caatinga

 

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Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
10 anos atrás

Gostaria de ouvir os comentários do pessoal do meio.

aldoghisolfi
aldoghisolfi
10 anos atrás

Vi…

Qual o efetivo da tropa?
Em quantos estados ela está acantonada?

Como o Soares, gostaria de ouvir o pessoal da área.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

MUUUUUITO melhor que o primeiro “Caatinga!”, que pode ser visto no primeiro link do “Veja Também”, onde fiz críticas pesadas a execução do vídeo e principalmente a redação. Uma boa imagem diz muito mais do que uma linha ou duas de qualquer texto.

Ainda temos espaço para uma ou outra sintonia fina nesse vídeo como por exemplo, a exclusão TOTAL de coisas que só dizem respeito ao meio da caserna, explico:

– Em primeiro lugar e antes de mais nada, materiais como este, são principalmente para ganhar corações e mentes junto a massa.

– Em segundo lugar, tais materiais possuem a função de aproximar as FFAA da população em geral e é quase que uma prestação de contas junta a ela dizendo: – “Estamos aqui prontos, preparados e adestrados.”

Agora o mais importante é que tais materiais NÃO podem ser feitos para militar ver. Temos que ter em mente o FATO inegável de que o soldado de AMANHÃ foi abduzido pela linguagem cinematográfica estrangeira (Hollywood) e por isso NÃO podemos dar as costas para as técnicas que “transportam” a audiência para a “ação” e as ferramentas que incendeiam o fio conduto para esse fim.

No mais, chega e deixo aqui MEUS PARABÉNS, até porque se eu falar mais teria que cobrar… rsrsrs

Obs.: TODAS as nossas Forças tem problemas sérios de execução em sua comunicação junto a população, mas os da MB são os mais mau feitos… torço para que resolvam esses gargalos.

Sds.

Vader
10 anos atrás

Muito legal.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
10 anos atrás

A opinião dos militares que frequentam a trilogia será importante, independentemente da Força que pertença.

wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

o pessoal da Caatinga esta testando o IA2 556 no cenário “local” ou adotara o 556 como padrão ??

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Não sou militar, então em vez de dar respostas, farei perguntas?

– essa preocupação com a barba não é bobagem?

– essas partes de couro na roupa não prejudicam a camuflagem?

– essa camuflagem no rosto, por ser “escura”, não é inadequada?

– esse chapéu, parece-me usado por tradição local, não deveria ser substituído por capacete?

– nesse cenário, seria mais adequada a munição 5.56 ou 7.62?

Saudações.

wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

o couro na roupa eh para proteger dos arbustos… foi o único material a resistir a caatinga e seus espinhos… o povo local ja utiliza o couro nas roupas a décadas… o chapéu deve ser porque com o capacete fica insuportável calor… o chapéu ajuda a se camuflar melhor… acho eu…
me corrijam se eu estiver errado…

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Carlos, se serve a de um ex militar ai vai.

Rafael, a preocupação com a barba e limpeza em geral (abrange condição do fardamento, coturnos, unhas) é para criar o hábito. Por incrível que pareça estes aspectos afetam muito a moral e o combatente tenderia naturalmente esquecer disso e relegar a um segundo plano. Ou seja, em 05 dias de combate teriamos farrapos humanos que perderiam, por conta disso, muito de sua capacidade. Por isso em todos os cursos, a primeira coisa depois da alvorada é uma vistoria, onde fica um instrutor avaliando e outro anotando, e gritando: barba “i” de insuficiente e incompetente”. Fardamento: B, e assim por diante.

O couro o wwolf deu a resposta. Além de tudo é material isolante.

A camuflagem no rosto, sim está um pouco inadequada, se bem que a caatinga, que conheci ano passado, inclusive lá em Petrolina, dependendo a época do ano também tem verde, e a vegetação acaba sendo escura por conta dos troncos e galhos densos. Poderiam ser mesclados tons marrons claros e areia para ficar melhor, e o principal, nunca usar os traços retos paralelos que tradicionalmente vemos em fotografias e filmagens. Isso sim é errado, e tinha alguns ali fazendo isso.

