Em 4 anos, Brasil comprou 2.000 blindados, 36 caças e 4 submarinos

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Guarani - foto Nunão - Forças Terrestres

Guarani - foto Nunão - Forças Terrestres

Luiz Felipe de Alencastro

Clipping  O recente relatório anual do Stockholm International Peace Research Institute (Sipri), um influente centro de pesquisa sueco dedicado ao estudo do comércio mundial de armamentos, traz informações importantes sobre a Ásia do Sul e o Golfo Pérsico.

Mas também dá relevo às compras de equipamento militar realizadas pelo Brasil. Ao lado de outros destaques do período 2009-2013, aparece a compra pelo governo brasileiro de quatro submarinos franceses, de 2.044 blindados italianos e dos 36 aviões de combate adquiridos à própria Suécia.

No entanto, a notícia principal do relatório do Sipri é o aumento das importações de equipamento militar pela Índia e o Paquistão.

No primeiro caso, o crescimento foi de 111% entre o quadriênio 2004-2008 e 2009-2013. No caso do Paquistão, a cifra alcançou 119% no mesmo período.

Outra área importante de importação de armamentos é o Golfo Pérsico. Afora as importações dos Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita aparece agora como o quinto maior importador de sistemas de armas do mundo.

Do lado dos exportadores de material bélico, além dos vendedores tradicionais como os Estados Unidos (29% das exportações mundiais) e da Rússia (27%), aparece a China que, com 6% das vendas mundiais, chega agora perto das exportações da Alemanha (7%) e da França (6%).

Na realidade, a China já fabrica a maior parte de seu armamento e, conforme os especialistas, seus gastos militares situam-se em segundo lugar no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Na sequência, as Filipinas e o Japão aumentam seus sistema de defesa para se premunirem contra as ameaças chinesas e também norte-coreanas.

Na altura em que se marca o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, o quadro atual lembra, em algumas partes do mundo, a corrida armamentista que precedeu a tragédia iniciada em 1914.

Note-se que durante muito tempo a Primeira Guerra foi chamada de Grande Guerra porque parecia ser a maior que o mundo conhecera.

FONTE: UOL

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aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Posso estar errado mas, salvo os Leopard, as compras de blindados, mais a aquisição dos caminhões nos deram uma imensa capacidade de transporte de tropas, nada de ataque.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Tudo com entrega para até 20 anos, ou seja, nada na mão ainda, com contrato dos caças sequer assinado.

Aldo, a rigor, os caminhões em sua maioria irão apenas repor velhos chevrolet, engesa e REO. Outra parte será usada em logistica, sendo 1/5 caminhões pipa (vamos jogar água no inimigo). Uma compra importante os caminhões, mas um pouco desproporcional enquanto a artilharia está sucateada. Já os Guarani, são 20 anos de entrega. Pelo menos estes já tem contrato de entrega. A gora é torcer para os cortes não atingirem os respectivos orçamentos ( aqueles cortes que o governo costuma abafar)

aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Salve Colombelli! Bom dia.

É verdade, e o artigo me lembra uma frase do Oscar Wilde que disse que “a pior maneira de combater a boa luta é contra a meia verdade, pois ela é uma mentira travestida de verdade”.

Quem lê o artigo até pensa…

andre.dadys
andre.dadys
10 anos atrás

Colombelli,

Realmente, a grande maioria das compras são para entrega futura. Mas isso não é uma exclusividade do nosso país.
Todas as compras militares citadas são de grande vulto, algumas até dependendo de financiamento externo, e que demandam de grande prazo para entrega, em função da complexidade envolvida nos processos de desenvolvimento (se for o caso), aquisição de matéria prima, processos de fabricação (muitas vezes complexo), transporte internacional, etc…

No entanto, não existem mais em carga, no EB, os velhos caminhões citados. E acredito ainda que os famigerados caminhões pipa entregues às FFAA, foram adquiridos com o dinheiro do PAC II. Teoricamente esses veículos deveria ser usados no combate à seca, no Nordeste. Entretanto foram distribuídos por todo o território nacional.

Além dos caminhões tanque, outros veículos de transporte, também conhecidos por “comerciais” foram adquiridos e distribuídos em substituição à frota antiga.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Colombelli e Aldon,

Acho que é menos do que meia-verdade.

