Entregas de mísseis RBS 70 e sistema Gepard 1A2 ao Exército Brasileiro

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RBS 70 e Gepard - 2

RBS 70 e Gepard - 2

Rio de Janeiro – No dia 30 de maio, a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) recebeu solenemente as primeiras unidades dos Sistemas de Mísseis telecomandados RBS 70 e as viaturas de combate blindadas GEPARD 1A2. Os materiais, direcionados à EsACosAAe e aos Grupos e Baterias de Artilharia Antiaérea, fazem parte do Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PEE DAAe).

Conforme destacou o Chefe do Estado-Maior do Exército, General de Exército Adhemar da Costa Machado Filho, durante suas palavras na EsACosAAe, essas aquisições tecnológicas prometem trazer transformações ao Exército Brasileiro, pois representam o início de uma nova Era de Conhecimento e Informação.

RBS 70 e Gepard - 4

Durante o evento, militares fizeram demonstrações com os novos equipamentos. Produzidos pela empresa sueca SAAB, os mísseis antiaéreos portáteis de baixa altura RBS 70 possuem eficiente sistema de guiamento por facho laser, o que torna a sua trajetória imune a interferências externas. Já os sistemas antiaéreos de baixa altura GEPARD 1A2, montados pela alemã KMW, são constituídos de carros dotados de dois canhões antiaéreos Oerlikon de 35mm, com capacidade de alcance de 5.500m e uma elevada cadência de tiro.

De acordo com o Gerente do PEE DAAe, General de Brigada Márcio Roland Heise, “a previsão é de que, até 2030, essa fase de entrega dos materiais seja concluída. Com o PEE DAAe, estamos empenhados em proteger estruturas estratégicas terrestres brasileiras, em incentivar a aquisição de novos meios, recuperar os já existentes e desenvolver itens específicos pelo fomento à Indústria Nacional de Defesa”.

RBS 70 e Gepard - 6 (2)

RBS 70 e Gepard - 6

FONTE/FOTOS: EB

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pedro oliveira
pedro oliveira
10 anos atrás

caramba…ja chegaram os RBS 70..não lembro de uma aquisição tão rápida..

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Como o Collombeli já disse em várias oportunidades, a diversidade de meios antiaéreos dificulta a defesa de um provável atacante, agora, a aquisição “apressada”
do RBS-70, meio que depõe contra o Igla.
A rigor, os dois mísseis são da mesma categoria, e em sendo usados numa situação de “não guerra”, para a defesa de grandes eventos, onde não se prevê que um atacante faça uso de contra-medidas, adquirir um sistema alternativo ao Igla é no mínimo, interessante.
Será que nossas autoridades militares não confiam 100% no Igla?
Se onde não se espera que haja o concurso de contra-medidas o míssil russo foi “preterido”, em uma situação real de guerra então ele seria menos confiável ainda?
Será que o míssil russo combinado com o pedestal duplo e um sistema de mira noturna (imagem térmica) não daria conta do recado?
http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2010/11/Disparo-do-m%C3%ADssil-Igla-3-foto-EB.jpg
Até entendo como salutar a aquisição de um míssil guiado por laser para apoiar as outras armas antiaéreas de curto alcance (SHORADS) disponíveis ao EB, mas o fato dessa aquisição ser feita meio que às pressas, antes da Copa, me faz crer que o Igla pode não estar satisfazendo os nossos militares.
Só como ilustração, vale citar que Washington é protegido em camadas, sendo o baixo nível coberto pelo sistema Avenger, que é constituído basicamente pelo míssil Stinger e o nível médio coberto pelo sistema NASAMS/SLAMRAAM, que usa mísseis Amraams.
Houvéssemos adquirido um sistema de médio alcance talvez fosse mais vantajoso, já que combinado com o Igla teríamos um proteção em camadas. O RBS-70, em que pese ter um alcance relativamente maior que o Igla, é basicamente da mesmo categoria, e sua aquisição, como disse, me deixa com uma pulga atrás da orelha.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Bosco,

realmente não lembro quem disse aqui no Forte e isso faz muuuuito tempo. E que a coisa era mais ou menos assim:

– Tiveram uns exercícios do EB com o CFN, onde cada um teve que adquirir alvos aéreos com seus respectivos equipamentos, Igla (EB) Mistral (CFN), mas os Iglas não conseguiam adquirir os alvos e quando conseguiam já estavam fora do seu envelope, já o CFN com o Mistral era aquisição atrás de aquisição.

