Secretário de Defesa adverte para retorno de tendências isolacionistas dos EUA
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, advertiu nesta terça-feira para o risco de que seu país volte a ser vítima de uma atitude isolacionista, uma tendência em alta em meio à população e que “não constitui uma opção” válida. Depois de 13 anos de guerras no Iraque e no Afeganistão, de milhares de vidas perdidas e de bilhões de dólares gastos, quase a metade dos americanos (47%) considera que seu país deveria ser menos ativo nos conflitos internacionais, segundo uma pesquisa realizada em março para o The Wall Street Journal e para a NBC News.
“Nos fecharmos em nós mesmos não nos isola dos problemas do mundo, como mostra a história”, declarou o chefe do Pentágono durante um discurso pronunciado em Chicago. Uma atitude desse tipo sempre causou, cedo ou tarde, uma intervenção maior e a “um custo financeiro e em vidas humanas maior e, muitas vezes, segundo as condições fixadas por outros”, afirmou.
“Mesmo que os americanos sejam cada vez mais céticos” sobre a necessidade para seu país de intervir no cenário mundial, “é errado encarar estas responsabilidades como uma carga ou um ato beneficente”, sustentou. É de interesse nacional dos Estados Unidos intervir nestes conflitos, disse. O sentimento isolacionista em alta pode ter sido alimentado pela hesitação de Barack Obama em envolver totalmente seu país no conflito líbio em 2011, por ter se negado no último momento a bombardear a Síria, em meados de 2013, ou por ter fornecido uma ajuda maior aos rebeldes sírios moderados, afirmam os críticos.
Cerca de 400.000 soldados americanos estão atualmente mobilizados ou em bases em cerca de 100 países. O orçamento do Pentágono supera os 600 bilhões de dólares, o equivalente aos valores destinados pelos outros 14 países que mais gastam em defesa. No entanto, as Forças Armadas estão em um processo de contenção de despesas, algo que Hagel considera normal e esperado. Mas ele considera que “a escala e o ritmo” das reduções nos gastos são muito grandes, em consequência, em sua opinião, dos cortes automáticos irresponsáveis provocados pelo Congresso ao não aprovar o orçamento do governo.
FONTE: AFP
“metade dos americanos (47%) considera que seu país deveria ser menos ativo nos conflitos internacionais”
Eu concordo com esses 47% de Americanos, eles estão certíssimos.
Mais uma desculpa pra tentar fazer o congresso Americano abrir a torneira, ao qual a muito custo conseguirão fechar um pouco.
Afinal de contas será que e um erro as famílias americanas acharem uma idiotice seus entes queridos irem morrer, serem mutilados ou voltarem doidos pra casa, numa guerra na cochinchina ou onde o judas perdeu as botas, lutarem por um povo que depois vai odiá-los, queimar suas bandeiras. Algo pra se pensar.
É bem verdadeira a ponderação do Uitinã, mas penso que a realidade subjacente nas declarações do Chuck Hagel é a necessidade de manutenção da indústria norte-americana. Como ele deixou bem claro, num sentido mais amplo, de que as intervenções são coisas do direto interesse nacional.
Sem as guerras dos outros e as ‘suas’ intervenções, a pujância dos EEUU escorre embora.
Sempre que os EUA se isolaram em seu território o mundo passou por maus bocados. Veja-se a propósito o período entre Guerras.
Os EUA podem se virar muito bem sem o mundo. E o mundo, pode se virar sem os EUA?
O dia em que os americanos finalmente forem para casa vai ter muita gente chorando, com razão.
dessa vez concordo plenamente com vc Vader.
Eu serei o primeiro a chorar. Vou ate bater uma foto e te mandar via facebook.
Vai ser choro de alegria e alivio pelos povos do mundo, que finalmente ficarão livres da terrível máquina destruidora norte americana.
Vou chorar de emoção, pensando em todas as vítimas, as injustiças, as crueldades, os horrores, tudo…
Dessa vez acho que vc está certíssimo !
Engraçado que vc ignora milhoes de mortos que eles fizeram e insiste em ver os caras como deuses…
Wagner 8 de maio de 2014 at 19:01 Vai ser choro de alegria e alivio pelos povos do mundo, que finalmente ficarão livres da terrível máquina destruidora norte americana. Vou chorar de emoção, pensando em todas as vítimas, as injustiças, as crueldades, os horrores, tudo… Err.. Wagner, não pense que será melhor com os russos, que você tanto admira. Porque os mesmos mataram 20 milhões, a maioria do seu próprio povo. E isso não sou eu quem digo, é Matthew White, autor do “O Grande Livro das Coisas Horríveis”. Para quem gosta da frieza dos números, é prato cheio. Stalin… Read more »
Detalhe: Não incluí os russos mortos anteriores ao Comunismo (Regime Czarista, Época dos Distúrbios, Pedro O Grande, Guerra Civil Russa).
Ah, e não se esqueça do Holodomor, onde Stálin matou em torno de 6 milhões de ucranianos DE FOME. Número igual ao de judeus mortos pelos nazistas.
Se os EUA se retirarem o que veremos será o início do fim, pois uma miríade de nações iriam tentar ocupar o espaço, criando “bolsões” de área de influência.
A meu ver os chineses, russos e europeus tentariam se impor em áreas antes sob forte influência americana, o que, a meu ver, levaria a diverss conflitos.
Os EUA não vão se isolar porque sabem que não existe vácuo de poder por muito tempo. Se isolar seria simplesmente abrir espaço para seus rivais crescerem e cercarem o país. De certa forma eles simplesmente não tem escolha.
Os EUA criaram um sistema globalizado onde eles mesmos são dependentes de centenas de países, acredita mesmo que os EUA conseguiria ficar sem o petróleo das arabias, ou as matérias primas e commodities de países em desenvolvimento?
Até 2020 os EUA serão autosuficientes em energia. Quanto às comodities ora… Quem mais quer vender são os tais países em desenvolvimento: imaginar que tais países durariam sem o comércio de suas matérias primas com o USA é que é uma bobagem, na minha opinião.
Quanto ao resto, quem viver verá. Mas como eu costumo dizer, muita gente sentirá saudades da águia americana quando sentir as garras do dragão ou as patas da ursa…