Míssil antiaéreo na Tijuca divide moradores

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Míssil antiaéreo na Tijuca

Míssil antiaéreo na Tijuca

Enquanto alguns rejeitam a presença dos militares, outros reivindicam proteção permanente contra assaltos

ClippingA possível instalação de uma bateria de mísseis antiaéreos da Marinha num prédio na Rua Maxwell, na Tijuca, está provocando polêmica entre os moradores. O objetivo da operação é manter pontos de observação para garantir as zonas de exclusão no espaço aéreo e a defesa antiaérea, nos sete dias de jogos da Copa do Mundo no Maracanã, incluindo a final. A instalação seria levada ainda a outros edifícios da região.

Ricardo Bizarelo, de 38 anos, que mora no edifício há 20, disse não ter gostado nem da possibilidade de instalação do material bélico, nem da forma como os moradores foram avisados:

– Acho desconfortável tê-los aqui. Fomos apenas comunicados, ninguém perguntou nada. O prédio nem é tão perto do Maracanã, e talvez fique um fluxo de entra-e-sai aqui.

Mas há quem apoie a ideia, como Sérgio Tadeu, de 60 anos, e Carmelix Marliere, de 44. Para ambos, há necessidade de segurança.

– Vai ser bom ter a presença deles aqui. Acho até um privilégio. Já nos avisaram que veremos homens armados, para não nos assustarmos. Segundo a administração, isso será somente nos dias de jogos no Maracanã – explica a moradora.

Sem confirmar quantos prédios serão usados, a Marinha diz que, por enquanto, foram feitos apenas alguns estudos, e que, até agora, nenhum material foi instalado. Mas os moradores do edifício, que tem 15 andares e 90 apartamentos, afirmam que, no elevador, já está fixada uma circular avisando sobre a presença de aparato militar. Ainda de acordo com a Marinha, apesar de a bateria pertencer a uma unidade deles, os estudos referentes ao uso de equipamentos e suas disposições ficam a cargo do Comando de Defesa Áerea Brasileira (Condabra).

Para alguns moradores, não há objeção à instalação do aparato militar, mas ao fato de o aumento na segurança ser apenas por causa da Copa.

– Deveriam ter essa preocupação sempre, porque nessa rua há muitos assaltos. Queria que o cuidado fosse permanente – disse a professora Regina Célia de Oliveira, de 59 anos.

Ações para proteger o espaço aéreo são comuns em grandes eventos e também aconteceram durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Conferência Rio+20 e a Copa das Confederações. (Raphaela Souza Ribas)

FONTE: O Globo

NOTA DO FORTE: esse procedimento é padrão em grandes eventos pelo mundo, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Empregam-se mísseis antiaéreos portáteis nas melhores posições, do ponto de vista de arcos de fogo.Nas fotos abaixo, mísseis antiaéreos instalados em Londres, durante as Olimpíadas.

Lançador de míssil antiaéreo em Londres - 1

Lançador de míssil antiaéreo em Londres - 2

Lançador de míssil antiaéreo em Londres - 3

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Gilberto Rezende
Gilberto Rezende
10 anos atrás

HA HA HA !!!

Perguntar o que senhor morador ???

Vai fazer votação de condomínio ou vai dizer que a convenção do prédio proíbe as forças armadas do país de montar misseis anti-aéreos na cobertura…

Tem cada uma…

Reinaldo Deprera
Reinaldo Deprera
10 anos atrás

O modelo socialista/populista que o Brasil usa desde Getúlio Vargas ou antes – na cabeça do cidadão médio – exige que, para que uma coisa possa ser feita, precisa estar regulamentada. Então, na cabeça desse pessoal, se não tem uma lei que diga que as Forças Armas podem colocar uma AAA em um prédio assim e assado, então Ela não poderá colocá-lo.

É bom deixar claro, desde criancinha, que se as Forças Armas quiserem colocar uma anti-aérea em cima da sua cabeça, ela fará isso (ponto). Não por razões civis, mas por questões de defesa nacional. Como será feito, está fora do escopo do Governo, as FA são órgãos de Estado.

Dito isso, existem razões sérias para que o Brasil possa ser transformado em palco de confronto referente a diversos contenciosos mundiais conhecidos. Imagino que, para certos grupos, o Brasil seja “um palco ideal”.

Save Ferris!

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Se um avião comercial sequestrado lotado de passageiros for jogado contra um estádio lotado, haverá milhares de mortos.
No caso do mesmo avião ser abatido antes, além dos passageiros do avião a ocorrência de vítimas no chão é muitíssima reduzida.
Moral da história: se um avião desgarrado estiver se dirigindo em direção a um estádio na hora de um jogo, fogo nele.

Antonio M
Antonio M
10 anos atrás

Para fazer rachas nas ruas patrocinados por filhinhos de papai, bailes funks patrocinados por traficantes, pedem autorização para moradores?!??! A colocação que achei válida é a preocupação com a segurança apenas para a Copa, algo que de ser permanente mesmo.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Mudando de pato pra ganso, é interessante que os únicos sistemas antiaéreos britânicos sejam de baixa altitude.
Os dois mísseis que eles adotam, o Starstreak e o Rapier, têm basicamente o mesmo envelope de utilização. Ambos, com cerca de 7-8 km de alcance horizontal e menos de 4 km de alcance vertical. A diferença fica por conta do Rapier ter opção “todo tempo”, enquanto o Starstreak (17 kg) tem limitações em tempo ruim.
Com a futura substituição do Rapier (45 kg) pelo CAMM-L (99 kg), os britânicos terão um sistema de defesa em camadas mais efetivo já que o novo míssil possibilita alcance horizontal de 25 km.
Ah! Os britânicos usam também o Stinger em suas unidades aerotransportadas.

Baschera
Baschera
10 anos atrás

…Deveriam ter essa preocupação sempre, porque nessa rua há muitos assaltos. Queria que o cuidado fosse permanente – disse a professora Regina Célia de Oliveira…

Se a professora acha que uma bateria AA vai coibir, do alto de um prédio, assaltos e outros delitos…. imagine o povão.

Sds.

Vader
10 anos atrás

Coitada, provavelmente tiraram a fala dela do contexto, rsrs…