Defesa envia comitiva à Rússia para avaliar sistema de artilharia antiaérea de média altura
Brasília, 26/08/2014 – Uma comitiva composta por nove oficiais militares do Ministério da Defesa embarcou nesta terça-feira (26) com destino a Moscou, na Rússia, com o objetivo de realizar avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1. O grupo brasileiro participará de um exercício de campo das forças armadas russas, quando poderão verificar in loco requisitos considerados essenciais para que o processo de aquisição, iniciado em 2013, tenha prosseguimento e possa entrar em sua fase contratual.
O brigadeiro Gérson Machado, chefe da Chefia de Logística do Ministério da Defesa, será o comandante da comitiva – que terá integrantes da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Os militares brasileiros irão à cidade de Tula, a 200km de Moscou, para ver o sistema Pantsir-S1 em ação num campo de provas .
“Temos de fazer a verificação de requisitos operacionais num campo de provas, onde todos os procedimentos são controlados e podem ser analisados com precisão. Teremos acesso aos dados e à telemetria”, explicou o brigadeiro. Segundo Machado, os militares russos adaptaram o exercício em conformidade com a demanda brasileira. “O cenário foi montado de acordo com o que foi pedido”, disse.
Serão nove dias de análises que deverão subsidiar relatório essencial para que o processo de aquisição de três sistemas Pantsir-S1 entre na fase contratual. O cuidado com as observações, segundo o brigadeiro, se deve ao fato de que o acordo prevê a transferência irrestrita de tecnologia. “São muitas as variáveis a serem levadas em conta. Não se consegue analisar tudo em apenas um único teste”, ressaltou Machado, em alusão as provas realizadas em campo de tiro no início do ano.
Média altura
O processo para a aquisição dos sistemas Pantsir-S1 tem o objetivo de atender a demanda das Forças Armadas para contar com um sistema de defesa antiaérea de média altura – para abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros. Cada uma das três forças singulares, caso o negócio seja concretizado, ficará responsável por um dos sistemas, que deverá proteger, prioritariamente, estruturas estratégicas militares e civis, como usinas hidrelétricas e instalações nucleares. A doutrina para emprego das baterias antiaéreas será de responsabilidade do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
As tratativas entre Brasil e Rússia na área de Defesa iniciaram-se em 2008, com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnico-Militar entre os dois países. Em dezembro de 2012, a relação entre os dois países passou a ser regida pelo Plano de Ação da Parceira Estratégica, que prevê cooperação a longo prazo, fundamentada no interesse mútuo, nas parceiras industrias e na transferência de tecnologia.
O procedimento para a aquisição dos sistemas de artilharia antiaérea Pantsir-S1 iniciado concretamente a partir de fevereiro de 2013, quando os dois países assinaram uma Declaração de Intenções. O documento estipulou que o processo de compra se pautaria pela transferência efetiva de tecnologia, sem restrições; desenvolvimento conjunto de novos produtos; e sustentabilidade logística integrada.
De acordo com o brigadeiro Machado, é objetivo do Brasil ter, no médio prazo, capacidade tecnológica e industrial para o desenvolvimento de suas próprias baterias de artilharia antiaérea. “É por isso que o nosso processo de aquisição tem de ser meticuloso. Não vamos apenas comprar um produto. Queremos ser parceiros no desenvolvimento”, explicou.
O processo de aquisição já passou pelas fases diagnóstica e exploratória. Agora, encontra-se na parte final da fase de negociação. Após a visita dos militares brasileiros à Rússia, caso todos os requisitos sejam aprovados, as autoridades brasileiras entrarão na fase contratual com a empresa estatal russa Rosoboronexport – responsável por intermediar a venda de produtos de Defesa do país.
Além dos três sistemas de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1, o Brasil também reforçará a defesa do seu espaço aérea com a aquisição dois sistemas de artilharia de baixa altura Igla – também de origem russa -, e o desenvolvimento, pela indústria nacional, de um subsistema de controle e alerta de média altura, composto por três sensores e três centros de operações de artilharia antiaérea.
