600 fuzis novos para o BOPE-RJ
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), continua seu processo de substituição de material obsoleto e recebimento de novos armamentos. Após a chegada dos blindados sul-africanos Maverick, da Paramount, agora é a vez da substituição dos fuzis M964A1 MD2 FAL e M964 A1 MD3 Para-FAL (fabricados no Brasil pela Imbel), ambos em calibre 7,62 x 51 mm, pelos mais modernos, extensivamente comprovados em combate e mais capazes fuzis semiautomáticos AR-10 A4 CBFA, calibre 7,62 x 51 mm, fabricados nos Estados Unidos pela ArmaLite Inc, de Geneseo, estado de Illinois.
Um total de 600 fuzis, mais ferramental de manutenção e manuais, carregadores e acessórios como miras, lunetas e grips foram recebidos no último dia nove de julho, e a medida que a tropa do BOPE for treinada no manuseio da nova arma, ela será paulatinamente introduzida em serviço. Digno de nota foi a opção do BOPE de manter o calibre 7,62 x 51 mm em serviço mas com a escolha de uma arma importada, ao invés de adotar a nova versão do FAL e Para-FAL nesse calibre, de fabricação nacional, o Imbel IA2. O AR-10 A4 é muito utilizado por Forças Especiais de renome como os SEALS da Marinha dos Estados Unidos, e pode ser visto nas telas do cinema recentemente no filme Lone Survive, que mostra os duros combates enfrentados por aquela tropa especial no Afeganistão.
FONTE:Infodefensa
COLABOROU: R. Costa
Caro Colombelli
O BOPE continua com 7,62 x 51 mm em área urbana, o quê tu acha ?
“Bandido bom é bandido morto.”
Em caso de guerra, fora a vantagem do peso da municao, a grande vantagem do 5.56 é que ela permite muitas vezes apenas incapacitar um soldado inimigo, o que força o adversario a alocar recursos e reservas com resgate e tratamento, diminuindo assim consideravelmente o seu poder fogo.
Na guerra civil do RJ, um bandido ferido tem que ser resgatado pela propria Policia do RJ, tratado pelos hospitais da cidade, julgado pela lenta Justiça brasileira e lotar os ja superlotados presidios brasileiros que sao verdadeiros QGs do crime organizado.
Nao que eu concorde com isso; eu gostaria que a justiça brasilera n fosse tao ineficiente currupta e parcial: uma utopia pq o problema do brasil eh mais embaixo.
Eles preferiram um fuzil de ação direta invés de um a pistão?
Tá me parecendo que o pessoal do BOPE está descontente com a Imbel e quiseram dar um tapa de luva de pelica.
pelos menos algum sabre comprar fuzis !!!
Parabens BOPE !!!!!!!!!
Adam Foerster 4 de agosto de 2014 at 8:51
Não creio que houve recado algum do BOPE pra empresa A ou B.
Compraram um material de eficiência comprovada, pra ser utilizado em um cenário que não envolve selva, ou desembarque em praia, ou imensos desertos. E sim um conflito urbano que envolve combates curtos e precisos.
O IA2 7,62 (diferente do 5,56) é completametne baseado no FAL. O produto não agradou, simples assim!
e o EB eh obrigado ah aceitar esse lixo da Imbel…
“temos que prestigiar as empresas brasileiras…” temos sim, mas so qnd fizerem algo de qualidade… esse lixo que a Imbel produz eh complicado…
wwolf22 4 de agosto de 2014 at 14:30
Se o “lixo” a que se você se refere é a versão 7,62, o EB até agora só testou e aprovou a versão 5,56, e pelo que se sabe, aprovou porque a arma correspondeu às expectativas.
A versão 7,62 é uma tentativa da Imbel de continuar fornecendo armas a usuários do FAL menos exigentes,
obviamente que o BOPE não é um desses e, por sinal, o EB também não, já que nem sequer o testou.
O BOPE é uma tropa de elite e assim como algumas unidades especiais das FA brasileiras possui equipamento diferenciado das tropas regulares.
Não me surpreenderia se esta ou aquela unidade especial também comprasse um número limitado de AR10, mesmo que o grosso do EB/FAB/MB tenha que ir de IA2.
Carlos, tropa policial usar ostensivamente fuzis, seja de que calibre for é um absurdo completo. Não há campos de tiro longos a justificar isso, não há preparação da tropa para uso de armas deste tipo em vista das considerações de balistica terminal envolvidas em área urbana e não há justificativa para uso de tanta potência. Depois não sabem porque tem balas perdidas no Rio: a resposta esta ai, burrice e irresponsabilidade do comando.
Polícia não pode atuar, ainda mais em área urbana, com a premissa de uma guerra onde deva ser buscada paridade de armas. Precisam de tiros precisos de interdição? que usem snipers com fuzis, mas sem imenso volume de fogo viajando a esmo. O que se vê são policiais revidando fogo com rajadas dentro das favelas. Ora, uma bala de fuzil faz 3600 metros. A 1000 metros perfura um capacete de aço. Este método de ação e o emprego de fuzis invariavelmente irá redundar em danos colaterais. Nem o 7,62 e nem o 5.56 deveriam ser dotação de polícia. Carabinas .40 são mais indicadas.
Quanto ao IA2, não consta que o BOPE o tenha testado. Se testou, não tê-lo adotado não o desmerece, pois há armas e armas, cada qual feita para um emprego. O AR-10 não é usado ostensivamente pelos EUA, quiçá por que lhe falte rusticidade para o campo de batalha. Em ambiente urbano, esta falta pode ser compensada pela maior leveza. Tudo depende do critério de avaliação a ser priorizado. .