Preto no branco mesmo, são 102 Guaranis:

16 – lote piloto

86 – lote experimentação doutrinária

Sendo que dessas 86, apenas 48 estão dentro do PAC, o que supostamente, garantiria os recursos.

Vader
10 anos atrás

O UOL é site do governo…

carvalho2008
10 anos atrás

O ilustre reporter caso realmente desejar postar materia conclusiva, poderia ter resumido tudo alocando uma simples linha de evolução comparativa de investimento Vesus PIB nos ultimos 10 a 15 anos…daí, seria possivel e claramente visivel ao mais leigo dos mortais, identificar quando alguem está repondo algo que a decadas está no ferro velho de alguem que realmente esteja aumentando seu arsenal perigosamente ou despediçadamente ( Odorico Paraguassu) de seu orçamento com relação a outras prioridades…

Falar de cifras que obviamente são recheadas de zeros, apenas revelam ou má vontade com a verdade ou desejo de torcer a verdade induzindo ao leigo de que gasta-se muito com o que não deveria…

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

André, passei por um bateria de artilharia 105 em Rosário do Sul em outubro sendo os obuseiros rebocados por Engesas. Fora eles, os velos mercedes mamute que rebocam os M114 e que estão em algumas unidades de engenharia também tem pelo menos 40 anos.

Qual fonte usas para dizer que não estão mais em carga estes e os chevrolets e REOS? Oxalá seja verdade quantos a estes dois.

Quanto a demora das compras, isso de fato é natural. A questão é que os outros, ainda considerada a demora, adquirem ( e recebem) muito mais do que nós, e nossas aquisições, ainda que descontada a demora natural, são poucas e lentas para forças armadas de um país com tamanho como o nosso. E vejam, nem estou cogitando de um exercito altamente operacional nível OTAN, mas as necessidades M1A1, no mínimo para não parecer uma milícia caricata de exercito.

Combate a seca tem ministério próprio e não deveria ser embutido em orçamento militar. Caminhões comerciais há alguma necessidade ex, caminhões frigoríficos. mas deve ser evitada a aquisição de veículos sem características militares. Um veiculo militar quase sempre faz tudo o que um civil faz, mas o inverso não é verdadeiro.

Uitinã
Uitinã
10 anos atrás

Falando em caminhões esses eu trafegava pela marginal da BR-277 aqui em cascavel quando, eu vi 2 carretas do exercito transportando 4 caminhões Mercedes novinhos não sei dizer se eles iriam entrar aqui na cidade ou só estavam de passagem já que segunda vão entregar 13 guaranis aqui na minha cidade, o mais interessante e que eu pensei que o EB iria comprar mas caminhões da MAN/Volks e não da Mercedes.

Falando nisso sobre caminhões os mas velhos que eu já vi aqui foram 2 Chevrolet D10 e algumas míticas Toyota bandeirantes, e se não me engano tinha uma 1113 tbm mas faz tempo que não vejo, e olha que aqui tem 3 pelotões,
15° Blog, 15° Bimtz, 33°Bimtz, a maioria dos veículos aqui em sua maioria estão em bom estado varias Marruá, alguns defender, e dezenas de caminhões entre Mercedes e Volks.

Santana Denis
Santana Denis
10 anos atrás

O interessante é que em todas as aquisições o Brasil pagou a mais para ter transferência de tecnologia, Caças, Helicópteros, Submarinos, Mísseis, Artilharia… . Ai eu pergunto, o Brasil tem condições de manter mão de obra qualificada/especializada? Tem estrutura física, logística? Qual órgão irá “regular” as empresas que estão recebendo o ToT, no sentido de organizá-las numa linha de produção? O Brasil terá competitividade consequentemente mercado para manter uma linha de produção de tudo? Obviamente para manter uma linha continua de qualificação, pesquisa até o desenvolvimento de produtos genuínos, com tecnologia própria leva tempo e dinheiro, de onde virá esse dinheiro? Tem algum planejamento em relação a isso ou é tudo ou é tudo nos mesmos moldes da aquisição da Refinaria de Pasadena? Sem querer ser pessimista mas acho demais. Como se não bastasse os elefantes brancos da copa, logo em seguida vem as olimpíadas, MEU DEUS TENHO A IMPRESSÃO QUE VAMOS ENTRAR EM COLAPSO isso é se o mundo ainda existir do jeito que conhecemos daqui pra lá.