Conversações sobre Síria
Gilles Lapouge – O Estado de S.Paulo
Teve início na Suíça a conferência sobre a Síria denominada Genebra 2. O temor é que ela se encerre no momento da sua inauguração. Essa é a situação grotesca a que foi conduzida a diplomacia mundial no caso da Síria.
Todas as “fadas” dessa diplomacia estavam inclinadas sobre o berço da conferência: em primeiro lugar os dois “padrinhos”, Estados Unidos e Rússia, que imaginaram este encontro no ano passado, muito inquietos ao ver que a fogueira síria estava em vias de provocar uma guerra civil mundial entre os dois ramos do Islã, os sunitas, apoiados pela Arábia Saudita, e os xiitas (pelo Irã), para a felicidade dos sunitas jihadistas que formigam na Síria.
Mas uma outra “fada” também se inclinou sobre o mesmo berço da conferência de Genebra, a ONU. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que preside a conferência. E que levou seu papel a sério. Tão a sério que na segunda-feira quase fez fracassar a conferência antes mesmo de ela se iniciar.
E o que ele fez para conseguir tal resultado? Muito simples: anunciou que o Irã, líder do clã xiita e aliado indefectível de Bashar Assad, tinha sido convidado para o encontro. Declaração que provocou grande consternação em Genebra. O que ocorreu com ele? Por que a iniciativa de Ban foi tão incongruente, perigosa e condenada ao ridículo?
Simplesmente porque o objetivo das grandes potências, como fora decidido em junho 2012, primeiro encontro de Genebra, era exatamente isolar Assad. Ora, como o Irã é o intransigente aliado de Assad (e inimigo da Arábia Saudita sunita que apoia os rebeldes sírios, incluindo os jihadistas), a presença do Irã na conferência era algo absurdo ou suicida.
A iniciativa barroca do secretário-geral da ONU deixou todo mundo possesso. Primeira consequência: a Coalizão Nacional Síria, principal entidade de oposição a Assad, imediatamente ameaçou não participar das discussões. Segunda consequência: a iniciativa de Ban fez com que nos refinados círculos da diplomacia se ouvissem até algumas expressões não apropriadas. Um diplomata francês, que de repente esqueceu todo o refinamento linguístico de quatro, cinco séculos, exclamou em voz alta: “Ban Ki-moon fez uma besteira!” E então todos tentaram consertar a mancada.
O secretário-geral acabou cedendo: na segunda-feira, retirou o convite feito ao Irã. Vale observar de passagem que os americanos, apesar de também terem criticado Ban, são uns grandes hipócritas. Ao que parece, o secretário-geral só tomou a iniciativa depois de consultar Washington e receber o “sinal verde” dos americanos.
Apesar de tudo, podemos encontrar algumas circunstâncias atenuantes para o infeliz Ban? Sem dúvida ele se lembrou dos princípios que lhe foram ensinados quando fez seus estudos diplomáticos: numa negociação, o objetivo é colocar duas potências inimigas uma diante da outra, de modo que elas dialoguem e se aproximem. Se, por exemplo, para uma conferência são convidados somente os representantes de um mesmo campo e excluídos todos os delegados do campo contrário, ela não tem propósito.
Essa conferência está morta, mesmo aparentando estar viva. Ban ainda tem muito trabalho pela frente se quiser mostrar-se à altura da sua tarefa.
*Gilles Lapouge é correspondente em Paris.
TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
FONTE: O Estado de S. Paulo
Grande homem(…)
O Chanceler Sírio falou toda a verdade no primeiro dia de conferências.
Um dia a escumalha terrorista rebelde será destroçada e o povo sírio terá seu país de volta, não importando o que o hipócrita do Kerry tenha a dizer.
Lembrando que além de Assad estar ganhando a guerra, os rebeldes matam mais entre si do que os ” ataques desumanos” das tropas regulares sírias.
Tudo lixo da mídia podre ocidental. Tudo historinha para boi dormir. Os retardados fabricaram como sempre historinhas de ditadores malvados e acharam que todo mundo ia engolir.
Mas a Rússia e o Irâ não concordaram…
Aliás, saiu uma reportagem dizendo que os misseis sirios terra terra sipostamente usados no ataque quimico, simplesmente não teriam alcance.
Foi o Exército norte-americano quem fez a análise.
Logo, o ataque quimico foi obra dos rebeldes, para tentar comover o mundo e jogar todos contra Assad e ainda querer o ataque do Tio Sam.
E a Imprensa crente que foi o Assad. Mentira. Aliás, é óbvio : ele seria o ultimo a querer um ataque quimico.
Quantos sírios mais a Arábia Saudita, Turquia, França, Qatar e Estados Unidos vão querer que morram nesse holocausto que eles provocaram ???
Tudo lixo da mídia podre ocidental.
Caro Wagner
Ainda sim a mídia ocidental é a melhor e mais independente que temos. O problema é que não há mídia livre em outras partes do globo.