Vídeo: Infantaria da IDF em Gaza, julho de 2014
Forças Especiais e Paraquedistas israelenses, durante a Operação “Protective Edge”, em julho de 2014. A IDF caçando combatentes do Hamas, em Gaza.
Forças Especiais e Paraquedistas israelenses, durante a Operação “Protective Edge”, em julho de 2014. A IDF caçando combatentes do Hamas, em Gaza.
a 1a arma disparada no “filme” eh uma bazuca ou lançador de foguete ??
O fuzil utilizado eh o novo Tavor ???
o camera man deve ser soldado… alem da camera e seus apetrechos, o mesmo tb anda armado ??
Salvante alguns erros de menor monta de posicionamento e progressão, o que se vê é uma atitude de alto profissionalismo e excelente controle de cadência de fogo, bem diferente de amadores que detonam as armas em rajadas intermináveis e improfícuas.
Wwolf a rigor a bazuca, ou o lançador 3.5 polegadas, é um lançador de foguetes, pois se utiliza de propulsão decorrente de queima de combustível durante a trajetória através do “tubo ventura”.
A arma do video parece ser um lança rojões, muito semelhante, inclusive parece, com o LAW 66 mm.
Aos 0:15 um soldado israelense (de um dos melhores exércitos do mundo) segura o fuzil com a mão no carregador, observa-se que não é uma prática tão errada como alguns no Brasil gostam de alardear!
Carregador / retém do carregador*
“wwolf22
28 de agosto de 2014 at 9:12 #
O fuzil utilizado eh o novo Tavor ???”
Os dois primeiros fuzis que aparecem com fogo sendo disparado das janelas são Tavor, depois aparecem Tavor e outros Galil, M 16 (?) AR 15(?) não dá para ver direito
e o Colombelli pode opinar infinitamente melhor que eu.
Carlos, so Tavor e M-16. Disparos so M16 e uma MAG no começo.
Wolf,
O primeiro é mesmo o M-72 LAW (66 mm), que é um lança foguetes, mas aos 22 segundos do vídeo aparece o “Matador”, de 90 mm, que usa o método de “contra-massa”. É semelhante a um CSR (canhão sem recuo), mas parte da massa de gases é substituída por plástico picado, o que reduz o efeito expansivo que ocorre quando do disparo, possibilitando que seja disparado de ambientes confinados.
Ambos são descartáveis.
Já o M-72 é uma arma que falta ao Brasil.
Pesando somente 2,5 kg (um AT4 pesa 3 x mais) e bem barata se comparado a outros “lança-rojões”, é uma arma que pode ser bem útil.
Há inclusive uma versão que pode ser disparado de ambientes confinados (E8), mas no caso, o método usado foi o de reduzir a potência do motor foguete, o que deve ter afetado o alcance (??).
Vale salientar que até os EUA (tanto o exército quanto os Marines) ainda o utiliza, mesmo o tendo “substituído” pelo AT-4 (M136), pelo M141 e pelo SMAW (esse, só do USMC).
Sua portabilidade e o baixo custo fazem do M72 uma arma indispensável.
Ah!
E mais recentemente os americanos adotaram também o Carl Gustav (CSR), esse, recarregável.
Colombelli,
O tubo de Venturi é relativo ao conceito CSR e não ao lançador de foguetes.
Num lançador de foguetes, como a Bazuca ou o M72, o tubo só serve para proteger o atirador quando da ignição do motor foguete e apontar o foguete para uma determinada direção.
(Vale salientar que antes do foguete (projétil auto-propulsado) sair do tubo, o motor foguete se desliga, caso contrário, iria torrar o rosto do atirador)
Fosse retirado do lançador e acionado o motor foguete, fora do tubo, o foguete iria implementar a mesma trajetória que teria se tivesse sido lançado do tubo.
Alias, há lançadores de foguetes múltiplos que não usam tubo algum, e sim, trilhos.
Se hipoteticamente o foguete da bazuca fosse posicionado de modo a ir numa determinada direção e seu motor fosse acionado, atingiria o alvo do mesmo jeito.
