Parque Regional de Manutenção/5 faz história recuperando 10.000 Fuzis
Curitiba – O Parque Regional de Manutenção/5 completou, no dia 1º de outubro, a marca histórica de manutenção de 3° escalão (fosfatização) em 10.000 unidades do Fuzil 7,62 M964 (FAL). Iniciado em 2008, tal projeto reestruturou a linha de produção de manutenção de fuzis daquela organização militar com a ampliação de oficinas, aquisição de máquinas e equipamentos e rigorosas metas estabelecidas rigorosas de 150 fuzis por mês. A reformulação do processo de produção baseou-se no “Sistema Toyota de Produção”, melhorando as rotinas e procedimentos de trabalho.
A manutenção de terceiro escalão de fuzis 7,62mm envolve basicamente duas oficinas: a de Armamento Leve e a de Tratamento Superficial, além de uma Estação de Tratamento de Efluentes, que trata o resíduo proveniente da fosfatização e consequentemente preserva o meio ambiente, e de um túnel de tiro para a realização do tiro técnico balístico, almejando desta forma, uma manutenção confiável e segura em 100% dos fuzis. Tal projeto, incluído no plano Diretor da OM, estabeleceu como meta fosfatizar todos os fuzis da 5ª Região Militar em sete anos. A Estação de Tratamento de Efluentes é certificada pelo Instituto Ambiental do Paraná.
FONTE: EB
Massa…
parece fim de semana na casa do Toffy, só falta as crianças e o churrasco.
O fosfatização vai proteger o metal e aumentar sua resistência a corrosão natural e por condução elétrica (eletricidade galvânica). Vai tb melhorar a aderência de tintas e lubrificantes.
O melhor de tudo, é que depois do processo, a “arma velha” em geral precisa de 75% menos lubrificantes e pelo dobro do tempo. O resultado disso é uma arma mais limpa, como dizemos aki: ela não está mais drooling. kkkkk
PS.: o processo, pelo que mostra a imagem, foi por imersão, que é 1000% mais efetivo que a aplicação em spraycab.
Ótima ideia – mantemos assim nossos fuzis FAL em perfeitas condições de uso, algo possível gracas ao fato de nao serem usados para dar tiros e o desgaste se deve ao constante manuseio,
Somos afortunados em que não precisamos usar estas belas relíquias dos anos Sessenta para o fim a que originalmente se destinam.
Israel adotou o FAL mas ou menos na mesma época que o Brasil, e desde então se sucederam
AK-47
Galil
M-16A1
M-16A2
M-4A1
Tavor
e agora o X-95
e nós ?
FAL
FAL
FAL
FAL
FAL
FAL
.
.
.
.
Amigos, ja usei fuzil com fosfatização e lhes afirmo que o resultado pratico não é tao espetacular assim. O problema no EB é que os fuzis chegam ter desgasta e do metal. Ficam todos frouxos escangalhados mesmo. Voltam um pouco melhor estruturalmente e com uma camada protetora, mas longe de parecer um “novo” como era o meu 261100.
Nada contra o trabalho, óbvio que deve ser executado para prolongar a vida, mas o resultado não fica nem longe do ideal.
Colombelli,
bom, na matéria não diz por exemplo que tipo de fosfatização é feita, se é neutra ou por monoácidos e claro não informa a “receita do banho” em zinco, ferro e manganês.
Mas o segredo de tudo mesmo é fazer o acabamento, por exemplo: a pintura nós fazemos com 5 camadas de pulverização eletrostática que somada ao primeiro processo, triplica a aderência.
Quando adquirir o meu C2, é o FAP no Brasil, tive que fazer uma grande reforma nele, pois ele estava, como vc disse, todo frouxo… e isso tem uns 7 a 8 anos e mais de 500 disparos anotados em seu bookshot.
Ps.: claro que ele não chega nem perto de sofrer os maus tratos que os dai.
O meu já foi muito pra campo, mas hj é raro. Mas quando vai é chuva, lama, pântano…etc. Quando volta pra ksa ele vai pro CTI… TUDO é desmontado, limpo e remontado… uma semana… dai leva pro estande, zera o fuzil, volta pra ksa e guarda no armário.
No fim, tudo se resume a quem e que tipo de manuseio a arma é submetida, como vc bem nos explicou no grande post do IA2.
Grande Abraço.
Só para esclarecer:
O Toffy, a quem me referi no primeiro post, é um dos Armeiros Certificados aqui na Luisiana. Toda vez que levamos uma arma para ele fazer uma reforma, concerto, recondicionamento ou customização (aliviar o peso do gatilho de alguma arma por exemplo), ele gera um relatório que o proprietário da arma assina ou não, de qualquer forma, ele envia o tal relatório para o FBI… SEMPRE.
