PMSP usa pistola insegura, diz Ministério Público
A Polícia Militar do Estado de São Paulo usa uma pistola, a Taurus calibre.40, que tem apresentado falhas, como disparos acidentais e até disparos sucessivos, sem controle, depois do primeiro tiro. O alerta é do Ministério Público Estadual(MPE) em Presidente Prudente. “Essa arma não é segura mesmo travada”, afirmou o promotor criminal Jurandir José dos Santos.
Santos não sugere de imediato a troca da arma e, sim, “a solução do problema”. “Essa pistola não dá segurança ao policial e à população. Se não houver uma solução, pode até se pensar na troca do fornecedor”, disse o promotor, que enviou ofício à Secretaria da Segurança Pública (SSP).
O promotor lembrou que o acervo de 98 mil pistolas da PM foi revisado pela Forjas Taurus, fabricante das armas. “Só que não equacionou o problema mesmo após a revisão”, completou.
Peças
Algumas peças das pistolas foram substituídas pelo fabricante, segundo o Comando da Polícia Militar, em São Paulo, que confirmou a revisão. As falhas, no entanto, persistiram e algumas armas dispararam sem o manuseio do policial. Também houve disparos sucessivos depois do primeiro tiro.
O comando, por meio do Centro de Comunicação Social, disse que as armas que apresentaram defeitos foram recolhidas e substituídas. Ainda de acordo com o comando, a fábrica se comprometeu em solucionar o problema e que espera um “relatório final e conclusivo”.
Reconstituição
Nesta quarta-feira, 20, será realizada, em Presidente Prudente, a reconstituição do crime que vitimou a atriz Luana Barbosa no dia 27 de junho. Ela levou um tiro do cabo Marcelo Coelho em uma blitz de trânsito. Ele usava uma pistola calibre.40 e, em sua defesa, alegou que o disparo foi acidental.
FONTE: Estadão, via UOL
FOTO: Fórum hardmob
A foto que abre o clipping está no Fórum Hardmob (link acima).
Lá também está um comentário bastante interessante. Segue reprodução abaixo
Em Conversa com o Cel Giraldi sobre o incidente e veja o que ele respondeu:
O mecanismo da Taurus “PT 100” é do início do século passado.
Originariamente era calibre 9mm. A fábrica abriu para .40 S&W. Com isso enfraqueceu, não só o cano, como toda a armação.
Com isso não aguenta o tranco. Quebra; quebra; e quebra. E quebra. E quebra.
Para não quebrar o CSM/AM está carregando a munição .40 S&W com carga mais fraca. Aí o ferrolho não funciona, provocando incidentes de tiro.
A pistola correta para polícias é a Glock, modelo 22 (também .40 S&W), de origem austríaca, com 15 cartuchos no carregador (colocado o “bump” vai para 18), feita de material espacial, não necessita manutenção, não tem travas para serem acionadas (a trava está no próprio gatilho que, ao ser acinado, a destrava; ao ser solto, trava), à prova de policiais mal treinados. Não causa incidentes de tiro. Tem adaptador de lanterna (e a lanterna vem junto). Tem miras noturnas (já está nela). O coldre vem junto (a própria fábrica da pistola também faz o coldre). Ergonomia perfeita. Gasta metade da munição, em relação á taurus, para ensinar e manter o policial adestrado para o seu uso. Totalmente carregada pesa 900 gramas. Não dá tranco na hora do tiro. Colocada e retirada do óleo queimado, funciona. Também na água. Misturada com areia e retirada, funciona. Jogada do 10º andar de um prédio, no asfalto, não quebra. Pode passar com carro por cima que não danifica. Tem apenas 32 peças, incluídas as do carregador (a taurus tem 85). Pode ser desmontada e montada usando uma tampa de caneta “bic”. Não tem similar, no mundo. Já abastece mais de 90% das Instituições Policiais Americanas (e os Estados Unidos são o país que mais fabricam pistolas no mundo). E vai por aí a fora. A PMESP tentou comprá-las. O DMB, do Exército, não permitiu. A Polícia Federal acaba de comprar 12.000 delas, sem licitação e sem autorização; pagou R$ 940,00 (novecentos e quarenta reais) cada uma. A PT 100, que a PMESP compra, custa mais de R$ 1,500,00 (um mil e queinhentos reais).
Êta Brasilzão porreta! Êta patifaria! Êta interesses econômicos filhas da puta!
Exigem muito das polícias mas não lhes dão o que necessitam para cumprir suas missões para enfrentar essa bandidagem violenta que assola a sociedade e a nós próprios.
Será que algum dia teremos a pistola Glock?
