Amorim defende que investimentos em Defesa cheguem a 2% do PIB em 10 anos

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O ministro da Defesa, Celso Amorim, defendeu que o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nacional investido na área de defesa alcance os 2% em dez anos. Nos últimos anos, esse percentual tem girado em torno de 1,5% do PIB – sendo que a média mundial é de 2,6%. “Temos que criar condições para que o poder de compra da indústria de defesa aumente”, afirmou. A declaração ocorreu durante a participação do ministro na abertura do seminário “Projetos Estratégicos das Forças Armadas”, realizado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (06) em Brasília (DF).

Em seu pronunciamento, Amorim apresentou a evolução dos gastos governamentais em defesa: entre 2003 e 2013, as despesas com custeio e investimento passaram de R$ 3,7 bilhões para R$ 18,3 bilhões. “Se considerarmos apenas os gastos com investimentos, saltamos de R$ 900 milhões para R$ 8,9 bilhões. Um aumento de quase 1000% no período”, ressaltou.

Celso Amorim alertou que o aumento no aporte de recursos em defesa “não pretende competir com áreas maiores e projetos sociais do governo”. De acordo com o ministro, o “financiamento a longo prazo” é um dos principais desafios para o desenvolvimento do setor no Brasil.

Além disso, Amorim destacou as razões pelas quais o Brasil não pode prescindir em fortalecer seu poder de dissuasão: “as necessidades de defesa estão diretamente relacionadas com as mudanças na ordem global e com o papel cada vez mais destacado do Brasil. O Brasil é uma potencia na área alimentar, ambiental e energética”, afirmou.

Indústria de Defesa

A indústria de defesa foi um dos destaques da apresentação do ministro da Defesa. De acordo com Amorim, “o Brasil do século XXI reúne as condições para incentivar sua indústria e ser capaz de fabricar ele próprio os produtos indispensáveis à nossa defesa, de modo a assegurar o controle nacional sobre as tecnologias”.Para o ministro, “não podemos delegar nossa defesa a terceiros e as tecnologias-chave para a defesa tão pouco podem ficar sob domínio estrangeiro”.

Como exemplo de incentivo ao desenvolvimento do setor, Amorim citou o programa Inova Defesa, que visa impulsionar a produtividade e a competitividade dos setores aeroespacial e de defesa por meio da inovação tecnológica. “Parcela importante do apoio financeiro do Inova Defesa é constituída por recursos não-reembolsáveis, capazes de impulsionar a inovação em áreas variadas como radares, comunicações submarinas e tecnologia digital”, explicou.

Por fim, o ministro disse que com a lei 12.598, promulgada em 2012, o Estado brasileiro criou um instrumento jurídico que dispõe sobre o poder de compra do setor público na área de defesa, e cria incentivos para ação dos agentes privados nacionais. “Os fomentos dados à indústria de defesa fazem parte de objetivos mais amplos, de uma política fiscal que desonera o setor produtivo para alavancar o desenvolvimento tecnológico industrial do país”, concluiu.

Subcomissão

Na abertura do evento, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputado Eduardo Barbosa (PSDB/SP), anunciou a criação de uma subcomissão permanente para acompanhar tratativas salariais dos militares da ativa e da reserva. “Temos trabalhado para que as Forças Armadas sejam reequipadas e seus integrantes recebam soldos convenientes às suas atividades. E Forças equipadas e modernas transmitem uma mensagem contundente àqueles que queiram usar a força contra nosso país”, disse.

Além de Celso Amorim, participaram da abertura do seminário o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi; o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Carlos Augusto de Sousa; os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, Juniti Saito; além do secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso.

FONTE: Ministério da Defesa

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Vader
10 anos atrás

1000%???

Ah tá…

Desconta a inflação do período e confiram para ver se deu mesmo esse aumento todo…

Ora Ministro, pare de palhaçadas… E vocês PeTralhas estão falando em aumento no percentual faz pelo menos dez anos…

No mais, especialistas consideram que só pra recuperar o tempo perdido nos últimos 20 anos o percentual deveria ficar em torno de 5% por pelo menos UMA DÉCADA.

Bollocks do boneco sinforoso…

aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Nada mais do que palavras vãs em período pré eleitoral.

Resta uma única chance para mudara situação: votarmos maciçamente contra essa gente em outubro.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Assino embaixo dos dois. A defesa foi a primeira a ser cortada na primeira oportunidade. Onde estão os 28 pelotões de fronteira que tinham prometido? E o prosuper, vai demorar 15 anos também?

Aumento, aliás,se houve, quase todo absorvido nos helicópteros e no submarino nuclear ( tudo muito suspeito).

Enquanto isso, a maior parte da artilharia é de 1940. Falta na tropa o M1A,1 o básico, enquanto dinheiro é gasto com projetos mirabolantes ( com empreiteira no meio, agora passando a ser investigada pela petrobras também) ou não pedidos

Reinaldo Deprera
Reinaldo Deprera
10 anos atrás

Eu consigo ver com bons olhos o Ministro Celso Amorim. Como chanceler, foi péssimo. Deixou a ideologia política pautar a diplomacia nacional. Mas como ministro da defesa, ele está se comportando bem e coisas boas aconteceram durante sua gestão.

É claro que, para gostar dele, estou levando em consideração o GF. Podia ser bem pior.

Save Ferris!

aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Salve Reinaldo, savior of Ferris!

Já te destes conta que a tua consideração foi feita sob a 81ª Lei de Murphy* (nada é tão ruim que não possa piorar)?

* segundo Luiz Ferraz Neto

Lyw
Lyw
10 anos atrás

Como se 2% fosse algo realmente grandioso… 2% é o mínimo aceitável que deveríamos ter pra hoje, não pra daqui a 10 anos!