Nenhum dos principais presidenciáveis tem propostas específicas para defesa ou Forças Armadas
![Leopard do 2RCC ainda em Pirassununga em junho de 2005 - foto 2 Nunão - Forças Terrestres](https://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2011/09/Leopard-do-2RCC-ainda-em-Pirassununga-em-junho-de-2005-foto-2-Nunão-Forças-Terrestres.jpg)
Texto de Paulo de Tarso Lyra publicado no jornal Correio Braziliense em 7 de setembro
As Forças Armadas, que hoje comemoram 192 anos da independência do país, recebem pouco destaque nos programas de governo dos três principais candidatos ao Palácio do Planalto — Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). As referências ao tema nas plataformas de campanha são genéricas e limitam-se, quase sempre, à modernização da frota e à valorização dos militares como elementos essenciais para a segurança nacional.
“No Brasil, ainda existe a percepção de que as áreas militar e de segurança não dão votos”, declarou o coordenador do curso de relações internacionais das Faculdades Rio Branco, Gunther Rudzit.
No entanto, é uma área que envolve projetos bilionários e não pode ser alvo de desprezo por parte do futuro presidente da República. Quem tomar posse em 1º de janeiro de 2015, seja Dilma reeleita ou algum dos demais candidatos de oposição, terá diante de si uma pasta cujas dez maiores ações custarão ao governo aproximadamente R$ 115,8 bilhões.
Nesse pacote estão, por exemplo, a aquisição dos caças FX-2 da sueca Gripen, orçados em R$ 21,2 bilhões, mas cujo desembolso orçamentário mais robusto só deve acontecer a partir de 2016. Ou a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, no valor total de R$ 31,1 bilhões.
Gunther acredita que a ausência de ameaças externas concretas para o Brasil explica o fato de a área militar não levantar tanta preocupação de presidenciáveis e dos próprios eleitores. “As pessoas entendem que existem outras prioridades para gastar o dinheiro público”, completou o especialista no setor.
O Brasil gasta, em média, 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, o que representa, aproximadamente, R$ 72 bilhões. Cerca de 70% desse valor são consumidos com pagamento de pessoal. São 320 mil homens das Três Forças — Marinha, Exército e Aeronáutica —, incluindo militares da ativa, reservas e pensionistas — e manutenção das estruturas militares existentes.
No início de 2014, aproximadamente R$ 3,5 bilhões destinados a investimentos do Ministério da Defesa foram contingenciados, mas a expectativa é de que, até o fim do ano, R$ 2,5 bilhões retornem aos cofres da pasta.
O ministro Celso Amorim defende que o percentual seja elevado para algo em torno dos 2% do PIB — R$ 96 bilhões. Mesmo se as aspirações de Amorim fossem realizadas, ainda estaríamos abaixo da média dos gastos com segurança dos Brics — grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Excetuando-se chineses e russos, que têm gastos muito maiores, a média de orçamento dos demais integrantes do bloco é de 2,4% do PIB dos respectivos países.
Mesmo sendo o partido que comanda o país há 12 anos e tendo iniciado boa parte dos atuais projetos bilionários de reequipamento do setor, o PT não tem claro, no programa de governo da reeleição de Dilma, o que pretende fazer ao longo dos próximos quatro anos.
Procurado pelo Correio, o comando de campanha respondeu que “o programa registrado no TSE e divulgado pela coligação Com a Força do Povo reúne as diretrizes gerais das políticas que serão implementadas. As propostas estão sendo discutidas e aprofundadas em grupos temáticos que já realizaram mais de 300 reuniões plenárias em todo o país, cujas contribuições estão sendo sistematizadas para fechamento do programa de governo”.
O presidente do PSB, Roberto Amaral, também reconhece que são genéricas as menções às Forças Armadas no programa de Marina Silva. No texto, há a promessa de fortalecer e de modernizar Exército, Marinha e Aeronáutica para o cumprimento da missão constitucional de defesa da pátria, de garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da manutenção da lei e da ordem. “Mas precisamos nos atentar, sobretudo, à segurança de nosso litoral, do pré-sal, e do espaço aéreo do país”, completou Amaral
Responsável pela capítulo de segurança no programa do tucano Aécio Neves, Cláudio Beato reconhece que as menções, neste momento, são pontuais, mas que o PSDB dará mais atenção ao tema caso chegue ao Planalto. “Pretendemos fortalecer as ações de inteligência nas fronteiras, em conjunto com a Polícia Federal e com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin)”, disse.
FONTE: Veja – coluna do Ricardo Setti (reprodução d 11 de setembro a partir de texto de Paulo de Tarso Lyra publicado no jornal Correio Braziliense em 7 de setembro)
FOTOS em caráter meramente ilustrativo.
