Gepard1

Gepard1

O Sistema Antiaéreo de 35 mm GEPARD M1A2 (AAe 35 mm GEPARD M1A2) é um sistema de armas autônomo e altamente móvel, com alta prontidão operacional, pequeno tempo de reação e capaz de fazer frente a uma variada gama de ameaças. Ele foi adquirido com a finalidade de mobiliar as Brigadas Blindadas do Exército Brasileiro (EB) com uma Defesa de Artilharia Antiaérea (DA Ae) compatível, facilitando o apoio logístico.

O AAe 35 mm GEPARD M1A2 foi modernizado há cerca de três anos, dentro de um cenário que o manteria empregado até 2030 na Alemanha e foi projetado para proteger as unidades LEOPARD. Um dos principais objetivos durante o desenvolvimento do GEPARD, além do seu desempenho em combater alvos aéreos, foi obter um ajuste perfeito com as tropas blindadas equipadas com o LEOPARD 1 e o LEOPARD 2.

No Exército Brasileiro, o sistema tem a missão de realizar a defesa antiaérea das Brigadas Blindadas, impedindo ou dificultando o reconhecimento e/ou o ataque aéreo inimigo. Ao mesmo tempo, possibilita o funcionamento de órgãos e instalações vitais sediados em território nacional e permite a liberdade de manobra para elementos de combate, o livre exercício do comando e uma maior disponibilidade e eficiência das unidades de apoio ao combate e apoio logístico.

Características do Sistema
A guarnição do GEPARD é composta por três militares e as principais características do material são as seguintes:
– peso total: 47,5 toneladas;
– dimensões: largura – 3,40m; altura – 4,16m (com radar de busca); comprimento – 8,15m;
– alcance dos radares: busca – 15km e tiro – 10km;
– alcance do sistema de armas: 5km;
– teto de emprego: baixa altura;
– calibre dos tubos: 35mm; e
– cadência de tiro: 1.100 tiros por minuto, sendo 550 por tubo.

Gepard2.JPG

Formação Pessoal
De 4 de março a 17 de maio de 2013, 10 oficiais e 10 sargentos realizaram o Curso de Operação do Sistema AAe GEPARD na cidade de Hardheim (Alemanha), como parte das ações previstas no Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PEE DA Ae).

Após a realização do curso na Alemanha, os militares brasileiros realizaram uma segunda fase de formação no Brasil, durante o Tiro de Recebimento do GEPARD, conduzido pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), nos dias 22 e 23 de junho de 2013.
Os objetivos alcançados ao término do Tiro de Recebimento do GEPARD foram a realização do tiro real, nas modalidades antiaérea e terrestre, com oito VBC DA AE GEPARD 1A2, recentemente adquiridas pelo EB, ocasião em que se verificou o funcionamento dos componentes do sistema de armas de cada carro; e a conclusão da segunda fase do Curso de Operação do GEPARD por parte dos militares brasileiros designados.

Nesse evento, foram executados 755 tiros sobre alvos aéreos ECLIPSE, operados por integrantes do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea e 871 tiros sobre alvos fixos a 500 e 1500m de distância, na Linha I do CAEx.
No momento, a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea é a responsável pela formação dos oficiais e sargentos do EB operadores do Sistema GEPARD.

Gepard3.JPG

Reflexos para a Defesa Antiaérea
A DA Ae é estruturada para ser empregada em diversas faixas de altura e de alcance, fazendo frente aos diferentes tipos de ameaça. O Sistema AAe GEPARD integra o Sistema Operacional DA Ae para emprego na faixa de Baixa Altura (até 3.000m), realizando a Defesa Antiaérea da Força Terrestre e contribuindo, também, para a proteção das estruturas estratégicas terrestres brasileiras e das áreas sensíveis, cuja ameaça aérea inclui, entre outros tipos de vetores, as aeronaves de ataque ao solo, caças bombardeiros, helicópteros, Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados, mísseis balísticos e de cruzeiro, foguetes e morteiros.

