O toque de Midas brasileiro
Rodrigo M. Pereira
Glover Teixeira, estrela em ascensão no mundo das artes marciais mistas (MMA), foi embora do Brasil para treinar nos Estados Unidos. Quando perguntado por uma repórter sobre o porquê da mudança, ele disse que precisava de um pneu de trator, para treinar, que custa R$ 2 mil no Brasil. Nos Estados Unidos, o mesmo pneu custa cento e poucos dólares, e rapidamente estava à disposição dele para treinos.
Todo mundo sabe que tudo custa muito caro no Brasil, muito mais caro que no resto do mundo. Mas o que a história do Glover deixa claro é o custo social de se viver num país com essa condição. Imagine a quantidade de atletas que param de treinar ou não tornam competitivos porque os equipamentos são caros demais; a de meninos que não viram grandes pianistas, porque piano no Brasil custa três vezes o preço cobrado no resto do mundo; a de Airton Sennas que não passam de promessas, porque, no Brasil, um kart e seus custos de manutenção são 2,5 vezes maiores, e por aí vai.
Mas esse custo social invisível não se restringe a isso, há também um efeito toque de Midas muito ruim para a produtividade do país: quando alguém consegue fazer um produto entrar nas fronteiras do país, ele, instantaneamente, tem o valor de mercado duplicado ou triplicado. O contrabando torna-se extremamente lucrativo, e uma larga parcela da população deixa de usar seu potencial criativo e produtivo na produção de bens e serviços para tentar achar brechas no curral imposto pela Receita Federal, e lucrar com o efeito toque de Midas. Quem conhece a Feira dos Importados em Brasília sabe do que eu estou falando.
O fato é que não é por acaso que tudo no Brasil custa muito caro. Há toda uma arquitetura econômica deliberadamente construída que é responsável por isso. Do sistema tributário ao tamanho do setor público, da falta de concorrência em muitos setores à herança de uma mentalidade pró-substituição de importações (em que importar é intrinsecamente errado, e quem insistir no erro deve ser punido), tudo contribui para que o Brasil seja um país muito caro.
O Brasil tem quase que por tradição um imenso setor público, e uma pretensão de ter um Estado de bem-estar social à la países nórdicos, com saúde pública e educação universais, larga rede de proteção social etc. Tudo isso custa caro e tem que ser pago com impostos.
Com uma razão arrecadação/PNB se aproximando dos 40%, o Brasil fica bem acima de países como Chile (18,4%), México (17,4%) e Estados Unidos (24,1%) e bem próximo das vedetes mundiais de proteção social, como Noruega (42,9%) e Suécia (46,7%).
Mas, diferentemente desses países, que concentram a tributação em impostos diretos, sobretudo no Imposto de Renda, nosso sistema tributário ainda é típico de país terceiro-mundista, com altíssimo percentual de impostos indiretos no total da arrecadação. No Brasil, 48,4% do total arrecadado vem na forma de impostos indiretos, contra 27,5% na Noruega.
Mas se os impostos indiretos, como o IPI ou o ICMS, são exatamente aqueles que fazem os bens ficarem mais caros, e se há um enorme custo social no convívio com preços tão altos, por que, então, o Brasil não faz como o mundo desenvolvido e tributa mais a renda e menos os bens? Porque tributar os consumo de bens é muito mais fácil do que tributar a renda.
No Brasil, quase a metade do mercado de trabalho é informal. Uma maior tributação sobre a renda seguramente levaria a uma informalidade ainda maior. Mas, além disso, boa parte da metade que é formal não paga um único centavo de Imposto de Renda, porque cai na faixa de isenção, que vai de zero a aproximadamente R$ 1.600 mensais. Como esse é também o valor de nossa renda per capita, o indivíduo mediano simplesmente não paga IR no Brasil.
De um grupo selecionado de 100 países com alguma estrutura tributária civilizada, 45 não têm faixa de isenção alguma do Imposto de Renda. Dos 55 que têm isenção, o Brasil é um dos mais generosos, com uma razão limite de isenção do IR/renda per capita de 100%. Para efeito de comparação, na Noruega essa razão fica em torno de 6%; ou seja, quem ganha 6% da renda per capita já começa a pagar Imposto de Renda.
Então, como é possível sustentar um governo que gasta quase 40% do PNB, com uma arrecadação de tributos diretos insuficiente? Basta enfiar impostos indiretos nos bens que a população compra. Mas que fique tudo nebuloso, porque se ela souber o quanto paga de impostos quando vai às compras, seria capaz de sair às ruas revoltada em passeatas de protesto.
