Único latino-americano a participar da 1ª Guerra, Brasil mostrou despreparo

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Oficiais foram combater e navios patrulhar Atlântico, dizem historiadores. 165 brasileiros morreram; 5 pilotos abatidos e médicos, infectados por gripe.

Tahiane Stochero

ClippingNEWS-PA  A pequena atuação na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), que começou cem anos atrás, demonstrou o total despreparo militar brasileiro para um conflito de grandes proporções e provocou mudanças na organização e no treinamento dos soldados, permitindo que o país pudesse ter uma presença maior na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), segundo especialistas ouvidos pelo G1.

Além do grupo de 28 oficiais enviados à França com a missão secreta de aprender operações e conhecer novas tecnologias de combate, o Brasil mandou ainda uma equipe médica, uma esquadra naval para patrulhar a costa africana e aviadores, que atuaram em aeronaves inglesas, francesas, americanas e italianas. Ao menos 165 militares brasileiros morreram nestas missões. A maioria, no entanto, foi vítima da gripe espanhola, não de combates. Cinco pilotos, da Marinha brasileira, foram abatidos quando confrontavam caças alemães.

“Mesmo após a Guerra do Paraguai (1864-1870) e o Contestado (1912-1916), nossa participação na 1ª Guerra Mundial demonstrou o total despreparo militar e a necessidade de se aperfeiçoar o treinamento e o equipamento das Forças Armadas. Logo que a guerra acabou, o governo brasileiro contratou uma missão francesa, que ficou no país 19 anos ensinando e reorganizando nossas tropas”, afirma o historiador Adler Homero Fonseca de Castro, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Houve uma grande mudança na mentalidade militar após a guerra. As batalhas anteriores, em que havíamos participado, tinham sido improvisadas e se pensou: vamos resolver o problema a partir de agora”, entende ele. Entre os aprendizados incorporados pela participação são citados a aquisição de carros de combate blindados, o uso de lança-chamas e de metralhadoras, a necessidade de se estudar a guerra antissubmarina, o aperfeiçoamento de treinamentos e a organização das academias militares.

Pressão pública levou à guerra

O Brasil foi o único país sul-americano a participar efetivamente da 1ª Guerra Mundial, segundo três historiadores ouvidos pelo G1.

Conforme o mestre em história e relações internacionais Valterian Braga Mendonça, “apesar de Cuba, Panamá, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Haiti e Honduras declararem guerra à Alemanha, o Brasil foi o único a ter participação ativa. Nossa contribuição militar foi simbólica, mas a contribuição na área comercial foi significativa, mormente quando os aliados careciam de alimentos e de matérias-primas”, afirma ele.

“Os demais países latino-americanos que se declararam em guerra, com pequena população, forças armadas incipientes e em constante instabilidade política, nada de significativo podiam fazer”, acrescenta ele.

Argentina, Chile, Paraguai e Venezuela declararam-se neutros. México não se pronunciou, mas conservou neutralidade, já Bolívia, Equador, Peru e Uruguai romperam relações diplomáticas com a Alemanha, mas não declararam guerra, explicam os pesquisadores.

O Brasil só decidiu entrar no conflito e declarar estado de guerra em outubro de 1917, após manifestações violentas nas ruas e a pressão da opinião pública, provocadas pela perda de seis navios mercantes, que foram afundados, carregados de café, por submarinos alemães.

“Foi como os protestos de 2013, que varreram o país. Houve quebra-quebra, destruição de comércios e casas de descendentes de alemães, principalmente na Região Sul. Havia uma revolta social na população contra a Alemanha que levou o país a tomar uma posição”, diz o coronel Luíz Ernani Caminha Giorgis, pesquisador da história militar brasileira.

Nos meses seguintes, o governo confiscou 42 navios mercantes alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indenização de guerra. Elas passaram a pertencer à frota brasileira. Parte das embarcações, segundo os historiadores, foi destruída ou sabotada pelas tripulações, que foram detidas.

