Mapa de Exército da China incorpora áreas em disputa
Por Marcelo Ninio
A notícia de que o Exército da China está distribuindo a seus soldados uma nova versão do mapa do país, com traçado mais amplo das fronteiras nacionais, intensificou o alerta nos países vizinhos.
A publicação do mapa, que foi revisado depois de 30 anos, foi anunciada em julho pelo jornal oficial do Exército da Libertação Popular. Segundo militares, esta versão é “mais precisa” e já teve mais de 15 milhões de cópias entregues até 9 de julho. Poucos dias depois, a principal agência de notícias da Índia (PTI, sigla em inglês) publicou reportagem dizendo que o novo mapa incorpora áreas de fronteira em disputa com outros países.
O artigo foi reproduzido pela imprensa indiana. A repercussão provocou mal-estar e levou Nova Déli a emitir um protesto contra Pequim. Em encontro à margem da cúpula do grupo Brics em Fortaleza, em julho, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, enfatizou ao presidente chinês, Xi Jinping, a necessidade de resolver a crise. China e Índia têm uma fronteira comum de mais de 4.000 quilômetros. Disputas territoriais que já levaram a uma guerra, em 1962, continuam sendo motivo de tensão entre os dois países mais populosos do mundo. O potencial politicamente explosivo dos mapas chineses já havia se manifestado em outras ocasiões.
Em novembro passado, Japão, Taiwan e Coreia do Sul declararam sua irritação com a criação de uma zona de defesa aérea, que incorporava territórios disputados no mar do Leste da China. Há dois meses, foi a vez de uma editora de Hunan, província na região central da China, divulgar um mapa em que inclui o Estado indiano de Arunachal Pradesh no território chinês e outras dez ilhas no mar do Sul da China. Trata-se de uma expansão em relação à controvertida “linha de nove traços”, que demarca as reivindicações marítimas chinesas. Feita em 1947, é usada como base para a política territorial adotada por Pequim.
Ricas em recursos naturais, as águas reivindicadas pela China são disputadas com pelo menos quatro vizinhos: Vietnã, Filipinas, Brunei e Malásia. Em maio, as tensões entre China e Vietnã aumentaram depois que uma empresa estatal chinesa instalou uma plataforma de petróleo em águas que estão sob disputa. Após várias escaramuças no mar, protestos violentos no Vietnã deixaram pelo menos três chineses mortos e causaram prejuízos a centenas de empresas chinesas. Nesta semana, o governo vietnamita enviou uma delegação para tentar reduzir as tensões entre os dois países comunistas.
Outro motivo de preocupação dos vizinhos é o aumento da força militar chinesa. No ano passado, o país lançou seu primeiro porta-aviões e, em janeiro, testou mísseis nucleares, abrindo caminho para uma corrida armamentista no Extremo Oriente. Além dos chineses, o Japão e a Coreia do Sul também ampliaram seu gasto militar para proteger suas áreas marítimas. No caso japonês, foi a maior modernização e expansão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
FONTE: Folha de S.Paulo
Primeiro doutrina o público interno com uma “verdade” conveniente.
Depois ‘cria’ documentos que um dia serão usados como prova da “verdade”.
Em seguida ocupa e começa a incentivar a emigração (espontânea ou não) de população de sua etnia para as regiões em litígio. As vezes a emigração é anterior, que vai justificar a invasão por questões “humanitárias”.
É repetitivo.
Muito mais que se presume no momento inicial.
A arma demográfica é terrível pois a munição são pessoas.
Sds.,
Ivan.
Han …..
Estes ai são os verdadeiros inimigos ( de todo mundo, inclusive deles mesmos)
Colombelli,
Os russos estão sendo jogados nos braços (ou garras) de Pequim pelas tresloucadas manobras ‘putinianas’.
Hoje há alguns milhões de emigrantes ilegais chineses no leste/sudeste do imenso território russo. Em um futuro não muito distante é possível que o PLA (Exército de Libertação do Povo) venha defender os chineses étnicos…
Sds.,
Ivan Ivanovich.