Não sei se ouveram disparos reais e muito menos se o problema foi de doutrina ou do equipamento.

Mas quanto ao RBS-70, para mim ele é uma classe diferente de MANPADS, que por algumas características de seu projeto, permite por exemplo abortar o ataque após o lançamento. Essa característica em grandes eventos e em áreas urbanas livres de conflito é bem interessante.

Quanto a defesa em camadas que vc citou, tô com vc. Não temos isso hj nem em projeto, está tudo muito na teoria e experimentação, e no fundo, acho que é isso que está por atrás dessa aquisição.

Você falou do NASAMS e AVENGER… e é exatamente essa combinação que os Chilenos estão implantando em suas 5 Divisões Blindadas, onde cada uma está sendo dotada com:

2 NASAMS II (não sei se são 2 sistemas ou dois lançadores)
5 AVENGERs
15 M163 VADS (o vulcan no M113)
12 Gepards

Obs.: existem Mistrais com as tropas desmontadas tb.

Sds.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Oganza, so uma pequena correção. Apesar de o Exercito do Chile ser organizado em “06 divisões”, estas não passam de brigadas na verdade, não havendo 05 blindadas. O Chile também refugou o Gepard, pois tinham sido adquiridas 30 unidades, mas era uma versão analógica e não tinha uma manutenção adequada, pois eles quiseram fazer por conta.

Quanto ao provável motivo da aquisição do RBS, você esta corretíssimo e tirou as palavras da minha boca. Surgiu esta informação de que em alvos de baixa assinatura térmica o Igla não lograva aquisição. Inclusive pelo que me recordo os exercícios teriam sido feitos com passagens de aviões Tucano.

Também é preciso ressalvar que a aquisição do RBS 70 ja está planejada a um bom tempo. Há uma entrevista do General Haise, a uns dois anos, dando conta de que seriam adquiridos dois sistemas com guiagem diferente. Se não me engano foi inclusive na apresentação do protótipo do Guarani que foi feita esta entrevista.

Logo, a aquisição ja estava prevista a bom tempo, mas certamente foi feita antes da copa propositalmente para ter um sistema que comprovadamente não falharia contra alvos pequenos.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Colombelli,

Vlw mesmo pelos esclarecimentos… gosto do RBS 70, mas ele não é um dispare e esqueça assim como os MANPADS clássicos, acho mesmo que eles se complementam, o alvo pode escapar da panela para cair na frigideira. rs

Mas só para não haver mais dúvidas:

1 – O Chile não possui 5/6 divisões/brigadas blindadas?

2 – Então a listinha abaixo, que supostamente equiparia cada divisão/brigada, está correta menos os 12 Gepards?
– 2 NASAMS II (não sei se são 2 sistemas ou dois lançadores)
– 5 AVENGERs
– 15 M163 VADS (o vulcan no M113)
– 12 Gepards

3 – E finalmente, qual a diferença entre divisão e brigada?

