Iveco entrega 100º blindado VBTP-MR Guarani ao Exército Brasileiro

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Guarani-6

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No próximo 26 de Setembro o fabricante Brasileiro Iveco Latin America deverá assinalar a produção do 100º veículo blindado anfíbio de rodas 6×6 VBTP-MR Guarani para o Exército Brasileiro (EB). Está previsto que o acontecimento a realizar na fábrica que o fabricante possui em Sete Lagoas no Estado de Minas Gerais, tenha a presença do Ministro da Defesa Celso Amorim, autoridades políticas e militares.

A 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec) de Cascavel foi a primeira unidade operacional a receber oficialmente o veículo em Março de 2014. O Centro de Instrução de Blindados “General Walter Pires” (CIBld) de Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul opera também algumas unidades.

Dos 2.044 veículos que o Exército Brasileiro pretende receber até 2031 no âmbito da carta de intenções celebrada em Dezembro de 2009 com a Iveco Latin America, foram efetivamente adquiridos pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) em Dezembro de 2007 um lote-piloto de 16 viaturas assim como um pacote de dados técnicos e um conjunto de ferramentas de produção especificamente desenvolvido para execução do objeto do contrato; em Agosto de 2012 um lote de 86 viaturas de experimentação doutrinária (LED), assistência técnica, apoio logístico e cursos; e mais 26 unidades similares através de um contrato celebrado em Dezembro de 2013 em complemento do lote de 86 viaturas. Prevê-se que a entrega dos 128 blindados de rodas esteja concluída até Dezembro de 2014. Um protótipo contratado em Dezembro de 2007 fica de fora da contabilidade de viaturas já adquiridas.

O exercício financeiro do Projeto de Lei Orçamentaria da união para 2015 (PLOA 2015) consagra uma verba de 200 milhões de reais para concretizar a aquisição pelo Comando da Logística (COLOG) de 56 viaturas adicionais.

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O programa VBTP-MR implementando no âmbito do Projeto Estratégico do Exército – Guarani (PEE Guarani) permitirá substituir progressivamente as viaturas blindadas 6×6 EE-11 Urutu e EE-9 Cascavel produzidas pela hoje extinta empresa ENGESA (Engenheiros Especializados S/A), e também potenciar a capacidade blindada de muitas unidades.

A viatura deverá ser produzida nas versões de transporte de pessoal, porta morteiro de 120 mm, posto de comando, comunicações, central diretora e tiro, oficina, ambulância, engenharia, defesa antiaérea, lançadora de pontes, defesa QBRN, escola, lançadora de pontes, e de limpeza de minas. A versão básica oferece um peso de 18.3 toneladas, um comprimento de 6.9 metros, largura de 2.7 metros, altura do casco de 2.3 metros, velocidade 90 km/h e uma autonomia de até 600 km.

O desenvolvimento do blindado de rodas foi financeiramente suportado pela Finep – Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Exército Brasileiro é proprietário do desenho, e a Iveco Latin America o seu autor. ( Victor M.S. Barreira)

FONTE: Defensa.com

NOTA DO EDITOR: o Guarani foi alvo de matéria especial publicada na nossa revista impressa Forças de Defesa número 5, que pode ser baixada gratuitamente pelo aplicativo O Jornaleiro, disponível para iPad/iPhone e Android.

Fordefesa 5 - Guarani

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Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Para constar, a viatura de reconhecimento armada com canhão foi fechada como uma 8×8, com canhão 105.

Se o EB pretende mecanizar 06 brigadas e substituir os Cascavel e Urutu, todas as outras versões que não a VBTP, VBCI e Veiculo de reconhecimento terão apenas 220 exemplares de folga para serem construídas.

Uma brigada não terá menos que 205 viaturas.

wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

Colombelli,

eu iria perguntar exatamente isso.
Uma brigada eh composta por quantos veículos ??r uma acaso

uma pergunta meio esquisita:
no projeto do guarani, por um acaso, os projetistas “instalaram lagartas” sobre as rodas para ver se eh viável ??

nao sei se teria alguma utilidade colocar esteiras/lagartas sobre as rodas…

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Wolf, a brigada será terceária, ou seja, três batalhões mais elementos de apoio.

Cada batalhão terá três companhias de fuzileiros e uma de apoio. A de fuzileiros tem que ter entre 13 e 16 carros.A de apoio teria 04 para os morteiros pesados. Assim o batalhão terá entre 55 e 58 carros.

Os elementos de apoio são uma Cia Com, uma Cia de Engenharia. um B Log, um GAC e em alguns casos um esquadrão Cav Mec. Ai vai mais um 30 carros, pois a artilharia não usará e o B log poucos.

Ou seja, teremos cada brigada com aproximadamente pouco mais de 200 carros.

Na cavalaria precisa 177 urutus e o dobro de cascavéis serem substituídos, no minimo.

Quantos as lagartas, as concepções de lagartas e rodas são totalmente diferentes e somente tem cabimento cogitar-se uma esteira provisória que até poderia ser instalada/adaptada para deslocamentos curtos e em situações excepcionais. No guarani isso não foi concebido e nem testado, mas não seria impossivel como uma adaptação acessória. Há casos de lagartas de borracha que podem ser adaptadas a veiculos de rodas ( não necessariamente militares). Em veiculos militares nunca vi ser feita esta adaptação e não teria muita utilidade, pois os empregos doutrinários são diversos para lagarta (blindada) para rodas ( mecanizada)

wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

Grato pela explicacao Colombelli.