O Exército colombiano recebe ofertas da MBDA e Raytheon para renovar estoque de mísseis FIM-92 Stinger
O Exército colombiano recebeu ofertas para renovar as suas dotações de mísseis terra-ar, FIM-92 Stinger, atualmente utilizado pelo Batalhão de Infantaria Nº37, popularmente conhecido como o Batalhão da Guarda Presidencial.
Embora não foi confirmado o número de unidades em serviço, sim, foi possível determinar o interesse do Exército para atualizar o sistema de defesa aérea e que protege o Palácio de Nariño, residência oficial do presidente deste país e centro do poder colombiano. Os modelos apresentados até agora são o FIM-92E ou Stinger Block-I, fabricado pela Raytheon Sistemas e o MBDA Mistral francês, este último cotados a valores mais baixos segundo o que foi estabelecido.
Contudo, apesar da oferta de Stinger Block-I, a mesma estaria pendente de aprovação da venda deste modelo em particular para a Colômbia pelo governo americano (Departamento de Estado). O FIM-92 é um sistema portátil para a defesa aérea de ponto de baixa altitude, do tipo “dispare e esqueça”, contando a versão E com melhores sensores e software melhorado de controle de vôo, com a capacidade de detectar ameaças e inclusive até mesmo anular as de VANTs. (Carlos Vanegas, correspondente na Colômbia correspondente do Grupo Edefa)
FONTE: Defensa.com
Os Stinger deles ou os nossos Iglas ???
qual o melhor ?!?!
Nossas forças armadas sempre deram preferência aos produtos ocidentais por razões claras: costume, logística, confiabilidade dos fabricantes e eficiência dos produtos. Mas, no que diz respeito a defesa anti-aérea, de qualquer nível, os russos continuam na vanguarda.
E a propósito do assunto, as forças armadas russas estão substituindo o Igla pelo Verba.
Off-topic
Minas prepara novo modelo de blindado para o Exército:
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/26/internas_economia,572976/minas-prepara-novo-modelo-de-blindado-para-o-exercito.shtml
Augusto, Sem querer desmerecer o equipamento russo mas essa análise de que os sistemas antiaéreos russos são melhores que seus congêneres ocidentais é um mito que rola na internet sem nenhuma base racional. Só agora com o Verba é que o manpads russo está atingindo o nível do Stinger Block I, que já está operacional há quase 20 anos. O Igla é equivalente ao modelo básico do Stinger,lançado no início dos anos 80. O sistema Aegis não possui equivalente na Rússia e é o mais capaz sistema de defesa de área naval existente no mundo. Dizer que sistemas como o… Read more »
As novas versões dos sistemas Pantsir e Tor são guiados por um sistema chamado de COLOS (comando fora da linha de visada), que é possível graças á adoção de radares de varredura eletrônica passiva, que rastreia o alvo e o míssil lançado mesmo que eles não estejam alinhados. Esse método proporciona uma trajetória parabólica ao míssil, o que otimiza o alcance. Outra vantagem do uso dessa técnica é que mais de um alvo pode ser engajado ao mesmo tempo, desde que no quadrante de cobertura do radar de varredura eletrônica, o que não é possível usando-se a técnica CLOS (comando… Read more »
Bosco,, entao quer dizer que o Brasil esta comprando um míssil (IGLA) defasado tecnologicamente ????
o GF esta fazendo tanto barulho por um produto ja defasado…
Wolf, Uma arma não precisa ser a melhor ou a mais moderna que existe no mundo pra ser eficaz, haja vista que até hoje se usa a balestra ou a baioneta. Fosse assim teríamos que jogar tudo que temos fora porque não me lembro de nada que usamos que seja em “estado da arte”. O Igla funciona e funciona bem. Mas há melhores? Com certeza! Mas há de se ter em mente vários aspectos, tais como o cenário previsto, o custo, o treinamento, o inimigo, a transferência de tecnologia combinada, etc. Em relação à sensibilidade do seeker e à sua… Read more »
Entendi Bosco…
mais uma pergunta: se o problema “eh o seeker” e o Brasil “tera uma linha de montagem do IGLA”, não poderíamos num futuro proximo pegar o seeker do A-Darter e “modifica-lo” para que o mesmo possa substituir o seeker atual do Igla ??!!??! seria viável essa modificação ???
Wolf, Não acho que justifique já que são células bem diferentes (160 mm x 70 mm) e como disse, não quer dizer que o Igla seja ruim ou inadequado. O melhor mesmo é desenvolverem uma versão sup-ar do A-Darter, com um envelope operacional bem maior que o de um míssil portátil. Voltando ao Igla, a maioria absoluta das aeronaves derrubadas por manpads térmicos sequer usaram flares pra se defender, tendo sido pegas de surpresa. Só mais recentemente é que houve um uso mais abrangente dos recursos IRCMs e mesmo quem os têm, os usa de forma preventiva e não raro,… Read more »
Olá, Bosco.
Antes de tudo, devo parabenizá-lo pelas intervenções.
Tive a oportunidade de ouvir de um especialista do Exército a menos de um ano que, nesta área, a Rússia está na vanguarda, não só em termos doutrinários,como também pela qualidade de seus equipamentos, apesar de tanto a doutrina quanto os equipamentos russos seguirem requisitos peculiares.