O mesmo acontece quando alguém não apresenta a documentação de alguma arma específica… mas ele sempre tem como checar o cadastro on-line dakela arma em questão e saber se ela está registrada mesmo para akela pessoa.
Quando a arma ou a pessoa não são identificadas, ele faz o serviço do mesmo jeito como acordado, mas quando o suposto dono vai buscar a arma, ele está com o Cherife do condado para esclarecer a situação. Constatada a irregularidade, o “dono” é detido e o Estado paga ao Toffy pelo serviço feito.
Esse é um procedimento padrão já a mais de 10 anos que tem resultado na retirada de muitas armas irregulares ou na regularização de registros espirados, o que acontece muito com armas que são herança e que estavam enferrujando no porão de alguém a 20 anos.
Ps.: Acho que é interessante esclarecer algumas coisas, pq até meus parentes acham que a coisa das armas por aki é um bacanal só, e não é.
Oganza
“………..não informa a “receita do banho” em zinco, ferro e manganês.”
Caso tenha ferro, tem que ter dois neutralizadores ….. zinco e manganês ou alumínio(galvânico) seriam opções.
Vi os tanques, a deposição deve ser mecânica ou por eletrólise ?
Banho frio, por eletrólise ….. os militares estão ao lado do tanque e com EPI’s.
Banho quente …. eles não estariam ali.
Abraços
http://www.forte.jor.br/2013/11/05/exercito-brasileiro-adota-minimi-para-substituir-o-fap/
Carlos,
pois é, a parte química eu só vejo o Toffy colocando um pouquinho disso e um bucado dakilo.
Só tá faltando ali um avental e uns óculos… a disposição dos tanques me parece estranha tb… o Toffy tem os seus lado-a-lado mas de maneira longitudinal e com mais de 2m da bancada de inspeção… ai parece meio apertado.
Grande abraço.
Carlos,
não tinha visto esse post do FAP, acabei de lê-lo e os comentários tb… Se essas Minimi vieram mesmo foi a melhor coisa que fizeram, mas é como o Marine disse: Tem que criar a doutrina.
No caso do meu C2 canadense, eu queria um FAL… rodou, rodou e só achava os feitos para o mercado civil pós anos 80… a maioria já mexidos quando de segunda mão. Os novos já vinham com matáreis modernos, aços e peças usinadas de forma diferentes… etc… mas eu queria um o mais próximo possível dos originais.
Dai pintou um convite para irmos de férias pescar em Alberta no Canadá. No caminho para Ghost Lake paramos em uma cidadezinha, Widcat para comprar iscas e suprimentos em uma loja que tb possuía um penhor. E pendurado na parede tinha um C2 usado, estava até surrado. Ele tinha sido penhorado e o dono não foi resgatar, estava lá a 7 anos e ninguém queria aquilo, empacotei por U$ 670,00.
Ps.: Não podia voltar pela fronteira com ele… rsrsrs, tive que ir em Calgary, preencher a papelada e deixa-lo em um “depósito” alugado , uma semana depois chegou a autorização junto com a fatura de envio, e as taxas para eu pagar. 670+432 = U$ 1,132.00 =/
Foi meu xodó por um bom tempo, mas só depois que o Toffy o recondicionou… mas ele fez de presente… ele acompanhou minha “busca”. 🙂
Grande Abraço.
se o EB gosta tanto do FAL poderia comprar eles novos – ou entao comprar um lote de 60,000 M-4 por $100 ou $150 milhões de dólares.
depois de dez anos – ta na hora de aposentar o fuzil pelo seu uso, não da para entender como estamos ainda reformando os FAL.
O que este programa demonstra, é que no EB, o fuzil nao é visto como outra coisa do que o que o recruta carrega de la para ca e que ninguém espera usar.
A iniciativa é positiva, é o EB fazendo limonada dos limões disponíveis.
Maurício, é so o que se faz no EB. Depois de 40 anos nas mãos de recrutas e fazendo pistas em campo, os fuzis ficam em petição de miséria. Os que vão pros arsenais ou parques de manutenção acabam recebendo apenas uma cobertura de fosfatização mas as peças acabam não sendo trocadas, especialmente cavilha e eixo e trinco da caixa da culatra que são as peças que deixam o fuzil bambo.
O resultado é que se evita a ferrugem mas a funcionalidade não melhora muito.
Muda o perfil.
A VENEFAVELA deve um monte pra gente.
Vai lá e “toma” a fábrica de A 47 deles e traz para cá.
Aliás, deu certo essa aventura deles ?