Aprendendo todo dia 🙂

Sds

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Não parece haver futuro para mísseis guiados por “laser beam rider”. Provavelmente os que existem (RBS-70, Starstreak, ADATS) são os últimos exemplares que veremos, já que eles irão perder a propagada maior resistência às CMEs para os mísseis autoguiados por imagem.
Uma da maiores vantagens dos mísseis guiados por laser beam rider é o custo, já que o sistema de imagem fica no lançador e não na cabeça do míssil, enquanto num moderno míssil guiado por imagem térmica o sistema de imagem se autodestrói toda vez que o míssil é usado, já que cada míssil tem seu sistema de imagem próprio.
Com a miniaturização dos seekers de imagem térmica e com a redução dos custos, os mísseis autoguiados portáteis sup-ar (manpads) se tornarão tão ou mais resistentes que os “teleguiados” por laser.
Havia um programa na década passada que visava dotar um Stinger com um sistema de formação de imagem (Stinger Block II), mas o programa foi cancelado tendo em vista que o Stinger atual (com seeker de “quase” formação de imagem) dava conta do recado. Mas sem dúvida essa será a evolução natural dos mísseis portáteis autoguiados “buscadores de calor”, e isso os tornarão tão resistentes ás CMs quanto os mísseis “teleguiados”.
Em relação aos mísseis ar-ar de curto alcance essa evolução tecnológica já está em curso há algum tempo, tendo em vista os de 5ª geração.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Existe aquela máxima que diz que canhões antiaéreos são imunes às CME, e essa é declaradamente uma grande vantagem deles em relação aos mísseis.
Isso é só parcialmente verdade.
Canhões que realmente são imunes às CME são aqueles apontados visualmente, usados de dia, e com munição convencional.
Na medida que canhões passam a precisar de adquirir o alvo com auxílio do radar ou de um sistema de imagem térmica, ele passa a ficar vulnerável às CMEs tanto quanto os mísseis.
Até mesmo os projéteis pre-fragmentados que usam espoleta de proximidade por RF são passíveis de sofrer interferência. Por exemplo, os chaffs podem fazer explodir um projétil antes que ele atinja o alvo.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Como sempre, Bosco desmistificando conceitos aparentemente absolutos… 🙂

Mas como não tem 5ª geração, a dupla Mistral e RBS 70 dá pro gasto. E vamos disparar as tranqueiras Russas pra molecada aprender o conceito. 🙂

Sds.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Oganza,
As versões iniciais dos mísseis “laser beam rider” usavam lunetas óticas comuns associados a um laser direcionador. Nada mais simples e nada mais genial.
Esses usam os olhos e o cérebro do operador, e são realmente bem resistentes às ECMs, só que têm um problema,só funcionam de dia.
Aí, os engenheiros adaptam uma câmara de imagem térmica pra que o sistema possa ser usado à noite. Pronto! O que era um sistema simples e à prova de CMEs passou a ficar um pouco menos simples e um pouco menos “resistente”, mas ainda conta com o velho “cérebro humano” com 3 milhões de anos de evolução, que é bem capaz de distinguir um flare de um avião ou helicóptero.
Só que aí, não satisfeitos, os engenheiros criam uma terceira versão mais avançada ainda, essa, dotada de “auto tracking”. Ou seja, querendo poupar o operador de ter que manter o alvo alinhado até o impacto, os engenheiros resolvem reduzir a carga de trabalho dele e incluem mais uma sofisticação, e essa agora, com a intenção de substituir o velho “cérebro” orgânico na função de reconhecer o alvo e mantê-lo alinhado na mira.
Hoje, todos os três sistemas de mísseis sup-ar guiados por laser (Starstreak, RBS-70 e ADATS) possuem versões com diretoras de tiro autônomas (veiculares ou em estações de controle remoto) tipo ACLOS (comando automático para a linha de visada) onde o operador só precisa selecionar o alvo que o sistema fará o resto, disparando no momento certo e acompanhando o alvo até que ocorra a interceptação.
Um míssil guiado por imagem IR, como o A-Darter, o Python V, o AIM-9X, etc, tem todo esse sistema na sua cabeça de busca. Pra isso ser acomodado na cabeça de um manpads com 10 kg falta pouco.
Vamos ver que vai sair na frente!
Um abraço.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Pois é Bosco, acho que vai começar akela conversa de tirar gramas nas warhead dessas primeiras versões e junto vai a conhecida história de que “diminuímos a cabeça de guerra porque a precisão aumentou”. Só fica ruim o operador, com furículo trancado, na hora H descobrir que não é bem assim. =/

Sds.

Mauricio R.
Mauricio R.
10 anos atrás

“3 – E finalmente, qual a diferença entre divisão e brigada?”

A reunião de 2 ou mais brigadas, formam uma divisão.

