Uma carreira de devoção ao Estado, diz ministro Amorim aos cadetes formados pela Aman
A carreira militar escolhida por 406 cadetes que hoje concluíram oficialmente o curso da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) representa a devoção ao Estado. A avaliação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao participar da cerimônia de formatura dos aspirantes na sede de uma das mais importantes academias das Forças Armadas, situada em Resende, na região sul do Estado do Rio.
Para o ministro, os novos formandos terão pelo caminho enormes desafios num momento em que o Brasil ganha destaque no cenário internacional. Segundo Amorim, entre outros fatores, eles terão a tarefa de se fazer presente, por exemplo, na faixa de fronteira brasileira com os vizinhos sul-americanos, ou até mesmo em missões de paz sob a liderança das Organizações das Nações Unidas (ONU), como ocorre atualmente no Haiti e no Líbano.
A presidenta Dilma Rousseff também enviou mensagem lida durante a formatura na qual exalta a importância dos aspirantes. Segundo a presidenta, a partir de agora os cadetes terão a responsabilidade aumentada, devendo ser competentes e participativos na proteção do Brasil.
Formatura na Aman
A cerimônia na Aman marcou a formatura de 406 cadetes, sendo 10 de nações amigas (cinco de Moçambique, um da Bolívia, um de Cabo Verde, um de El Salvador, um do Peru e um de São Tomé e Príncipe), da turma general Carlos de Meira Mattos. O ponto marcante do evento se deu com a saída dos cadetes pelo portão central que, simbolicamente, após quatro anos de estudos intensos, representa que estão preparados para desempenharem suas funções no Exército.
O evento teve início com a chegada do ministro Amorim à sede da Aman, sendo recebido com honras militares. Após a homenagem, Amorim e o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, se deslocaram ao prédio do comando da academia. Minutos depois, já no palanque principal, começou o ato com a entrada dos cadetes ao pátio “Tenente Moura”. Coube ao aluno Guilherme Sauthier Monteiro transportar a espada de Caxias – Patrono do Exército Brasileiro – até a proximidade das autoridades civis e militares.
Em seguida, cadetes conduziram as bandeiras do Brasil e os pavilhões representativos da Força Terrestre. Depois se deu a entrega de espadas aos novos aspirantes. Coube ao ministro Amorim conferir a arma ao cadete Guilherme Pereira Calixto, primeiro colocado entre os formandos de 2013.
Agulhas Negras
Único estabelecimento de ensino que forma oficiais combatentes de carreira do Exército, a Aman tem na grade curricular disciplinas ligadas às ciências humanas, aplicadas, sociais e bélicas. Ao término do curso, o aluno é declarado aspirante a oficial e recebe o grau de bacharel em Ciências Militares.
Durante quatro anos, os cadetes participam de diversas atividades como, por exemplo, treinamento físico militar, instruções de tiro e fuzil, estágio de instrução especial, prática equestre, entre outros. Naturais de todas as regiões do Brasil, após formados, os aspirantes serão assim distribuídos: 87 para o Sudeste, 159 para o Sul, 26 Nordeste, 59 Norte e 65 para o Centro-Oeste.
FONTE: Ministério da Defesa
Não, não é uma devoção ao Estado, mas à Pátria!
Uma devoção ao Estado, é uma devoção àquele que está no poder, com sua ideologia e suas políticas.
E de fato os desafios serão grandes, não por destaque do Brasil no cenário internacional – coisa, aliás, questionável -, mas pela absoluta falta de meios.
Quer dizer que para o Min. da Defesa os oficiais militares servem ao Estado.
Bem, eu sempre acreditei e prefiro pensar que militares servem a Constituicao e o povo brasileiro, queira exista um Estado ou nao.
Isso parece discurso vindo de outro tipo de pais…
Sds!
Comeca-se com o Estado, amanha e o governo, e depois passa-se a server o partido.
