Brasil não está isolado contra ataques à milícia, diz chanceler
De Nova York
O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o Brasil não está “isolado” em sua posição contrária aos ataques liderados pelos EUA contra a milícia Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
“A visão do Brasil é que o uso da força ou deve ser em legítima defesa ou autorizado pelo Conselho de Seguranca da ONU”, disse Figueiredo a jornalistas em Nova York.
“Isso está na Carta da ONU, não é uma coisa em que estamos isolados.”
No discurso de abertura da Assembleia-Geral, a presidente Dilma Rousseff disse “lamentar enormemente” os bombardeios americanos, defendeu “o diálogo e a diplomacia” e questionou a eficácia dos ataques contra o EI.
Figueiredo negou que Dilma sugeriu negociar com os extremistas. “Quando se fala em diálogo, é resolver o problema com diálogo político na comunidade internacional, e não usar a força como solução inicial.”
Nesta sexta (26), ele se reúne com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
Questionado se transmitirá o desconforto do governo brasileiro com os ataques, o chanceler disse que vai “levar essa posição para onde tiver que levar”.
“Essa posição sempre foi a nossa, e ela não se contrapõe à da comunidade internacional. Toda a comunidade internacional pensa assim”.
Figueiredo disse que não falará “necessariamente” sobre uma possível visita de Estado da presidente aos EUA.
Em 2013, a visita de Estado a Washington, prevista para outubro, foi cancelada por Dilma após a revelação de que o governo americano espionou a presidente, seus assessores e a Petrobras.
A relação entre os países ficou estremecida desde então, e a reaproximação começou com a visita do vice-presidente Joe Biden ao Brasil em junho, para a Copa do Mundo.
“Eu não falo sobre isso (visita de Estado), é um tema entre os presidentes. A minha agenda com o Kerry é diferente. É uma agenda de ONU, de questões normais do relacionamento bilateral”, disse.
Figueiredo se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, com os Brics e com o G4 (Alemanha, Japão, Índia e Brasil), este ultimo para discutir a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. (Isabel Fleck E Giuliana Vallone)
FONTE: Folha de São Paulo
Mais uma vez provando que a política externa brasileira é uma piada.
O negócio é ser do contra os “americanu” por mais absurso que seja. E claro apoias ditadores e cocaleiros.
Isso tem que mudar. É de dar vergonha.
Não me lembro que disse isso aqui no blog, mas a atitude que melhor define a política externa brasileira é a de esperar a opinião dos EUA e logo em seguida ser contra.
O que os EUA deviam fazer é entregar a encrenca na mão do Brasil e deixar ele resolver com seus métodos.
Criticar é fácil, mas o Brasil não faz nada paralelo aos ataques.
Cadê que o Brasil está organizando um comitê pra ir lá pedir carinhosamente ao EI pra parar de fuzilar e decapitar pessoas inocentes.
O que impede o Brasil de agir ao seu modo paralelamente ao modo de agir dos americanos e aliados?
É vergonhosa nossa atitude.
Política de avestruz, pra variar.
“Brasil não está isolado contra ataques ao EI”.
Ele devia nos brindar com os nomes dos outros países que apoiam o EI.
Não precisa ele dizer não, é a Venezuela e Cuba.
O Barão do Rio Branco deve estar se revirando no túmulo ao ver no que se tronou a diplomacia brasileira.
Uma bando de borra botas, subservientes ao que existe de pior na América Latina. Uma corja de medíocres, cretinos e estúpidos.
Oferecemos nenhuma contribuição ao debate além de platitudes – e ainda por cima besteirol.
Atingimos um nível de total irrelevância – nossa opinião não conta para nada.
retornamos a mediocridade.
Em Israel, devem estar arrependidos em pedir desculpas …….
Antonio M
kkkk rsrsrsrs, vão desaposentar o cara, lembra-se ?
A Tia Eny e seus acéfalas são risíveis.
“joseboscojr
26 de setembro de 2014 at 19:41 #
Não precisa ele dizer não, é a Venezuela e Cuba.”
Amigo …. esqueceu-se ?
República Democrática Popular da Coreia.
E o pós modernos:
Maduro, Irmãos Castro e o fantástico ……..
Líder supremo: Kim Jong-un
(rs)
Todos amigos da Tia Eny, do molusco e da corja toda.
Um minuto:
http://veja.abril.com.br/multimidia/video/dilma-simpatia-por-degoladores
A Cesar o que é de Cesar. É evidente que o Isis tem que ser combatido e com bastante energia. Mesmo assim, ou para essa mania de alguns países de cagar pras resoluções da ONU ou fecha logo aquela merda. O que a ONU não pode é ficar que nem cachorro velho e desdentado acorrentado no fundo do quintal. Late late e ninguém dá a menor pelota. Nesse ponto a crítica dela está correta.
