Otan afirma que mais de mil soldados russos combatem na Ucrânia

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ClippingMais de mil soldados russos combatem atualmente em território ucraniano e principalmente na zona de Novoazovsk, informou nesta quinta-feira um dirigente militar da Otan, que classificou a situação de muito preocupante. “Muito mais de mil soldados russos combatem atualmente na Ucrânia. Eles dão apoio aos separatistas, lutam junto a eles” contra as forças armadas ucranianas, afirmou durante uma coletiva de imprensa no centro de comando das forças aliadas na Europa (Shape) em Mons (oeste da Bélgica), acrescentando que se trata de uma estimativa muito prudente.

Estes soldados, que muitas vezes não usam insígnias, são reconhecíveis pela sua conduta, de “militar profissional”, assegurou, insistindo que há cada vez mais informações que circulam publicamente sobre soldados russos mortos nos combates. “Eles operam equipamentos sofisticados, aconselham os separatistas e os soldados avançam até 40 ou 50 km em território ucraniano”, descreve este oficial. Kiev afirmou neste quinta-feira que tropas russas tomaram o controle da cidade fronteiriça de Novoazovsk e denunciou uma “invasão direta” do país.

“Desde segunda-feira, assistimos novas incursões perto de Novoazovsk”, o que cria uma “nova frente às forças ucranianas”, e que, portanto, os coloca “em uma situação terrível”, disse o membro Otan. Estas tropas russas podem subir desde Novoazovsk para o norte e em torno de Donetsk, reduto dos separatistas pró-russos cercado pelo exército ucraniano, ou para oeste e a Crimeia, anexada pela Rússia em março. Segundo ele, “a Rússia tentará agora congelar o conflito, prolongar o conflito, para garantir que a Ucrânia tenha dificuldades em se manter”. O oficial garantiu ainda que a “escalada significativa das operações militares russas” nas últimas duas semanas está “diretamente relacionada ao sucesso das operações militares ucranianas” contra os separatistas, que “encontraram-se sob pressão”.

Ele indicou que “desde meados de agosto, as forças russas estão envolvidas ativamente nos combate”, e estima em cerca de 20 mil o número de soldados mobilizados ao longo da fronteira russo-ucraniana. Além disso, a qualidade dos equipamentos (tanques, blindados, artilharia…) fornecidos pela Rússia aos rebeldes “aumentou ainda mais em volume”.

FONTE: AFP

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Ivan
Ivan
10 anos atrás

http://www.abc.net.au/news/linkableblob/5297958/data/ukraine-ethnic-divide-data.png

Este mapa aponta para a área que a Rússia tem interesse.

Alegadamente por ser uma região com grande presença de russos étnicos (sic) ou simplesmente russófonos, mas que na verdade isola a Ucrânia do Mar Negro e cria uma passagem por terra até a Criméia e a Transnístria. na Moldávia.

Os russos vem usando a arma demográfica a séculos.

Inicialmente na Criméia a partir de 1783 com Catarina a Grande, mas principalmente no século XX com o manto da URSS, com emigração de russos para as repúblicas vizinhas onde tinham interesses.

Foi assim com a Ucrânia, Lituânia, Letônia, Estônia e algumas repúblicas asiáticas. Até para a Moldávia foram enviadas famílias russas para colonizar.

Curioso é a esta mesma arma está sendo preparada contra a Rússia em sua fronteira leste e sudeste. São vários milhões de chineses que estão atravessando a fronteira e se estabelecendo em território russo. Um dia vão alegar que precisam defender os chineses étnicos em terras russas. E aí vão provar do próprio remédio.

Sds.,
Ivan.

Ivan
Ivan
10 anos atrás

Combates em Novoazovsk

O combate agora é contra tropas russas, conforme informes da impressa europeia.

http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=1420

Novoazovsk é uma cidade ucraniana a 14 km da fronteira com a Rússia, no litoral do Mar de Azov. O próximo passo, seguindo a costa, é tomar o porto e cidade de Mariupol, se aproximando da Criméia e fechando totalmente o referido mar interno com inteiramente russo.

Sds.,
Ivan.