Diferente do CSR e do “sistema de contra-massa”. Esses, sem o tubo (ou cano), são completamente imprestáveis.
E o tubo de Venturi, por ter seu diâmetro ampliado em relação ao cano, permite que haja uma redução da velocidade dos gases que são expelidos pela parte traseiro do canhão sem recuo, ajudando na neutralização do recuo.
Um abraço.
Só pra completar a lista de “lança-rojões” dos americanos, ainda em uso.
Eles têm o M202 (usado pelo Schwarzenegger no filme “Comando Para Matar”), com 4 tubos, e tem o FGM-172. Ambos são “foguetes”.
O FGM-172 SRAW (Predator) tem uma particularidade que é ser “guiado” por uma unidade inercial. Isso permite que ele possa acionar um segundo estágio do motor foguete quando está numa distância segura do atirador, o que aumenta muito o alcance útil.
O sistema inercial “sente” qualquer desvio provocado pelo acionamento do foguete ou pelo vento, e recoloca o projétil no seu curso original.
Há outros lança-rojões tipo foguete que fazem uso de um segundo estágio, que queima logo que está a uma distância segura, mas por não terem um sistema de guiagem, possuem precisão questionável. O mais famoso deles é o RPG-7.
Bosco, o tubo venturi que eu falo é na granada, não no tubo da arma. .
CSR não tem tubos direcionais na granada (e eu ja vi a tarseira de uma bem de perto, inclusive cometi a estultice de mover ela depois de disparada e falha uma de 106mm que estava no chão). Tanto as granadas do M40, do M18 como do Carl Gustav tem atras aletas ou nada, não tubo algum. O mesmo vale para a granada do AT4, que so tem uma extensão e aletas de alumínio, não tubo algum ( esta tive a satisfação de explodir uma falhada e guardo pedaços dela).
Já os lançadores 3.5 e 2.36 polegadas ( as populares bazuca) nome dado por conta de um comediante americano, a granada tem o tubo venturi na traseira, por onde sai gás da carga de propelente, direcionando o fluxo. Está no manual destas armas ( o do 2.36 tem um esquema gráfico bem claro inclusive), e elas não são canhões sem recuo. Pra mim elas são lança foguetes, pois o propelente ainda queina depois da culatra da arma e mesmo apos saida do cano/tubo. Nesta ordem de ideias, assim tambem o RPG é um lança foguetes.
Já o conceito de lança rojão cabe ao AT-4, M141, SMAW e L72, onde há uma deflagração inicial e única que consome toda a carga ( como se fosse um disparo de canhão), mas que não são raiados, como são o M40 e o Carl Gustav.
Canhão: raiados e com deflagração única, sem tubo venturi na granada. As sua granadas tem cinta de pre-riamento
Lança Foguetes: carga de deflagração lenta queimando durante a trajetória ( com ou sem tubo venturi na granada) e não raiados
Lança rojão: deflagração única e sem raiamento ou tubo venturi na granada.
Colombelli,
“… e elas não são canhões sem recuo.”
Espero que você não tenha entendido que eu tenha dito que a “bazuca” (bazooka) seja um canhão sem recuo.
Claro que é um lança-foguetes.
O que eu entendo é o seguinte:
1- Lança-rojão não é um termo técnico, mas pegou, e no EB serve pra definir uma arma antitanque lançada de ombro, independente do método de lançamento da granada, já que no EB, tanto a bazuca (usa o método de foguete) quanto o AT-4 (usa o método do CSR) são chamados de “lança-rojão”.
2- O fato do AT-4 (que no EB recebe a designação de lança rojão) usar o método “CSR” para projetar sua granada (ou projétil), não faz dele um canhão, e nem eu considero ou disse algo parecido;
3- Eu entendo que há basicamente 3 formas de propulsão de granadas usadas nesses tipo de arma:
a- foguete;
b- CSR;
c- contra-massa.