Estimado Colombelli
mais uma vez “fechamos” 100% juntos.
Talvez vc se recorde, mas há quase um ano debatemos esse tema neste espaço da trilogia.
Vc já havia colocado esse posicionamento que ora reitera.
Na época inclusive debatemos e vc me deu uma aula sobre o 556.
FE’s, em ambiente de combate urbano, guerrilha profissional ….Tavor/Israel, Suíços, Alemães etc …. lembra-se ?
Carabina .40 + pistola .40 e um “caçador” no pelotão que irá agir como tal quando necessário.
Sua dissertação acima é excelente.
Obrigado pelo retorno, um forte abraço.
O BOPE não marcha 50 km armado e equipado em um dia nem precisa carregar nas costas toda a munição que puder porque nunca sabe quando vai receber remuniciamento. Só se desloca embarcado e seu quartel fica a 30km de distância de qualquer área de atuação.
A adoção do calibre 7,62X51mm OTAN se justifica na medida em que se faz necessário por vezes o tiro em posições protegidas por paredes de tijolos e concreto. Não porque se busque “paridade de armas” com o tráfico, até porque bandido tem arma mas não sabe atirar: a mais de 30 metros não acerta nem com canhão SR… Mas sim porque o BOPE precisa de poder perfurante, tanto para acertar quando para fazer barragem de fogo, mantendo o inimigo acuado em sua posição defensiva.
E senhores, o BOPE não desperdiça munição à tôa em tiroteios a longa distância em favela. Quem faz isso é a PMRJ “comum”. O BOPE quando atira é porque tem mira; e os equipamentos de mira fornecidos com a compra demonstram isso.
Faca na caveira!
Esta a ideia Carlos, um pel equipado com carabinas .40 e calibres 12 ( uma Benelli, preferência) e 03 atiradores com fuzis. Isso ai dá conta tranquilo .Carecendo de precisão ou perfuração, aciona o especializado, One shot, one kill. .
Embora reconheça no BOPE uma força com preparação incomensuravelmente melhor que a PMRJ, mesmo pra eles o fuzil não é ideal.Vai passar aquela parede onde está o vagabundo e mais duas ou três destas de tijolos 06 furos depois de transfixar o meliante.
Não há como se ter completo controle sobre onde irá parar uma bala com esta energia, inclusive porque há ricochetes. Estes ocorrem facilmente especialmente depois de a munição perder energia por ter atingido ou passado algo.
Ja paredes concretadas, somente com vários disparos de munição perfurante se irá lograr passagem. Para estas situações melhor, usar atiradores embarcados em helicopteros ou mesmo bons snipers em terra em posições com comandamento. Pra estes até um .50 seria possivel passar sem muito risco.
Veja-se que a polícia paulista enfrente os vagabundos do PCC hoje tão bem armados como os do Rio (a enas em menor quantidade) e usa o calibre .40 e alguns poucos fuzis. Eu andaria em São Paulo sem medo de uma bala perdida. Mas do Rio não há nenhum lugar da cidade a salvo.
Quanto aos vagabundos das favelas, de fato a maioria não sabe nem pra que lado nasce o sol e não sabe o que tem nas mãos. Mas há também alguns ex militares no meio. Ai os engajamentos por vezes podem ocorrer a distâncias maiores e de forma eficaz por parte deles de forma que justifiquem fogo de longa distância pela polícia. Eu prefiro poucos atirando precisamente do que tropa com armas de longo alcance e realizando fogo generalizado.
Só lembrando que a PM/SP está aumentanto o uso de fuzis, principalmente no interior do estado em razão dos assaltos a bancos, pois esses criminosos costumam usar fuzis e também coletes a prova de balas.
Diga-se de passagem, comprou o IA2.
Mas é claro que está longe da banalização do uso do fuzil, como se faz no Rio.
eu nao sei pra que inventar “as rodas momo” se as “rodas esfihas cromadas” que estão no mercado são as melhores…
o IA2 7,62 nada mais seda do que um FAL com roupa nova… avo trocar algumas partes metálicas por compostos e por ai vai…
wwolf22 5 de agosto de 2014 at 9:16
A IA2 762 pode ser apenas um FAL com roupa nova, mas a FAL é um arma consagrada e com muito mais adoção que a AR-10, que só foi adotada em pequenas quantidades.
Existem no mercado muitas outras opções de fuzis de batalha como a G3, a Sig542, M-14 e a HK417 (que inclusive usa a plataforma da AR-15 mas com pistão invés de ação direta de gases). Creio que qualquer uma dessas seria uma opção melhor que a AR-10.
Mas pode ser que o BOPE tenha conseguido uma barganha pelos fuzis, nesse caso…
Refiro-me apenas a qualidade dos fuzis, quanto ao emprego concordo com o Colombelli que a melhor opção seria um calibre como .40 ou outro com menos penetração (exceto para snipers).
Adam, nao sou a favor do AR…
como vc mesmo disse, ha outras belezas no mercado que são melhores…
Colombelli e Carlos Alberto
Saibam que sou mais um que pensa como os senhores. Quando a MB doou FALs para a PMRJ eu falei aos meus superiores que achava aquilo um absurdo e totalmente desnecessário. Mas, apesar de servir onde se decidia isso, era apenas um aviador-naval e minha opinião nessa área de nada valia.
