Forças Armadas russas recebem segunda brigada de mísseis Iskander-M
As Forças Armadas russas receberam a segunda brigada de sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que será estacionada na região de Krasnodar, no sul do país. A primeira brigada entregue às Forças Armadas no último verão foi instalada em Birobidjan, no Extremo Oriente. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, sabe-se que o programa federal de armamentos até 2020 prevê a criação de 10 brigadas de sistemas Iskander-M. A cada ano, duas brigadas destes sistemas, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.
Os Comandos Militares do Centro e do Oeste contam com batalhões especiais de Iskander-M, mas as brigadas completas só estão, por enquanto, em serviço nos Comandos Militares do Sul e do Leste.
Além da Rússia, nenhum país possui o Iskander-M. Concebido para ser entregue a um país do Oriente Médio, possivelmente à Síria, seu apelido ignifica Alexandre Magno em árabe. O sistema, no entanto, não chegou a ser entregue a seu destinatário devido à retomada das relações diplomáticas entre a Rússia e Israel no início dos anos 1990 e ao pedido do governo israelense para não entregá-lo ao Oriente Médio.
Mesmo assim, a existe a versão de exportação do míssil, o Iskander-E, com alcance máximo de 300 km, conforme normas fixadas por acordos internacionais determinando esse como o alcance máximo para mísseis destinados à exportação. Além dos modelos M e E, ainda existe o Iskander-K.
O Iskander-M leva mísseis balísticos com um alcance máximo de 500 km, segundo os termos do Tratado INF (Tratado de Eliminação dos Mísseis de Médio e Curto Alcance entre a Rússia e os EUA). Já o Iskander-K conta com dois mísseis de cruzeiro supersônicos, que são extremamente difíceis de detectar por sistemas de defesa antiaérea e antimíssil.
Porém, um dos aspectos interessantes dos mísseis Iskander é que eles voam em uma trajetória irregular mais difícil de prever. A trajetória inicial é a de míssil balístico, depois como míssil de cruzeiro e, em seguida, retoma a trajetória balística para se aproximar do alvo a uma velocidade supersônica. Os mísseis dos sistemas Iskander podem ser equipados com ogivas explosivas, de fragmentação e nucleares.
Um aspecto a ser assinalado é que as brigadas de sistemas Iskander não possuem equipamento de reconhecimento. Sua função é cumprir missões de combate fixadas pelo comando de um exército ou de um Comando Militar de área. Portanto, recebem as coordenadas de alvos dos comandantes superiores, que, por sua vez, recebem informações de satélites, aviões de reconhecimento aéreo, aeronaves não tripuladas e outras fontes. Nesse nível, é elaborado um termo de informação e compatibilidade tecnológica único, que inclui uma nomenclatura, formato e o algoritmo uniformes de recepção e transmissão de informações para os sistemas de combate de todos os ramos das Forças Armadas do país.
Segundo o comandante das tropas de mísseis e de artilharia do Exército, general Mikhail Matvéevski, suas unidades utilizam não só os meios de reconhecimento tradicionais, mas também aeronaves não tripuladas, que permitem identificar alvos inimigos em tempo real.
FONTE: Gazeta Russa (Adaptação do Forças Terrestres)
E assim a Rússia segue se recuperando…
O Iskander é um míssil semi-balístico e na fase em que ele está voando a 50 km de altitude chega a velocidade hipersônica de Mach 6/7.
Tem no ATACMS seu equivalente americano, que devido a ter que ser compatível com o lançador do MLRS tem performance bem menos ambiciosa.
Excelente arma russa, tanto do ponto de vista tático quanto estratégico.
Neste e no S-300 o “Chapolado Colorim” acertou !
Aposto que não é “freeboy” !!!
Sds.