Enquanto isso, o efeito toque de Midas corre solto. Um borracheiro estava me dizendo que quem tem carros grandes, como picapes Hilux, S10 etc., tem ido até o Paraguai na hora de trocar os pneus. Um jogo custa R$ 4 mil no Brasil, contra R$ 1,7 mil no Paraguai. “Mas tem que cortar os cabelinhos do pneu, doutor, senão a Receita descobre que o pneu é novo e aí já era.”
FONTE: Correio Braziliense – 16/11/2013
Nada que já não conste do manual neo-liberal. Até aí sem novidades.
Só me explica uma coisa, se a culpa dos preços altos no Brasil é dos impostos exagerados, porquê é que quando o governo resolve abater impostos de qualquer tipo a redução NUNCA chega ao consumidor? As margens de lucro praticadas pelas empresas no Brasil não tem paralelo em nenhum lugar do mundo. Isso o economista convenientemente esqueceu de mencionar.
Mayuan, te dou uma dica: tente abrir e manter uma empresa no Brasil. Depois você volta aqui e conta pra gente sua experiência. Garanto que sua opinião vai mudar radicalmente.
Mayuan, o texto diz que parte dos altos custos vem justamente do monopólio de algumas empresas porque o governo impede a concorrência destas com produtos importados.
Quer um exemplo? O E.B proíbe a importação de munição caso um produto similar seja fabricado no país, como resultado a CBC fica com o monopólio da munição tipo .40 S&W e por isso cobra 4x mais do que em outros países.
Entretanto empresas que não tem tanta sorte como a CBC acabam enfrentando o famigerado custo Brasil com seus absurdos encargos trabalhistas somada a alta burocracia, a falta de mão de obra qualificada, a baixa produtividade, etc…Por isso (dependendo do produto) a alíquota já é baixa, e é mais um imposto entre tantos, e por isso quando esta é reduzida acaba tendo parcos efeitos justamente pelo peso dos demais encargos, servindo mais como alarde para incentivar o consumo e passar a falsa sensação de ganho ao consumidor.
Dizer que as margens de lucro das empresas brasileiras são altamente elevadas é um erro ( com as devidas exceções), pois basta ver o nível de investimento e inovação das mesmas que são baixíssimos, justamente por não sobrar o dinheiro que é sugado pelo governo.
O Brasil, ao contrário do que muita gente pensa, nunca foi capitalista. Vivemos em um país onde, vamos dizer assim, tudo é feito pelo “social”!
Vou dar um exemplo com minha atual área de atuação profissional, a das energias renováveis.
Recentemente realizei um estudo sobre a viabilidade economica da energia fotovoltaica no Brasil.
46% do investimento é feito em paineis solares. Existe apenas uma fábrica que os fabrica no Brasil e com tecnologia totalmente obsoleta.
Mesmo assim, a diferença de preço entre o investimento feito no Brasil ou na China, maior produtora mundial de equipamentos de geração de energias renováveis, é de 65%, ou seja, no comprar la fora mesmo pagando TODAS as taxas de importação, frete, impostos sobre frete, impostos sobre impostos, impostos calculados por dentro….. ainda é 65% mais barato importar que comprar daqui.
Porém, ainda falando sobre preço, em qualquer país sério no mundo, o mesmo investimento é 36% mais barato, pois, como parte INTEGRAL da estratégia energética dos países, esse tipo de equipamento normalmente é isento da maioria dos impostos, ou pelo menos é tributado de uma forma justa.
A estratégia energética do Brasil incentiva os mega hiper gigantes centros de geração hidréletrica, situados a distancias continentais dos principais centros de consumo. Isso significa que 20% de toda a eletricidade gerada no Brasil é perdida durante a fase de transmissão. Quem paga isso são voces que moram no Brasil, pois o custo das perdas é cobrado na conta de luz e ainda por cima recebe tributação, como ICMS, PIS/PASEP, COFINS….
Se pensarmos ainda na estratégia energética nacional, se as energias renovaveis, sobretodo a geração fotovoltaica distribuida fosse um investimento rentavel, e cada empreendimento das grandes cidades pudessem pagar para ter nos seus telhados pelo alguns kWp de paineis solares, o preço da energia eletrica no Brasil, a mais cara do mundo, seria pelo menos 10% mais barata A UM CUSTO 0 sobre o o governo, sendo 100% inicitiava privada.
Mas, no Brasil é mais vantajoso construir um empreendimento multibilhonaria no meio da Amazonia, longe tudo e todos e mais importante, longe de todos os olhares e fiscalizações.