O Sistema Antiaéreo de 35 mm GEPARD M1A2, atualmente, é o material de dotação de duas das mais importantes Brigadas do EB: a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e a 6ª Brigada de Infantaria Blindada, elevando a capacidade de DAe dessas Grandes Unidades e unindo satisfatoriamente o alto poder de fogo dos canhões de 35mm à mobilidade e proteção exigidas pelas brigadas blindadas.

O GEPARD foi empregado na Defesa Antiaérea durante a Copa das Confederações e foi novamente acionado por ocasião da Copa do Mundo FIFA 2014.

FONTE: Revista Verde Oliva

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Claudio Moreno
Claudio Moreno
10 anos atrás

Deveriamos aproveitar as instalações Heinmetall no RS para desenvolvermos uma versão nacional e recolhermos no mercado internacional mais umas 250 unidades (se encontrar) do Leo A1-A5 e modernizá-los.

Em um devaneio e quero me permitir a isso, quem sabe ressucitar o EE-T1 120mm com uma roupagem mais moderna.

Caro Bacchi que pensa sobre o assunto? Levando em conta o que temos no mercado internacional vale a pena o investimento, só para possíveis encomendas internas?

Moreno

Soldat
Soldat
10 anos atrás

Eu faço voto que o Brasil tem que adquirir mas armamento Alemão e obter mais parceria com a industria bélica Alemã.

der beste..

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
10 anos atrás

Repaginar o Osório aos moldes dos battletanks atuais seria o máximo, ele já era imbatível em sua época ,poderia ser mortal feitas as devidas alterações agora, mas não creio que o EB o deseje fazer(gostaria muito de estar bem errado sobre isto).

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

eduardo, seria possivel você expandir teu comentario “… mas não creio que o EB o deseje fazer …”.

Não consigo entender esta tua afirmação!!!

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Moreno, depois que o Eduardo responder, eu comentarei tua questão.

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
10 anos atrás

Bacchi é que por até então nao ter visto nada que mostrasse o interesse do EB em retomar o projeto do Osório eu deduzi(opinião apenas) q nao há interesse por isto e sim (talvez) de um novo projeto vide o caso do Urutu//Cascavel sendo substituidos pelo Guarani e suas versões . Particularmente após ler alguns artigos sobre o Osório fiquei fâ do tanque e creio que tinha( como o fez) e tem (com as devidas atualizações) tudo pra dar muito certo como já o fez e o governo o abandonou.

Sds.
Eduardo o observador aprendiz.

Julio Augusto
Julio Augusto
10 anos atrás

eduardo.pereira1,

O Osório foi financiado e projetado pela ENGESA S/A com o propósito de ser exportado. Esse tanque não foi projetado para suprir as necessidades do Exército.

O tanque que foi projetado para o Exército foi o Tamoyo II. Mas as verbas desapareceram e o resto todos sabem. Se for para reviver um projeto, faz mas sentido que seja o Tamoyo.

Abraços

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Diante disto, depois disto…

Só me resta ficar calado!

Claudio Moreno
Claudio Moreno
10 anos atrás

Bom dia a todos os Amigos,

Julio longe de menosprezar teu comentário, que até concordo em partes (quando você diz que o EE-T1 foi um projeto para exportação num primeiro momento), já quanto ao Tamoyo eu descondo veementemente, pelas qualidades técnicas quando comparado um modelo com o outro.
Por isso Bacchi, se não for demasiado incomodo, ainda gostaria de ouvir (se desejar fazer é claro) teu entendimento sobre meus questionamentos lá em cima. Conheço teu passado na Engesa (por leitura aqui e em outros fóruns e também porque já nos falamos muito em conjunto com o E. Bastos lá da UFJF. Quero agregar se me permite mais um componente a minha pergunta lá de cima:
Hoje talvez o EE-T1 fosse um “frankstein” como você mesmo disse certa ocasião, certo? Por exemplo o 120mm poderia vir do RS, os eletro-opticos da AEL talvéz, certo?

