GLO na Bahia mobiliza 2,5 mil militares das Forças Armadas
As Forças Armadas já mobilizam 2,5 mil militares para atuar em Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no estado da Bahia. No entanto, o efetivo pode ser ampliado de acordo com as necessidades do comando, sediado em Salvador (BA). A operação militar foi autorizada pela presidenta Dilma Rousseff a partir de pedido do governador Jaques Wagner. A atuação das tropas acontece em razão da greve da Polícia Militar, deflagrada nessa quarta-feira (16).
Além das Forças Armadas, a mobilização prevê o emprego de 250 militares da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, têm reunião, amanhã (17), com o governador Jaques Wagner, em Salvador (BA), ocasião em que discutirão o detalhamento da operação.
De acordo com o Aviso nº 125, do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), o emprego das tropas tem por objetivo “restabelecer as condições de normalidade no estado da Bahia, prioritariamente na sua capital e englobando as missões previstas na Exposição de Motivos nº 41, em coordenação com os órgãos de segurança pública municipais, estaduais e federais”.
Desde fevereiro deste ano, as Forças Armadas atuam em garantia da lei e da ordem no Sul da Bahia, nas proximidades do município de Ilhéus, com 453 militares e 267 integrantes de órgãos de segurança pública. Com a nova determinação da presidenta Dilma, a GLO se estende para todo o território baiano “até que se restabeleçam as condições de normalidade”.
A outra missão de GLO ocorre no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, com a participação de 2.450 militares da Marinha e do Exército e mais 200 policiais militares. Essa ação se dá na região de 15 comunidades da maré com prazo de duração fixado até 31 de julho.
Operação Bahia 2014
A Operação Bahia 2014 começou a ser articulada na noite de ontem (15), quando o governador Jaques Wagner iniciou os entendimentos com o Palácio do Planalto. A articulação se deu por causa da greve da Polícia Militar baiana. A operação em todo o território baiano ocorre há mais de dois anos após a última greve geral da PM.
O desembarque dos militares começou a ser feito a partir de 5h da madrugada desta quarta-feira. Os militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve, oriunda do Vale do Paraíba, e do Comando Militar do Nordeste (CMNE) desembarcaram na Base Aérea de Salvador. Da capital baiana, o efetivo vem sendo distribuído de acordo com o planejamento feito pelo Comando de Operações Terrestres (Coter).
Caberá ao general Racine Bezerra Lima Filho o comando da operação. A atuação das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) tem base em dispositivos da Lei Complementar nº 97/99 e no Decreto nº 3.897/2001. Com isso, os militares passam a atuar no comando das ações de segurança pública, como vistoria, patrulha e prisão em flagrante.
FONTE: Ministério da Defesa
2,5 mil para o estado todo não é pouco demais não?
É pouquissímo, meu caro Pedro Oliveira.
Aliás, sempre que há greves da PMBA a situação do estado degringola para o caos total. Por que as forças armadas simplesmente não têm condições de controlar a segurança pública do estado (e nem deveria, pois não é seu papel).
É inacreditável como a força de segurança pública e o líder desta greve, Sr. Marco Prisco Caldas Nascimento, anistiado pelos deserviços à população em 2010, [mais uma vez] conseguem cruzar os braços e assistir ao desespero da população baiana e, além disso, usar este como alavanca de negociação para seus direitos trabalhistas.
Eu acho que o nordestino, mais que qualquer outro habitante do Brasil, sabe muito bem que não existe essa de corporação militar ser moralmente superior (ou até mesmo mais disciplinada) que as corporações civis públicas: Estão todos trabalhando única e exclusivamente pelos seus próprios interesses e se for necessário que outros milhões de compatriotas se ferrem para que eles consigam suas reinvicações, farão sem medo nem piedade…
Eu só acho o seguinte: Se querem deixar o nordeste a Deus dará, ok, não concordo, mas ok. Só não nos deixem SEM A OPÇÃO DE NOS DEFENDER. Ora, se está claro e evidente para a corporação e para o governo municipal, estadual e federal que NÃO HÁ CONDIÇÕES para a manutenção da segurança pública, há de se repensar a atual legislação referente ao posse e porte de armas-de-fogo, não?
O que não dá é pra ficarmos à mercê de duas facções de cangaceiros… Isso é inadmissível. E, por sinal, a greve de 2001 aconteceu durante o governo do Sr. Paulo Solto, filiado ao PFL (antecessor do DEM).
O que quero dizer aos nobres leitores que aqui se enfurecem com meu comentário é nada mais nada menos que incompetência e filha-da-p*****m não possuem filiação partidária, nem ideológia política!
Abs, e boa sorte a todos nós.
Esqueci de acrescentar no comentário anterior: Perdoem-me pelo desabafo, mas caros compatriotas, há de se imaginar que é impossível haver apoio da população a quaisquer causas militares com um comportamento deste tipo por parte da corporação militar de maior presença (e, possivelmente, importância) na vida cotidiana do povo.
Olha só, estive alguns dias em Salvador não fazem dois meses. Achei uma baita cidade legal, mas não vi polícia em canto algum. De maneira que não sei muito qual a diferença…
Mais um caso em que se gasta verba da Federação para resolver os problemas (recorrentes) de um dos Federados. Acontece o tempo todo. Estou aguardando pela repercussão.