DIVULGAÇÃO: Ministério da Defesa
Mas kd as hiper, duca, super, empresas da BID, Embraer, Mectron, Avibrás, e suas fantásticas capacides em integração de sistemas, capazes de produzirem algo genuinamente nacional???
Não precisa ser nada mto complicado, basta juntar o radar Saber, c/ uma versão SAM do MAR-1, que o blindado “Guaraní” possa portar.
Alguém sabe, alguém as viu???
Deu até na TV do PT: https://www.youtube.com/watch?v=CB6aRdU3Kys
Maurição,
Eu sei que você está sendo irônico, mas analisando a sua proposta:
1- O Guarani se presta mais a ser um veículo de defesa antiaérea de baixa altitude, melhor seria usar o caminhão do Astros;
2- O MAR-1 tem velocidade máxima de Mach 1.2. o que o torna inapropriado para um míssil sup-ar de média altitude. Seria necessário mudar o motor e a célula, o que faria ele deixar de ser o MAR-1.
Minha proposta seria:
1- Usar o radar Saber combinado a um veículo da classe Marruá ou com um caminhão Astros num mastro elevável;
2- Usar um caminhão Astros ou mesmo uma viatura Marruá como posto de comando e controle da bateria;
3- Adaptar o A-Darter com booster alijável dotado de JVC (jet vane control) para aumentar o alcance e possibilitar o lançamento vertical;
4- Instalar um sistema de datalink (uplink) no míssil para atualização do A-Darter após lançamento;
5- Adaptar o veículo Astros para lançamento vertical de mísseis, com 6 a 8 unidades cada.
Um abraço.
So espero que não levem desta feita o marido da ministra que é “musico” do EB, o qual esteve na outra comitiva. .
Colombelli,
Me parece que ele foi como tradutor. Ele fala russo fluentemente.
Bosco, espero que tenha sido isso mesmo, ai sem problema. Na época não foi divulgado que fosse por este motivo. Aliás, pessoal pra fazer a função deveria ter na embaixada lá, e ele, como musico, não acresceria nada ao que um civil iria conseguir fazer.
“1- O Guarani se presta mais a ser um veículo de defesa antiaérea de baixa altitude, melhor seria usar o caminhão do Astros;”
Bosco,
Prá genérico de ADATS, se o “Guaraní” não servir, manda exterminar a tribo!!!
Os canadenses montaram o ADATS sobre o M-113.
Pois é Maurício, mas o ADATS é de baixa altura e o míssil pesa 52 kg, já o MAR-1 pesa 274 kg.
Aliás, o ADATS ficaria perfeito no Guarani. Ele é um sistema tático compacto e flexível, que faz bem a ponte entre os mísseis manpads e os de defesa de média altura.
Um abraço.
“Pois é Maurício, mas o ADATS é de baixa altura e o míssil pesa 52 kg, já o MAR-1 pesa 274 kg.”
Bosco,
Não complica a coisa, se esses patetas da BID conseguirem juntar tdo e fazer funcionar adequadamente; já está de mto bom tamanho.
Não exija em deamasia deles….
A altura do míssil, é o de menos!!!
JBS, BRF, MINERVA, INDEPENDÊNCIA(Falido com mais de 400 milhões do BNDES lá dentro) etc …. AGRADECEM ….
Parece …. mas não é !!
Parece fácil fazer com que sistemas de software militar russo “converse” ou sejam adequados a se integrarem a sistemas ocidentais… ou aos padrões usados no Brasil.
Eu não conheço nada disto… mas tenho amigos da área que dizem ser este nó muito complicado de ser desatado, até porque os russos não abrem os códigos fonte e os algoritmos necessários…por medo de que outros os conheçam e anulem sistemas AA vendidos para seus clientes e eles mesmos. A OTAN por exemplo, adoraria por a mão nisto….. mas uma solução é fazer vc mesmo do zero…a parte de integração de software… como fizeram os Sul Coreanos e dizem ….. os gregos que usam os sistemas S-300 russos.
Sds.