Israel bombardeia Exército sírio em resposta a explosão nos Golã
Israel advertiu nesta quarta-feira que o regime sírio de Bashar al-Assad pagará “um preço muito alto” por ajudar os grupos que atacam o Estado judeu.
“Consideramos o regime de Assad responsável pelo que está acontecendo sob sua autoridade e, se continuar cooperando com elementos terroristas que desejam atacar Israel, o faremos pagar um preço muito alto”, disse o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, poucas horas depois de um ataque aéreo israelense na Síria.
A aviação israelense efetuou bombardeios seletivos na madrugada desta quarta-feira contra posições do Exército sírio em resposta a uma explosão nas colinas de Golã, um ataque que feriu quatro soldados.
Os ataques apontaram contra “várias posições do exército sírio, que serviram para a execução do ataque contra os militares”, afirma um comunicado.
“Continuaremos atuando com responsabilidade e discrição para manter a segurança dos cidadãos de Israel”, disse Yaalon
De acordo com a nota foram atingidos um centro de treinamento, uma sede militar e baterias militares.
Uma porta-voz militar confirmou que a aviação israelense bombardeou o lado sírio nas colinas de Golã às 3h (22h de terça-feira em Brasília).
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu na terça-feira que Israel responderia “com força” à explosão em Golã.
HIZBOLLAH
Um comunicado das forças armadas israelenses confirmou também o segundo bombardeiro e informou que caças-bombardeiros atingiram uma instalação de treino do exército sírio, quartéis militares e postos de artilharia na cidade de Kuneitra.
O atentado na fronteira ocorreu cinco dias depois que um comboio militar israelense foi alvo de outro ataque, que não deixou vítimas, em uma zona conhecida como Har Dov, nas disputadas Fazendas de Shaba, localizada na fronteira entre Israel, Líbano e Síria.
O exército israelense responsabilizou pela ação o grupo xiita libanês Hizbollah, e em represália bombardeou duas de suas instalações no sul do Líbano.
FONTE: Folha de S. Paulo