Entidades e ex-assessor de Lula pedem a cabeça do Comandante do Exército
Parentes de mortos na ditadura pedem a Dilma demissão do general Enzo Peri
Parentes de mortos e desaparecidos políticos na ditadura, veteranos opositores do regime instaurado em 1964 e entidades de defesa dos direitos humanos enviaram uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff reivindicando a demissão do comandante do Exército, general Enzo Peri.
Os signatários protestam sobretudo contra a circular emitida pelo general-de-exército restringindo ao seu gabinete o fornecimento de informações sobre o período 1964-1985, numa decisão que dificulta a apuração de órgãos oficiais sobre crimes de Estado ocorridos naquela época.
A revelação sobre a difusão do documento ocorreu no dia 22 de agosto, pelo repórter Chico Otávio (leia aqui).
O blog está aberto à manifestação de Dilma e dos demais candidatos à Presidência. O que pensam sobre a exigência de exoneração do comandante do Exército? Como decide a presidente e o que os outros candidatos fariam em seu lugar em relação à lei do silêncio imposta pelo general Enzo Peri?
Abaixo, a reprodução da carta aberta:
Carta aberta
À Excelentíssima Senhora Presidenta da República
DILMA ROUSSEFF,
Senhora Presidenta,O general Enzo Peri, comandante do Exército, acaba de afrontar os poderes da República, aos quais deve obediência. O general encaminhou a todas as unidades do Exército uma ordem ilegal, segundo a qual nenhuma delas deve fornecer informações requisitadas por órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) ou outros interessados, cabendo exclusivamente ao gabinete do comandante decidir sobre as respostas.
Portanto, o general Enzo está zombando do ordenamento jurídico, que dá ao MPF a prerrogativa de investigar. Pior ainda, Presidenta Dilma.
O general Enzo está zombando dos brasileiros, incluindo a comandante em chefe das Forças Armadas, a Presidenta da República, que sancionou a lei que criou a Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Mas há um agravante nessa história, Presidenta Dilma. É que o general Enzo é reincidente.
Como Vossa Excelência deve recordar, ainda no governo Lula o general foi um dos pivôs de uma grave crise política, em 2009, ao acompanhar o ministro Nelson Jobim, da Defesa, num verdadeiro motim contra o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Jobim e os comandantes militares ameaçaram demitir-se caso o presidente não alterasse o PNDH-3, retirando dele modestos avanços democráticos relacionados à revogação da Lei da Anistia e à investigação dos crimes da Ditadura Militar. Infelizmente, o presidente Lula cedeu à chantagem e preferiu mutilar o PNDH-3.
Já no atual governo, mantido no cargo apesar da rebelião antidemocrática que encabeçou, o general Enzo mantém-se na linha da resistência ativa à CNV e às políticas de direitos humanos da Presidência da República. Deu suporte às seguidas negativas e embaraços criados aos pedidos de documentos feitos pela CNV às Forças Armadas.
Mais recentemente, em gesto que chocou a consciência democrática, ademais de humilhar os familiares das vítimas e os ex-presos políticos, o comandante do Exército passou da resistência dissimulada ao escárnio, ao endossar os debochados resultados da “sindicância” realizada a pedido da CNV a respeito das instalações militares que, sabidamente, notoriamente abrigaram aparatos de tortura e execução de presos políticos durante a Ditadura Militar.
Diante desses fatos, Presidenta Dilma Rousseff, só nos resta exortá-la a demitir o general Enzo Peri, para o bem da democracia e da sociedade brasileira.
Não é admissível que alguns generais continuem asfixiando a democracia brasileira. Não é razoável que chefes militares continuem zombando da luta por memória, verdade e justiça sem que sejam punidos. O que está em jogo é a democracia e o futuro do Brasil!
Presidenta Dilma, reafirme a soberania popular: demita o general Enzo.