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
10 anos atrás

Valeu Julio, mas , se puder Bacchi gostaria de ler seu ponto de vista sobre o assunto.

Sds.

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Senhor Claudio Moreno: eu jamais, repito JAMAIS afirmei que o EE-T1 Osorio era um “Monstro de Frankenstein”.

O senhor precisa tomar cuidado quando faz afirmações.

Christian
Christian
10 anos atrás

Prezado Claudio Moreno
Referente ao seu primeiro comentário, quem possui instalações no RS é a KMW. A Rheinmetall sequer tem filial no Brasil.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Pelo jeito, o efeito entorpecedor KC-390 vai contaminar o resto da trilogia… =/

Acho que o Bacchi melhor do que ninguém pode dizer o pq coisas como o Osório e muito menos o Tamoyo não vingaram e dificilmente vingariam por aki.

Mas de forma bem rasteira, nakela época a Engensa fez uma aposta que hj nenhuma empresa PRIVADA em sã consciência faria: APOSTOU TODAS as suas fichas em um projeto que dependeria INTEIRAMENTE da diplomacia brasileira (lobby) para o sucesso do Osório… SE nakela época não rolou meus caros… imagina hj com nosso Itamaravilha… CAIAM NA REAL.

APRENDAM:

– TER O MELHOR PRODUTO NÃO SIGNIFICA SUCESSO DE VENDAS, não no mercado bélico… CLARO COMO O DIA.

PS.: O S.Tucano não é referência, pois sua compra nunca será uma decisão estratégica e qualquer republiqueta pode compra-lo.

Grande Abraço

Claudio Moreno
Claudio Moreno
10 anos atrás

Bom noite a todos!
Bacchi me desculpe o deslize. Minha afirmação foi tão categorica, porquê tinha certeza de que havia ocorrido tal comentário. Peço sinceras desculpas por esta gafe. Será que ainda existe possibilidade para teu comentário?

Oganza boa noite! Realmente foi um tiro no pé a falta.de.gestores equilibrados na ENGESA. Quanto ao KC390 o s tempos são outros. Ainda que estejamos as portas de uma crise financeira o KC já tem encomendas firmes e contrato assinado. Já o EE-T1 nunca teve esta chance…
CM

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Claudio Moreno

Infelizmente os tempos não são outros não, pq hj “sabemos” fazer o que tentávamos fazer nos anos 80, mas o mundo gira e evolui… e rápido, muita rápido na verdade.

Ser for para quebrar o ovo, colocar a farinha e bater tudo, blz… sabemos fazer… mas não temos a cereja, não sabemos fazer a cobertura e na hora de assar, o forno não é nacional.

É a velha história, podemos até fazer um bolo chic, mas a receita não é nossa e ainda achamos que a fato de nos “darem” a receita nos transforma em algum chefe gourmet…

Em alta tecnologia o buraco é muuuuito mais embaixo, e o Brasil é um nada com relação a isso. Pegue o próprio Osório e veja o que era nacional e o que não era.

Sds.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Eduardo,
É completamente impossível a um veículo de combate que só teve duas unidades (protótipos) construídas ser considerado imbatível.
Isso “non ecziste”!!!

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Eu gostaria de dar meu depoimento sobre um futuro carro de combate nacional.

Considero impossível entrar em detalhes sobre este produto no dia de hoje, já que não sei se o EB vai começar este programa imediatamente, daqui a 5 anos, daqui a 10 anos ou daqui a 20 anos.

Cada uma destas datas irá revelar novas tecnologias e tendências, que não são vislumbradas hoje.

A única coisa positiva que eu posso fazer é recomendar que o projeto não seja de UM carro de combate e sim de UMA família de veículos blindados sobre lagartas: carro de combate, VBCI, veiculo blindado de combate obuseiro auto propulsado, veiculo blindado oficina, veiculo blindado de engenharia de combate, veiculo blindado de comunicações e outros.