Grande abraço.
Augusto, Sem dúvida em termos doutrinários os russos devem estar um passo a frente tendo em vista que o Ocidente iria tentar impor a superioridade aéreo nos momentos iniciais de um conflito e os russos devem ter se esmerado em tentar impedir que isso se concretize. Também eles têm uma expertise indiscutível em operação de radares de baixa frequência tendo em vista serem obrigados a enfrentar a ameaça stealth. Ou seja, sem dúvida os russos têm méritos, mas equipamento por equipamento de modo geral o ocidental é tido como superior, embora pontualmente os russos possam levar vantagem tendo em vista… Read more »
Bosco adoro seus comentários, sempre técnicos e de fácil leitura, mas agora fiquei na dúvida:
joseboscojr
26 de setembro de 2014 at 16:03 #
“O Pantsir é um sistema interessante e letal, mas está longe de ser insuperável e há equivalentes ocidentais.”
joseboscojr
26 de setembro de 2014 at 19:13 #
“Um exemplo é o Pantsir, que não tem equivalente no Ocidente.”
Tem ou não tem equivalentes ?
Rsrss Boa Roberto! O Pantsir é um negócio tão impar que a gente se perde mesmo no comentário, em momentos distintos. E o pior é que a resposta é sim e não ao mesmo tempo. Se um usuário quiser se mobiliar com um sistema antiaéreo com o envelope cinético do míssil 57E6 ele terá várias opções no Ocidente. Se o usuário quiser um sistema com a autonomia do Pantsir, ele também encontrará. O que não tem no Ocidente é um sistema com autonomia combinado com o envelope cinético do sistema Pantsir. Por exemplo, não há nenhum sistema autônomo com 20… Read more »
Só pra deixar claro a minha opinião sobre o Pantsir, é interessante lembrar que ele foi desenvolvido tendo em vista a substituição do sistema SA-8, que é contemporâneo dos sistemas similares ocidentais, tais como o Rapir, o Roland e o Crotale, sendo que todos usam a orientação tipo comando por rádio na linha de visada (CLOS). Na Rússia houve uma evolução do conceito do sistema SA-8 na forma do Pantsir que inicialmente era igualmente guiado por CLOS mas que nas versões mais recentes (a partir de 2008) recebeu um radar de controle de tiro de varredura eletrônica e passou a… Read more »
Bosco
lembra-se ?
Você aceitou ser meu “braço direito” quando eu assumir o MD caso meu candidato ganhe.
Adoro seus comentários e parabéns pelo conhecimento.
Mas, no caso dos Colombianos ……
qual você compraria caro colega ?
Carlos,
Fica difícil de saber o que é melhor pra eles. Tudo indica que eles querem um míssil portátil (manpads/crewpads) e qualquer um dos diversos modelos, principalmente em suas versões mais atualizadas é adequado.
Esses mísseis portáteis são extremamente flexíveis e podem ser organizados em sistemas de complexidade crescente, indo desde o basicão, passando pelo uso de miras térmicas, pedestal tripulado, pedestal de controle remoto, veículo antiaéreo, apoio de radar de busca, etc.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/M113A2_Ultra_Mechanised_Igla.jpg
Esse aí da foto usa mísseis Iglla, mas é intercambiável com vários outros, inclusive o Stinger ou Mistral.
Só pra completar minhas elucubrações “mirabolantes” alucinógenas, há um outro segmento que cresce no Ocidente, que é o dos canhões com capacidade C-RAM/C-PGM. O velho canhão AA rebocado ou autopropulsado, tripulado, com função antiaéreo somente, caiu em obsolência nos teatros mais avançados tendo em vista o uso de armas stand-off por parte da aviação, mas como um fênix ele teima em não morrer e evoluiu na forma de sofisticados sistemas de armas de defesa de ponto e a exemplo dos CIWS navais se tornou uma arma efetiva contra ameaças diversas, como projéteis de morteiro, foguetes sup-sup, obuses de artilharia, bombas… Read more »
Caro Bosco, obrigado.
Bosco em termos de conhecimento técnico bota acima de 95% da oficialidade brasileira no chinelo, e com um pé nas costas.
Tem, com justeza e justiça, merecido o status de perito. Se o MD tivesse peritos assim ao invés de puxa-sacos e aparelhados não se veriam tantas “pérolas” da sabedoria sendo praticadas.
A propósito do Igla, temos de pensar nos nossos cenários. Consideramos, por mais improváveis que sejam os cenários de guerra. Para a defesa aérea despontam duas hipóteses principais. Um conflito no norte, com adversário mais provável na Venezuela. Abstraindo que os aviões deles são so pra desfile, eles somente teriam alguns poucos casos possiveis de alvos na região norte (Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Boa Vista) Uma missão contra o nordeste ou o centro sul seria impossivel ou coisa de outro planeta. A segunda é uma ameaça ao centro sul. Poderia vir do Peru ou da Argentina. O Peru… Read more »
É isso ai Colombelli,
curta e bos dissertação.
Sobre o Bosco, não somente concordo como convidei-o para assumir alto posto no MD, quando eu assumir é lógico.
Mas meu candidato sequer participou dos debates, ai fica difícil.
Abraços
curta e boa dissertação, corrigindo.