‘De Moscou, com amor’
Passou duas semanas na Rússia como integrante de uma comissão técnica de compras. Mas o militar músico não desembarcou em Moscou para renovar os instrumentos do Exército. Ele foi escalado pelo Ministro Celso Amorim para avaliar o sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar da Rússia. O Pantsir-S1, a escolha de Amorim, custa quase o triplo dos modelos preferidos pelos militares brasileiros que, ao contrário do marido de Ideli, realmente entendem do assunto.
FONTE: Revista Veja, por Lauro Jardim
Improbidade e crime.
Hahahaha!!!!
Esse país não é sério mesmo…
Se bem que o cara é militar e dever ter um mínimo de conhecimento em assuntos militares.
Na verdade já vi situação bem pior em que um cara que tinha apenas o ensino fundamental ser eleito presidente de um país… esse episódio é fichinha se comparado.
Sem dúvida o som combinado dos dois canhões de 30 mm, disparando a taxa de quase 5000 tiros por minuto, é música para os ouvidos mais sensíveis.
Pssssssiuu !
Missão secreta… o subtenente músico foi testar, em segredo e disfarçado, se em se tocando tuba próximo a uma bateria do Pantsir… seria verdade que o radar do mesmo trava !!
Coisa de especialista….
Sds.
É esse tipo de gente que hoje se infiltra no glorioso EB…
Simplesmente lamentável. Os generais-melancia do AC estão cavando a própria tumba e não se aperceberam disso ainda.
O Jeferson é um bom companheiro né camarada.
Save Ferris!
Aliás, pensando bem no que esse cabra tem que enfrentar quando ele chega em casa, eu também preferiria os dois 30 mm do Pantsir…
Sem brincadeira: o combatente (?) merece é uma medalha…
Vader
Pensei a mesma coisa. Tá ai um cara com coragem…
O Brasil virou piada, mesmo… e o EB idem, pois nossos generais (huáhuáhuá!) mandarem um sub-tenente músico avaliar equipamento como o Pantsir é dose p’rá elefante, por maior que seja o tribufu que ele tem em casa…
Brasil virou piada, mesmo… Virou??? E desde quando em algum momento deixou de ser piada internacional? São episódios desta indole que causam que o Brasil seja a piada eterna no ambito internacional. Eu tenho um primo que mora em Fort Lauderdale, e é o proprietário de uma cadeia de lojas de eletrônicos. Grande parte da sua receita são funcionários do governo brasileiro que sempre estão aqui nos States fazendo “comitiva” disso, daquilo e do escambal. Compras milionárias de iPads, iPhones, tablets, TVs flat screen, e por ai vai. Brasil, o pais do futuro…eternamente.
Esse é o Brasil… manda um subtenente analisar um sistema de defesa antiaéreo, somente porque ele é marido de uma ministra do governo……..
geobosco, mandar um subtenente não é nada, pode ser uma sumidade na matéria… o problema é que ele é músico!
Prezados, não tinha entendido o motivo de os colegas cogitarem uma medalha para o indigitado Sub, porém, quando vi uma foto da ministra entendi a motivo.
Aliás vejo-me compelido a retirar em parte o que falei, pois verifiquei que, apesar de músico, ele tem uma verve de artilheiro, e por isso possa não ter sido tão equivocado seu envio. Explico, é que segundo ancestral ditado da caserna, “abraçado ao canhão morre o artilheiro”, e no caso o sub não morre, mas dorme abraçado a um.
Brincadeiras à parte, cuida-se de caso notório de improbidade administrativa. E ai pergunto, quem foi que nomeou um músico, sem conhecimento técnico para uma comissão essencialmente técnica? Qual o nome deste elemento que nomeou ou quem foi que indicou e com que critério. Isso é muito sério, é algo escandaloso.
“Abraçado ao canhão morre o artilheiro” kkkkkkkkkk…
Boa Colombelli! 🙂
Quem foi, independente da esposa que tem ou se é músico ou pipoqueiro, deve ter ido com os requisitos a serem observados no equipamento em análise.