Abração para todos.
Cel Giraldi
É, com certeza você está certo Poggio. Mas daí a comprar pistola de fora…não né.
Pistola tem que ser nacional. Duvido que não tem pessoal capacitado para fazer uma pistola com os requerimentos da polícia.
A resolução desse problema não pode passar pela importação desse tipo de armamento por questão de segurança nacional.
Quem se arriscará a abrir um negócio desses aqui no Brasil se o cliente de casa comprar de fora?
Se fizerem um bom contrato, a Taurus ou outra, terá que garantir os requerimentos sob pena de ficar com o prejuízo.
Save Ferris!
Discordo Reinaldo, uma vez que a Policia Federal usa Glock com louvor porque as outras corporações policiais também não podem usar?
E sinceramente não vejo risco algum em relação à segurança nacional colocar a Taurus contra a parede para que faça armas leves melhores. Desculpe-me, mas esse pensamento protecionista em minha opinião só faz com que os produtos nacionais sejam obsoletos e de má qualidade se comparados aos produzidos fora do país, uma vez que o fabricante sabe que não importa o quão ruim seja seu produto ele assim mesmo será comprado.
E por último a policia não merece trabalhar com lixo, essa 24 falha 7 já matou algum policial em serviço por falhas, então que seja bem vinda a HK, Glock ou qualquer outra desde que seja de qualidade comprovada!
Caro Poggio
bela postagem, mais perfeito impossível.
Abs
Reinaldo Deprera
Com todo respeito, não sei se tu és militar ou policial, mas tuas afirmações são descabidas.
USA utiliza em larga escala a Glock.
Atirei em estande, fiz manuseio, pista etc ….
É tudo isso que o Cel Giraldi afirmou e mais:
coloca o usuário em postura/comportamento psicológico superior dada as qualidades e características da pistola.
No semi-auto a cadência parece uma sub INA da década de 60/70, essa cadência impunha respeito.
Amigos PMSP demonstraram essa m#rd@, Jesus ….. só por Deus como se fala na linguagem popular.
O terceiro tiro da policial militar (feminina) que vitimou o senhor a semana passada, amplamente divulgado em imagens, dois tiros para o alto e ao “recolher” a arma ela dispara, a pericia vai comprovar ….. lamentável, mais uma vida tirada por essa b#st@.
O filme é 2012
http://www.youtube.com/watch?v=LCP6mZvCJ8A
http://www.cabosesoldados.com.br/
Já deveriam ter acionado o MP e a Justiça.
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FBUL_M-5&anno=2
Segundo meu ex-instrutor, é muito boa.
Não conheço, mas …..
Bom dia.
De fato não trabalho com defesa. Minha opinião não foi técnica e nem econômica, foi política. Cabe aqui uma pequena explicação antes de voltar ao assunto.
Apesar de ser liberal, conservo um tiquinho de conservadorismo no que tange a justiça, a defesa e alguns aspectos sociais. Para mim, o Estado tem que ser mínimo, com raríssimas exceções. A mais importante delas é a defesa – alias, esse tipo de pensamento já tá virando consenso até entre aqueles que sonhavam com a extinção do Estado.
Voltando. Na minha visão, o Brasil é um país com democracia razoavelmente frágil. As forças de defesa podem sim serem desabastecidas desse tipo de armamento pelo seu próprio governo. Nossa constituição e nosso sistema político permitem que um governo aplique um golpe usando mecanismos legais.
Sendo assim, penso que as nossas forças armadas não podem abrir mão de terem empresas nacionais fabricantes de armamento fundamental e munição.
Industria de defesa nacional forte também é importante para manter a pressão sobre os diversos governos, no sentido de não desarmar a população, sobretudo em situações de crise. Como por exemplo, o narco-terrorismo interno.
Se o assunto não fosse sobre um armamento tão fundamental, minha opinião seria outra, nada política, contemplaria somente o aspecto técnico-econômico.
Save Ferris!
Companheiros:
Sou policial e uso a .40 da Taurus. Aqui no RJ, a Taurus fez recall nas pistolas para corrigir defeito em alguns lotes que poderiam causar incidentes de tiro.
Quanto as Glock, participando da INTESEG, visitei o stand da fabricante e estavam cobrando R$3.000,00, por uma pistola cal. 380.
Complementando, a .40 da Glock não estava disponível para venda na época (há cerca de 4 anos atrás).
Off:
http://www2.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=533749
Esse offtopic do Blackhawk merece post. Se confirmado o feito das FA ucranianas, a ONU, a UE e os EUA não terão mais desculpas para não intervirem diretamente no conflito.
