Aquisição de Viatura Oficina do Sistema Astros para o CFN
O Comando de Material de Fuzileiros Navais celebrou junto à AVIBRAS, no dia 13 de janeiro, o contrato para aquisição de uma viatura oficina veicular e eletrônica. Esta viatura complementa a configuração planejada do Sistema ASTROS CFN 2020, no total de doze viaturas (seis viaturas lançadoras, três viaturas remuniciadoras, uma viatura meteorológica, uma viatura posto de comando e controle e uma viatura oficina veicular e eletrônica).
A viatura consiste de um “shelter” de manutenção eletrônica e veicular, montado sobre um veículo básico 6×6, equipado com ferramentas e equipamentos especiais projetados para suporte direto às viaturas do Sistema ASTROS, incluindo 1º e 2º escalões, e 3º escalão parcial.
O teto da viatura é do tipo rebaixável para atender à exigência de transportabilidade em Navios de Desembarque de Carros de Combate (NDCC), embarque em aeronaves C-130 e também auxiliar na estabilidade quando do deslocamento rápido em rodovia asfaltada. A entrega da viatura está prevista para dezembro de 2015.
FONTE: Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais
Se colocar no reprojeto de um foguete baterias recarregáveis custaria 1,7 milhão, imagine quanto devera sair essa belezinha ai?
Qual o alcance do Astros? 20? 30 km?
Pra que que o CFN, que tem como missão principal a cabeça-de-praia, precisa de uma arma dessas? Onde já se viu uma cabeça-de-praia com 30km de profundidade?
Onde e quando o CFN, uma tropa altamente especializada, irá usar este sistema de longo/longuíssimo alcance?
Ou: pra que que o CFN, que conta com toda a potência de fogo de artilharia dos navios da MB, logo ali na barra, precisa de uma arma com 30km de alcance?
Dar uma arma dessas pro CFN é tão importante quanto dotar a Força Aérea de MBTs.
Como mamilos numa placa de peito…
Tá na cara que isso é politicagem barata e rastaquera com as FFAAs, querendo jogar uma contra a outra.
Tá na cara que a PeTralha tá querendo jogar na cara do EB que a Marinha do Sr. Moura Neto merece, porque é obediente, enquanto que o EB, que precisaria mais que tudo desse tipo de arma, pra ter como apoiar em profundidade uma Ofensiva/Defensiva, não.
Dividir para conquistar, senhores. Alguns (bem poucos) deles também leram os clássicos…
O triste é ver muita gente boa aplaudindo mais esse despautério com as Forças Armadas.
Sds.
Este caminhao na sua versao 8X8 daria um excelente obuseiro auto propulsado de 155 mm para o EB. Um excelente produto para os grupos de artilharia de campanha das brigadas de infantaria mecanizadas (144 veiculos).
Esse ASTROS 2020 ira operar aquele míssil de 300Km da Avibras, ou versão Mk.6 do Sistema ASTROS.
Os foguetes SS-30 por exemplo chegam a (condições especificas) 32Km, são os menores da familia, ja os SS-80 passam com folga dos 78Km.
Dados de disparos reais.
Bacchi,
concordo plenamente com você.
Eu estava me fazendo a mesma pergunta Vader. O que encontrei no USMC está no link abaixo e achei bem parecido com o Astros.
http://www.marines.com/operating-forces/equipment/vehicles/himars
O Marine seria o cara perfeito para responder a questão.
Renato:
Sob todos os aspectos, números, missão, equipamento, história, etc., qualquer comparação entre o CFN e o USMC é sem sentido.
O CFN/MB é uma tropa pequena, altamente especializada em desembarque anfíbio e estabelecimento de cabeça-de-praia/ponte. Sua função principal é criar as condições para o desembarque/transposição do Exército.
O USMC é quase um segundo exército americano. Há mais de meio século deixou de ser uma tropa de choque de desembarque.
Sds.
Eu entendo Vader, tanto que me fazia a mesma pergunta.