“Nós estávamos totalmente atrasados militarmente para uma guerra das proporções da 1ª Guerra Mundial. Serviu para o Brasil melhorar e aprender, para estar pronto para mandar uma força expedicionária de 25 mil homens em 1942 para a 2ª Guerra Mundial”, salienta ele. Em 1893, o Exército havia comprado 600 mil fuzis Mauser alemães e o alto comando acreditava, até então, que a doutrina militar da Alemanha era a melhor no mundo e deveria ser adotada pelo país, diz o oficial.

“O ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, calculava que o Brasil poderia mandar uma força de 150 mil homens para lutar contra a Alemanha. O efetivo do Exército em 1917 era de apenas 18 mil soldados e nem havia alistamento obrigatório (que foi criado após o conflito). Era uma propaganda para disseminar boatos, mas o Brasil não tinha condições financeiras e nem meios para recrutar, transportar, armar, treinar e manter este efetivo. Na 2ª Guerra, a força expedicionária só foi maior porque os Estados Unidos apoiaram”, entende Mendonça.

Na 2ª Guerra Mundial, em 1944, o Brasil mandou uma força expedicionária de 25 mil homens. Naquela época, o efetivo do Exército era de 175 mil soldados.

As 4 participações do Brasil

Oficiais combatem para aprender

Uma das principais atuações brasileiras na guerra foi o envio de 28 oficiais para aprender operações e estudar a aquisição de material. ““Esta atuação foi a de maior aprendizado. Eles foram, na verdade, combater com o Exército francês”, diz o coronel Giorgis.

O que mais se destacou entre eles foi o tenente José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que acabou ferido em combate e contraindo tifo, após comandar uma fração de turcos “aguerridos” e vencer batalhas, segundo Cláudio Bento, Presidente da Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil.

“Ele foi condecorado e comandou carros de combates Renault nas linhas de frente. Ao voltar para casa, brigou para que o Brasil comprasse blindados e também para a vinda da missão francesa, que reorganizou a estrutura militar do país e ensinou técnicas de combate entre as duas grandes guerras”, diz.

Divisão naval para a África

Oito navios brasileiros, entre eles torpedeiros e cruzadores, foram incumbidos de patrulhar a costa africana e proteger o Atlântico de possíveis ataques de submarinos alemães, em especial um triângulo entre Dacar, São Vicente, o Arquipélago de Cabo Verde e Gibraltar.

Movidos a carvão, e relativamente novos, comprados do Reino Unido, não chegaram a entrar em combate. O rebocador Laurindo Pitta, que atuou no conflito, é a única embarcação da Marinha ainda em funcionamento desde aquela época e realiza passeios na Baía de Guanabara, no Rio.

“Logo que os navios aportaram em Serra Leoa, 158 marinheiros morreram de gripe espanhola. A missão progrediu até Gibraltar para encontrar a Armada britânica, mas no dia seguinte a guerra acabou. Foi um fracasso total”, diz o coronel Giorgis.

O almirante Armando de Senna Bittencourt, diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, relembra que até então navios brasileiros nunca haviam se envolvido em conflito fora da América do Sul. “A Alemanha percebeu que o grande trunfo dela eram os submarinos e começou a afundar navios mercantes, inclusive brasileiros, indiscriminadamente. O Brasil dependia muito da exportação de matérias primas e da importação de petróleo. Não podíamos deixar que fosse interrompido o tráfego marítimo”, relembra.

“Não dominávamos as táticas antissubmarino. E era nisso que queriam a nossa ajuda”, diz.

Aviação de combate

Para enfrentar a força aérea alemã, o Brasil mandou 24 pilotos da Marinha e do Exército, que foram trabalhar em aeronaves de França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália.

“A aviação foi usada pela primeira vez como arma de combate neste conflito. Cinco brasileiros morreram, quatro em combate e um em acidente. Serviu para o Brasil se preocupar com isso e aperfeiçoar a aviação. Uma das consequências foi a criação da Força Aérea, em 1941.” diz o coronel Giorgis.

Missão médica

Em um antigo convento de Paris, 161 brasileiros, a maioria médicos voluntários, comandados por um coronel do Exército, fundaram um hospital com mais de 500 leitos para tratar feridos em batalhas e infectados pela gripe espanhola.

