ONU usa drones pela primeira vez no Congo
As forças de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo (RDC) lançaram aeronaves não-tripuladas para monitorar a região instável na fronteira entre o país e Ruanda – trata-se da primeira vez que UAVs de vigilância são usados em operações de paz. Os drones deverão principalmente coletar dados e informações sobre a movimentação de milícias e grupos armados tanto na região de fronteira quanto no leste do Congo..
Inicialmente, foram lançados dois UAVs fabricados pela empresa italiana Seles ES, subsidiária da Finmeccanica. Estima-se que até cinco drones possam operar na MONUSCO. O comandante da missão, general Carlos Alberto Dos Santos Cruz, declarou no mês passado que, até março de 2014, haveria vigilância 24 horas sobre a área leste da RDC.
O Congo é rico em minerais, e ao longo de 20 anos vem sendo palco de um conflito que já matou milhões. Nos últimos meses, tropas da ONU prestaram apoio às forças congolesas contra os rebeldes do grupo para-militar M23. Especialistas das Nações Unidas afirmam que os rebeldes receberam apoio e suprimentos de Ruanda. O governo em ruandense, por sua vez, nega as alegações, mas apoiou com relutância o emprego dos drones na fronteira..
Representantes da ONU e o governo congolês dizem que o próximo alvo da opeação de paz são as Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR), compostas por rebeldes de etnia Hutu, alguns dos quais são acusados de tomar parte do genocídio dos Tutsis no país, em 1994.
O governo da Costa do Marfim também manifestou interesse em ter os UAVs monitorando suas fronteiras. Comandantes de outras missões de paz, como a do Sudão, também se mostraram favoráveis ao envio dos drones.
FONTE: Army Recognition (tradução e adaptação do Forças Terretsres a partir de original em inglês)
O gen. Carlos Alberto deve ter ativamente participado do planejamento desta ação. Como defensor do uso dos VANTs.
Vale lembrar que no Haiti ele solicitou o uso experimental de VANT tático (quando sequer ainda em uso no EB) para o planejamento do assalto de Cité Soleil e que foi fundamental para o sucesso da ação de retomada do bastião criminoso no Haiti. Ação cujo sucesso levou a ONU a requere-lo hoje para comandar a Monusco.