Esse Mayuan é daquele tipo de petista que mora fora, tipo esquerda de luxo, Upper East NYC.
Lembro quando eu morava na Espanha e por acaso esbarrei num grupinho de garotas, do Maranhão, que moravam por lá e não faziam nada, não trabalhavam, não estudavam, só noitada. Depois descobri o sobrenome. Sarney.
Aí fica fácil!
Boa noite a todos,
Rafael, não disse que o problema dos preços altos no Brasil não advém dos impostos altos. O que questiono, e desculpe se meus questionamentos incomodam alguns, é que esse é UM dos problemas mas não o único uma vez que as margens de lucro aqui também tem papel importante. Uma das demonstrações disso é que, nas raras vezes em que o governo corta aliquotas, os preços se mantém pois muitos empresários aproveitam pra recompor suas margens ao invés de abaixar preços ao consumidor. Não sou eu quem diz, já assisti entrevistas em que os próprios empresários declaravam isso.
Importante frisar que essa teoria não é minha pois não sou economista. Decorre de minha observação do mercado e de artigos publicados por economistas em como a Exame, a Época e outras.
Concordo com esse exemplo que você passou mas apenas em parte. Acho que é errado que a importação seja proibida nesse caso. No meu entender o correto seria que permitissem a importação mas que o governo, em suas compras, privilegiasse a indústria nacional a exemplo do que é feito nos EUA. Quer vender material de defesa para o governo? Se instale no país ou pelo menos se associe a uma empresa que já existe no país. Ganha-se em preços mas também em competitividade e empregos.
Faço coro com você nas reclamações sobre o custo Brasil e à burocracia mas não no que diz respeito aos encargos trabalhistas, à qualificação da mão de obra e à produtividade. Os direitos trabalhistas são diariamente desrespeitado. Vá a qualquer forum e constate isso pessoalmente. Já aconteceu comigo mais de uma vez fui obrigado a ingressar com ações na justiça pra fazê-los valer. Fico imaginando o que seria se esses não existissem. Isso leva ao ponto da produtividade também. Trabalhei numa grande empresa em que atendíamos 300 pessoas em média por dia. Houve uma pressão pelo aumento da produtividade e com uma modesta melhoria de equipamentos e de pessoal, somada a uma considerável melhoria de processos e sistemas, passamos a atender 1800 pessoas em média, no mesmo horário comercial e superando outras filiais da mesma empresa.
Quem quer de fato, pesquisa, investe e aumenta a produtividade. De resto, de que níveis produtivos estamos falando, da China? Particularmente não é num país em que os trabalhadores são explorados dessa forma que prefiro viver. Muito menos como empresário uma vez que minha consciência não permitiria.
Galante,
Tenho o maior respeito e admiração pelo trabalho que você realiza mas, deixa eu te dar uma dica também, você não é o único empresário no país, nesse ou qualquer outro, que enfrenta dificuldades para vencer. Ainda assim, com o bom trabalho que você vem demonstrando, seu sucesso será maior a cada dia. Pelo menos é o que te desejo. Só não assuma pressupostos sem informações para corroborá-los. Quem aqui pode garantir que não vivo problemas análogos aos seus, exceto eu mesmo?
Blind Man´s Bluff
Compartilho de sua indignação com o pensamentos retrógrado que reina na relação governo/empresariado. De fato existe um pensamento encaixotado e enormes dificuldades para aceitar o que é novo ou diferente do que é amplamente estabelecido. Faço votos para que você também obtenha amplo sucesso pois eu mesmo, quando realizar o sonho de construir uma casa exatamente da forma que venho imaginando, quero aproveitar água da chuva para descargas e outros usos de segunda, de aquecimento solar para meus chuveiros e de geração de energia solar e eólica para abastecer minha casa. Não apenas por economia de dinheiro mas pela satisfação de fazer o que minha consciência acha mais adequado.
Sobre minha situação, não me julgue pois você não me conhece e não sabe nada sobre mim. Principalmente, não me ofenda.