Em 28 de agosto de 2014 – 35 anos da votação da anistia
Assinam:
CDH e Memória Popular de Foz do Iguaçu
Coletivo Catarinense Memória, Verdade, Justiça
Coletivo Contra a Tortura
Coletivo Merlino
Coletivo MVJ João Batista Rita de Criciuma – SC
Coletivo pela Educação, Memória e Justiça – RS
Coletivo Político Quem
Comissão da Verdade de Bauru “Irmãos Petit”
Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF)
Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos
Comitê Catarinense Pró Memória
Comitê Popular de Santos por Memória Verdade e Justiça
Comitê Verdade, Memória e Justiça de Pelotas e Região
Fórum de Reparação e Memória do RJ
Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do ES
Grupo Tortura Nunca Mais Rio de Janeiro – GTNM/RJ
Instituto de Estudos da Violência do Estado – IEVE
Movimento Camponês Popular – MCP
Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) Nacional
Movimento Nacional de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul (MNDH-RS)
Movimento Reforma Já
Núcleo de Preservação da Memória Política
Rede Brasil – Memória, Verdade , Justiça
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Adilson Oliveira Lucena
Alberto Henrique Becker
Alessandra Gasparotto
Aluizio Ferreira Palmar
Álvaro Okura
Amanda Brandão
Ana Bursztyn Miranda
Ana Maria Muller
André Nin Ferreira
Ângela Mendes de Almeida
Ângela Telma Lucena
Antonio Carlos Fon
Aton Fon Filho
Benardo Kucinski
Carlos Gilberto Pereira – Carlão
Carlos Lichtsztejn
Carlos Roberto Pittoli
Carlos Russo Jr.
Cecília Boal
Cecília Coimbra
César Augusto Teles
Claudio Antonio Weyne Gutierrez
Clélia de Mello
Cloves de Castro
Criméia Alice Schmidt de Almeida
Cristina Rauter
Damaris Oliveira Lucena
Danilo Morcelli
Darci T. Miyaki
Denise Oliveira Lucena
Derlei Catarina De Lucca
Dr. Emilio Peluso Neder Meyer
Dulce Maia de Souza
Edson Luis de Almeida Teles
Eliana Rolemberg
Eliete Ferrer
Elizabeth Silveira e Silva
Elza Ferreira Lobo
Elzira Vilela
Emilia Eiko Kita Lopes
Enrique Serra Padrós
Fátima de Oliveira Setubal
Felipe Carvalho Nin Ferreira
Felipe Nin Ferreira
Fernando José Maia da Silva
Francisco Carvalho Junior
Francisco Celso Calmon Ferreira da Silva
Galiazzo Pimentel
Gilberto Carvalho Molina
Graziane Ortiz Righi
Helenalda Resende de Souza Nazareth
Heloisa Fernandes
Igor Grabois
Ivan Akselrud de Seixas
Jailson Tenório dos Reis
Janaina Athaydes Contreiras
Janaína de Almeida Teles
Janne Calhau Mourão
João Carlos Schmidt de Almeida Grabois
Jocimar Souza Carvalho
José Carlos Moreira da Silva Filho
José Keniger
Jose Luiz Saavedra Baeta
José Reginaldo Veloso de Araújo – Padre Reginaldo Veloso
José Roberto Torres de Miranda
Laura Petit da Silva
Lorena Moroni Girão Barroso
Lucia Vieira Caldas – Lucinha Alves
Manoel Cyrillo de Oliveira Netto
Marcelo Chalréo
Marcia Curi
Marcio Gontijo
Maria Amélia de Almeida Teles
Maria Carolina Bissoto
Maria Coleta Oliveira
Maria Consuelo Porto Gontijo
Maria Lygia Quartim de Moraes
Maria Madalena Prata Soares
Marília Kayano Morais
Marta Moraes Nehring
Miguel Nin Ferreira
Nei Tejera Lisboa
Nicolau Bruno de Almeida Leonel
Noeli Tejera Lisboa
Pádua Fernandes
Paulo Cesar Ribeiro
Paulo Nin Ferreira
Paulo Santos Gonçalves
Pe. Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, jesuita
Pedro Casaldàliga Pla
Pedro Estevam da Rocha Pomar
Pedro Nin Ferreira
Ramiro Nodari Goulart
Raquel Britto
Raul Carvalho Nin Ferreira
Raul Elwanger
Regina Merlino Dias de Almeida
Renan Quinalha
Ricado Kobaiashi
Ricardo Rezende Figueira
Risomar Fasanaro
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo
Rodrigo Nin Ferreira
Rosalina Santa Cruz
Ruy Guimarães
Sérgio Pestana
Sonia Maria Haas
Suzana Keniger Lisbôa
Tatiana Merlino Dias de Almeida
Terezinha Souza Amorim
Thais Barreto
Umberto Trigueiros
Valter Pomar
Vera Vital Brasil
Victória Lavínia Grabois Olímpio
Vivian Mendes
Wolf Hornke
Yara Maria Moreira de Faria Hornke
Yuri Rosa de Carvalho
FONTE: Blog do Mario Magalhães
Serão divulgados, não necessariamente pela Trilogia, os documentos oficiais de responsabilidade do General com essas proibições etc?
Me desculpem, mas, o que esse pessoal tem na cabeça?
Faz quase 30 anos que o Regime militar foi derrubado e tem gente que ainda quer vingança?