Polícia não pode se dar ao luxo de errar um tiro dado na direção de um vagabundo que vai furar as paredes de 3 ou 4 barracos adiante.
Não tenho o conhecimento dos Sr para sugerir calibres, mas na EN fui atirador de fuzil 7.62 e conheço o poder desse calibre.
Quero ver o operador do BOPE – ou qualquer outro – atingir um alvo a 200m com uma carabina .40.
alguma das forcas especias dos EUA estão usando um fuzil calibre 680.
a bala eh do tamanho dados 556 porem um pouco mais gorduchas… pouca coisa… mas o estraga/resultado que esse calibre proporciona eh unico… vc tem a “vantagem” de ser do porte do 556 com eficiência do 762…
Groo
1) Um fuzil 5,56 acertaria com sobra um alvo até 300 metros com melhor controle de fogo. Não há justificativa para o calibre 7,62 por este motivo.
2) Os campos de tiro de mais de 100 metros são raros em ambiente urbano.
3) Para tiros longos há ressalva de snipers. Não é recomendada outra modalidade de execução de fogo em tiro longo ou com calibre de alta energia, sob pena de enormes riscos à população (especialmente quem está centenas de metros atras do alvo) .
Enquanto a Policia do Rio operar ostensivamente fuzis, a cidade será 50% menos segura. Aliás, nenhum, lugar na cidade está a salvo de um tiro perdido de fuzil.
A propósito: eu ja fiz tiros com pistola a 100 metros de distância em meia silhueta humana ( Beretta 92F conhecida no EB como pistola M975) e ja vi um alvo ( um balão destes de festa) ser atingido a mais de 230 metros com um revolver de 4 polegadas. Tudo é treino.
Vader
4 de agosto de 2014 at 21:40 #
Não entendo muito disso não.. mas se não me engano…
O QUE O BOPE PERFURA COM O TÃO PODEROSO ARGUMENTO “PODER PERFURANTE”……SÃO CASAS!…….COM GENTE DENTRO!….DEUS DO CÉU!
O dia que um um membro dessa honrosa e necessária tropa de elite ver um traficante se esconder num barraco com paredes de tijolos, que nem sempre é o caso, e efetuar um disparo ás cegas contra a essa parede esperando acertar somente o meliante dentro de uma casa na qual certamente tem GENTE dentro… eu passo desacreditar na competencia técnica e pscicológica dos soldados do BOPE e passo a acreditar que quelquer imbecil com 2º grau pode entrar pra uma tropa de elite da de altíssimo nível.
Lembrado que o fato dos exércitos e FE’s escolherem o calibre maior se dá (PRINCIPALMENTE) pela maior precisão em distâncias pelo calibre 7.62mm!
Off-Topic: vinte mil soldados russos estão de prontidão na fronteira com a Ucrânia. Invasão russa para “salvar” Donetsk é dada como certa.
Colombelli
1) 200m é o limite da efetividade da municão m193 disparada a de um cano de 20 polegadas. O limite da munição m855 ou uma FMJ comum é menor, a munição não se fragmenta.
2) O ambiente de uma favela do Rio não se enquadra em um ambiente urbano clássico.
3) O disparo de uma pistola gera riscos para a população civil em um raio de quase um Km. 50% memos segura? Queria entender este cálculo.
Estes tiros de pistola a 100 metros ou mais só servem para diversão. Nem para treino servem.
Eu acho que a questão que o Colombelli levantou não é se tiros de pistola a 100 metros servem para treinamento, mas se até mesmo um tiro de pistola disparado dessa distância ainda é capaz de matar. Imaginemos então o que vai acontecer com um tiro de fuzil.
O que deve explicar muitas das mortes por balas perdidas no Rio de Janeiro.
Groo 7 de agosto de 2014 at 8:56
A munição não se fragmentar não significa que ela deixe de ser letal.
Diminui o poder de parada sim.
Isso é um problema nos acertos contra os bandidos pois este pode tomar um tiro no estômago que apesar de causar uma hemorragia ou a falência de algum órgão não irá tirar o meliante de combate pelas próximas horas.
Mas no caso de bala perdida acertando uma vítima inocente não importa se o tiro foi a 70m e fragmentou e vai matá-lo instantaneamente ou se foi a 300m e não fragmentou e vai matá-lo em três dias.
Eu ficaria muito surpreso se, alguém que defenda o uso massivo de fuzis por forças policiais (principalmente o policial comum), morasse em uma favela.
Quem tem c# tem medo!
Tive um familiar assassinado por uma bala “perdida” de munição cal. 38 que perfurou seu coração. Um calaibre muito inferior em alcance e potência a um calibre de fuzil. Entretanto, se o mesmo estivesse se protegendo atrás de uma parede, se fosse um tiro de munição 7,62, ele poderia ter morrido, enquanto uma munição .40 ou 9mm poderia não tê-lo inferido tal dano..
E é esse que muita gente que não tem nada a ver morre na favela!
Agora, o BOPE é uma tropa de elite, na minha opinião, eles podem utilizar o calibre que acharem melhor!
Sou contra o uso massivo de fuzis por policiais comuns.
Correção…
Onde se lê:”E é esse que muita gente…”
Lêia-se: “E é assim que muita gente…”
Adam Foerster, até uma bala perdida de um revólver calibre .38SPL pode matar uma vítima inocente a mais de 300m.
Qualquer disparo – mesmo uma espingarda com munição 00buck – em uma situação de confronto oferece riscos e cabe ao policial analisar estes riscos e decidir se vai efetuar o disparo ou não.
