Vídeo: conheça o Pantsir S1, sistema de defesa antiaérea de fabricação russa que será adquirido pelo Brasil
Assista ao vídeo com legendas em inglês que mostra o funcionamento do impressionante sistema de defesa antiaérea Pantsir S1, que em breve deve ser adquirido pelo Brasil para equipar o Exército, Aeronáutica e Fuzileiros Navais.
Pergunta ao grande mestre Bosco , como se daria um enfrentamento do sistema Pantsir S1 contra mísseis de cruzeiro tomahawk ..
SDS ..
N sou o Bosco, mas acho q ele concordaria comigo:
Se o tomahawk tiver o azar de cruzar a menos de 20km (LOS) de um desses, existem grandes chances de ser abatido, porem a chance disso acontecer eh pequena visto que para um minimo teatro de operacoes seriam necessarios muito mais unidades do que as que o PT pretende adquirir.
Vespão e Blind,
Contra um alvo com um RCS menor que 0,1 m²m como o Tomahawk, o Pantsir (de acordo com o site Ausairpower) só iria adquirí-lo a cerca de 10 km.
O Tomahawk Block IV, a última versão, é dito ter um RCS 10 x menor que as versões anteriores, o que o deixa na faixa de 0,01 m².
No mano a mano, e excluindo toda e qualquer variável, o Pantsir teria grandes chances de sair vitorioso contra o míssil cruise americano, tendo em vista que o Tomahawk Block IV tem apenas a discrição como proteção, não tendo capacidade de contra-medidas ou de contra-ataque.
O problema é que numa situação real, em que um alvo sabidamente estivesse protegido por unidades de combate Pantsir, com certeza haveria a participação de vários Tomahawks atacando simultaneamente e de várias direções, de modo a saturar as defesas.
O Pantsir pode atacar até 4 alvos ao mesmo tempo, mas todos vindos de uma mesma direção. Se usarem a tática de atacar de várias direções de forma coordenada, um ou outro Tomahawk iria passar.
Essa informação que o Pantsir tem alcance de 20 km horizontal e 15 km vertical é enganosa.
Esses números se referem ao desempenho nominal ou teórico, máximo.
Por exemplo, não duvido que o míssil do Pantsir possa atingir um C-130 voando a 20 km de distância e a uns 8000 metros de altura. Assim como não duvido que o Pantsir possa atingir um C-130 voando a 15 km de altitude, a 12 km de distância.
O que não ocorre é o C-130 ser interceptado estando a 20 km de distância horizonta e a 15 km de altitude. Isso nunca ocorrerá, nem com o Pantsir, nem com qualquer outro míssil sup-ar.
O envelope cinético de um míssil sup-ar é semelhante a uma elipse, com as bordas arredondadas, e não a um retângulo.
Nunca haverá coincidência do maior alcance com a maior altitude, nem pro Pantsir nem pra qualquer outro sistema no mundo.
Além disso há outros fatores que limitam o desempenho do sistema. O RCS do alvo é um deles. Outro é a capacidade de manobra do alvo ou a trajetória dele em relação ao lançador.
Um C-130 pode ser detectado pelo Pantsir no limite do alcance do radar (40 km), mas um míssil Harm ou Tomahawk só o seria a 10 km ou menos.
Já um helicóptero apache a pouco mais de 12 km. Um F-22 seria detectado tão perto que daria pro operador do Pantsir ver a cor do olho do piloto do caça. rssssss
Aliás, nunca se ouviu falar de um único Tomahawk atacar um alvo sozinho, mesmo que o alvo estivesse desprotegido.
Blind,e Bosco .
Bela aula dos amigos , fico feliz q teremos mesmo em poucas unidades um sistema capaz de enfrentar mesmo com as restrições lembradas pelo grande mestre Bosco um missil de cruzeiro …
sds
Isso tudo só me faz lembrar a BILIONÁRIA base de submarinos da MB e sua inexistente, até então, defesa aérea.