Que moral amori tem pra falar desta assunto pertencendo a um governo que coloca o partido acima de tudo?
a carreira Militar tem como objetivo a defesa da Patria,
o Miltar deve ter como principio o Patriotismo,
Quanto a devocao ao Estado, talvez em Cuba ou na China.
FFAA armadas que servem ao Estado, só em ditaduras comunistas.
Ora pessoal. As forças armadas de um país servem ao Estado.
Talvez um cidadão queira ingressar nelas para servir à pátria, ou ao povo, mas quando lá está ele está servindo ao Estado já que as forças armadas fazem parte da estrutura do Estado, que só existe e é legitimado por uma constituição.
Se o Estado ruir e for substituído por outro, a corporação militar irá ruir junto e uma nova irá se formar, não necessariamente com os membros da antiga.
Não sejamos preciosistas. rsrssss
Isso é assim também nos States.
Na verdade nosso caro ministro quis ser elegante e elogiar a instituição já que no seu conceito o Estado existe para servir ao povo.
Mas que ninguém esqueça: há sempre os milicos melancias, verdes por fora, mas vermelhos por dentro. Para esses, mando a seguinte noticia: Kill Jong Un, jovem ditador da Coréia do Norte, destituiu seu tio, um General de Exército e mandou fuzilar vários colaboradores diretos.
“Segundo a presidenta, a partir de agora os cadetes terão a responsabilidade aumentada, devendo ser competentes e participativos na proteção do Brasil.”
Ai, ai, ai…
Uma ordem direta da Governanta: sejam a partir de agora competentes. Acho que Governanta já se acha dirigindo algum país comunista -sabe-se lá se já não somos -, onde as ordens são dadas e tem de ser cumpridas, por mais estúpidas e esdrúxulas que sejam
apos a formação o “aspira” escolhe qual “unidade” quer servir ou eles ja saem destacados ?? eles tem a opção de escolherem o destacamento ??
DA AMAN saen só combatentes ou tropa administrativa tb (Inteligencia, logistica, transportes, …)??
Bosco,
Grande amigo do blog, a quanto tempo nao nos falavamos!
Queria apenas salientar que nessa eu infelizmente discordo de voce.
Ate mesmo aqui nos EUA, os militares nao servem o Estado (the State), nos juramos defender a Constituicao – algo bem diferente do Estado.
No Brasil – uma Republica, ou seja um pais supostamente de leis, a funcao das FAs tambem e defender a Constituicao do pais. E nesse documento que a vontade e o direito dos cidadaos e legitimizado. No papel o Estado ate esta suposto representar o povo por meio do governo, mas sabemos que nem sempre o Estado age em prol da sociedade.
Em outras palavras, se o Estado age em prol de si mesmo ou daqueles que estao no poder, cabe aos militares defende-los? Ou nao seria melhor se as FAs tivessem como funcao a defesa das leis da sociedade, da constituicao da Republica e por definicao os direitos de seus cidadaos?
Esta ai a grande diferenca.
Semper Fidelis!
Marine
Boas colocações.
Em continência ao terreno – Apresentar Arma!
Já se vão algumas décadas, mas lembro que era este o comando.
Continência, um sinal de respeito;
Ao terreno, nossa terra, nossa pátria, nosso país.
Os norte americanos fazem continência à constituição, consequência de sua história, um país formado pela união de 13 colônias (originalmente) através de um documento legal (alguns vão chamar de contrato).
No preâmbulo da constituição deles tem um texto assim:
“Nós, o Povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a Justiça, assegurar a tranqüilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.”
Mas a formação brasileira foi diferente, sempre foi uno, mas nem sempre república ou federação, muito menos um acordo (contrato) entre as partes, mas uma decisão central que as partes se agregavam.
O que sempre uniu os brasileiros foi o Brasil, o sentimento que este solo, mãe gentil, é nosso lar, nossa pátria amada, Brasil.
Tenho certeza que outros amigos podem explicar melhor, mas o que guardo no coração, mais do que na memória, é esta continência.