Se nos requisitos estava anunciado que:
1- não se faz necessário seu transporte via aérea (tendo em vista os meios empregados pela FAB), só rodoviário;
2- não é indispensável que tenha uma ótima mobilidade tática;
3- não é necessário que tenha uma boa proteção blindada;
4- não é necessário que tenha elementos modulares, podendo tudo integrar um veículo tipo caminhão;
5- não é necessário que seja operado remotamente quando estático, podendo seus operadores estarem no interior do sistema quando em operação;
6- é necessário que pelo menos o radar de busca opere com o veículo em movimento;
7- é necessário que o sistema se ponha em marcha ou em operação plena com um mínimo de preparação, de forma mais rápida possível, de modo a poder acompanhar forças em deslocamento;
8- é desejável que tenha um alcance mínimo muito curto (provido pelo canhão);
9- é desejável que o sistema tenha capacidade de autoproteção contra alvos em terra.
Então o Pantsir é o ideal.
http://www.youtube.com/watch?v=qH8_gqZuSe0
Eu acho o Pantsir um ótimo sistema, que nos colocará a anos luz de onde estamos hoje. A pergunta é se realmente precisamos de um sistema antiaéreos de média altitude com suas características ou se outros sistemas são mais indicados, tendo em vista a particularidade que o sistema russo foi desenvolvido, voltado para a proteção dos sistemas S-300/400.
Só de curiosidade, no Ocidente, o tipo de conceito adotado pelo Pantsir está em franca decadência, tendo sido substituído pela combinação de mísseis manpads instalados em veículos e sistemas de média altitude distribuídos de forma modular no terreno.
Sistemas semelhantes no ocidente, como o Roland e o Crotale, foram ou serão em breve completamente substituídos por sistemas modulares.
Acho, e já disse isso antes, que o sistema Pantsir sobre lagartas (a la Tunguska) é o sistema de proteção ideal de forças móveis, independente de ser ou não moda no ocidente, mas quanto à versão montada em caminhão, tenho dúvidas se não caberia uma opção mais modular.
Tudo bem que o EB irá adquirir um equipamento tendo em vista o teatro de operações da AL, mas o seguro morreu de velho e comendo a enfermeira, e aí, temo que no contexto do EB, onde o Pantsir não estaria dentro de um cobertor de grande alcance, ele ficaria vulnerável (por “ele”, subentende-se não só o equipamento, mas principalmente, a tripulação).
Eu me confesso um entusiasta da aquisição do sistema e vejo algumas pontuações que são premissas para para se avaliar mais precisamente a escolha.
Primeiro é necessário estabelecer o emprego, se tático, em proveito da tropa combatente; ou estratégico, em proveito da defesa de pontos vitais de infraestrutura.
Creio que o sistema terá a segunda destinação, principalmente por termos mais de 300 pontos vitais de infraestrutura críticos e 13000 pontos sensíveis no país. Claro que não seriam todos que seriam ameaçados em um conflito necessariamente. mas é fato que temos grande carência de cobertura de defesa destes pontos. Por outro lado, as forças aéreas de nossos prováveis inimigos não tem grande vulto e se concentrariam em atingir a infraestrutura antes que a tropa, pois o custo benefício é melhor e a tropa teria larga possibilidade de dispersão.
Em sendo para defesa de pontos estratégicos e não táticos, a mobilidade tática fica em segundo plano, pelo que prescindível a lagarta.
Pelo mesmo motivo se secundariza a necessidade de proteção blindada mais pesada, mais necessária em vista de eventual fogo terrestre em emboscada,s ou de artilharia, do que em vista de uma ataque aéreo, pois em caso de um ataque aéreo de supressão de defesas, dados dos meios altamente destrutivos ordinariamente empregados, pouca diferença fará mais ou menos proteção, ocorre destruição. Protegendo alvos mais no interior, as chances de engajamento terrestre são remotas.
Quanto à transportabilidade aérea, é algo desejável, mas quase todas as regiões do país podem ser atingidas por via terrestre e as hipóteses de conflito com que podemos razoavelmente trabalhar indicam um prazo de mobilização de alguns dias ou semanas, mais do que suficiente para um deslocamento terrestre. Outrossim, em caso de necessidade de cobertura de pontos na região amazônica com difícil acesso, os quais seriam pouquíssimos, em havendo necessidade ou conveniência de transporte aéreo, pode o sistema ser desmontado. Ex, defesa de Boa Vista.