Ah! E antes que alguém diga que um C-130 não voa a 15.000 metros de altitude, eu informo que o citei como exemplo apenas de forma ilustrativa, sem me preocupar com a precisão dos dados.
Uma bela máquina, video bacana, aula do Bosco excepcional como sempre .
Sds.
Amigos, bom dia
Fiz esta pergunta em outro post, to repetindo aqui, pois não obtive alguma resposta.
No caso da lei do abate, ha uma necessidade de aprovação do GF para que o aviao interceptado seja abatido, e no caso de destas defesas aéreas, que são automaticas, uma vez detectado o alvo elas disparam, como fica esta lei do abate?
abraços
GC
Fábio,
Modernos sistemas AA conseguem identificar o amigo do inimigo (quase sempre) e conseguem quantificar o nível de ameaça. Ou seja, de todos os possíveis alvos sendo rastreados ao mesmo tempo, quais os mais ameaçadores.
Esses dados são mostrados no painel, mas quem dá a ordem de qual alvo deva ser engajado e deflagra a ação ofensiva é o operador.
Numa situação de guerra real o comandante da unidade ou mesmo o comandante da bateria teria de dar a ordem, já numa situação de paz, como a proteção de grandes eventos, a ordem deve partir de alguma autoridade superior até chegar ao comandante da bateria ou da unidade de combate.
Creio que o poder de dar essa ordem tenha sido delegado a algum militar que esteja no comando da operação de segurança, já que não haveria tempo hábil pra requisitar uma ordem da presidente.
Um abraço.
Um ótimo vídeo do mesmo programa sobre o T-90SM, mostrando inclusive o funcionamento do sistema ARENA.
https://www.youtube.com/watch?v=UeMVApuN2gE&index=9&
Obrigado Bosco pelas explicações.
Fábio
Fábio,
Alguns sistemas de defesa antiaérea têm um alto grau de IA e operam quase que de forma automática. Alguns até de forma automática. Mas são esse tipo de operação é mais comum na defesa naval, onde há menos chances de alarmes falsos.
Por exemplo, o sistema CIWS Phalanx tem modo de operação automático e pode por conta própria iniciar uma ação ofensiva se considerar que alguma ameaça adentrou o perímetro de segurança. Mas claro, não é totalmente confiável, haja vista que como norma ele é desligado ou posto no modo “manual” quando da operação de helicópteros ou aviões (no caso de porta-aviões).
Idem seu análogo, o SeaRAM, que usa mísseis.
Provavelmente outros sistemas CIWS, devido ao tempo de reação reduzido, também possam operar de modo automático.
Em navios, tendo em vista a crescente ameaça de mísseis antinavios, alguns altamente furtivos e outros, supersônicos, é cada vez mais comum que o sistema de combate do navio assuma a defesa do mesmo, com mínima participação humana ou mesmo de forma inteiramente automática já que em alguns casos, da detecção da ameaça ao impacto, haveria um período de alguns poucos segundos (30 segundos ou menos), o que redunda num tempo de reação incompatível com a fisiologia humana.
Em terra isso não é tão comum. Talvez apenas sistemas C-RAM (defesa contra morteiros, foguetes e obuses) possam operar de forma automática. Novamente o que deve ter essa capacidade é a versão Phalanx de uso em terra, conhecida como Centurion, com capacidade C-RAM.
Devido ao risco de falsos alarmes e ao tempo maior de reação de modo geral, a norma de sistemas antiaéreos em terra é serem operadas de forma a que haja a centralização do elemento humano na coordenação e comando das operações.
Um abraço.
Sobre o Pantsir-S BR, mesmo com a troca de caminhão e adaptações a serem feitas se a unidade russa com o caminhão KMAZ pesa 30 toneladas como dito no vídeo fica quase impossível que mesmo adaptado ele possa ser embarcado no KC-390 cuja carga máxima é de 23 toneladas.
O acordo prevê que após a entrega das três primeiras unidades fornecidas pela Rússia será emitida uma licença de produção dos sistemas no Brasil cujo número de sistemas Pantsir-S BR que pode ou se tenciona aqui produzir ainda não foi divulgado.