Divisão,
Brigada,
Regimento,
Batalhão,
Companhia

“ADATS”

E até o momento não apareceu nenhuma empresa da BID, capaz de juntar o radar Saber 60 e os mísseis Piranha A/B, ou MAR adaptado como SAM, ou o A-Darter e replicar o conceito do sistema da Oerlikon, sem a parte anti-tanque é lógico.

andreas
andreas
10 anos atrás

Bosco, você que é o Jedi dos mísseis, bombas, munições e afins, pode me responder uma dúvida bem antiga que eu tenho e nunca encontrei resposta: como, afinal, funcionam essas espoletas de proximidade? O que as faz detonar?

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Oganza, um escalonamento de forças universal seria assim

Grupo de exercitos
Exercito
Corpo de Exercito
Divisão
regimento
brigada
Batalhão/grupo
companhia/esquadrão/bateria
pelotão

Hoje se tem uma praxe de as brigadas serem equivalentes aos regimentos, ou seja, uma grande unidade formada por batalhões ou grupos.

No Brasil não temos mais os regimentos, que no nosso caso eram equivalentes a um batalhão. No caso brasileiro, a nomeclatura regimento ficou reservada as unidades de cavalaria, RC MEc e RCB, q.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

que são equivalentes aos batalhões da infantaria e aos grupos de artilharia.

O regimento tem como subunidades os esquadrões, ao passo que os batalhões tem as companhias e os grupos de artilharia tem as baterias. As baterias se dividem em seções ao passo que os esquadrões e companhias em pelotões.

No nosso caso, três ou quatro unidades de infantaria, cavalaria ou artilharia formam um a brigada, e duas ou mais brigadas formam uma divisão.

Verificando a organização do exercito chileno, vemos que os efetivos que eles chamam de divisões são equivalentes a uma brigada. Aliás, tem menos unidades e efetivos que nossas brigadas. Tirando o Gepard, o resto bate.

No nosso caso, a artilharia AA se organiza de forma diversa. Temos 05 grupos organizados sob a forma de uma brigada AA com finalidade estratégica e mais 09 baterias AA cada uma orgânica de uma Brigada de cavalaria ou infantaria com finalidade tática. Ou seja, 14 de nossas brigadas não tem artilharia AA.

Sobre a dupla Mistral/RBS 70, seria a ideal, o problema é o preço. Um Igla sai U$ 70.000 a 80.000. Um Mistral custas 3 vezes isso. O RBS não é muito mais caro que o Igla, mas tem o custo do sistema lançador, na faixa de U$ 200.000 a unidade.

Eu sou partidário de uma defesa tipo cebola para o Brasil, com tres categorias de armas não correspondentes exatamente ao seu tipo mas assim divididas para efeito de organização. Primárias, Pantsyr, Gepards e RBS70, Secundárias, Igla e canhões apontados a olho ou radar ( temos 60), e terceárias, metralhadoras M3 ou M2. Cada alvo sendo protegido por uma mistura dos três tipos.

José N. Bittencourt
José N. Bittencourt
10 anos atrás

Longe de querer polemizar, gostaria de um esclarecimento: até onde sei, o EB adota, desde os anos 1970, uma organização tem na DE o grande comando operacional que subordina brigadas, e cada DE reuniria até 5 ou seis delas, de armas variadas, o q tornaria a DE um comando de todas as armas, a ser empregado em caso de conflito. O efetivo seria variável, visto que as brigadas, dependendo da arma e da especialização, podem ter de 2500 a 4000 efetivos. Segundo a doutrina geral do EB, o organização em DEs e brigadas possibilitaria uma flexibilidade maior em caso de emprego. Portanto, não há como comparar um regto convencional, organizado de forma tripartida, com uma brigada, cujo numero de batalhões varia e pode incluir cias independentes, de efetivo maior do que o convencional.

