O míssil tático de cruzeiro MTC-300
Nas imagens, o míssil MTC-300 (Míssil Tático de Cruzeiro), antes designado, AV-MT e depois AV-TM.
FONTE: EB, via Estratégia Global
SAIBA MAIS:
Nas imagens, o míssil MTC-300 (Míssil Tático de Cruzeiro), antes designado, AV-MT e depois AV-TM.
FONTE: EB, via Estratégia Global
SAIBA MAIS:
Parece que tá saindo.
Eu ainda acho estranho a combinação dessa aerodinâmica com a motorização, que só tem paralelo no Exocet Block 3, mas que é antinavio e otimizado para voar rente ao mar.
Mas sem dúvida é uma excelente iniciativa e tomara que seja exitosa.
Na verdade, cometi uma equívoco.
Essa configuração aerodinâmica aliada á motorização por turbojato é comum em vários mísseis, mas todos antinavios e otimizados para voarem rente à superfície do mar.
Bosco, mas aquela saída com toda a fumaça do nosso travesti exocet é de motor foguete não é???
Grande abraço
Um exemplo interessante é o Harpoon. O míssil tem exatamente essa configuração, mas quando foi feito uma versão otimizada para ataque terrestre, ele foi mudado para uma outra configuração aerodinâmica.
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2010/02/SLAM-ER.jpeg
Agora, ficarei muito espantado se não usarem a tecnologia da cabeça de busca do MANSUP combinada com o célula e a motorização do MTC-300 para um míssil antinavio.
Juarez,
É, mas é o booster alijável. Depois passa a funcionar o turbojato para a fase de cruzeiro.
Óóóóó!!!
como andam as pesquisas para mísseis com os motores scramjet aqui no Brasil ?? seria possível no trezentao ??
mudando um pouco de assunto, aqueles foguetes experimentais que o Brasil lança na Suecia(acho que eh o VSB 30), o que faltam nele para transforma-lo num míssil ??? cabeça de “inteligente”??
Grande Bosco,
Não sei se a minha pergunta é óbvia ou absurda, mas farei-a mesmo assim:
Será que o MTC-300 irá ter uma fase inicial, impelido pelo booster e com movimento balístico e, após, uma segunda fase, impelido pelo turbojato, em que ele voaria rente ao solo, de forma que estaria explicado esse design?
Grato.
Rafa,
Eu acho que não há porque reinventarem a roda. O booster é de tamanho compatível com um simples motor foguete de lançamento. Claro que pode ficar ligado por mais ou menos tempo, o que propiciaria algum ganho de alcance, mas nada que sugira uma nova forma de abordagem da trajetória.
Ele é igual a todos os outros mísseis cruise propulsados por turbina lançados da superfície, onde se faz necessário o concurso de um motor foguete para ser lançado, já que a turbina não teria força para fazê-lo por si só.
Havendo uma versão lançada do ar, o booster não deverá existir.
O designe inusitado da célula, para um míssil cruise subsônico de ataque terrestre, deve ser só isso mesmo, ou seja, pouco comum, mas se foi feito assim é porque funciona.
Provavelmente ele tem uma velocidade mais alta que a média dos mísseis de cruzeiro, que gira em torno de Mach 0.7. Não há nada que impeça que o MTC-300 chegue próximo a Mach 1, o que justificaria suas asas curtas e seu “bico fino”, que parece ser mais adequado para alta velocidade.
Um abraço.
Valeu, Bosco.
Também espero que não estejam tentando reiventar a roda. Geralmente isso sai caro, ainda mais aqui. E, então, o que eu imaginei não é óbvio, é absurdo mesmo rsrs.
E prefiro que seja apenas isso que você concluiu: o design é adequado a uma velocidade maior do que aquela comum a seus pares.
No mais, seria interessante se o EB divulgasse exatamente o que testou. Foi só o booster? Ele também voou com o turbojato? Etc.
Abraço.
“como andam as pesquisas para mísseis com os motores scramjet aqui no Brasil ??”
Temos o 14-X, mas é um míssil ainda experimental, totalmente diferente desse MTC.
“…o que faltam nele para transforma-lo num míssil ???”
Transforma-lo em que tipo de míssil??? IRBM???
Se for:
plataforma inercial própria, mto melhorada.
abrrogar o MTCR, que limita o alcance deste tipo de míssil a 300 Km.
ou ajudar na campanha americana pela revisão deste limite.