Groo, sim, um projétil de .38spl pode sim matar a 300m mas a probabilidade é bem maior para um projétil de 7,62 pois este perde menos velocidade devido ao arrasto menor e chega com uma energia menor ao alvo.
Se o inocente estiver atrás de uma parede (ou outro obstáculo) a 300m a probabilidade de o projétil atravessar e matá-lo é muito maior para um 7,62.
Vejo que o seu argumento se baseia na noção que todos (ou a maioria) dos disparos feitos pelo BOPE acertam o alvo por serem uma tropa com treinamento de alta qualidade. Não duvido da qualidade dos policiais do BOPE mas não acredito que eles acertem a maioria dos disparos em um tiroteio a longa distância.
Além disso, mesmo um projétil 762 que acerta o alvo pode continuar sendo uma bala perdida visto que o 762 tem muito mais energia que o necessário para transfixar um corpo humano. Já um projétil .38spc deforma mais e sai de um corpo com menos energia.
Correção:
no primeiro parágrafo leia-se: …projétil de 7,62 pois este perde menos velocidade devido ao arrasto menor e chega com uma energia MAIOR ao alvo.
Não, meu argumento não se baseia nisso.
Não é o emprego de um armamento inadequado em uma situação de confronto com marginais que vai diminuir o número de mortes de pessoas inocentes por parte da polícia, mas o treinamento e o emprego dos equipamentos adequados.
Groo
Não existe “limite de efetividade”. É efetivo até onde mata. Qualquer fuzil mata a mais de 1,5 km. Basta acertar. Aliás, pouco importa se uma munição de fuzil vai fragmentar ou não. A energia envolvida em um tiro destas a torna sempre letal. Vai fazer um buraco do tamanho de um pulso da saída, inteira ou não. Estude balística de munição de alta energia (onda de choque e onda de pressão) e veras que fragmentação pouco importa. E so pra esclarecer, tanto forças militares como policiais so usam munição FMJ em fuzis.
Se a favela não é urbana não sei o que seja “urbano”. Aliás, a favela tem todos os ingredientes do que se chama ambiente urbano de combate: campos de tiro curtos e segmentados, civis, construções etc… É o paradigma de ambiente. Se favela não urbano, diz pra nós o que é ela e o que é urbano ?
Se uma pistola gera riscos a 1km, um fuzil gera a 03 km. Uma pistola não passa um capacete M1 nem a 05 metros ( já testei pessoalmente), um fuzil perfura a 1km (5,56mm, imagina um 7,62). O problema do Rio não são tiros curtos, mas balas perdidas a km de distância atingindo civis que nem na área de conflito estão. Qual terá maior energia nestes locais a centenas de metros?
Fui instrutor de calibre .40 e ministrei instrução para a PRF em 1996, quando receberam as primeiras PT 99 ( chega me dar coceira escrever estas duas letras juntas). Ela não perfura o chão a 25 metros. É comum achar a bala no talude do parabalas, caída. Olha a diferença pra um fuzil.
Por fim, não uso armas pra diversão. Sempre que peguei uma arma ou usei foi treino ou para usar e uma vez tiver de usar mesmo. Lhe afianço que atirei a 100 metros não por diversão, mas pra coisa muito séria. E mencionei o fato de um tiro de pistola a 100 metros para mostrar que ate 200 metros qualquer arma pode ser precisa e letal em mãos certas.
Adam, você disse tudo. A questão é esta, um 7,62 mm não vai se fragmentar em um corpo, vai perfurar o alvo, gerar cavitação, e vai seguir com energia pra perfurar mais três paredes de tijolo seis furos que é a mais comum, e tudo o que estiver atrás delas ou atingir alguém a 800 em outro bairro ainda com energia letal. Até 200 metros tudo o que se pode fazer com uma 7,6 2,ou 5,56 pode ser feito com uma .40 ou 9mm, basta ter atirador qualificado. E pra cobrir necessidade de tiro de interdição de alta energia. Se usam snipers. Também como corretamente ressalvaste, nenhuma tropa tem 100% controle dos disparos que faz. A população não tem como apoiar e ajudar uma força que ingressa em suas casas e ruas fazendo literalmente uma guerra.
Colombelli, efeftivo não é “até onde mata”, efetividade é a combinação de letalidade e precisão.
“Qualquer fuzil mata a mais de 1,5 km. Basta acertar.” este “basta acertar” que justifica a compra dos AR10 pelo BOPE.
O operador do BOPE terá uma maior probabilidade de acertar se estiver utilizando o AR10 do que se estiver usando uma carabina de calibre de pistola ou um 5.56.
Os morros da cidade maravilhosa também possuem campos de tiro longos e por isso não se enquadram como um cenário urbano clássico.
Em um local com a densidade demográfica do Rio de Janeiro não tem muita importância se a bala perdida pode matar a 1000m ou 3000m. Ambas são uma séria ameaça á população.
Fragmentação de uma munição 5.56 pouco importa, equivalência entre os calibres 5,56, 7,62, .40, 9mmP em tiros a 200m, tiros de pistola a 100m…
Já pensou em escrever um livro sobre este tema? Te garanto que iria revolucionar o mundo das armas de fogo.
Grooo
Quem te disse que uma carabina .40 não acerta com precisão a 200 metros ou quem um fuzil deixa de ser efetivo a 200 metros. Ja usou uma arma destas?Absurdo. Atiradores das forças armadas dos EUA treinam com 5.56 até 400 jardas com elevado índice de precisão e te garanto que quem for atingido ja era. Tiro de fuzil arria com a pessoa de qualquer forma. Voce ja ao vivo o resultado de um? Eu já.