Com “sucesso total”, segundo o coronel Giorgis, a missão foi estendida para o interior da França, atuando até seis meses após o término da guerra e só retornando ao Brasil em fevereiro de 1919.

“Quatro integrantes da equipe morreram no navio a caminho da França, acometidos pela gripe. Dezesseis outros médicos também ficaram doentes, mas foram curados. O envio de uma missão médica de tão grande porte em um prazo tão exíguo, justamente sendo o Brasil tão carente de serviços de saúde na época, só tinha como justificativa o governo querer aproveitar qualquer oportunidade para demonstrar colaboração aos Aliados”, entende Valterian Mendonça.

FONTE: G1

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vjbreternitz
10 anos atrás

Mais uma vez: o texto diz que “o tenente José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que acabou ferido em combate e contraindo tifo, após comandar uma fração de turcos “aguerridos” e vencer batalhas” – metem-se a escrever sobre o que não conhecem e escrevem besteiras: os turcos eram nossos INIMIGOS….

Marcos
Marcos
10 anos atrás

… e quando chegou na II GG, também mostrou-se despreparado: utilizava uma doutrina francesa que mostrou-se ineficiente.

Vader
10 anos atrás

A missão militar francesa foi uma das maiores vergonhas que existiram na nossa história. Com ela os franceses nos venderam seus cacarecos bélicos que não eram usados por suas FFAAs, e nos repassaram sua doutrina de combate ultrapassada e obsoleta.

O resultado foi o que se viu quando o Ditador GV quis entrar na guerra: não fosse o Tio Sam armar e equipar a FEB, a FAB E a MB, e de novo não teríamos participado da guerra.

Essa do “pelotão de turcos aguerrido” foi de lascar…

Rafael M. F.
Rafael M. F.
10 anos atrás

“Ao menos 165 militares brasileiros morreram nestas missões. A maioria, no entanto, foi vítima da gripe espanhola, não de combates. Cinco pilotos, da Marinha brasileira, foram abatidos quando confrontavam caças alemães.”

Essa info está incorreta. Os pilotos navais brasileiros não atuaram no front, e sim no Canal da Mancha, fazendo patrulhas. O único brasileiro que atuou no front foi D. Antônio Gastão (filho da Princesa Isabel), mas pelo RFC. Morreu em um em um acidente aéreio durante um treinamento, em 1919.

E, de fato, 158 marinheiros da DNOG faleceram em consequência da gripe espanhola.

“O Brasil só decidiu entrar no conflito e declarar estado de guerra em outubro de 1917, após manifestações violentas nas ruas e a pressão da opinião pública, provocadas pela perda de seis navios mercantes, que foram afundados, carregados de café, por submarinos alemães.”

O mesmo historiador Valterian Braga Mendonça refuta essa versão da pressão da opinião pública, afirmando em sua tese de mestrado “A Experiência Estratégica Brasileira na Primeira Guerra Mundial, 1914-1918” (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp077647.pdf) que o Brasil entrou na guerra contra os alemães porque buscava um maior espaço perante a comunidade internacional. Com pouco esforço, diga-se de passagem…

“Em 1893, o Exército havia comprado 600 mil fuzis Mauser alemães e o alto comando acreditava, até então, que a doutrina militar da Alemanha era a melhor no mundo e deveria ser adotada pelo país, diz o oficial.”

Outra informação imprecisa. A missão militar alemã data de 1906.

“O ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, calculava que o Brasil poderia mandar uma força de 150 mil homens para lutar contra a Alemanha. O efetivo do Exército em 1917 era de apenas 18 mil soldados e nem havia alistamento obrigatório (que foi criado após o conflito). Era uma propaganda para disseminar boatos, mas o Brasil não tinha condições financeiras e nem meios para recrutar, transportar, armar, treinar e manter este efetivo.”

Outra informação incorreta: O Brasil havia instituído o serviço militar compulsório em 1916. O Exército era composto por 50.000 homens e não havia força de reserva formada.