Se não me engano, a organização proposta pelo Colombelli não é a atualmente adotada. Se estiver enganado, peço q me corrijam, mas penso que “grupos de exércitos”, “exércitos”, “corpos de exército” e “divisões” era a organização adotada entre o final do século XIX e a II GM, e começou a ser modificada a partir do fim dos anos 1950. Lembro que até os anos 1960, o EB era organizado em 4 “exércitos” e 2 “comandos militares”: os CM eram o da Amazônia e o de Brasília; os Exércitos eram 1° (Rio), 2° (SP), 3° (RS) e 4° (PE). Tratava-se de uma organização formal, já que os “exércitos” eram comandos orgânicos, equivalendo a uma espécie de estado maior geral, sendo que as unidades tinham certa independência operacional e administrativa, em tempo de paz, e que o EM geral só se mobilizava em tempo de grandes manobras. Seria cansativo descrever a organização “de campanha”, mas era mais ou mns copiada da norte-americana na IIGM. Qdo o gov. Vargas cismou de enviar tropas à Itália, o objetivo final era que, pelos meados de 1945, fosse formado um “Corpo Expedicionário Brasileiro”, formado por duas divisões completas de infantaria e uma unidade blindada – sobre esta não existem maiores detalhes (efetivos, poder de fogo, equipamento), apenas alguns esboços.

Nos moldes atuais, em que uma grande unidade blindada (nos moldes namericanos, russos ou da Alemanha Federal) pode chegar a ter 12000 efetivos, 1000 veículos (100 MBTs, 100 APCs e 4 baterias de artilharia AuP) e 80 aeronaves, quer me parecer que o Chile, com cerca de 17 milhões de habitantes, não teria potencial humano para manter 5 divisões blindadas em tempo de paz. O exército deles monta aproximadamente 45.000 efetivos para um total de cerca de 90.000 nas 3 forças singulares, mais cerca de 60.000 carabineiros, que são uma espécie de polícia militar e reserva de contingência da FT. Com a população acima, eles poderiam mobilizar talvez 550.000 reservistas (na época em que estiveram se estranhando com a Argentina, nos anos 1980, o cálculo era esse). Mesmo assim 5 DBs do modelo atual seriam entre 60 e 70 mil efetivos, mais tropas especializadas, unidades logísticas, etc, etc. E por volta de 500 tanques. Não tem jeito: duvido que qq país latino americano consiga manter algo assim. O exército dos EUA, se não me engano, tem 12 dessas unidades; o alemão, 5. Segundo fontes da Internet, o Chile possui por volta de 130 Leopard II. Não consegui levantar informações sobre as unidades blindadas deles, mas acredito que sejam formações do porte de uma “meia brigada”, com 1 btlbld de 4 esquadrões cada uma, num total de 40 MBTs e 1 btlinfbld com 3 cias e 700 efetivos montados em 50 M113 ou coisa equivalente. Faz mais sentido.

Sds a todos.

Saudações a todos.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Andreas,
As espoletas de proximidade são baseadas em sensores que “medem” a distância do míssil ou projétil, ao alvo.
No caso de mísseis antiaéreos (ar-ar e sup-ar) elas são basicamente de dois tipos, a base de radiofrequência, e a base de laser.
Os sensores das espoletas de proximidade (RF ou laser) dos mísseis antiaéreos são montados em toda a circunferência do míssil de modo a serem acionados se o míssil errar, e passar ao lado do alvo, fazendo com que a ogiva do míssil detone até numa determinada distância, pré-estabelecida, de modo a ainda lhe causar dano. Os mísseis e projéteis antiaéreos, em geral, adotam uma ogiva pre-fragmentada com distribuição anelar dos fragmentos, que é apropriada a causar dano quando passam lateralmente ao alvo.
Vale salientar que muitos mísseis podem desativar a espoleta para que ele não seja acionada prematuramente quando um alvo estiver muito próximo ao solo.
Também há mísseis que programam para que sua espoleta seja ativada numa determinada faixa de distância, de modo a também não ser acionada prematuramente por acidentes naturais do terreno.
Já as minas marítimas adotam espoletas de proximidade baseadas em sensores de pressão ou magnéticos, e são acionadas se uma grande massa desloca um certo volume de água (espoletas de pressão) ou se uma grande massa metálica sensibiliza o sensor magnético.
Há ainda alguns mísseis que possuem espoletas de proximidade “inteligentes”, que só são acionadas quando passam próximas a um determinado alvo. Esse tipo de espoleta é usado em alguns mísseis antitanques, como o Bill 2 ou o TOW 2B, e são acionadas quando passam por cima de um tanque (MBT). Essas espoletas utilizam sensores magnéticos, térmicos e laser, para sentirem quando passam por sobre um veículo de combate.
Espero ter ajudado.
Um abraço.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Há um outro tipo de espoleta de proximidade, geralmente baseada em radiofrequência, e que fica atarraxado na ponta de bombas, obuses, foguetes e projéteis de morteiros.
Essas são apropriadas para atacar alvos em terra.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Caro José, não temos Exércitos ou grupos de exércitos pelo singelo motivo de que sequer conseguiriamos efetivo para ter uma composição destas. Todo o EB daria um exercito. Somente mobilizando a reserva teríamos um grupo de exércitos. Nem nós temos condições de manter na AL uma GU nível divisão especializada.