Não se faz tiro em favela a longa distância como regra. Não existe campo de tiro longo lá. E quando feitos tem de ser por siper, não tropa convencional que vai usar o AR-10. Isto demonstra completo desconhecimento de tática militar. A propósito, ter ou não campo de tiro longo não é critério exclusivo para caracterizar ambiente urbano. No Iraque foi largamente empregado o sniper ( ex Falujah). Pelo teu critério lá não seria ambiente urbano também então.
É bem diferente uma ameaça cuja munição a 200 perdeu muito de sua energia ( .40) do que uma que a 2 km ainda tem energia para matar. Uma munição .40 não chega a 1000 metros com energia para matar.
Te garanto que o livro que eu escrevesse teria mais conhecimento que um que você escrevesse, pois eu atirei e fui instrutor de boa parte destes calibres e os estudei profundamente em medicina legal. E você que vivência pratica tem de armas? Se e quando você se qualificar em armas ai poderá ter o direito de usar ironias deste tipo. Antes disso, fica feio, falando do que não conhece.
O USSOCOM passou utilizar o M-14, mesmo este tendo uma munição mais pesada, porque os M-16 e M-4 não eram eficientes a longas distâncias. Foi noticiado que os Talebans voltaram a utilizar os Enfields.
Talvez eles devessem ter esquecido os M-14 e passado a usar carabinas em calibre .45 ACP ou 9mmP. Teriam a vantagem da munição ser mais leve e intercambiável com a munição das pistolas.
“A propósito, ter ou não campo de tiro longo não é critério exclusivo para caracterizar ambiente urbano. No Iraque foi largamente empregado o sniper ( ex Falujah). Pelo teu critério lá não seria ambiente urbano também então.”
Olha aqui vc usando o critério de ter ou não campo de tiro longo para caracterizar um ambiente urbano.
“Se a favela não é urbana não sei o que seja “urbano”. Aliás, a favela tem todos os ingredientes do que se chama ambiente urbano de combate: campos de tiro curtos e segmentados, civis, construções etc… É o paradigma de ambiente. .”
Colombelli
7 de agosto de 2014 at 20:58
E eu concordei que o ambiente urbano, dentre outras coisas, se caracteriza por campos de tiro curtos e por isso disse que as favelas do Rio não se enquadram como ambiente urbano CLÁSSICO por possuírem apenas também campos de tiro curtos.
“Não se faz tiro em favela a longa distância como regra. Não existe campo de tiro longo lá. E quando feitos tem de ser por sniper, não tropa convencional que vai usar o AR-10. Isto demonstra completo desconhecimento de tática militar.”
Existem campos de tiro longo em várias favelas dos morros do Rio. Isso é fato.
O BOPE possui e usa snipers, mas, devido à topografia da favela – lembrando que os traficantes estão na parte de cima do morro (posição dominante) e BOPE avançando por baixo – nem sempre eles conseguem cobrir o avanço da tropa em toda a sua extensão.
Por isso a escolha do AR10 pelo BOPE foi uma boa opção.
Todas as armas são perigosas, fuzis, carabinas e pistolas. Elas foram projetadas para isso. Eu já disse que não é o emprego de um armamento com munição menos potente em uma situação de confronto com marginais que vai diminuir o número de mortes de pessoas inocentes, mas o treinamento e o emprego dos equipamentos adequados.
Eu compraria o seu livro só pelo capítulo “Tiro de combate com pistola a 100m”.
Groo
voce esta sendo infantil comparando a situação do M14 com um .45. O M14 esta sendo usado por conta dos campos de tiro mais longos. Lá é uma guerra, não uma rua habitada com centenas de civis. Não use falácias e ironias que fica feio, ainda mais pra um civil amador
Ambiente urbano é onde há cidade, habitação, podendo ou não ter campos longos. Em regra os campos de tiro de ambiente urbano são predominantemente curtos. Se voce quer mais, veja o plano diretor do Rio de janeiro e confira o que é área urbana.
Favela é foi e será ambiente urbano.
Voce ja acompanhou uma operação de perto pra saber como operam os snipers? ja chegou perto de um fuzil na sua vida?
Boa opção o 7,62 porque você não mora na área de conflito. Se morasse ou se seus parentes fossem vítimas potenciais não pensaria assim. Duvida, vá ao Rio e pergunte aos moradores.
Armas de maior poder causam feridas de maior gravidade. Pergunte aos médicos do Rio que eles te dizem o resultado do uso de fuzis na cidade. Pergunte a eles ou se informe em um livro de medicina legal a diferença. Ou procure na internet há amplas reportagens do resultado do uso de fuzis no Rio e os resultados na rede de saude. .
Fiz a 100 metros como fiz tiro de FAL a 700 metros com mira mecãnica. Eu fui atirador de equipe de tiro, profissional e instrutor. Vocé ja usou estas armas de que fala com tanta propriedade? Se não, fala do que não conhece ou do que ouviu falar. Informe-se melhor.
Se quiser ler livro meu, procura “Ações Constitucionais” pela editora Millenium, em co autoria com J J Calmon de Passos. Mas se preferir, tem um de ficção aqui mesmo e gratis: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0ByIqIKbd6naPYmI1OTZiNjUtMjllZi00MmU5LTkzOTYtYWExZDY3Y2M3ZmZk&hl=pt_BR
Te garanto que ia aprender mais sobre armas em um livro meu e não iria mais falar sem conhecimento de causa o que tem falado. E volto a repetir. não te desrespeitei pra você começar com ironias, recurso típico dos sem razão ou sem conhecimento.