Cordiais saudações,
Ivan, o antigo.
Em meio a um monte de enrolação, o Amorim só fala bobagens.
Tenho quase certeza de que ele foi o inspirador do “gerador de lero lero”.
Ivan,
Mas e por ai mesmo! Quer sejamos jurados a defender a constituicao ou a “Patria” (Eu so acho mais dificil de definir o que e patria – cada um pode ter uma definicao diferente), e completamente diferente de se jurar defender o Estado. Um e defender um conjunto de leis que protejem os cidadaos de uma nacao, o outro e defender um conceito, um conjunto do povo mais o pais. Ambos sao bem diferentes de se jurar defender o governo de um pais.
SF!
Marine,
Mas no caso do Estado Brasileiro, embora ele seja a própria estrutura que governa e administra o país, ele não é o governo do país, que atua de forma temporária.
O governo da Dilma não é o Estado. O Estado Brasileiro vai além do governo atual e é baseado e legitimado pela vontade popular representada pela Constituição Brasileira.
Para o Brasil, que tem uma constituição promulgada, elaborada de forma democrática, que legitima o Estado Brasileiro, não faz diferença se você jurar defender a Constituição ou o Estado.
Penso que no caso americano se dê o mesmo. O Estado Americano (the State) foi erguido e legitimado pela Constituição Americana e à priori, ele tem por objetivo defendê-la, assim como os militares americanos.
Claro que tanto aqui como aí, pode haver um “golpe” ou pode haver pequenas ações isoladas que na somatória iriam fazer ruir a legitimidade do Estado legítimo, porque iria ferir a Constituição em vigor, eminentemente democrática.
Aí sim, caberia a rebelião não só das forças militares, mas de toda a população, que em última análise é quem é o titular do poder numa democracia.
Se isso está acontecendo aqui não tenho dados para julgar. Até então, o povo brasileiro não atinou para qualquer tentativa de pôr a Constituição de 88 abaixo, e portanto, nossos militares podem sim ser fieis ao Estado.
Na teoria, por estas bandas é assim.
Claro que por vivermos sob a égide da lei e não da justiça e sermos governados por homens de má fé, há formas legais e aparentemente democráticas de cada vez mais nos afastarmos do espírito da Constituição Cidadã de 88, mas aí o buraco é mais embaixo e levaríamos horas debatendo o assunto Brasil.
Mas entendo perfeitamente sua crítica e seu ponto de vista.
Um abraço meu amigo.
Mudando de pato pra ganso, para a evolução da civilização humana foi importante ao homem primitivo começar a se socializar e para que isso ocorresse ele teria que começar a formar conceitos abstratos e a tê-los como mais importantes que as coisas reais do dia a dia.
Daí, o homem primitivo cada vez mais foi se aglomerando e formando bandos, aldeias, vilas, cidades, países, religiões, torcida organizada de time de futebol, escola de samba, partido político, etc, etc, etc.
Isso deu lugar ao conceito de pátria, de estado, de país, etc.
O que era um comportamento primitivo que favoreceu à evolução virou um comportamento completamente antinatural na forma de sentimentos como o patriotismo, a fidelidade ao Corinthians ou a fé inabalável numa dada crença sobrenatural.
Tal sentimento antinatural consegue ser mais forte que nossos naturais sentimentos de aversão à morte e a sobrevivência.
A evolução, e mais, a civilização, agradecem. Pelo menos funcionou até agora.
Vamos ver até quanto a Terra aquenta tanta evolução.
“Como deve proceder o brasileiro que vive no exterior, não tem a intenção de retornar ao Brasil a curto prazo e está perto de completar 18 anos de idade?
Deve procurar a embaixada ou consulado brasileiro mais próximo para alistar-se, quando serão prestadas todas as informações necessárias para que o cidadão permaneça em dia com suas obrigações militares. Após completar trinta anos, poderá requerer o Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI).” Site do Itamaraty