Por um lado o CFN tem artilharia, com canhões de 105 e 155mm, por outro o alcance deles é bem menor que o do Astros.
Em uma matéria do FORTE na nota do editor fala-se que que a questão da adoção de foguetes de saturação já foi estudada. Realmente seria interessante saber as conclusões desse estudo para saber o Astros será empregado.
http://www.forte.jor.br/artilharia/os-light-gun-do-cfn-a-pouco-mais-de-8-anos/
Ah… essa digitação desleixada que me mata:
Na última frase entenda-se “Realmente seria interessante saber as conclusões desse estudo para entender como o Astros será empregado”.
Mas uma premissa deve ser levada em conta. Dadas as possibilidades de conflito que temos, e como o CFN é uma força profissional e imprescindível, a probabilidade de que ele seja utilizado como força anfíbia é remotíssima. As maior e esmagadoramente m,ais provável possibilidade´é que atue como infantaria terrestre normal. Neste contexto, o Astros passa a ter utilidade.
Porém, parece-me que mais prioridade que a aquisição de apenas um sistema destes, seria começar pelo básico, modernizando os meios de artilharia convencionais, mais especificamente as armas de 155mm, substituindo os M-114 pelo M-777, coisa que era o planejamento técnico do CFN. Hoje a artilharia operacional do CFN são os 18 L-118. Os M-114 estão sendo usados so em exercícios como meio de adestramento. .
“Este caminhao na sua versao 8X8 daria um excelente obuseiro auto propulsado de 155 mm para o EB.”
Prá que???
Compra o CAESAR da Nexter, já foi testado em combate e mais importante ainda, além de ter banner nos sites Aéreo; Naval e Forte, é de nossos “parceiros estratégicos” franceses.
E se precisar de opção, ainda tem o Archer e um outro sistema coreano, mas este é 105mm.
Fora os israelenses em 155 e 105. Mas seria útil termos nossa propria artilharia. Temos 05 grupos operando o M-114 da década de 50.
Um sistema em 155 mm em uma versão 8×8 deste caminhão ficaria parecido com o israelense. O Archer, da BAE Systens, está 4 milhões de dólares a unidade.
Mauricio R. – para tua informação eu sou engenheiro mecânico especializado em veículos motorizados. Alem de trabalhar 25 anos na indústria automobilística, fui professor na cadeira de Engenharia Automobilistica da Faculdade de Engenharia Industrial.
Dito isto, vamos definir o que eu acho do Caesar >>> um excepcional produto para substituir os canhões rebocados atuais. Ou seja excelente para mobiliar os grupos de artilharia de Brigada de Infantaria Motorizada, ou qualquer outra utilização que não envolva veículos de grande capacidade QT.
Não o considero a altura, em função de mobilidade, como adequado a ser parte do grupo de artilharia das Brigadas de Infantaria Mecanizada e de Cavalaria Mecanizada.
Não acredito que sua mobilidade seja compatível com as dos VBTP-MR, VBR-MR e carros de combate.
Considero que o Tatra na versão adotada pela AVIBRAS (em versão 8X8) se aproxima muito mais deste desderatum. Tem suspensão de longo curso e molas a ar- uma excelente solução para QT.
Eu sei muito bem que o Caesar é usado nas Brigadas Mecanizadas do exército francês, ao lado dos AMX-10RC e VAB, mas, isto não será por faute de mieux?
Esta é minha justificativa.
Muito interessante o teto rebaixável.
Mudando de pato pra ganso, um equipamento bem interessante para os fuzileiros navais seria um lançador de foguetes múltiplos de curto alcance/peso leve, como o AV-SS 12/36 ou o mesmo sistema, autopropulsado, Astros Hawk.
http://img329.imageshack.us/img329/3375/hawk01io4.jpg
Isso, e claro, a substituição do M-114 pelo M-777, que ao meu ver é imprescindível.
Já em relação ao Astros e tendo em vista o que o Colombelli falou, acho que foi uma boa aquisição.