Outro aspecto que é importante é que, com os escassos recursos de defesa AA que temos, é importante que o sistema seja o mais versátil possivel, cobrindo atacantes mais distantes e mais próximos. O sistema Pantsir colocado a 05 ou 06 km do ponto que defende poderá em tese engajar alvos a 25 km do ponto defendido, e se os atacantes lograrem passar pela cortina de mísseis, ainda poderá usar o canhão para abate ou ao menos para atrapalhar o agressor no momento crítico do lançamento das bombas se este estiver em perfil de vôo baixo ( o único que permitiria escapar dos mísseis). Por outras palavras, se o atacante pretende um ataque stand off, estará sujeito aos misseis, se quer escapar deles voando baixo, estará sujeito ao canhão. Claro que hoje temos armas que podem ser lançadas de bem mais longe, mas ai a questão é de adquirir um sistema de maior alcance (médio), e a deficiência existiria em vista de outros sistemas de curto/médio alcance que concorrem(iam) com o russo.
Quanto à modularidade e operação remota, a primeira seria ideal, mas é compensada em certa medida pela mobilidade imediata. E em vista da segunda, há vantagens e desvantagens, poiso controle remoto também torna o sistema mais vulnerável a contra-medidas.
Finalizando, dada a deficiência de cobertura de radar que temos, é importante que o sistema possa entrar rapidamente em módulo de ação, pois poderá no mais das vezes ter so seu radar para alertar
Vejo, por todos estes fatores, com bons olhos a escolha, mas é imprescindível a aquisição de um sistema de médio alcance para defesa de ao menos três grandes áreas, de forma concomitante e complementar as defesas de curto alcance ou de forma isolada.
Mas ao fim e ao cabo, dentro do tópico, fica a pergunta: será um praça músico o mais indicado para ponderar e avaliar estes fatores?
Colombelli,
Mas na sua opinião, em si tratando de um sistema de média altitude para a defesa de pontos estratégicos (fixos) um sistema modular não seria mais indicado?
Sem falar que a esse sistema modular pode ser acrescido canhões AA, mísseis manpads etc.
Meu pensamento: se o sistema irá defender alvos fixos, ele irá operar de forma estática, e poderia ter seus elementos distribuídos no terreno de modo a que um único “tiro” não ponha abaixo todo o sistema.
Como você disse, em se tratando de ataque aéreo, tanto faz o nível de blindagem, mas é nesse caso que a modularidade e operação remota é interessante.
Só vejo razão para um sistema como o Pantsir (montado em caminhão) se fosse para a defesa de forças em deslocamento, e assim mesmo, não no campo de batalha pois lhe falta tanto a mobilidade tática quanto a proteção blindada necessária (ex: Gepard).
Ou seja, ao meu ver o Pantsir não é o ideal para a defesa de pontos estratégicos (por não ser modular e não ser de operação remota) assim como não é ideal para a defesa de forças combatentes (por não ter mobilidade tática e proteção blindada), sendo especificamente talhada para a defesa de forças em deslocamento rodoviário, para o campo de batalha, sujeitas à interdição aérea, ou à defesa de sistemas SAM móveis ou de sistemas de artilharia de grande alcance em terreno favorável.
Resumindo, é um sistema específico, excelente para um país que pode se dar ao luxo de ter sistemas específicos.
Não é birra contra produto russo não; também não gosto das versões em shelters e montadas em caminhões dos mísseis ocidentais equivalentes.
Um uso interessante do Pantsir, onde ele não corre risco algum de ser neutralizado com um único tiro, é na proteção de grandes eventos. Sem dúvida esses sistemas antiaéreos montados em caminhões ou shelters foram talhados para essas situações de “não guerra”.
Mas novamente, creio que não podemos nos dar ao luxo de ter algo tão específico assim.
Mas faço questão de frisar novamente que sou fã do Pantsir e fico feliz se o adquirirmos mesmo, embora devesse ser numa quantidade mínima de umas 10 baterias (60 veículos) sendo 6 para o EB e dois para cada uma das forças restantes.
Meus comentários embora possam parecer contrários, são apenas no sentido de discutir o assunto do ponto de vista puramente técnico, de entusiasta.
O míssil Roland, para efeito de comparação, tem uma versão “shelter” que combina tudo e coloca dois sujeitos corajosos dentro de um trailer, tendo sido desenvolvido especificamente para a proteção de alvos estratégicos, notadamente aeroportos e bases aéreas.
Obs: Eu, se tivesse que escolher, preferiria um sistema modular como o Rapier para a mesma função, haja vista os dois sistemas terem basicamente o mesmo envelope de ação.
Já a versão Roland montada em caminhão, considero só um trailer sobre rodas, que seria apto à proteção de forças em deslocamento rodoviário dentro de território amigo. Chegando à linha de frente, essas forças teriam que ser protegidas pela verão Roland montado em chassi de tanque.