Olha o que gente que realmente mexe com armas como eu e outros é capaz:
https://www.youtube.com/watch?v=HIwVK_FxGZk
Este ai também é um dos atirador mais velozes do planeta.
Colombelli
7 de agosto de 2014 at 20:58
“O problema do Rio não são tiros curtos, mas balas perdidas a km de distância atingindo civis que nem na área de conflito estão. Qual terá maior energia nestes locais a centenas de metros?”
Sua argumentação está correta, mas só faço um adendo: A questão principal está sendo a das vítimas colaterais nas favelas mesmo. Hoje em dia isso está sendo muito menos tolerado. Inclusive, sabendo disso, já houve casos de traficantes atirarem intencionalmentre em moradores durante tiroteios, pois sabem que a imprensa sempre parte do pressuposto de que toda vítima colateral foi de bala da polícia.
Até provar que focinho de porco não é tomada…
Groo
8 de agosto de 2014 at 14:41
“Os morros da cidade maravilhosa também possuem campos de tiro longos e por isso não se enquadram como um cenário urbano clássico.”
Apenas em locais com declive acentuado, como Rocinha, Santa Marta, Vidigal, Cantagalo, Chapéu Mangueira e alguns trechos do Complexo do Alemão. Tanto que as primeiras UPP’s foram para esses lugares (Exceto o Alemão e a Rocinha).
Não sou militar, não entendo de estratégia, mas sei que no caso do Alemão, em novembro/2010, teve que ser usado apoio de blindados M-113 e helicóptero. O blindado, até certo ponto – porque as ruas vão estreitando e chega a um ponto onde o blindado não progride mais, obrigando os combatentes a descer e avançar a pé.
Já o heli com Sniper pode acossar traficantes em posições elevadas e fortificadas – e estava sendo efetivamente usado no momento em que mais de 300 traficantes vão para o alto de um morro, em terreno aberto. Alvo em posição de tiro ideal para sniper.
Infelizmente tinha um heli da globo filmando tudo, e a ação do sniper teve que ser interrompida. Perdeu-se ali uma oportunidade maravilhosa de infringir um golpe devastador no tráfico.
Não entendo de armas, nem de táticas. Mas entendo de urbanismo. No Complexo do Alemão e em Manguinhos, por exemplo, a coisa complica. Justamente porque são lugares planos na maior parte, com edificações de dois, três e até quatro pavimentos e vias inicialmente largas, que vão se estreitando à medida que vai se adentrando, até chegar a vielas onde passa apenas uma pesoa por vez. Esse tipo de terreno favorece a defesa, tornando a progressão muito mais difícil, com muito maior probablilidade de dano colateral, principalmente quendo são usadas armas de alto poder de penetração.
(Na Mangueira, foi construída uma via elevada justamente para prover acesso direto da Polícia ao alto do morro. vez ou outra chumbavam trilho de trem nela.)
Nessa fecho com o Colombelli.
Me surpreende a Secretaria de Segurança Pública do RJ não investir em uma unidade especializada em drones. São ideais para o ambiente urbano sas favelas, podendo prover apoio em patrulhas nas áreas ocupadas por UPP’s, onde poderiam atuar de forma avançada e em altitude segura, indetectável, principalmente à noite.
“Me surpreende a Secretaria de Segurança Pública do RJ não investir em uma unidade especializada em drones…”
No Rio de Janeiro, a polícia já operou em 2002 um dirigível equipado com câmeras de alta resolução, capazes de registrar rostos e placas de veículos até a 15 km de distância, antes de ser desativado, no final de 2002, com a alegação que seu custo operacional, de R$ 586 mil mensais, era excessivo…
E houve até ação judicial, salvo engano da Defensoria Pública, naqueles arroubos de oportunismo judicial próprios do Ministério Público e da Defensoria Pública, atacando a operação dessa aeronave em áreas urbanas conflagradas sob a legação de invação de privacidade…
Que dirá drones…
errata: “sob a alegação de invasão de privacidade…”
Rafal, como sempre tuas intervenções são, oportunas, corretas e precisas.
A utilização preponderante do calibre .40 eliminaria a atitude dos traficantes de atirarem para por a culpa na PM, pois facilmente se saberia quem foi o autor, visto que armas de alta energia produzem ferimento muito diferentes. Mesmo dentro da favela, o numero de vítimas seria reduzido. Como disse, o calibre .40 tem grande poder de parada mas menos poder de penetração que um .38. Citei aqui o caso da instrução ministrada a PRF da região de Santa Maria onde depois os projéteis estavam soltos no solo, sequer tinham penetrado a terra a 25 metros.
Os drones e outros meios de inteligencia deveriam se operados para fornecer informação de posições para o assalto da tropa para os snipers (especialmente estes ultimos).
Como tu bem ressalta, o Rio tem caracteristicas de urbanização muito peculiares. Porém, como venho dizendo, e creio que tu concordas, ainda é um ambiente urbano de ação ( cuja determinação independe de campos de tiro longos ou curtos que estão presentes em ambiente urbano ou fora dele) e não podem ser utilizados paradigmas de áreas de guerra para aplicação ali. Enquanto a polícia do Rio agir partindo da premissa de uma guerra, com largo emprego de armas militares ( entregues majoritariamente a despreparados ou preparados mas irresponsáveis) o Rio continuará a ter vítimas de guerra, como afiançam os médicos da rede de saúde quando em mais de uma oportunidade frisaram que ali se pratica medicina de guerra em vista dos ferimentos causados por armas de alta energia.
