Integração da cartografia militar beneficia planejamento estratégico e ações conjuntas das Forças Armadas

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Realizado ao longo da semana pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), o I Seminário da Comissão de Cartografia Militar (COMCARMIL) promoveu debates sobre o cenário atual e novos horizontes do setor. Os participantes trataram de questões como a implantação de uma cartografia conjunta de defesa e as expectativas das Forças Armadas quanto à criação de um sistema integrado e compartilhado. O evento aconteceu na sede do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), no Rio de Janeiro.

O chefe da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG), general Silva Neto, ressaltou benefícios da integração cartográfica das forças militares, como a melhoria no planejamento estratégico e nas ações de operações conjuntas. “A vantagem é trabalhar de forma coordenada, eficiente e sem redundância”, disse o general.

A expectativa dos militares é a implantação de uma cartografia conjunta de defesa. Para o assessor especial da DSG, coronel da reserva Omar Antonio Lunardi, o compartilhamento de dados geoespaciais já é realizado por grande parte dos órgãos de defesa dos países. “Com isso conseguimos reduzir custos e otimizar as operações das forças militares”, afirmou. Lunardi acrescentou que as integrações cartográficas entre mar, terra e ar servem também para ações de defesa civil e apoio na realização dos grandes eventos.

Marinha

Encarregado da Seção do Banco de Dados Cartográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, o capitão-tenente Rafael Vieira abordou os produtos cartográficos disponibilizados atualmente pela Força Naval: a carta em papel; a carta eletrônica raster, com imagens tipo bitmap, que as deixam com aspecto parecido com as de papel; e a carta vetorial, organizada em camadas, o que permite a análise e a apresentação de forma customizada e automática.

“Atualmente, a carta raster é disponível gratuitamente para usuários navegantes via internet. O nosso desafio é compartilhar os dados das três Forças, num formato que seja interativo”, disse o capitão-tenente Rafael Vieira.

A Marinha do Brasil possui hoje três serviços de sinalização náutica nas cidades de Belém (PA), Ladário (MS) e Niterói (RJ). Ainda este ano, uma outra unidade será instalada em Manaus (AM). O trabalho cartográfico envolve a participação de cerca de mil profissionais.

A Força Naval utiliza 10 navios para a produção cartográfica náutica, além de outras quatro embarcações empregadas na Bacia Amazônica. O DNH informou que a produção cartográfica da Marinha saltou de 688 cartas, em 2007, para 1323, em 2013.

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Para o tenente Gabriel Dietsch, do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), as cartas da DSG e as imagens orbitais são os principais insumos utilizados pela Força Aérea para a produção cartográfica. Na exposição, o representante do ICA ressaltou aspectos fundamentais na produção cartográfica como a inclusão da malha das linhas de transmissão de energia elétrica e das torres de antenas de celulares instaladas no alto das edificações.

Ao final do evento, o general José Orlando Ribeiro Cardoso, subchefe de Apoio a Sistemas de Cartografia, Logística e de Mobilização do Ministério da Defesa, apresentou aos participantes do COMCARMIL a sugestão do regulamento da Cartografia de Defesa. “Nós trouxemos uma proposta de regulamento que no momento se encontra em fase de minuta e será debatido neste fórum para que as Forças possam opinar”. A expectativa é que, em meados do segundo semestre, a proposta esteja concluída.

FONTE: Ministério da Defesa

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