O chapéu não tem a ver com tradição local, mas resulta de um estudo. Note que ele cobre a nuca, especialmente. Nisso não difere da cobertura da legião estrangeira, aquela tradicional. Em áreas com muita insolação o capacete funcionaria como um acumulador de calor. Fora isso, o capacete estaria em frequente choque com as ramadas e galhos da vegetação da caatinga, o que prejudicaria a audição, gerando ruido que impede a escuta do adversário. Ali, em ambiente fechado, com curto campo de visão, a escuta é um dos elementos fundamentais.

Os campos de tiro normalmente serão curtos, de forma que o 5.56 pode ser usado sem problema. Ela permite o triplo de quantidade pelo mesmo peso. Interessante notar é que se a premissa da densidade de galhos fosse verdadeira para desviar disparos, ali haveria ainda mais motivo para o 7,62 do que na Amazônia, pois ao contrário do que se pensa, os troncos e ramos são calibroso e de madeira extremamente dura naquela vegetação.

Wwolf, a presença do IA2 se deve à fase final de experimentação.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Complementando, sobre a questão do chapéu, sempre que realizadas operações noturnas, especialmente patrulhas, o gorro de pala mole ( que no meio civil é o boné) é usado ao invés do capacete, premissa que é válida para qualquer ambiente.

Na caatinga a necessidade de audição livre ocorre tanto de dia como a noite. Pelo mesmo motivo, na selva não se usa capacete.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Colombelli, agradeço sua, como sempre, bem fundamentada resposta.

Em relação à barba, eu pesquisei superficialmente a respeito e vi que as FAs as consideram como medida de higiene e uniformização. E sua aplicação se adequa a isso. Só que vi que as FAs admitem que a pessoa tenha barba se for uma tradição familiar. Como defensor do princípio da igualdade, fico muito incomodado com isso. Soa-me como: “todos vocês aí façam a barba, exceto o fulano de tal, que é filho de não sei quem e tem direito de não fazê-la”.

A questão do capacete prejudicar a audição, essa é nova para mim. Lendo a respota do wwolf22, tinha ficado em dúvida se o Exército tinha optado apenas por trocar a proteção do capacete pelo conforto do chapéu. Mas existe esse outro fator pela escolha do chapéu. Interessante. Quanto à cobertura do pescoço, como “trekker”, eu também uso bonés estilo “legendário” e eles ajudam muito rs.

Quanto ao couro, não seria possível aplicar uma camuflagem nele? É que ele até brilha nas filmagens.

Aliás, nessas horas a gente vê como deve ser difícil manter uma tropa com recursos escassos. O ideal seria ter dois tipos de fardas para quem está na Caatinga: uma para o período de chuvas e outra para o período de seca.

O exército priorizou o fardamento para a última e a camuflagem é mais adequada para aquela (se bem que, no último caso, ela me parece mais ser um padrão do EB para a selva que não foi adaptado ao local).

Por fim, quanto ao calibre do fuzil, eu imaginava isso mesmo.

Saudações!

Reinaldo Deprera
Reinaldo Deprera
10 anos atrás

Excelente vídeo.
Pra mim, o uniforme mais lindo do Exército.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Colombelli,
Colombelli, foste fantástico.

Sobre o uniforme de couro, ele é uma tradição na região que remonta o cangaço e os vaqueiros. Lá na Caatinga (mata branca) essa vestimenta tradicional é conhecida como gibão, geralmente feito de couro de bode e realmente é a única coisa capaz de resistir a caatinga – “ E os galhos secos da caatinga… arranhando o meu gibão / com os olhos negros da menina, lascando em meu coração” – Totonho e os Cabras… muito bom 🙂

Mas existem outros apetrechos que compõe o “kit” como perneiras e luvas que cobrem o dorso das mãos. Todo esse conhecimento foi aproveitado pelo EB e aplicado ao seu fardamento na região.