Tenho firme convicção, como atirador, instrutor de tiro e militar que fui que o que a polícia faz hoje no Rio com fuzis, faria com carabinas e apoio de alguns snipers, com muito menos risco à população. Se armas são perigosas para a população em qualquer caso, é menos arriscado ter vitimas potenciais em algumas centenas de metros e atingidas com projéteis com grande perda de energia do que em 03 quilômetros por projéteis que a um km perfuram um capacete de aço ou passam uma parede. .
Colombelli
10 de agosto de 2014 at 21:00
“o Rio tem caracteristicas de urbanização muito peculiares. Porém, como venho dizendo, e creio que tu concordas, ainda é um ambiente urbano de ação”
Certamente. É o que chamamos de urbanismo espontâneo: casas construídas onde cabiam, com pequenas e estreitas vielas para circulação a pé apenas. Nem veículos de duas rodas circulam em determinados trechos, onde passa apenas uma pessoa por vez.
É um pesadelo para a saúde pública: vielas úmidas e mal-iluminadas, focos de doenças como tuberculose.
É um pesadelo para a segurança pública: não se sabe o que vai se encontrar na próxima viela. Qualquer avanço se fará sem apoio de qualquer elemento mecanizado. Luta-se preocupado não apenas em acertar vagabundo, mas também em não acertar morador.
E, quanto mais estreitas as vielas, de fato, menor o alcance de visão. Tanto para quem ataca quanto para quem defende. Nesse tipo de terreno, armas de longo alcance letal não são só desnecessárias mas, como afirmou, perigosíssimas. É querer matar mosquito com canhão.
Deixemos esse ônus para a vagabundagem.
CORRIGINDO:
Colombelli
10 de agosto de 2014 at 21:00
“o Rio tem caracteristicas de urbanização muito peculiares. Porém, como venho dizendo, e creio que tu concordas, ainda é um ambiente urbano de ação”
Certamente. É o que chamamos de urbanismo espontâneo: casas construídas onde cabiam, com pequenas e estreitas vielas para circulação a pé apenas. Nem veículos de duas rodas circulam em determinados trechos, onde passa apenas uma pessoa por vez.
É um pesadelo para a saúde pública: vielas úmidas e mal-iluminadas, focos de doenças como tuberculose.
É um pesadelo para a segurança pública: não se sabe o que vai se encontrar na próxima viela. Qualquer avanço se fará sem apoio de qualquer elemento mecanizado. Luta-se preocupado não apenas em acertar vagabundo, mas também em não acertar morador.
E, quanto mais estreitas as vielas, de fato, menor o alcance de visão. Tanto para quem ataca quanto para quem defende. Nesse tipo de terreno, armas de longo alcance letal não são só desnecessárias mas, como afirmou, perigosíssimas. É querer matar mosquito com canhão.
Deixemos esse ônus para a vagabundagem.
Desculpem se minha dúvida é imbecil mas como se consegue mirar a 400 metros de distância em pessoas que mal se consegue ver por pouco mais que frações de segundos?
Mayuan
A resposta a tua pergunta vai depender do tipo de arma usada e da função do atirador.
Se ele é um sniper, não é algo tão dificil. Pra você ter uma ideia, um atirador mediano com um bom fuzil de precisão acerta fácil a 100 metros uma moeda. Um bom atirador corta um cigarro ou uma caneta nesta mesma distância. A 400 metros a diferença não é muita.
Já se esta usando fuzil sem luneta, mesmo que com miras holográficas, a coisa se complica um pouco. Se o objetivo é um atirador escondido que mostra apenas fração do rosto, por exemplo, primeiro a posição dele é plotada. Depois se faz a mira no ponto provável de surgimento e no menor sinal de movimento é feito o disparo. Atira-se em uma área provável, não em um ponto preciso. Pra você ter uma ideia, se a massa de mira não tiver sofrido redução por torneamento, normalmente a esta distância (400 metros) ela cobre totalmente uma pessoa. Por conta disso, o tiro é feito mediante pontos referenciais e não com pontaria direta.
Justamente por conta disso é que tiros nestas distâncias devem ser evitados em áreas urbanas, salvo para snipers.
Mais um motivo para não se usar o calibre 7,62 ou 5.56 em ambiente urbano e em operações policiais, pois uma das vantagens, que são os tiros a maior distância, deixa de existir, com o problema da perfuração sem controle. Bons atiradores cobrem 90% dos disparos com carabinas de menor calibre e armas curtas. O resto fica pros sipers.
So por curiosidade, contra alvos em movimento existem duas técnicas de tiro. Uma é a antecipação com calculo de decalagem. A outra é o acompanhamento com previo lançamento da decalagem. O calculo em ambos os casos leva em conta distância, tempo de trajetória e velocidade provável do alvo, com uso de tabelas.
Prezado Colombelli,
Algumas destas técnicas eu conheço por ler a respeito mas bem pouco comparado ao que você citou até porquê sou civil e nunca fui atirador.
Ainda assim, tenho muita dificuldade em pensar como a policia poderia fazer amplo uso de snipers uma vez que são centenas de favelas diferentes, geralmente a polícia está em baixo e os traficantes em cima, a polícia parte de um terreno aberto para um fechado, o cenário é extremamente dinâmico e etc. Resumindo, é um cenário CQB e usar snipers nesses cenários é notoriamente complexo.