Ainda dentro do acordo de transferência de tecnologia está prevista a assistência técnica russa no desenvolvimento de um sistema similar nacional denominado Paraná.
Imagino que este sistema genérico com hardware nacional (diretora e armamentos), este sim, deverá ser desde o início projetado para ser aerotransportável pelo KC-390.
O Pantsir-S BR não é um sistema AA para proteger o território brasileiro e sim fazer a defesa de instalações estratégicas e o da Marinha realmente pode vir a compor a defesa das instalações de submarinos em Itaguaí com unidades remotas para proteção se necessário do polo de produção eletronuclear de Angra dos Reis.
Finalmente as unidades brasileiras terão uma preparação eletrônica diferenciada que as permita receber e incorporar informações do sistema de controle aéreo nacional e FEEDS originários de radares SABER 60 e os (futuros Saber 200) de modo que terão um alcance de vista ainda maior e as baterias assim interligadas poderão se espalhar por uma área ainda maior.
Seria interessante a opção de se incorporar os Saber 60 como radares auxiliares das baterias Pantsir-S BR.
Gilberto, Com certeza haverá o uso do SABER como radar auxiliar. Isso é conveniente por conta da necessidade de cobertura na hora de manutenção, pela redundância e principalmente pela segurança, pois permite que o radar do lançador somente seja acionado o mais proximo possivel do momento do disparo, dificultando o uso de misseis anti-radiação. .
Na verdade cada veículo de combate Pantsir é autônomo, portanto, é uma “bateria” em si.
Dizer que uma bateria Pantsir é composta por 6 veículos de combate é “força de expressão”.
Colombelli.
Inclusive o Pantsir pode usar o modo de aquisição de alvos via eletroópticos, sem o uso do radar de direção de tiro, o que impossibilita ele ser enquadrado por um míssil antirradiação.
Claro que nesse caso há uma redução do alcance de engajamento, não pode ser usado em tempo adverso e não há como engajar mais que uma ameaça de cada vez, mas é uma opção.
Caros colegas eu tenho uma duvida que gostaria que vcs me dessem uma resposta!
Por acaso esse sistema pode ser adaptado ao nosso porta aviões para que o mesmo possa se defender?
Sim, caro costamarques
Existem versões navais do Pantsir.
Srs, um off-topic interessante:
http://www.revistaoperacional.com.br/exercito/exercito-brasileiro-ira-lancar-uma-rfp-para-aquisicao-de-sistemas-de-armas-105-mm-que-irao-armar-os-vbr-mr-guarani-8×8/
Costamarques,
Há uma versão naval do Pantsir sendo desenvolvida ou já completada. Deverá substituir futuramente o atual Kashtan.
.
Essa questão ou não de ser compatível com o Kc-390 ainda não me entrou na cabeça, todos os outros países que possuem sistema similares utilizam aviões maiores como os C-17 ou Il-76, nas minhas contas vai faltar Kc-390, pra transportar toda uma bateira ia o que uns 6 ou 7 aviões, outra pergunta cada bateria são quantos veículos entre Lançadores de comando e remuniciadores.
Uitinã,
O site “ausairpower” cita como sendo uma bateria do Pantsir S1:
4 a 6 veículos de combate
1 veículo posto de comando
5 veículos de apoio/manutenção/oficina
2 a 3 veículos de recarga
Pode ainda vir com:
1 radar de busca UHF montado em caminhão + caminhão de controle
1 radar de busca UHF de baixo nível, montado em mastro, montado em caminhão + caminhão de controle
Ao todo são só 16 a 19 caminhões.
Cada veículo de combate montado em caminhão Kamaz 6560 pesa 41,3 t.
Para o nosso caso este configuração não interessa muito, pois teremos de ter um veiculo cobrindo cada alvo. ou seja, o ideal seriam 18 veiculos lançadores e cada qual com seu repositor, além de 03 a 06 oficinas “de área”.
Cada veiculo operando independentemente.