Link do 14-X:
(http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0CDgQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.aviacao.org%2Fnoticias%2F14-x-o-vant-hipersonico-brasileiro%2F&ei=JYVWU-jZMM_nsATrxIHABA&usg=AFQjCNFYjpJuoGBp-njXP0-XvC_hzb_WJQ)
PS: Sorry, URL pesquisada no Google, tem esses inconvenientes…
Onde está escrito que esse não é um míssil anti-navio?
Não é pq é designado míssil de cruzeiro que isto signifique que ele é anti-terrestre. Ainda mais ele é um míssil de cruzeiro tático, e não estratégico, como o Tomahawk e os Scalps.
De qualquer maneira, se este for o caso, teremos enfim as tão esperadas baterias terrestres anti-navio.
Para ser um míssil antinavio creio que ele precise de outra cabeça de busca, mais precisa e que conte com banco de dados, talvez datalink, radar, sem falar em sistemas de contramedidas, etc.
Creio que ainda estamos muito longe disso.
Blind,
Nunca foi divulgado nada a respeito dele ter capacidade antinavio.
Até agora o único projeto nacional antinavio é o MANSUP, que é meio que um Exocet MM-40 nacionalizado.
Esse, pelo que se sabe, não tem orientação terminal que o habilite a atingir um alvo tático em movimento, nem terrestre e muito menos naval.
O termo “tático” empregado é meio que enganador. Sem dúvida ele pode ter capacidade tática, sendo usado contra alvos envolvidos no combate ou prestes a entrar nele, mas que, sendo móveis, estejam estáticos. Isso exige uma coordenação precisa entre o lançador e tropas avançadas ou meios aéreos de reconhecimento/observação que possam passar as coordenadas dos alvos estáticos.
Supondo que o míssil possa ser lançado em poucos segundos após a ordem, no limite do alcance ele levará cerca de 20 minutos para atingir o alvo. É tempo mais que suficiente para que um alvo móvel que esteja estático se ponha em marcha. E até onde se sabe não há um link de dados com o míssil, sendo ele de operação autônoma.
Tudo indica que é orientado por uma plataforma avançadas de navegação inercial e GPS (e similares russo e europeu).
Sua cabeça de busca, pelo que foi divulgado, é unitária de 200 kg ou formada por um dispersador de submunições (fragmentação).
Embora tenha inegável função tática, ele é também, sem dúvida, um excelente míssil estratégico, mais afeito a alvos fixos, daí eu dizer que o termo “tático” é meio que enganador, para que tenha uma conotação menos ofensiva para nossos vizinhos.
Vader,
É isso mesmo. Para que haja uma versão antinavio do MTC-300 ele deve possuir uma cabeça de orientação terminal (seja por radar ativo ou por imagem IR). Com 300 km de alcance e sendo subsônico, melhor que tenha um datalink para atualização da posição do alvo quando este estiver a grande distância. Também deve contar com um altímetro ativo (radar ou laser) que o habilite a voo sea-skimming. E claro, deve ter todo o software compatível com a função de atingir alvos móveis no mar, o que quer dizer inclusive, ter capacidade de selecionar um alvo específico no meio de outros.
Não creio que estamos longe disso não, haja vista o próprio MTC-300 e o MANSUP.
Até entrar em cruzeiro, ele faz uso do booster alijável de propelente sólido. Depois, entra em ação uma turbina da Polaris.
Até o fim do ano devo presenciar o lançamento de um protótipo desse míssil.
O design não é inusitado. A primeira versão do SLAM mantinha a célula do Harpoon.
Bosco (…) E até onde se sabe não há um link de dados com o míssil, sendo ele de operação autônoma (…)
Nos requisitos operacionais básicos do agora MTC-300, temos o seguinte a este respeito:
RTA 26) Permitir, após o disparo, a reprogramação de sua missão, em voo, modificando as coordenadas geográficas, inicialmente inseridas, da trajetória desejada e do alvo designado para outras pré-programadas e dentro de condições adequadas de enlace de comunicação entre míssil e viatura, tais como: altura da antena, altura de voo, características do relevo e condições meteorológicas.
REF.: ROA 17 e 29 (PESO DEZ)
Lyw,
Beleza!
Se tiver datalink melhor ainda já que será mais efetivo do ponto de vista tático.