Ivan
Ivan
10 anos atrás
Rogério
Rogério
10 anos atrás

E o Brasil vai chamar seu embaixador em Moscou para consultas??? 😀

Soldat
Soldat
10 anos atrás

Por mas que eu esteja com o vírus ameracanizoides, uma vez eu disse quando o Urso Invadi de vez os Âmis e Ingleses e Franceses não faraó NADINHA….

Pobre Ucrânia……

Rogério
Rogério
10 anos atrás

Não, não faram nada isso é fato…..

Pangloss
Pangloss
10 anos atrás

Soldat, qual é a sua proposta para a crise?

Guerra nuclear para defender a Ucrânia?

Seria uma solução inteligente?

De volta ao mundo real: será que os interesses ocidentais na Ucrânia superam os interesses ocidentais na Rússia?

Ivan
Ivan
10 anos atrás

Soldat e Rogério,

Os yankees já estão fazendo um ‘bocado de coisas’.

Embargo econômico dos EUA não é brinquedo não.
Quem o sofre deixa de ganhar muito dinheiro, cubanos que o digam.

Pressão diplomática também é séria e, diferente de outros, não é intempestiva… é p’ra valer.

Mas entrar em conflito armado já são outros tantos.

A Ucrânia não faz parte da OTAN.

Lembra que Lituânia, Letônia e Estônia, todas ex-repúblicas soviéticas (na verdade nações ocupadas) ao se libertar do julgo de Moscou trataram de entrar rapidonho para a OTAN. Está aí o motivo da ação, que na época foi considerada por muitos precipitada, desnecessária e provocativa.

Uma das questão graves nesta crise, que não vai passar desapercebida, é que existe um acordo (Memorando de
Budapeste) em que garantia a integridade territorial da Ucrânia com a entrega de suas armas nucleares, e adesão ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

O texto da Wikipedia nacional:
O Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança é um acordo político assinado em Budapeste, Hungria, em 5 de dezembro de 1994, oferecendo garantias de segurança por seus signatários com relação à adesão da Ucrânia ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O Memorando foi originalmente assinado por três potências nucleares: a Federação Russa, os Estados Unidos e o Reino Unido. China e França mais tarde deram declarações individuais de garantia também.

O memorando inclui garantias de segurança contra ameaças ou uso da força contra a integridade territorial ou a independência política da Ucrânia, assim como as da Bielorrússia e do Cazaquistão. Como resultado, a Ucrânia cedeu o terceiro maior arsenal de armas nucleares do mundo entre 1994 e 1996.

Durante a Crise da Crimeia de 2014, os Estados Unidos afirmaram que o envolvimento russo é em violação das suas obrigações para com a Ucrânia no âmbito do Memorando de Budapeste, e em clara violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia.

E agora?

O ideal de um mundo com menos armas nucleares foi “p’ro saco”, quem tiver suas nukes que se garanta.

Simplesmente terrível para a humanidade.

E há mais.

A arma demográfica.

Sob a justificativa de supostamente proteger esta ou aquela etnia se tenta justificar o ataque a um país, uma nação e, inclusive a outras etinias.

Sim, pois como ficam os ucranianos étnicos de Donentisk e Lugansk. Ou os tártaros (que sobraram) na Criméia…

Sds.,
Ivan.

Ivan
Ivan
10 anos atrás

Pangloss,

A questão maior é em relação a Moscow:

Será que a Rússia tem o direito de atacar veladamente ou não um país independente e que, até ontem, era um parceiro e aliado?

Será que Putin tem o direito de levar o povo russo contra o povo ucraniano, quando estes eram até ontem… ops, ainda são… amigos e quase irmãos? Tudo bem, primos para não ser piegas demais.

Será que os vizinhos da Rússia podem ficar eternamente ameçados das manobras moscovitas?

No mundo real é melhor perder negócios que perder os princípios.

Se os yankees fizerem “vista grossa” o prejuízo será muito maior que alguns negócios com petróleo ou titânio. Até mesmo os franceses, que sempre se encantaram com alinhamentos e negócios independentes com os russos estão recuando com esta administração.

Ainda mais.

Sabe que mais perde com um conflito entre Kiev e Moscóu?