As DE são usadas ainda em exércitos maiores e nós também as temos. Aqui no Brasil, elas tem entre 02 ou 03 e agora 05 brigadas. A 3a DE tem 05 brigadas por conta da extinção da 6 DE. Mas fora a terceira DE todas as demais tem duas ou três brigadas. Os nossos exércitos foram substituídos por comandos de área. O 3º exercito por exemplo corresponde ao atual CMS. A rigor a 3a DE e a 5a DE formariam um corpo de exercito e não um exercito. Ou seja, nossa organização pulava um degrau antes, exagerando.

Um brigada de infantaria no Brasil é formada por 03 batalhões de infantaria, uma cia de engenharia, uma cia Com, um esquadrão C Mec ( nem todas tem), um B log, uma Bia AA ( bem todas tem), um GAC, e uma cia Cmd. A brigada de infantaria blindada (6a) é quaternária, e tem dois BIB e dois RCC. Assim também a brigada de cavalaria blindada.

As brigadas de cavalaria mecanizada tem 02 ou 03 RC Mec e um RCB e mais ou menos a mesmo a estrutura de apoio acima, apenas tendo um esquadrão de comando ao inves de uma cia.

Mais antigamente a organização em regimentos era mais propria da infantaria, e a brigada da cavalaria.

Temos uma brigada de Operações especiais a dois batalhões, um de FE e outro de comandos.

Temos ainda uma brigada de artilharia com 05 grupos AA.

O chile tem 04 GU tipo brigada com outra nomelaclatura,, com organização diversa e bem menor que a nossa. brigada. Eles tem 110 Leopard II e 280 Leopard 1V ainda ativos. Cada “brigada” deles tem 50 MBT, Marders e veiculos de rodas menores.

Para um apanhado sugiro: http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/FBEBP.pdf

Lyw
Lyw
10 anos atrás

joseboscojr 11 de junho de 2014 at 20:14

Boscão, deves ter ouvido falar das novas “minas” anti-helicópteros russas certo?

Até onde li estas “minas” terão sensores capazes de detectar a aproximação dos helicópteros pelo som dos rotores, não vi falarem nada a respeito da espoleta de aproximação destas “minas”… O que achas?

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Lyw,
Pelo que li elas são ativadas pelo som do helicóptero. mas são acionadas por um sensor térmico.

Lyw
Lyw
10 anos atrás

Valeu Bosco!

É uma invenção muito interessante, se funcionar como promete, pode revolucionar a arena de combate moderna.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Lyw,
Mas é uma invenção antiga, embora pouco divulgada.
A concepção da minas anti- helicóptero vem da Guerra Fria e já são fabricadas por diversos países há pelo menos uma década.
Como sempre, a Voz da Rússia coloca como se fosse uma novidade, mas não são.
Não creio que seja uma arma que realmente faça diferença.
Tem uso limitado e deve ser usada para negar algumas áreas de pouso e alguns estreitos.
Um abraço.