E Rafael, quanto ao brilho do couro, é uma medida industrial, onde a parte mais brilhante e também mais lisa fica exposta permitindo que galhos e espinhos “deslizem” melhor por ele, deixando-o mais durável e provocando menos ruídos tb. Mas é possível sim aplicar algum tipo de camuflagem, mas além de ser mais caro (estamos falange de couro, não é coisa simples… rsrsrs), o custo benefício não seria tão grande assim, pois na estação da chuva, quando o sertão fica “verde”, o solo e as encosta ainda permanecem pardas, tornando o atual uniforme ainda válido. Acho que uma boa medida para incrementar a camuflagem seria banir o máximo possível de equipamento na cor preta, como coturnos e arreios.

No mais, esse uniforme além de ser isolante, ajudando durante o dia, é um belo de um aquecedor a noite, onde é comum a temperatura cair fácil a menos de 20º, quem acampou na região sabe rsrsrs sem falar que é um dos céus noturnos mais bonitos do Brasil.

Sds.
foste fantástico.

Sobre o uniforme de couro, ele é uma tradição na região que remonta o cangaço

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Aos Editores,

por favor, apaguem as 3 últimas linhas do meu post, elas saíram duplicadas com o início.

Obrigado.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Rafael, a questão da barba nas FA começou na primeira guerra mundial, por conta o uso da máscara. depois padronizou-se pela questão da higiene e imagem, fora que estar barbudo em combate baixa a moral. Hoje nas FA é possível ter bigode salvo se for um EV.

Quanto ao capacete, nas instruções de formação básica do combatente há a de preparação para o combate noturno e a troca do capacete pelo gorro é norma justamente por conta da redução da audição e dos sons produzidos quando a cobertura raspa em galhos e ramadas.

A questão da camuflagem, poderia ser feito um uniforme reversível como eram os primeiros uniformes camuflados alemães, um com tons marrons e areia e outro mais verde.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
10 anos atrás

Obrigado, Oganza e Colombelli, por mais estes esclarecimentos.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

A propósito, notei uma grave omissão no equipamento dos combatentes de caatinga, fundamental em vista da presença de espinhos e galhos secos no ambiente: um óculos de proteção.

Joker
10 anos atrás

Colombeli perfeitas colocacoes,sobre o Oculos senao me engano realmente nao ha o mesmo como padrao. Sobre o calibre, o 762 e o mais indicado por causa da vegetacao e pela doutrina de emboscada e uso de snipers. O uso de camuflagem escura proximo aos olhos tende atenuar o incomodo dos raios solares.

ja fui a algumas pega de bois( reuniao de sertanejos para encontrar, lacar e conduzir o gado mais dificil em formato de competicao) ja teve gente com olho vazado, pescoco furado, alem de do rosto do cortado pelos espinhos. Ate hoje tenho cicatrizes de umas temporadas que passei de ferias.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Joker

Sobre o calibre, em sendo os campos de tiro mais curtos em regra e havendo mais emboscadas, em cuja execução o fogo automático é de suma importância, o calibre mais indicado seria o 5.56mm.

O 5.56 tem um controle em fogo automático muito melhor, permitindo também levar pelo menos 2,5 vezes mais munição. A eventual maior probabilidade de desvio do projétil na vegetação é compensada pelo volume de fogo, que no caso de emboscadas é um fogo de saturação de área praticamente.

O fogo de apoio, ai sim, seria fornecido pela MAG e snipers em 7,62mm.

Quanto ao óculos, deixa-me surpreso que pessoas la da região, que são instrutores, não tenham visto da sua imperativa adoção, coisa que é axiomática.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
10 anos atrás

Caro Colombelli

Ex Militar ? Que conversa é essa Amigo.

“Quem foi Rei nunca perde a Majestade”.

Uma vez Militar, sempre Militar.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
10 anos atrás

Caro Colombelli

ótimos comentários.

Aos demais colegas que postaram informações meus cumprimentos.

Quanto a questão do couro, o Oganza trouxe muito boas informações, ressaltando que ele tem essa função térmica dupla.

Saudações a todos.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
10 anos atrás