NOTA DO EDITOR: pedimos aos leitores um esforço para comentarem o texto, que relaciona temas de política, eleições e defesa, sem fazer propaganda e contrapropaganda política deste ou daquele candidato ou partido.
Não há para área de defesa mas, para que área eles tem alguma proposta de verdade? Aliás proposta essa que não seja um discurso bonito feito por marketeiros?
Ainda, nem adiantam propostas, precisamos de um pacto social para sair da inércia, e da possível recessão que o crônico e aparentemente eterno problema da infraestrutura precária não vai permitir avanços e nem frear a desindustrialização que começou na década de 80 que por sua vez não serão resolvidas com a péssima qualidade da educação básica/média, outra que até recebe mais atenção e $ do que a defesa mas, de tão mal utilizados e tão roubados, desviados fica a léguas de distância do ideal, e que não ajuda a formar cidadão, quando mal, são pessoas com alguma capacidade funcional pontual.
A RESPOSTA É BEM SIMPLES??? ISSO NÃO DÁ VOTOS.
Perfeito, Antonio M.
Só acrescento que é impressionante o baixo nível, tanto técnico quanto moral, de todos os candidatos à Presidência.
Há algo de muito errado na política brasileira para resultar em partidos e candidatos tão desqualificados, incompetentes e desonestos.
Se uma certa pessoa for candidata nas próximas eleições a presidente talvez eu consiga fazer chegar até ela os reclamos desta área e possamos dar algumas sugestões.
Não entendi Colombelli, a campanha tá na rua:
“…..for candidata nas próximas eleições a presidente….” ??
sim, carlos, uma que está se desenhando desde agora, mas que éstá concorrendo a outro cargo nesta eleição e em vista da qual tenho acesso.
Colombelli, Jacubão e demais amigos: que tal nós, aqui no blog, construirmos uma proposta e oferecermos aos presidenciáveis. Quando nada serve para provocar o debate.
E, quanto ao meio ambiente? Até acharia melhor que nada houvesse…
Dilma Rousseff (PT) – Código Florestal vira conquista ambiental no programa de Dilma Rousseff
Aécio Neves (PSDB) -Programa de Aécio defende Marco Regulatório da Mineração
Eduardo Campos (PSB) – Programa de Eduardo e Marina não descarta novas hidrelétricas
Eduardo Jorge (PV) – Proposta de Eduardo Jorge apoia ampliar produção de etanol
Luciana Genro (PSOL), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) – PSOL e PCB apresentam programas ambientais anticapitalistas
Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC) – Propostas da direita incluem construção de usinas atômicas
Caros Amigos do ForTe:
Quero Me Apresentar: Meu Nome é Diego de Miranda, 30 Anos, Do Rio De Janeiro. Agora, Off-Topic, Queria Sugerir Que Vocês (Se Já Não Fizeram – Se Sim, Coloquem o Link, Por Favor), Fizessem Um Comparativo entre os Sistemas Antiaéreos Que Estamos Por Comprar Na Rússia, e os Outros Existentes.
Muito Obrigado,
Diego de Miranda.
Caro Aldo,
Sou bastante cético em relação à temática do meio-ambiente quando tratada de forma “catastrófica” pelos verdes.
Mas estou repensando isso. Além do avanço irracional das fronteiras agrícolas sobre a Amazônia, o Brasil exporta trilhões de litros de água por ano, na forma de alimentos e celulose. E “água exportada” para o outro lado do mundo não irá chover aqui.
São Paulo já está sentido a falta de água. Tomara que eu esteja errado e seja só uma crise pontual, pois se não chover forte nos próximos meses, SP entrará em colapso em 2015.
Mas acho um pouco forçado chamar de direita o Eymael e Fidélix. Mesmo o pastor Everaldo tendo um discurso de direita, é bastante interessante notar que ele não é do metier e foi supostamente convertido ao “liberalismo econômico” há menos de dois anos.
Fora que mesmo tendo dezenas de partidos, nenhum deles é liberal-libertário.
Enfim, não bastasse a limitação intelectual dos candidatos e partidos, sequer temos a opção de votarmos em alguém que não tenha um certo viés estatista …
Tomara que o futuro candidato do Colombelli seja melhor que isso aí. Pelo menos, tenho certeza que ele não será um “socialista” rsrs.
Rafael, boa tarde.
Concordo parcialmente com a tua posição ambiental; não apoio os catastróficos, são os ecochatos, ecoxiítas… mas…
Se o candidato do Colombelli retirasse a posição contrária ao Exame de Ordem, não sei se, agora, ele não estaria sendo referido; ele seria o meu candidato.