Tem pessoal ai que nem sequer viu um militar durante a Ditadura e quer se vingar pelos familiares. Acho isso errado.
Faz 30 anos, provavelmente todos já se arrependeram e a maioria já morreu. Vivemos agora em uma Democracia, não mais ditadura. Esqueçam o passado e vamos construir um futuro.
Estudei durante onze anos(tenho 18) e sabem o que aprendi sobre a ditadura? Matança, opressão, sofrimento, cativeiro, etc. Nunca me ensinaram o que teve de bom ali, o lado econômico, os planos de crescimento, os projetos…
Estavam errado e fazer aquilo com a população? Sim estavam, certamente, mas já foi.
Meus avós viveram durante a ditadura mas nunca sequer levaram uma chibatada, não aprontavam.
Só meu ponto de vista. Posso estar errado.
E não foi à toa que a comissão da meia-verdade está incubida de investigar somente os agentes do Estado. Mas os chefes militares deveriam mesmo por o dedo na ferida e liberar mesmo, inclusive e principalmente os que provam as traições dos “não agentes do Estado” mas não o fazem pois a maioria deles ocupam cargos importantes no governo e nos seus partidos de sustentação.
Wellitom Villain, exatamente essa a posição do bom senso. A ditadura, se assim tivesse sido, não teria aberto espaço para estes “sobreviventes” alçarem o topete do jeito que estão fazendo, mentindo e impondo essa mentira. Quem viveu a época sabe que a situação foi de reação. Não houve golpe, houve contra-golpe. O golpe que estava em andamento era perpetrado pelo Jango e pelo Brizola. Essa gente que hoje se beneficia dos cofres públicos foi quem obrigou a implantação do estado de exceção que vivemos. Havia dinheiro, segurança, saúde, trabalho, respeito, educação, patriotismo. Eles voltaram -com o beneplácito da ‘ditadura (!)- e detonaram com o país do jeito que bem se pode ver. O Lula, alhures disse que ‘vamos fazer pelo voto o que não pudemos fazer com as armas’. Estamos trotando para o padrão Cuba… o país pobre e detonado e os ‘comandantes’ podres de ricos. Impunidade, insegurança. ignorância, zero saúde… demissão de cidadania!
Até quando o EB vai aguentar isso? Esta na hora de alguem tomar as rédeas da situação. Que falta faz um Newton Cruz para escurraçar esta camarilha vermelha.
A verdade e seu conceito é um dos mais tormentosos problemas da filosofia. Uma coisa porém é certa. a verdade antagoniza com conclusão a priori e adrede condicionadas. Investigar um lado só é conduzir a uma conclusão preordenada. Comissão da meia verdade é comissão da mentira, da falácia e da inutilidade, pois há um alei de anistia.
Conhecendo algum pouco de Direito lhes afianço que todos estes que estão tendo seus nomes achincalhados por estes marionetes, poderão se voltar contra a União postulando dano moral, com base na lei de anistia e artigos 5º, incisos X e XXXVI, e 37, parágrafo 6º, da CF/88.
Por que não se investigam os atos de dilma, genoino, dirceu e outros no período e os mais de cem mortos do lado do governo e inocentes?
Caro Colombelli, nós ex militares, sabemos muito bem o qeu toda esta bagacerada, esta gentalha, esta turba de preguiçosos e vadios querem, não sabemos?
Claro que smi, eles querem uma indenizaçãozinha perpétua para não precisarem trabalhar, para poderem ficar pelos botescos tomando uma “bereja”, fumando uma maconha, viajando para o exterior, inclusive na terra de satã, Miami, para comprar badulaques, porque eles, assim com os que estão no poder não querem é trabalhar….
A farra das indenizações “bunda penguim” porque levou um “tapa nazorenha” está com os dias contados, esta turma e mais aquela ordinária da Mario do Rosario vão ganhar uma passagem só de ida para Cuba sem “borsa” .
Grande abraço….
Será que na atual conjuntura a presidente irá tomar uma decisão que irá antagoniza~la em relação as forças armadas?
Eu imagino que ele o fará, mas aproveitando sua reeleicão, e uma eventual renovação do ministério.
Se perder a eleição, o assunto ficará resolvido
automaticamente.
PERGUNTO:
1.- Lei de anistia está em vigor ou foi revogada ?
2.- Faltam cerca de 100 assinaturas ai em cima.
Somente para citar um nome:
Mario Kozel Filho
Os pais dele receberam $$$ alguma indenização ?
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Kozel_Filho
Vagabundos sem serviço. Nada que uma estadia numa roça montados numa enxada de sol a sol não cure.
Definição irretocável
Aonde assino ?