Tropas russas invadiram uma base militar ucraniana em Simferopol, na Crimeia
Segundo um militar ucraniano citado pela agência estatal russa Interfax, o comandante da base foi capturado e os demais militares fizeram uma barricada no segundo andar do prédio principal da base. De acordo com a BBC, o comandante está ferido.
A ação ocorreu depois que a Rússia formalizou a anexação da Crimeia a seu território, nesta terça-feira (18).
O militar morto havia sido atingido no pescoço e na clavícula.
“Agora nos protegemos no segundo andar. A sede foi tomada e o comandante foi levado. Eles querem que nós abaixemos nossas armas, mas nós não pretendemos nos entregar”, disse um militar ucraniano à Interfax.
Segundo um repórter da rede NBC presente no local, Ed Flanagan, vários soldados ucranianos já se renderam e entregaram suas armas.
Cauteloso, o porta-voz militar da Ucrânia Vladislav Seleznyov descreveu os autores do ataque como “forças desconhecidas, fortemente equipadas e com os rostos cobertos”.
Já o premiê ucraniano, Arseny Yatsenyuk, acusou a Rússia de “crime de guerra” após a ação em Simferopol.
“A Rússia começou hoje a disparar contra militares ucranianos. Isso é um crime de guerra”, afirmou ele, em Kiev.
“A situação está se desenvolvendo de uma situação política para uma militar”, acrescentou.
A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia.
Após a queda do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, em fevereiro, as populações das regiões sul e leste do país foram às ruas para protestar contra o que consideraram um golpe de Estado. A Rússia, aliada de Yanukovich e com interesses na região, apoiou esse movimento.
Em referendo no último domingo (16), a Crimeia aprovou em referendo sua anexação à Rússia. (Com agências de notícias e BBC)
FONTE: UOL
Bizú forte: O uniforme e as armas indicam a alternativa única: Forças especiais russas.