Boa tarde, Aldo.
Pois é. Não gosto dos ecochatos. Mas eles têm um pouco de razão…
E agora fiquei curioso para saber quem é o candidato do Colombelli, até passei no blog dele ver se tinha alguma pista rsrs.
É uma candidata. Não sei se um dia ela será candidata a presidência, mas não é de se descartar. Com esta eu teria pleno acesso pra chamar a atenção para a defesa.
Colombelli,
Ana Amélia ?
Mesmo quanto ao problema da água sou um pouco cético pois falando historicamente as medições seriam um tanto recente (menor índice de chuvas em 50, 60 anos ….) então será que já não havia problemas assim, 100, 200 anos atrás?
Eu creio que um grande “paradoxo” se assim pode-se dizer é que no caso de São Paulo, a ampliação do sistema Cantareira que é um dos maiores do mundo foi feita entre 1966 e 1976 ou seja plena ditadura militar. E se não tivesse sido feito? Se não, já estariamos “passando sede” a muito mais tempo então, se aquela época foi possível antever e implementar tal programa, o que acontece hoje em dia em nada é possível, ninguém sabia e se não acabam fazendo tudo se não feito a toque de caixa na baso do “emergencial” vão empurrando com a barriga?
Não se trata da defesa de uma ditadura ou coisa assim mas, cadê os que se mostravam defensores da democracia, da participação popular, que condenavam as obras desse porte e que a muito já ocupam o poder? Quanto gastaram nessa copa do mundo que poderia ter sido gasto na infraestrutura atacando esse tipo de problema mais prioritário, aliás, o que é prioridade nesse país?
Não creio que tenhamos maiores problema com a água, se investiream pois há fontes, a meios de tratá-la, de cuidar, de intruir as pessoas mas, acho que como naquela época tem é muito mais gente querendo se promover para poder abocanhar um naco do poder, satisfazer seu ego e bolso sem fazer mais nada pela nação ……
Correção: “…o que acontece hoje em dia que nada é possível, ninguém sabia e, se não acabam fazendo tudo a toque de caixa na base do “emergencial” vão empurrando com a barriga? …”
Ah, lembrando que esse tipo de obra como a Cantareira, Itaipu etc eram veementemente condenadas em boa parte pela cambada que hoje está no poder, mas se não fossem por elas ……..
Tá faltando água na casa do Antonio …. rs.
Caro Antonio M,
Sim, o clima mudou muito no mundo, inclusive com eras glaciais em tempos que a influência do homem era quase zero. Mas isso também não implica em concordar que a influência humana não traz prejuízos climáticos.
Também não vejo paradoxo. Numa ditadura é muito mais fácil fazer grandes obras do que numa democracia. A China faz o que bem entende. No Brasil, a quantidade de órgãos que podem atrapalhar uma obra é enorme e em todas as áreas.
De qualquer forma, é notório que em 20 anos de democracia a capacidade instalada de geração de energia elétrica aumentou muito mais do que nos 20 anos de ditadura. Digamos que o marketing dos militares era melhor, pois a visibilidade de Itaipu é muito maior do que dezenas de hidrelétricas e termelétricas menores e que, juntas, produzem mais energia que ela.
Aliás, nosso atual governo adora esse tipo de marketing e tenta fazer igual a qualquer custo. Aquela coisa de Brasil Potência, empresa estatal, sou brasileiro e não desisto nunca, etc.
Sobre a busca de água, temos que levar em conta que ela tem que ser buscada cada vez mais longe, o que demanda obras maiores e mais complexas. Fora que não foi só a região metropolitana de São Paulo que cresceu. O interior também cresceu, o que limita a busca de água em outros mananciais, dada a “competição”.
Creio que um grande problema de SP é que a água que chove na cidade é muito pouco aproveitada (só na região sul, praticamente). O resto vai parar no imundo rio TIetê. Esse é um problema local que poderia ser resolvido.
Fora que as áreas de manancial de SP são ocupadas por favelas e mansões, prejudicando a qualidade da água. Outro problema local resolvível.
E tem a questão do desperdício, do furto de água (pobres e ricos), etc.
Enfim, São Paulo é um exemplo de falta de planejamento e desorganização que não deve ser seguido por qualquer município.
A Cantareira só vai ser feliz quando, a par de tudo o que foi anunciado, o microclima do ecossistema for recuperado, um pouco que seja: milhares e milhares de árvores nativas plantadas no entorno do complexo. Querem apostar?
Caro Aldo,
Da Serra da Cantareira “para cima”, incluindo o sul de MG, é uma região relativamente preservada, inclusive com dois parques estaduais. As maiores cidades são pequenas: Atibaia e Bragança Paulista. Até há agricultura na região, mas não acho que possa ser considerada uma região degradada.