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Tendo em vista as 3 situações: defesa antiaérea na linha de frente, defesa antiaérea recuada protegendo forças em deslocamento rodoviário, e defesa antiaérea de pontos estratégicos, o Pantsir, em que pese ter o dobro do envelope cinético do Roland, opera da mesma forma, e a que “escolhemos” é mais indicada para a segunda situação.
Pode-se alegar que o Pantsir, no caso de ser usado no campo de batalha, por ser de médio alcance/altitude, poderia dar cobertura às forças combatentes, mesmo estando recuado, não sendo preciso que tenha mobilidade tática ou proteção adequada.
No caso poderíamos colocar os Gepards diretamente inseridos no campo de batalha, acompanhando colunas mecanizadas, enquanto o Pantsir ficaria mais atrás, resguardado da ameaça das armas de apoio direto do inimigo e ainda assim dando proteção às forças em ação.
Só que nesse caso, para essa função, ele é grande e desajeitado.
Ao meu ver, nessa situação, um Buk seria mais adequado.
Se não o Buk, um sistema modular mais ligeiro, como alguns ocidentais (Spyder, Mica, Slamraam, etc), em que pese serem montados em caminhão ou utilitário, têm maior mobilidade tática e maior nível de sobrevivência tendo em vista serem modulares.
Bosco, em um cenário ideal, onde o defensor pode buscar a defesa ideal pois o atacante é eficiente e apto, sem dúvida que um sistema modular garante dispersão e redundância e seria melhor.
Mas creio que no caso do Brasil, o Pantsir encaixa no conceito “da melhor defesa que podemos adquirir e operar diante dos nossos vizinhos ineptos”.
Primeiro, o custo de um sistema modular tenderia a ser sensivelmente maior.
Segundo, a complexidade de operação, notadamente se controlados por uma central, seria também maior.
Terceiro, não há disposição política para adquisição de um sistema vultoso. Até o melindre nos vizinhos é fator que entra em voga nas avaliações do governo, ainda mais um que e tão “amigo” dos seus vizinhos bolivarianos. e cucarachos e que não gostaria de ser chamado de imperialista e belicista ( lulinha paz e amor).
Por fim, o sistema modular tem menos mobilidade imediata, e (espero estar errado quanto a isso) no caso do Brasil, com muitos alvos e poucos meios para resguarda-los, é muito provável que adotássemos uma tática de um sistema cobrir vários alvos sendo deslocado periodicamente para confundir e gerar dúvida acerca de qual ponto estaria mesmo coberto por defesa. Ou seja o Pantsir se encaixa na tapeação que um país que não pode ter os meios que precisa carece fazer.
Estas pontuações valem para a defesa de ponto.
Quanto à defesa tática e partindo das duas situações que colocaste, ou seja, defesa imediata sobre a linha de frente e defesa de pontos de interesse militar tático ( pontes proximas, áreas de acantonamento, tropas em movimento, centros de comando etc..) quer me parecer que o EB não trabalha com a perspectiva de vir, em um futuro a curto e médio prazo, a inserir uma defesa de área com misseis de curto alcance melhorado ou médio.
Os ataques à linha de frente acabariam, nos cenários mais prováveis de conflito, normalmente sendo feitos por incursões táticas de aeronaves em baixa altitude e com bombas burras. Para defesa da linha de frente, serão usadas metralhadoras e mísseis de curto alcance ( canhões no caso das duas brigadas blindadas). Para as áreas de retaguarda, ocorrerá o mesmo, embora fosse possível usar um sistema como o Pantsir para isso, pois cobrindo 20 km ( em tese) cobriria toda uma área de defesa e retaguarda de uma divisão com sobra ou até de duas, bem como poderia cobrir, com alguns deslocamentos com certa frequencia, todo o eixo de progressão de uma força atacante de mesmo valor. Mas as ameaças planejadas pelo EM do EB não carecem de um investimento deste patamar.
So pra que se tenha uma ideia da defasagem da defesa tática, temos apenas 09 bateria antiaéreas orgânicas de brigadas. As demais 13 brigadas combatentes não te defesa específica. A não muito tempo atras, cada bateria destas tinha uma seção de canhões com 04 unidades do Bofors L60, e uma de metralhadoras M-55, com 04 unidades também, ou seja, era uma defesa dos anos 40.