Todas visam projetar uma granada a uma certa distância, sem provocar o recuo da arma;
4- Esse tipo de arma pode ser classificado de vários modos:
a- quanto a ser descartável, semi-descartável ou reutilizável;
b- quanto a ter a alma lisa ou raiada;
c- quanto ao método de projeção da granada (como disse no item 3);
d-quanto a poder operar de espaços confinados ou não;
e- quanto a ter um segundo estágio de motor foguete que acende fora do tubo/cano;
f-quanto a ser carregado pela boca ou pela parte de trás, etc.
5- quanto ao modo de projeção da granada, a classificação de todos as armas que citamos (há várias outras) ficaria assim:
CSR: Carl Gustav, AT4, M-40
Lança-foguete: M-72, SMAW, M141, FGM172, M202, “Bazuca”, RPG-7
Contra-massa: Matador, AT4CS.
Obs: O fato do AT4 constar como um CSR, claro, não faz dele um canhão (que tem como característica o fato de ser recarregável E usar a expansão de gases para projetar uma granada), só indica que ele usa o método do “canhão sem recuo” para projetar sua granada, mas por ser descartável não é um canhão.
Um abraço.
Essas classificações são complicadas, e onde era pra ajudar, as vezes, atrapalha.
Na wiki nacional o AT-4 é classificado como “lança-granada-foguete”, o que está errado. O AT-4 usa o princípio do “canhão sem recuo”.
Na wiki americana faz-se diferenciação entre um “canhão sem recuo” e uma “arma sem recuo”, usando como diferença a presença ou não de raiamento.
Ora! Essa classificação complica já que há canhões sem raiamento, notadamente alguns canhões montados em carros de combate (MBTs).
Pra ser designado “canhão”, uma arma deve ser recarregável pela culatra e usar o princípio de expansão de gases provenientes da deflagração de uma carga de projeção, para projetar sua granada.
O AT-4 não é um canhão porque não é recarregável, sendo descartável, e isso vai contra a primeira premissa (deve ser recarregável pela culatra|).
Embora não seja um canhão ele usa o princípio do “canhão sem recuo” para projetar sua granada. Ou seja, sua granada é projetada pela expansão dos gases provenientes da deflagração de uma carga de projeção, que teve o recuo contrabalançado pela emissão de gases no sentido contrário do da granada.
Bosco, claro que não imaginei que classificaste o 3.5 e o 2.36 como canhões sem recuo. O que houve é que falavas tu do tubo venturi como uma estrutura do tubo da arma, ao passo que eu falava dele como uma estrutura da granada.
Na verdade nossos raciocínios não antagonizam, mas se complementam, pois falamos da estrutura em função diversa. Uma na arma outra no projétil.
Nos nº 1 e 2 supra foste muito feliz nas colocações. No EB não há precisão terminológica, o 3.5 é lança foguetes mas chamava-se lança rojões. O AT-4 é diverso mas entra na mesma categoria hoje na nomeclatura.
O raiamento de fato não é fator para diferenciar um canhão e creio que nem mesmo a retrocarga, pois o 3.5 é sistema retrocarga e recarregável. O fator nodal em um canhão é uma culatra móvel. Assim, embora existam muitas classificações que ora aproxima, ora dicotomizam as várias espécies de armas de que estamos falando, eu diria que dá pra por em três categorias criadas a partir de caracteristicas principais de funcionamento da arma.
canhões: são retrocarga, recarregáveis sempre, raiados ou não, sempre com culatra móvel, sendo a propulsão fornecida toda dentro do tudo por queima única e instantânea. Os canhões sem recuou apresentam culatra vazada e são em regra raiados, sendo a granada provida de cinta de pre-raiamento, o que permite tubos muito finos ( o do M-40 é mais fino que um cano de revolver).
Lança foguetes: alma sempre lisa, podendo ser recarregáveis ou não. Quando recarregáveis, são retrocarga. Propulsão é feita por carga lenta e persiste após granada deixar a arma.
lança rojões: Seriam arma lisa, não recarregáveis ou sem culatra móvel, não raiados, com queima singular e propulsão integralmente feita no tubo, ou seja princípio CSR ( ex, AT-4 ALAC). .
Correção, há lança rojões anticarga também, o RPG
Antes tarde do que nunca:
Bosco & Colombelli
Fazem parte do meu EM ****
Abraços
Shalon