O problema mesmo é a Região Metropolitana de SP… um monstro de concreto. A menos que seu plano seja criar áreas verdes nessa região, o que me parece bem inviável economicamente nesse momento.
Rafael Oliveira
16 de setembro de 2014 at 16:36 #
Caro Rafael excelentes colocações mas existe um paradoxo sim, pois uma ditadura tenderia até a errar mais do que errou, e uma democracia devido a maior participação de todas as área da sociedade deveria haver muito mais acertos do que estamos vendo.
Nem mesmo na educação estamos tendo uma evolução decente, na infraestrutura é o que já foi dito.
E voltando à água, caso de São Paulo, mesmo a captação em outros locais mais distantes não se faria tão necessária com melhores e maiores investimentos na rede de distribuição, captação, reuso e tratamento pois a Sabesp perde quase 40% da água tratada e trata apenas de 50% do esgosto. E isso em São Paulo, imagine em outras partes do páis.
Somos um país que usa água fluoretada na privada! Já existem meios seguros de que a água da privada seja de outra origem usando água de reuso, e não potável. Bem como a água usada em máquinas de lavar residênciais, onde já existe tratamento que aproveita 95% da água novamente para a lavagem.
Então a tal catástrofe anunciada é muito usada por um pessoal que precisa se promover. Um pouco mais de compromisso por parte dos governantes resolveria muita coisa.
abçs.
Ah, e quanto à água novamente, Nova York é um monstro de concreto maior e mais voraz que São Paulo e não estão passando pelo mesmo problema, precisam e investem em soluções enquanto por aqui chegam a colocar a culpa em São Pedro …
abç
Rafael, boa tarde.
A água que está disponível é a mesma que está disponível há milênios e que, em termos de Cantareira, infelizmente, anoiteceu e não amanheceu.
Falei em ecossistema; não falei na Serra da Cantareira (que não está tão preservada assim) e nem no seu entorno, que não está preservado, antes me referi ao Sistema Cantareira (captação e tratamento de água).
Porque não chove na área? Vejo que o problema é tópico… SMJ, vejo a imensa falta de umidade, pela ausência de árvores, que gera a consequencia da incapacidade da natureza completar o ciclo hidrológico.
O ponto de orvalho deve estar quase inexistente e as precipitações se inviabilizam.
Vislumbro a possibilidade de chuva ácida, que vai despencar bem longe desta área… tem tudo p’rá isso.
Sim, concordo parcialmente contigo quanto aos custos de uma recuperação das florestas do ecossistema, mas não quanto à impossibilidade, pois em se tratando de São Paulo, o impossível ambiental (no bom sentido) não existe.
Antonio M, boa tarde.
Boa a tua colocação também, mas penso que fica muito difícil comparara a situação de NY com o que se passa em SP.
NY é um monstro de concreto, sim!, mas com novaiorquinos em cima; com educação ambiental, com grande e eficiente fiscalização ambiental, com parcerias entre a prefeitura e todo o seu entorno, com leis rígidas CUMPRIDAS e com exemplar punição para o descumprimento da lei.
E em SP?
NOTA DOS EDITORES:
SENHORES (AOS DIVERSOS COMENTARISTAS ACIMA, E NÃO A ESTE EM ESPECIAL), O PROBLEMA DA FALTA DE ÁGUA NO SUDESTE, GRANDE SÃO PAULO, URBANIZAÇÃO, SECA, ETC É MUITO IMPORTANTE, MAS PASSA LONGE DO QUE É O ASSUNTO DA MATÉRIA.
JÁ FOMOS TOLERANTES O SUFICIENTE COM A SAÍDA DO TÓPICO. SOLICITAMOS QUE VOLTEM AO FOCO.
NOVOS COMENTÁRIOS FORA DO TÓPICO SERÃO APAGADOS, SEM MAIS AVISOS.
Antonio M e Aldo,
Obrigado pelas informações e opiniões.
Peço desculpas aos editores.
Abraços!
wwolf22
18 de setembro de 2014 at 9:21 #
Creio que sejam estudos “rotineiros” das FAs americanas, visando conhecimento e atualização em guerra assimétrica, que é o cenário atual na maior parte do mundo. E até podem estar “estudando por aqui” por causa dos rumos políticos com o bolivarianismo, narco-tráfico e demais ramificações do crime organizado como pirataria de produtos, biopirataria etc pois geram um grande impacto econômico mas com a economia globalizada, não vejo muito interesse simplesmente em invasões territoriais com força bruta, é caro, dispendioso e de manutenção complicada.
Se quiserem acabar com o Brasil basta um único bombardeio em Itaipu .