Eles mesmos.
Pois suas indústrias são complementares e seus produtos de consumo e produção, russos e ucranianos, só tem competitividade para vender entre eles mesmos, os ex-soviéticos.

Quando a Criméia caiu muitos afirmaram, inclusive eu, que a crise tinha apenas começado.

Ali era a hora dos russos firmarem a posição e buscarem se acertar com os ucranianos. Mesmo sem a Criméia seria possível para Kiev manter relacionamento com Moscou. Agora tenho minhas dúvidas.

Sds.,
Ivan Ivanovich.

Pangloss
Pangloss
10 anos atrás

Ivan,

Eu talvez esteja completamente enganado, mas não vejo qualquer perspectiva de melhoria no quadro da Ucrânia.

O que o Putin busca, na minha opinião, é manter a Ucrânia como uma zona-tampão entre suas fronteiras e a UE

Caso o oeste ucraniano penda para o lado europeu, o Putin buscará a secessão ucraniana, separando o leste do país de Kiev, sem anexá-lo (como aconteceu na Criméia, onde fatores históricos incidiram de forma diferente) – pois tal anexação redundaria na formação de uma linha de fronteira entre a UE e a Rússia, nessa hipótese.

E essa virilidade toda do Putin, no fundo, só reflete que a Rússia está dando seu canto de cisne como ator de maior grandeza no concerto das nações. Ele está jogando para o público interno, reforçando sua imagem de macho-alfa dominante, predador por natureza.

Mas, se o Ocidente tiver a dignidade de estabelecer sanções rígidas e rigorosas contra aRússia, o torniquete vai apertando, apertando, e logo a Rússia estará asfixiada economicamente.

E, faltando vodka na caveira, o russo médio logo se perguntará por que aquele palhaço que os governa (?) continua procurando briga com todo mundo, o que corroerá rapidamente sua legitimidade – se é que algum dia ele teve alguma.

Soldat
Soldat
10 anos atrás

Pangloss.

1-Qual é a sua proposta para a crise?

R:Entregar Donetsk e Lugansk de vez aos Russos se não quiserem perde a metade da Ucrânia.

2-Guerra nuclear para defender a Ucrânia?

R: A 3 guerra mundial vai vir de qualquer maneira isso é fato no futuro não tem volta agora se vai ser por causa da Ucrânia vai depender dos Âmis e seus Aliados.

3-Seria uma solução inteligente?

R: O que sera uma solução Inteligente nesse caso? minha resposta e opinião está na 1 pergunta e a sua?.

Voltando ao mundo real os Âmis não querem uma guerra com a Russia e pôr isso entregarão a Ucrânia que nem eles fizeram na 2 guerra mundial com a Polônia e os países da Europa oriental.

Enfim não acredito que a Elite financeira internacional(apátridas) vá querê ir para guerra total contra a Russia por causa da Ucrânia.

Afinal a Ucrânia não é Israel.

Pangloss
Pangloss
10 anos atrás

Soldat,

Acho que minha resposta ao Ivan (às 14h08) já atende às suas indagações.

Repito: não creio que a Rússia vá anexar território ucraniano (excetuada a situação sui generis da Criméia, que já é fato consumado), mas pode ocorrer a divisão do território da Ucrânia.

Concordo contigo sobre a inexorabilidade da 3ª Guerra Mundial. Resta sabercomo e quando será travada, e entre quem. Particularmente, não vejo a Rússia em condições de assumir papel principal em um conflito desses, e acho que isso seria péssimo para os próprios russos.

O que eu acho mais provável é um conflito generalizado entre fanáticos islâmicos e aqueles que são sempre ameaçados por seus atos terroristas – o que inclui tão somente os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, UK e França) e outras potências nucleares não declaradas, como Israel e a Índia. Para não falar dos próprios governos dos países de maioria islâmica, como a Síria, o Líbano, o Iraque e até mesmo a teocrática Arábia Saudita.

Solução inteligente: confisco imediato e total dos ativos russos relacionados ao Putin e a toda máfia plutocrata que o sustenta. O problema passaria por Londres, onde os magnatas russos depositam o produto de sua rapacidade.