Sempre tive meu pé atrás com certos produtos bélicos brasileiros…hehe
Duvido que a Glock não instalasse no Brasil uma linha de produção se tivesse garantias de que isso seria rentável pra ela. Algum tempo atrás, se não me engano o famoso atirador e depois lobista Tatai não estava tentando emplacar justamente isso? Se oferecesse preço e fabricação nacional ganharia a parada na maioria das licitações. Qual será o tamanho do mercado para abastecer as PMs e PCs Brasil afora?
Por outro lado, a Taurus só não resolve esse problema porque não quer. Duvido que a qualidade das 24/7 vendidas no mercado americano seja a mesma daqui. Se o Estado fosse correto, processaria a Taurus para ser indenizado pelo dinheiro mal gasto e pelas indenizações que fosse obrigado a pagar por esses acidentes causados por seus produtos. Quero ver se ela não se virava pra resolver. Não é possível que não tenham feito modificação alguma pra redimensionar do 9mm para o .40. Existe engenharia pra isso.
Sobre as falhas nas pistolas Taurus, espero que as outras polícias dos outros Estados também realizem o “recall” , que aparentemente só foi detectado em São Paulo.
Sou policial há mais de 15 anos e tive a sorte de nunca ter uma pistola Taurus falhado em minas mãos…sorte porque pistola é um instrumento mecânico de certa forma complexo (meu velho pai que também era policial dizia que a melhor arma era o revólver e que a pistola havia a probabilidade de falhas…bem, opinião de um veterano do século passado…hehehe).
Mas falhas não são exclusividade da Taurus, que aparentemente possui produtos no mercado internacional melhores dos que os produzidos aqui. A própria Glock, se não me falha a memória, teve alguns problemas no mercado português há alguns anos quando teve que adaptar as armas às exigências do país luso.
Aqui no Brasil, amigos meus que são atiradores de clubes civis relataram que a Glock nos calibres restritos é impecável (9mm, .45ACP, .40S&W), mas para poder entrar no mercado civil brasileiro teve que adaptar um modelo de seu calibre 9mm para o anêmico .380ACP (G25) e que tal arma costuma ter mais falhas de ciclagem que suas irmãs de calibre restrito, sendo necessária sempre a utilização de munições de maior potência (+P e as +P+).
Sem especular, mas acho que o problema maior da Taurus está mais na crise interna, de disputa de comando e negociações equivocadas que acabam por baixar a qualidade dos produtos e porque não podendo até haver sabotagens ou até mesmo “jogada empresarial” para poderem justificar a saída da empresa do país…vai se saber…
O certo é que se no país, de fato não existir indústrias de equipamento de qualidade, não se deve ficar atrelados ao lobby das empresas (Taurus, Rossi, Bioto, CBC, IMBEL) e sim deve-se buscar qualidade no mercado internacional, através de pesquisas e testes que visem a aferir a qualidade, durabilidade, eficiência, segurança e não só econômico.
Acho meio esquisito esse negócio das falhas das pistolas Taurus aqui no Brasil. A fábrica da onde sai as pistolas daqui é a mesma de onde sai as que vão para os USA. Por que as pistolas de lá não falham como as daqui ? Não me parece razoável supor que existe um controle de qualidade diferenciado para os dois mercados. Se as pistolas falhassem lá o que falham aqui, a Taurus já teria sido banida de lá a muito tempo. Alguém já se perguntou se o motivo pode ser o uso de munição ruim ?
Ah! Então tá explicado porque as polícias brasileiras matam tanta gente.
Fiz uma pesquisa em alguns fóruns de atiradores americanos e a maioria deles reclamam da qualidade e da quantidade de defeitos dos produtos da Taurus e muitos ainda disseram que preferem pagar 100 ou 200 dólares a mais em um produto idêntico da smith & wesson e isso falando de revolveres que deveriam ser o forte da empresa!
E por que não se normaliza a produção destas armas? Por que não se exige padrão de qualidade e de inovação dos produtores que aqui estão? Por que não se fiscaliza o suposto cartel destas indústrias?
Aliás, por que sempre que se encontra alguma coisa errada por aqui, em vez de corrigir-se o erro a primeira alternativa é buscar-se uma solução melhor e certamente estrangeira?
Ora, é certo que com o mercado cativo não há evolução. Entretanto, com o mercado totalmente aberto, não haverá evolução também.
Ouvi está semana na CBN de SP que PMSP estava licitando novamente as 5.000 pistolas para as tropas de elite e ocorreria nesta sexta 15/12/2017. Não encontrei nenhuma informação na net. Alguém sabe como ficou?