O problema principal nesse momento era a agitação interna. Já havia ocorrido a Guerra do Contestado em 1915-16, que evidenciou antigas – e graves – falhas de organização do EB. E em 1917 estavam ocorrendo graves agitações nos grandes centros urbanos, pois as condições de trabalho, em particular nas grandes fábricas, era desumana – lembremos que a primeira greve geral no Brasil ocorreu em 1917.

O Exército foi mantido de prontidão, não para partir para a Europa. Mas para garantir a ordem interna.

“Oito navios brasileiros, entre eles torpedeiros e cruzadores, foram incumbidos de patrulhar a costa africana e proteger o Atlântico de possíveis ataques de submarinos alemães, em especial um triângulo entre Dacar, São Vicente, o Arquipélago de Cabo Verde e Gibraltar.

Movidos a carvão, e relativamente novos, comprados do Reino Unido, não chegaram a entrar em combate.

A DNOG, com todos os problemas relativos à material, distância, e a gripe espanhola – que matou pelo menos 10% da tripulação – cumpriu seu papel.

A esquadra brasileira, embora pequena – eram dois encouraçados, dois scout (cruzador ligeiro de escolta, a faixa de 3.000 ton) e dez contratorpedeiros, mais os navios remanescentes do fim do séc. XIX (chamados de “esquadra velha”) – ainda era relativamente moderna, com seus navios sendo incorporados em 1910.

Isso não foi ignorado pelos aliados, em particular os ingleses, que estava desesperados por escoltas que pudessem atuar em teatros secundários, dessa forma liberando seus CT’s e cruzadores para escoltas de comboios.

Embora ainda moderna quando da declaração de guerra ao Império da Alemanha em 1917, a Armada já estava obsoleta frente à tecnologia naval européia, que evoluiu absurdamente durante a guerra. Ainda assim seus cruzadores e contra-torpedeiros tinham utilidade, mas o estado dos mesmos estava tão deplorável que a muito custo conseguiu se formar uma divisão naval para patrulhar o Atlântico Norte.

Para se ter uma idéia do desespero dos aliados, a DNOG, ao chegar a Dakar, ficou estacionada simplesmente aguardando uma definição, pois ingleses e franceses estavam saindo no tapa para ver quem ficava com as escoltas…

Quando a Divisão seguia para Dakar, um submarino alemão tentou torpedear o tender Belmonte, mas o ataque falhou e o mesmo revelou sua posição, com os contratorpedeiros avançando para cima dele com toda a força das máquinase lançando cargas de profundidade na provável trajetória do submarino.

Os ingleses relataram dias depois o desaparecimento de um submarino alemão na área, e atribuíram esse provável afundamento à DNOG. E encontraram o torpedo – que ficou em exposição no HMS Victory durante anos. Não sei se ainda está em exposição.

De acordo com Prado Maia, no livro “D.N.O.G. (Divisão Naval em Operações de Guerra), 1917-1918: uma página esquecida da história da Marinha Brasileira”:

“Na véspera da chegada a Dakar, noite de 25 para 26 de agosto, sofreu a Divisão um ataque torpédico de submarino inimigo, que, avistado na superfície, sem possibilidade de dúvida, pelo pessoal da vigilância do Rio Grande do Norte, Bahia e Laurindo Pitta, foi imediatamente atacado com tiros de canhão e bombas de profundidade.

Cerca de 20h. 15m. do dia 25, os dois primeiros navios deram o alarma de submarino à vista e abriram fogo sôbre êle, que procurava imergir após haver lançado um torpedo contra o Belmonte. Como o fato se deu numa hora em que todos ainda estavam acordados, as guarnições viveram instantes de angustiosa expectativa, aguardando quase sem respirar o impacto do torpedo, cuja esteira fosforecente era claramente observada. Os navios, navegando em ziguezague, atiravam sôbre o submarino e sôbre a rota do torpedo. Afinal, êste transpõe o alvo, passando-lhe a uns vinte metros da pôpa. Foi um instante de profunda emoção cuja lembrança ainda hoje, quarenta anos transcorridos, faz com que os olhos daqueles que o viveram se encham de lágrimas.