Este requisito de se criar uma família se deve ao baixo nível de produção garantido, que eu vislumbro. Com efeito, hoje o EB tem 2 Brigadas Blindadas – poderíamos eventualmente acreditar num crescimento para 3 brigadas.

Isto daria um total de 6 RCC = 300 carros de combate, 6 BIB = 300 VBCI, 3 GAC(AP) = 54 VBC(AP)Lag e mais unidades complementares.

As 4 Brigadas de Cavalaria Mecanizadas (se mantiverem sua organização e dotação atual) iriam agregar: 4 RCBlda = 100 carros de combate e 100 VBCI além de 72 VBC(AP). Note-se que há uma
discussão sobre se os VBC(AP) das BdaCavMec serão sobre lagartas ou sobre rodas.

Teriamos então uma produção prevista garantida de: 400 carros de combate. 400 VBCI e 54 VBC(AP).

A família iria garantir uma padronização de sistema de rodagem, de motor, de transmissão, o que iria diminuir drasticamente o custo unitário,

Notem que o termo garantido que eu uso, significa produção unicamente para o EB, sem considerar exportação que deverá ser considerada, bem como a possibilidade de um projeto/desenvolvimento/produção em parceria.

Hans Schommer
10 anos atrás

Voltar ao tópico!
O Brasil fez a aquisição da Gepard uma boa decisão. A proteção do tanque Leopard é garantida. Apenas a munição fornecido tem um valor de 50 milhões €. E o Brasil tem para o tanque, as peças de reposição e munições pagos 30 milhões €!
Parabéns ao general Marcio Roland Heise !!!
Hans Schommer

Oganza
Oganza
10 anos atrás

rsbacchi,

vc praticamente pintou o CV-90 Armadilho :), apesar de que pessoalmente, tenho minhas dúvidas quanto a ele poder ser efetivo com canhão de 120 mm.

Mas seria correto ser um algo como um CV-90 mais parrudo, a partir de umas 50/55 toneladas?

Grande Abraço.

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Chaq’un à son gout!!!

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Bacchi,

cada um a seu gosto? é isso?

mesma plataforma – várias aplicações?

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Oganza, existe uma musica estadunidense que reflete bem a minha ideia:

It depends on the point of view!
On the particular point of view!

Você viu no meu escrito o CV90 Armadilo!

Eu vejo o Merkava!

Dele foi derivado um VBCI, o Namer, e um VBC(AP)Lag, o Slammer. O Slammer não entrou em produção porque o M109 era muito mais barato.

Ou seja, o importante é uma familia, o que você quer dela, como ela será, depende de você!!!

Oganza
Oganza
10 anos atrás

ok… entendi…

só não imaginei que seria tão high level…

por isso o Armadilho.

🙂

Grande Abraço.

rsbacchi
rsbacchi
10 anos atrás

Oganza, estamos discutindo o projeto de um main battle tank para o EB, e não um caça tanques!!!

Claudio Moreno
Claudio Moreno
10 anos atrás

Prezado Senhores Oganza e Bacchi,

Fico grato pela explanação que apresentaram cada um.

Fica aqui uma sugestão aos editores, uma matéria explanando, o que nosso EB tem hoje como MBT (centrar-se somente em MBT), as opções de mercado uso e novo, avaliação técnica de modelos mais próximos ao que temos em uso (MBT leopard 1A5 e os poucos A1 e M-60) e finalmente quais as perspectivas de desenvolver-se uma familia de MBT em solo pátrio novamente. Ainda que haja descordâncias, mas o cenário é distindo hoje, ao cenário em que o EE-T1 foi apresentado (olhe o mundo ao redor e veja os gastos militares depois de 11/09 e principalmente nosso continente).

NOTA: Não posso deixar de agradecer o espaço.

CM