Mayuan,
Mas não foi isso que a presidente disse. Ela disse sim que só o diálogo e a democracia poderiam resolver e não que iria aguardar uma resolução da ONU para aprovar ou não os ataques.
Em relação aos ataques, país nenhum precisa de legitimidade da ONU para fazer guerra ou atuar em lugar nenhum do mundo. Países são soberanos e devem arcar com as consequências.
A ONU pode até organizar uma coalizão, mas isso realmente não importa e nem é necessário, mesmo porque qualquer um dos países que têm assento no CS podem vetar qualquer resolução.
O que os EUA e seus aliados não podem é ir contra uma resolução da ONU que os proíba de continuar atacando, mas isso nunca ocorrerá porque os EUA, o Reino Unido e a França têm poder de veto (isoladamente, inclusive).
Já uma resolução que recomende e aprove o ataque teria que ter aprovação de 9 dos 15 membros, incluindo todos os cinco do CS. Isso poderia dar legitimidade ao ataque, mas como disse, proibir o ataque é impensável tendo em vista o poder de veto.
O que ocorre é que a ONU está nas mãos das cinco potências que têm assento permanente no CS, e provavelmente isso nunca vai mudar (devido ao poder de veto). O melhor que o Brasil faz é se desligar da ONU e junto com outros criar um organismo internacional começando do nada e que não tenha nada a ver com a estrutura do mundo pós SGM e que irá fazer “concorrência” com a ONU, já que é cada vez mais distante a possibilidade do Brasil conseguir ser o sexto membro permanente do CS.
Correção: “o diálogo e a diplomacia” e não “democracia”.
A presidente acha indispensável uma resolução da ONU aprovando o ataque da coalizão liderada pelos EUA ao EI, mas e quanto ao ocorrido na Ucrânia recentemente, será que ela cobrou da Rússia uma resolução da ONU?
Igual aos americanos, os russos estão tomando iniciativas na Ucrânia sem consultar antes a ONU.
Companheiros do trilogia,
A linha doutrinária no Itamaraty de auto-alinhamento caiu junto com o muro de Berlin.
A visão que a diplomacia brasileira é do contra, ou seja, espera os EUA se posicionarem para depois se colocar do outro lado, é muito amadora. Diria até inocente.
O valor principal que a diplomacia brasileira sempre relembra, e por isso ocasionalmente fica contra uma posição dos EUA, é que nenhuma nação tem o direito de matar sem um mandato – ou seja – sem anuência internacional, plano de entrada e saída, e o mais importante (que foi o erro alardeado e concretizado no Iraque), qual o real objetivo.
Por estes pontos, concordo com a posição do Itamaraty. Estão agindo ignorando a ONU. E isso é errado, independente do que se queira fazer, e se é justo ou não.
Se a todo novo conflito a ONU esquiva de seu papel e deixa nas mãos de organismos estritamente militares – como a OTAN – o método de resolução, vejo que a ONU não está conduzindo o mundo para um lugar sem guerras, o que é seu objetivo único.
Agora, quanto a importância de lutar contra o EI, não vi em lugar algum o Brasil se posicionando contra. Vejo apenas matérias que conduzem a esta conclusão, de maneira bem infantil.
É a maneira – o método – que está em questão.
Caro Bosco,
Sempre bom conversar com você. Lamento estar fora tanto tempo.
Quanto à abstinência do Brasil na votação simbólica de condenação da anexação da península da Criméia à Rússia, o buraco é mais embaixo. Alguns pontos:
1. Era uma votação simbólica. Igual a dar nome de rua e praça para personalidade. Não existe função prática – diplomática ou militar – com isso.
2. Desnecessário dizer que todos sabem que a Rússia, minimamente, tem interesse – e com certeza participação – no conflito. Mas seria o mesmo que uma parte do Canadá entrar em guerra civil. Ou os EUA se posicionam a favor do Canadá ou dos revoltosos. No caso da Rússia, Moscou e Kiev não estão nos melhores dias.
3. Esta votação simbólica foi solicitada pelo representante da Ucrânia na ONU, sob um texto elaborado pela Ucrânia. Não era um documento multilateral da ONU.
4. Semanas antes da fatídica votação, houve um referendo na Criméia, com 96% de votos a favor da incorporação à Federação Russa. Concordo com os poréns sobre a sua idoneidade, mas referendo é referendo. A ação da Ucrania na ONU foi para tentar desestabilizar esta votação popular, no mais clássico exemplo de mimimi.
5. Hoje a Crimeia é uma república parlamentar autônoma dentro da Rússia. Não é território Russo. Ainda…
Colocados os pontos acima, que são unicamente para dar mais dados à discussão se o Brasil deve apoiar ou não um ou outro lado na situação da Criméia, agora posso colocar minha posição pessoal:
A Rússia está errada, agindo com truculência ao interesse da Ucrania de entrar na UE, devido ao receio histérico de uma futura entrada na OTAN.