Penso que com o grau de profissionalismo que o BOPE e CORE atingiram, se o uso de snipers amplamente utilizável, eles já estariam utilizando-os em larga escala. Pode até ser uma questão doutrinária mas custa-me crer que não esteja embasada em critérios técnicos também.
Mayuan, mas eles usam. A equipe de atiradores do BOPE é muito boa por sinal. Se não usam mais é porque é desnecessário. Em média, um sniper/DM a cada pelotão (aproximadamente 30 homens) dá conta de apoiar em qualquer cenário, seja policial, seja de guerra.
O número de favelas não é óbice, pois as intervenções se dão em uma ou poucas de cada vez, e a PM convencional também tem seus atiradores. Em qualquer caso a equipe, formada no máximo por 03 elementos, pode tomar posição discretamente e quando a tropa chega, ja está em posição cobrindo o avanço desde o início.
Quanto ao cenário, recordo que snipers e DM foram usados largamente em Estalingrado (Zaitsev), em Sarajevo, em Falluja e em outros ambientes urbanos. Os campos de tiro se reduzem em distância para até no máximo 400 metros, mas a precisão é requerida para atingir frestas e pequenas partes expostas. Não é o cenário ideal do Afeganistão, que permitiu os disparos mais longos da história, ja beirando os 3 km, mas é perfeitamente factível e util. .
A questão não é nem aumentar o número de snipers/DM, mas sim de retirar as armas de alta energia da dotação geral, Elas acabam produzindo um enorme volume de fogo que põe em risco a população de 03 km em volta e apresentam projeteis sobre os quais não se tem nenhum controle na balistica final. Quem for atingido está ferrado.
Justamente porque as técnicas que acima mencionei são imprecisas, mesmo atiradores muito bons sem uso de fuzis de precisão poderão acertar inocentes quando projéteis ultrapassarem o alvo e mais tres paredes. Já fiz experiências praticas pessoalmente e um 7,52 ultrapassa fácil paredes de concreto dependendo da situação, Imagine-se de tijolos.
Me dirá que com o sniper isso também pode ocorrer. Sim, mas ele tem condições de avaliação muito melhores do que um atirador cuja massa de mira cobre inteiramente seu alvo a 250 m.
Volto a repetir, o fogo de contenção, os bons atiradores do BOPE e da CORE podem fazer com carabinas .40. Quanto aos demais policiais do Rio, será um serviço a sociedade tirar-lhes fuzis e por-lhes em mãos armas com bom poder de parada e pouca capacidade de perfuração, pois são irresponsáveis e amadores. Basta ver os vários videos Estou falando disso: https://www.youtube.com/watch?v=-If0HN4LXwc
Como não vai morrer inocente assim? Centenas de tiros pra abater dois ou tres. Com snipers é one shot, one kill
Veja-se a diferença: https://www.youtube.com/watch?v=3U2RmheSAyg
A propósito, estes que atiraram são policiais ou ex militares, pois o método é profissional 3, 2 ,1…
Prezado Colombelli,
Eu sei que ambas as unidades fazem uso de snipers. Já assisti apresentação do Bope onde se mencionava o uso de snipers. De fato são de grande valia para a unidade e para a sociedade. Um grande exemplo disso foi a ação em que um assaltante armado de granada ameaçou uma vítima e foi neutralizado com um único disparo disparado pelo Major Busnello que depois faleceu em outra operação. O uso de um sniper poderia ter facilmente evitado a ação desastrada ocorrida no caso do ônibus 174. Sou amplamente favorável ao seu uso.
De fato, os policiais do primeiro vídeo dão tiro até cansar mesmo sem saber bem onde e colocam em risco a vida dos moradores. Já o segundo vídeo já havia assistido antes e é justamente ele que me coloca em dúvida quanto ao acerto de munir a tropa de carabinas com calibre de pistola e apenas alguns poucos de fuzis de precisão. Nesse vídeo, de 3 alvos possíveis, ele consegue abater apenas 1. Ressaltando que ele perde a visada 2 vezes até disparar na terceira oportunidade. Isso contra alvos distraídos e andando bem devagar. Ou ele carecia de treinamento (é possível) ou as condições necessárias para uma ação mais efetiva não são possíveis nesse tipo de cenário. Situação semelhante aliás, à que ocorreu na ocupação do Alemão, onde, de uma horda de traficantes em fuga, poucos foram abatidos por fogo de snipers.
Resumo, nesse tipo de ação, não se pode prescindir de snipers mas também não parece prudente depender deles ao ponto dos demais policiais portarem carabinas de efetividade questionável.
No frigir dos ovos, são apenas observações de um amador que nada tem de experiência prática. Boas apenas mesmo para contraponto de debate.
Grande e cordial abraço.
Prezados, bom dia!
600 fuzis entregue ao BOPE isso acho ótimo, porem esse calibre 7,62 x 51 ou 308 nato acho desnecessário em ambiente urbano ja que todos nos sabemos que é um calibre com alto poder de perfuração e ainda é um fuzil comprido para as vielas. A melhor alternativa para as forças especiais e para policia em maneira geral seria fuzis tipo fuzil bullpup em calibre 5,56 x 45.
obrigado a todos
[…] sono scarsi e il pericolo onnipresente. La dimestichezza nell’uso dei fucili d’assalto FAL e AR-10 A4 è un imperativo categorico, così come il savoir faire nelle arti marziali (il jujitsu), nel […]