Foto BFA (André Redlich)

Foto BFA (André Redlich)

Esporte – de gente grande – que promove a integração, amizade e a união familiar

Há pouco mais de 10 anos no Brasil, o Airsoft é um esporte ainda pouco conhecido. A comparação com videogames tipo CounterStrike, CallofDuty e Battlefield é comum, afinal, o Airsoft torna real a simulação de batalhas virtuais tão difundidas e praticadas ao redor do mundo. Os jogadores participam em simulações policiais, militares ou de mera recreação com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não-letais, utilizando-se frequentemente de táticas militares. Não é um esporte de competição nem de desempenho, é um esporte de integração através de missões e objetivos. O jogo é bastante popular em vários países asiáticos como o Japão, China, Taiwan, Macau, Coreia do Sul e Filipinas. Atualmente existe um crescente interesse no Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Suíça e o esporte agora começa a se popularizar no Brasil.

Com objetivos, metas e regras que devem ser cumpridas é uma atividade de aprendizado que busca o entretenimento, companheirismo e diversão dos participantes sem nenhum propósito de formar militares. O esporte deve ser jogado com seriedade e requer pessoas compromissadas com a ética e principalmente os ideais de honra, respeito pelas leis e a preocupação com a segurança, que são pilares fundamentais da prática desse esporte. É importante ressaltar que a prática de Airsoft nada tem a ver com atividades políticas, religiosas ou quaisquer outras que não sejam o desafio, a superação, a atividade física, o convívio e o culto da amizade e ajuda mútua entre os seus praticantes.

No Brasil, existem diversos grupos de praticantes de Airsoft, que tem o esporte como hobby, e entre eles está a BFA – Brigada Fluminense de Airsoft. Para a BFA, o Airsoft é uma atividade recreativa, porém séria, onde o jogo é baseado em eventos históricos, atuais, guerras passadas e que tem como proposta incentivar os atletas a se comprometerem com a sociedade e verem o jogo como um divertimento familiar. O grupo é bastante receptivo e preza o conceito de família, tendo entre seus membros irmãos, pais e filhos, casais e acima de tudo amigos. São quase 500 membros ativos, sendo o mais jovem com 18 anos e o mais velho com 61. Para provar que não é um esporte machista, 10% dos praticantes na BFA são mulheres! A atividade em grupo do Airsoft busca tirar as pessoas de casa, da frente do computador, trazer para o mundo real as aspirações e transformar a atividade em um fomentador de companheirismo e amizade.

A BFA, além de ser um grupo que pratica estas verdadeiras encenações de operações em equipes, eles não visam apenas o jogo. O grupo também é engajado com causas sociais, promovendo e ajudando em campanhas como a de doação de sangue, recolhimento de donativos, entre outros. O espírito que move a BFA é a vontade e o prazer de estarem todos unidos, não só em prol de um esporte que preza a interação entre suas equipes, mas que também se preocupa em apoiar e ajudar os que precisam através de campanhas sociais.

Para se tornar membro da BFA, há varias etapas que devem ser cumpridas no processo de treinamento para a pessoa estar apta a jogar e se tornar um praticante de Airsoft. O treinamento se divide em três fases: A taverna (1ª fase), o treinamento de iniciação do novato (2ª fase) e o treino de nivelamento (3ª fase). A primeira fase é a parte teórica do esporte em que ensina basicamente as regras, a conduta e como se comportar durante o jogo. Na segunda fase, já se inicia a parte prática em que o novato começa a aprender a manusear a arma, a atirar, ou seja, põe em prática tudo aquilo que aprendeu na teoria. A terceira e última fase é uma etapa opcional de aprofundamento, aprimoramento das técnicas e regras aprendidas. É um reforço no treinamento para o iniciante poder vivenciar um pouco do que acontece durante o jogo.

Dentre vários grupos de praticantes de Airsoft no país, a BFA tem suas características próprias. O valor do esporte para esta brigada vai além dos eventos dos jogos. Eles estão sempre engajados com a responsabilidade no processo de treinamento, com as campanhas sociais e com a união familiar e de equipe. A BFA, assim como o Airsoft em geral, não promove a violência nem estimula maus comportamentos. A índole do jogador é um ponto crucial para tornar o novato um praticante da atividade. Assim, o grupo terá sempre como missão utilizar o Airsoft para o aprendizado, diversão e integração.

Regulamentação

O Airsoft foi regulamentado em dezembro de 2007, com a Portaria Nº 006-D LOG, que gere o uso dos equipamentos usados na prática do esporte. No entanto, em fevereiro de 2010, o Exército Brasileiro publicou a Portaria 002 Co-Log, que revogou a anterior e passou a exigir que as armas de pressão tenham a extremidade pintada de laranja ou vermelho vivo para diferenciá-las das armas de fogo.

Foto BFA 3 - (André Redlich)

Foto BFA 2 - (André Redlich)

Foto BFA 4 - (André Redlich)

DIVULGAÇÃO: Tratto Comunicação e Consultoria

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Mayuan
Mayuan
10 anos atrás

Muito bom o artigo e só traz mais orgulho de estar em processo para ingressar na Brigada. Muitas pessoas que vêem de fora nos observam com preconceito ainda que o Airsoft seja um esporte tanto quanto qualquer outro desses exaustivamente exaltado na tv. Se soubesse o respeito às leis e a segurança que temos, não falariam tantas bobagens. Entretanto, como muitos repetem aqui, o tempo é senhor de todas as verdades.

Obrigado Galante pela realização do artigo. Vou mostrá-lo a todos que ainda não entenderam o esporte.