Embora vários navios da Divisão houvessem atirado e lançado bombas de profundidade sôbre o navio inimigo, a façanha do seu afundamento é justamente atribuída ao CT Rio Grande do Norte. Neste navio, um marinheiro que nunca avistara antes um submarino, o então 1a classe, artilheiro, hoje 1o tenente reformado Lourenço Eduardo Eustáquio dos Santos, descrevia, com perfeição a respectiva torreta de comando. Foi êsse marinheiro que, achando-se em serviço de vigilância e prontidão junto ao canhão de 101mm da proa, primeiro abriu fogo contra a belonave por ordem do comandante. Dirigia o fogo de artilharia o 2o tenente Floriano Peixoto Cordeiro de Faria. Os canhões de 101 e 47mm alvejaram o submersível; desaparecido êste, avançou o CT na direção de sua provável rota e atirou várias bombas de profundidade. Os demais navios seguiram rapidamente outras direções, lançando também bombas de profundidade sôbre os possíveis caminhos tomados pelo inimigo.

Não houve certeza da sua destruição, por não se haver constatado vestígios denunciadores. Aliás, a escuridão da noite dificultava sobremaneira essa verificação, pois nem mesmo o óleo poderia ser percebido na face do mar. Mais tarde, entretanto, o Almirante Frontin foi cientificado de que , de uma relação do Almirantado Britânico, constava o desaparecimento de um submarino alemão na rota da Divisão Brasileira, e a esta era atribuído o afundamento. Também o vice-almirante Hischcot Grant, comandante da base inglêsa de Gibraltar, confirmou o fato ao nosso chefe, o que o levou a aceitá-lo como real.”

Laércio Becker
Laércio Becker
Responder para  Rafael M. F.
5 anos atrás

Não foi só D. Antônio Gastão. Seu irmão D. Luís Maria também atuou no front.

Soldat
Soldat
10 anos atrás

“Em 1893, o Exército havia comprado 600 mil fuzis Mauser alemães e o alto comando acreditava, até então, que a doutrina militar da Alemanha era a melhor no mundo e deveria ser adotada pelo país, diz o oficial.”

Com certeza é a melhor e sempre foi e sempre será!!! o problema é ter que lutar contra o mundo todo ai fica difícil assim não dá…

Opsss..excuse……………relapse.

usa..usa..usa…

CorsarioDF
CorsarioDF
10 anos atrás

Soldat,

O maior problema alemão não são seus Generais, mas quem realmente mandam neles…

ST

CorsarioDF
CorsarioDF
10 anos atrás

Mas entre a Missão Militar Francesa e as técnicas dos índios Tupis Guaranis, eu ficaria com os índios…

cfsharm
cfsharm
10 anos atrás

Existem algumas coisas que me irritam profundamente, uma delas são “especialistas” que a despeito de dados coletados emitem a opinião pessoal como se estes fossem meros detalhes. Estou me referindo a parte específica da missão médica.

161 VOLUNTÁRIOS – se dispõem a tratar de feridos e doentes na área de conflito e isto é considerado um exagero devido a carência do Brasil na época. Se não tívesse ido ninguém, provavelmente a crítica seria em função de não se ter feito nada. A missão foi bem sucedida – num ambiente especialmente desfavorável com uma epidemia extremamente virulenta com alta taxa de mortalidade. Lembrando o alto risco dos que prestavama assistência pois estavam expostos.

Há que se lembrar que em Saúde o sucesso do atendimento não é calcado apenas e tão somente no material humano, infra-estrutura e suprimentos são indispensáveis. E este velho problema já existia naquela época.

E finalmente, temos mais um exemplo da “dor e a delícia de ser brasileiro” parafraseando Caetano. Embora despreparados, mal-equipados e com uma série de problemas – BRASILEIROS mais uma vez cumpriram com seu dever. Embora se conviva com o complexo vira-lata todos os dias, na adversidade se sobressai a virtude de se fazer o melhor com o que se dispõe, desde que estejam envolvidos homens conscientes de seus deveres.

Se houvesse planejamento, execução exemplar e compromisso poderíamos finalmente sermos gigantes e não anões ( sem ratificar a fala do porta-voz israelense).

Sds.