Os EUA e a Europa estão usando a situação da Criméia com três objetivos:
1. Apoio popular interno. Ambas as regiões possuem conflitos históricos contra a Rússia. E ambas, com especial atenção à UE, passam por instabilidades institucionais internas devido à crise econômica. Arrume briga fora para desviar a atenção dentro. Simples assim.
2. Controle da crescente influência Russa no leste europeu. Todos sabemos que aquela península possui a maior base militar russa fora de seu território. Retirar este ponto do mapa seria uma vitória fantástica para as estratégias regionais para muitos interesses mundiais.
3. Realinhamento militar da OTAN. Este conflito é a tábua de salvação da existência da OTAN no século XXI. A ONU se coloca fora da discussão para a OTAN resolver e continuar justificando sua existência.
Os pontos acima não são A VERDADE, são a minha opinião porque concordo com o posicionamento da nossa diplomacia sobre esta crise extremamente complexa.
Grande abraço.
Leonardo,
Li suas considerações a respeito dos dois casos e as respeito.
Um grande abraço pra você também.
Conselho a diplomacia do Brasil: em boca fechada não entra moscas.
“Os pontos acima não são A VERDADE, são a minha opinião porque concordo com o posicionamento da nossa diplomacia sobre esta crise extremamente complexa.”
Discordo, mesmo sendo minha opinião “uma mentira”. (rs)
Grande abraço.
Vamos falar toscamente mas de forma simples:
Falar de Ucrânia é uma das coisas mais complicadas que existem… é complicado até na ONU de discutir isso sobre suas bases de Direito dos Povos, sufrágio universal etc.
Explico: A Ucrânia é uma região que possui um povo, NUNCA foi um estado, fato que aconteceu só em 1991.
A região SEMPRE foi dominada por alguém ou outro estado desde o século XIII(?), NUNCA unificada sobre as bases de um estado, uma língua ou uma lei, excetuando-se na era soviética… akilo tem potencial para se tornar um conflito Judeu/Palestino no meio da Europa.
Isso definhou até a identidade étnica/cultural dos povos que ali vivem… temos gerações ucranianas que “não são” ucranianos. Os documentos são ucranianos assim como o seu tataravô, mas legalmente o cara é russo… 😮
Posto essa confusão toda e se vc’s forem atrás verão que é pior do que isso. Então a pergunta que tem que ser feita é:
Quantos Ucranianos querem deixar de ser russos e formarem uma Ucrânia de verdade? – Pois só com essa resposta é que a ONU irá começar a ter bases para “tomar” uma decisão em seus fundamentos.
Geopolítica:
Não vou discutir se o Rei Putin está certo ou errado, mas a Rússia da era Putin está reivindicando sua área de influência de volta. Área essa que na mente russa está cometendo um ato de rebeldia para com a Mãe Rússia e sem falar no strategic spot que é a Crimeia, aqui sim, com uma população de 95% russos (mas nos moldes lá de cima como disse).
O problema da comunidade internacional é simples: Alemanha, França e Reino Unido simplesmente não possuem peito político e meios ($$$) militares para fincar uma posição ante a Rússia e para isso precisam dus americanus malvadu, como sempre tem acontecido oficialmente desde 1939. A pergunta é: Eles querem?
Sem falar na dependência energética de algumas potências européias com relação a Rússia.
Para mim, isso é um problema Europeu que deveria ser resolvido, só para variar um pouquinho, pelos europeus e ver se eles deixam de ser borra-botas ao menos uma vez. E no fim das contas, os EU deveriam ficar na periferia só zapiando, do tipo resolvam, mas eu estou aki se vc’s (Rússia) resolverem melar a coisa… mais do tipo: Vai encarar?
A diplomacia Brasileira foi e é uma lástima, totalmente ideológica sem NENHUMA leitura crível dos fatos passados, atuais e sem nenhuma capacidade de antever qualquer fato futuro… uma diplomacia drogada, chapada intelectualmente e entorpecida ideologicamente… asco dessa gente que se diz representar a MIM e ao MEU PAÍS aki fora. Mas nós merecemos tudo isso e com bônus.
PS.: Amanhã vou na embaixada votar, e eu adoro… pq eu posso olhar na cara deles e falar o que eu quiser pelo simples fato deles não poderem fazer nada por/contra mim… é indescritível a sensação de se ter dupla nacionalidade (no meu caso tripla) e poder mandar alguns deles as favas e simplesmente se sentir um cidadão do mundo – Essa sim, se existe uma utopia em minha alma é de que TODO SER HUMANO pudesse ser um CIDADÃO DO MUNDO.
Grande Abraço.