AK 47 lógico.
http://www.forte.jor.br/2009/09/22/fabricante-do-ak-47-esta-ameacado-de-falencia-na-russia/
AK 47
“«Este problema deve-se ao facto da arma ser facilmente imitável, qualquer um é capaz de a fazer», afirmou Mr. Kahaner, autor de um livro sobre a história da arma.”
usar um AK-47 hoje em dia é pedir para morrer, uma arma que só serve para intimidar, contra um fuzil moderno poe o combatente que a usa em desvantagem total a qualquer distancia maior do que 100 metros.
alias, este é o problema de ficar recondicionado um fuzil obsoleto, qualquer soldado que tiver que usar um FAL de 50 anos recondicionado, se sente como um motorista de Opala 1975 na Avenida Paulista …
imagine a sua vida depender de um FAL em combate.
thomas_dw,
o AK-47 não é uma arma para ser pensada ou comparada dentro da doutrina ocidental…
Ele não só foi como ainda é um extraordinário fuzil para akilo que se propõe dentro da doutrina a qual foi inserido. Ele tb não foi pensado para ter precisão… é um fuzil de ASSALTO na origem real do termo.
Se vc estiver em uma embarcação Guardian 25, como a do post aki no FORTE, e sofrer uma emboscada na curva de um rio, contra uns 15 caras de AK-47 cuspindo akele mundarel de balas, a guardiam não terá outra opção se não recuar e isso não importa o poder de fogo dela… é pelo simples fato dela estar no rio, sozinha e ser extremamente vulnerável em uma completa exposição na linha de fogo.
Esse é tipo de ação para que foi projetado o AK-47 e os americanos que os digam lá no Afeganistão.
Grande Abraço.
correto – grande volume do fogo a curta distancia, agora, a qualquer coisa mais longe …
dai que teria sido interessante comprar a licença do Galil no começo dos anos 80.
Interessante que pouco se comenta do uso do M-4 pelo EB – que é bastante comum em varias unidades.
Thomas eu confiaria minha vida a um FAL em bom estado de conservação mais do que a uma M-4. Depois de se ver uma mosca a 400 metros sem luneta se vê o real potencial dele. Fora isso, o incidente do Top Malo House mostra bem a diferença de rendimento.
E a M-4 não comum no EB não. So as forças especiais no EB usam algumas e os fuzileiros navais.
Galil é baseado no AK e não é muito mais preciso.
Colombelli,
só esqueceste dizer para o Thomas que o Top Malo House foi no conflito das Falklands e o que foi que aconteceu lá… rsrsrs vc tem que dar uma chance pra ele tb… 🙂
Grande Abraço.
em 1982 o FAL ainda dava conta do recado 🙂
O Galil foi um bom projeto – e o Galil ACE esta vendendo como pipoca, o FAL teve a sua época, o calibre dele é o que muitos gostam, entao vamos adotar um SCAR ou algo ergonomicamente atualizado.
A escolha do novo fuzil do EB na minha opinião, foi adotar um fuzil mais basico e de baixo custo, mas de novo estamos falando de manter ele décadas
Da para compreender que a US Army mantem o M-4 e M-16 desde 1960 como o seu padrao, mas nem da para compara os ultimos modelos com os primeiros, enquanto o FAL original e o que eles estao recauchutando sao a mesma coisa. .
Colegas ……. opinões:
http://www.youtube.com/watch?v=MScZpLOXuIQ
AK 47, distância ?
http://www.youtube.com/watch?v=TPhkDMng-68
O Scar seria inviável como arma de dotação pelo custo. Contando um reserva mínima, temos de ter na faixa de ao menos 220.000 armas no EB mas 30000 na MB e FAB. Seria ótimo mas inviável no custo.
Os M-4 e M16 ja não são tão soberanos nas FA dos EUA e os modelos atuais de fato pouco lembram os de 30 anos atras. Porém, veja-se o orçamento deles e o nosso. Eles podem trocar a cada dez anos. Nós não.
Para o que se exige de soldados não profissionais o IA2 cumpre missão quantum satis.
Sobre Top Malo House, um capitão argentino ainda atirava depois de 04 tiros 5,56 atingi-lo. Um inglês que tomou um 7,62 no ombro arriou. 5.56 é calibre para no máximo 300 metros, mas com efetividade para bem menos em mãos de não profissionais, e para volume de fogo. Eu ainda iria no 7,62 ou um intermediário.
Lembro que defendo a manutenção do 7,62 para unidades mecanizadas e blindadas, que atuam em locais em regra com campos de tiro longos e que não tem dificuldade de transporte de munição e adoção do 5,56 para selva e unidades leves, pela facilidade de transporte de maior quantidade de munição e pelo campos curtos da selva. .
Colombell,
concordo mas ao contrário do que muita gente pensa, ainda tem muuuuito M16 nas mãos de soldados americanos lá no Afeganistão e estima-se que metade dos fuzis das FFAA americanas sejam M16A2. E só a dois anos começou um longo programa de recauchutação com a troca de seus canos por um mais pesado, para proporcionar mais precisão.
Só a título de curiosidade, ainda existem mais magazines para 20 cartuchos de 5,56 em seus estoques do que os de 30 rsrsrsrs.
Grande Abraço.