para a Cooperação Técnico-Militar, Anatóli Puntchuk, que chefia a delegação russa do salão internacional de defesa naval Euronaval 2014. As negociações entre os três países estão previstas para acontecer antes do final deste ano.
Em relação ao futuro acordo, Davidov assinalou que a vitória de Rousseff nas eleições “é uma garantia de avanço rápido dos planos já identificados no âmbito do Brics”.
FONTE: Gazeta Russa
NADA mais importante neste momento que APROVEITAR o momento e agressivamente fincar o pé no mercado russo e ocupar os espaços deixados pelos embargos europeus e americanos.
É um momento de aproveitar e incrementar os mecanismos BRICS e absorver tecnologia RUSSA.
Até o final do ano está previsto um acordo Brasil-Rússia-Africa do Sul para desenvolvimento de tecnologia militar em especial míssil e aeronaval.
A implementação do banco de desenvolvimento do BRICS acertado em Fortaleza este ano certamente desempenhará um papel de DESTAQUE nesta agenda.
O aprofundamento das relações BRICS pode por volume e amplitude inclusive colocar o Mercosul num segundo plano nos próximos quatro anos da política econômica externa brasileira.
Vamos continuar falando manso com a Bolívia e grosso com os EUA.
Excelente estratégia!
Viva Cuba!
Com o perdão do cacófato, o Brasil mantém o preocupante rumo de transformação em um “Cubão”.
Para a alegria do Putin, dos Castro, do Maduro, do Evo, da Cristina K… É tanta gente feliz…
Vamos pensar de uma maneira materialista e capitalista o negoco e dinheiro e formação de emprego para gerar rendas e divisa para esse pais.
E se tratando de material bélico Putin já disse se o Brasil pagar terá tecnologia sensível.
Coisa que os querido irmão, camaradas do norte os deuses Âmis NÃO querem de Jeito nenhum…..
Viva o Império Russo..
Bulava no traseiro dos Âmis…..
O interesse da Rússia no Brasil é predominantemente comercial, e um pouco político, no ambito dos BRICS.
Não obstante, as previsoes absurdas de alguns Direitistas Fanáticos americanofilos que que Putin quer restaurar o Stalinismo e impor o comunismo no Brasil, são completamente absurdas e frutos de delirios esquizofrẽnicos.
A Rússia, COMO QUALQUER PAÍS, tem seus interesses, e vai defende-los. Isso não é pecado.
A visão de quem contraria os USA ( Putin) é malvado, é ridícula e apenas demonstra infantilidade.
O problema é que as vezes o Brasil simplesmente abre mão de seus próprios interesses, em prol de ideologias de governo, seja de Direita ( subordinação aos USA) , seja de esquerda ( subordinação a Bolívia…)…
A Rússia sabe lutar na arena internacional, e o Brasil sabe ???
Wagner,
Você se equivocou na interpretação. Foi o Soldat que torceu pros russos enfiarem Bulavas nos traseiros americanos.
Ninguém está torcendo para os americanos enfiarem Tridents nos traseiros russos.
Suas críticas tiveram endereço errado.
Caro Bosco
A crítica não era a nenhum dos presentes, até agora, aqui, neste post, e nem me referia a nenhum comentário anterior.
Os alvos de minhas críticas são bem específicos e eles sabem quando eu falo com eles…
Infelizmente, quando vc diz ” Ninguém” , vc está errado, pois eu ja li muuita coisa contra o povo russo neste, e em outros lugares…
Mas nada a ver com vc e seus comentários., nem a nenhum dos anteriores. 😉
Abraços !