Entrega de territórios ao final da II Guerra Mundial: pode-se inverter sua premissa, e chegaríamos à conclusão de que o Exército Vermelho estacionou e permitiu a dominação capitalista em boa parte do globo terrestre.

Ucrânia e Israel: esclareça melhor o ponto, acho que ficou fora de contexto.

Sds.

Soldat
Soldat
10 anos atrás

Foi mal….

O que eu quis dizer é os EUA só entrariam em guerra total nuclear por Israel e nenhum outro!!!

Pangloss
Pangloss
10 anos atrás

Soldat,

Os EUA honraram os compromissos assumidos com a Coréia do Sul, Japão, Europa Ocidental, etc.

Quando intervieram na Península Coreana, foram criticados.

Quando perderam vidas e recursos materiais no Vietnã (sem sucesso), foram criticados.

Quando intervieram na Líbia (mais de uma vez), foram criticados.

Quando intervieram no Iraque (em 1991 e 2003), foram criticados – sendo que, na última oportunidade, valeram-se de um argumento furado, quando sobravam motivos idôneos.

Quando intervieram nos Bálcãs, foram criticados.

Quando intervieram na Somália, foram criticados.

Quando intervieram por meio de interpostos agentes (Afeganistão, Nicarágua, Colômbia, etc.), foram criticados.

Quando permaneceram inertes (Síria, Ruanda, Ucrânia), foram criticados.

Não se pode negar a coerência aos críticos dos EUA: haja o que houver, sob qualquer circunstância, eles sempre apontam o mesmo culpado, não é mesmo?

Fique livre para sustentar a sua opinião, mas eu espero que essa cruz que você exibe em seu gravatar não lhe faça criticar os EUA por intervirem na I e na II Guerras Mundiais.

Ivan
Ivan
10 anos atrás

Porque APENAS os yankees são cobrados por uma atitude mais forte. Logo eles que são acusados de se meter em tudo que é encrenca ao redor do globo.

O problema é maior para os europeus, mas estes ainda estão ainda perplexos ao descobrir que o Urso ainda tem garras, continua faminto e está logo ali, depois da Polônia e da Finlândia.

Quanto a opção 1 do amigo Pangloss esqueçam…
Seria uma demonstração de fraqueza e só incentivaria aos radicais do Kremlin a avançar nas conquistas.

Observem o que aconteceu na Criméia.
Os russos usaram táticas de guerra de 4ª geração, tomaram (ou retomaram) a estratégica península e ficou por isso mesmo. Kiev protestou, Washington acusou mas não houve ação efetiva para uma retomada.

O passo seguinte foi Donetsk e Lugansk, onde havia uma base paramilitar pronta para uso. As forças ucranianas obviamente estão lutando para deter ali, na fronteira, pois sabe bem que entregando esta parte do território outros vão cair.

Putin e seu governo foram incompetentes ao ignorar os sinais de uma nova onda laranja na então subserviente Ucrânia. Os velhos falcões do Kremlin não gostaram e a cabeça do ‘Vladimir’ começo a ser observada como alvo a ser cortado…
A saída do grupo ‘putiniano’ é endurecer o jogo contra o “inimigo” externo para manter o interno quietinho.

Então ouso afirmar que o objetivo agora é maior, é todo o leste e sul da Ucrânia, de Kharkiv a Odessa, negando um litoral para Kiev, transformando o Mar de Azov em um laguinho moscovita, garantindo comunicação por terra com a Crimeia e a base aeronaval de Sevastopol, além de prepara uma rota para a Moldávia, próximo alvo onde há um grupo separatistas “russo” na Transnistria.

Olha o mapa:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/79/2014_pro-Russian_unrest_in_Ukraine.png

Kiev não vai ceder. Por outro lado deve tentar arrastar a Europa para seu lado. Talvez algum apoio secreto possa vir da Polônia, Hungria, Romênia e outros ex Pacto de Varsóvia. Todas estas nações que viveram sob o tacão da URSS sabem o que Moscou é capaz.

Sds.,
Ivan Ivanovich.

Carlos Soares
Carlos Soares
10 anos atrás