Já afirmei antes aqui e repito que não sou nem quero ser vinculado à partido algum, seja PT, PSDB ou qualquer coisa entre os dois. Não acredito nos partidos que temos no Brasil, muito menos nos políticos. Principalmente não me compare à família Sarney ou qualquer outra similar. Políticos que roubam o dinheiro do povo são genocidas. Matam milhares de pessoas com o dinheiro que roubam de hospitais, creches, escolas, programas de saneamento e outros. Principalmente, matam o futuro de milhões de Brasileiros que tem a oportunidade de melhoria de vida sistematicamente negada para que eles possam acumular dinheiro que nunca chegarão a usar e que não fizeram por merecer. Consequentemente matam o futuro do país. Deveriam ser condenados a penas de prisão perpétua com trabalhos forçados e, principalmente, ter seus bens confiscados e devolvidos à União. Essas patricinhas que você conheceu não são melhores que ele pois usufruem do dinheiro da mesma forma. Dinheiro esse que também não fizeram por merecer mas que não querem nem saber de onde veio.
Não sei vocês mas já entrei em mais de uma favela e conheci bem mais que uma pessoa pobre. Com certeza não acredito que essas pessoas devam ser sustentadas indefinidamente pelo Estado mas acredito sim que devam existir programas que garantam a todos os direitos básicos previstos na Constituição. Quem já viu a miséria de perto e como ela escraviza e mata as pessoas, nossos compatriotas, não tem participar disso e dormir a noite. Não tem também como acreditar que o Estado não deva fazer nada por elas. Eu acredito que esse papel é ensinar a pescar e não apenas dar o peixe mas nunca que seja simplesmente mandar se virar.
Infelizmente, muitos empresários também participam dessas quadrilhas. Pior, frequentemente as financiam. Contribuem generosamente para campanhas que vão eleger o cara que vai votar pela usina que comprará o maquinário que ele fabrica, subornam o funcionário que vai emitir o laudo que precisam, exploram o pedreiro que a construirá e por aí vai. Por isso discordo dessa cantilena de que o governo é o culpado por tudo e que os empresários são todos injustiçados. De fato muitos são mas estão sendo injustiçados apenas pelo governo ou pelo outro empresário que abusa de seu poder econômico para manipular o governo de forma a se favorecer? Concordo que o governo é podre mas não sou simplista de achar que apenas o PT é podre. Todos são, por isso não participo nem defendo nenhum partido. Apóio as iniciativas que julgo corretas, independente de que partido venham.
Sei que tenho opiniões radicais algumas vezes mas, pelo que consta, esse é um espaço livre e democrático para debatermos sobre temas relevantes à defesa de nosso país. Aceito plenamente que discordem de mim, mas com o mesmo respeito que dedico a todos aqui.
Estamos no meio do FOG… não lembro quem disse isso aqui na trilogia certa vez, mas é para se pensar.
– Não existe político corrupto, o que existe é um “cidadão” corrupto que virou político.
Está em nosso DNA esse jeito de ser. É preciso uma mutação para modificar alguma coisa, e só a educação pode ser esse AGENTE VETOR.
Pode levar décadas até um século inteiro, mas graças aos céus, no mundo em que vivemos hoje, é praticamente impossível se dirigir a educação para uma única direção, por mais que se tente, uma vez abertas as porteiras do conhecimento, pode até demorar um pouco, mas depois que a “boiada” estourar, essa M… toda irá virar poeira.
E Mayuan, compreendo seu ponto de vista, apesar de concordar com alguns e discordar de outros, existe uma constante da história humana que você não levou em conta. Não importa O QUE (produto ou serviço) ou COMO (sistema político ou de governo), o VALOR de algo SEMPRE será regido pela OFERTA e PROCURA, e é assim antes mesmo de se inventar o dinheiro ou o conceito de valor monetário e assim o será pelos próximos 100 anos no mínimo.
Então, qualquer produtor de ALGUMA COISA, NUNCA irá baixar seus preços pq está pagando mais ou menos impostos, e tb nunca irá conseguir capitalizar uma ampliação de sua produtividade através dos ganhos extras pq ele não sabe se isso é um movimento SAZONAL ou PERENE, uma vez que NÃO foi O MERCADO que o provocou, foi um “governo”, e assim como ele “deu”, ele tb PODE TIRAR.
Hoje, como estamos, é muito difícil, quase impossível, acompanhar o mundo, nossas “regras” mudam semanalmente, isso mesmo, regras e procedimentos de impostos, protocolos, carimbos disso e daquilo, taxas, isenções, manuais… afff MUDAM TODA SEMANA, se tiver algum contador aqui no espaço, ele pode dar um vislumbre do que estou falando, mas basta alguém ser dono de qualquer portinha com Alvará e 2 empregados para sentir isso na pele.
Sds.
Oganza, respeito seu ponto de vista e admiro a forma de trazê-lo ao debate. Ainda assim, penso que apesar dessa lei básica da economia, penso que as desonerações, pelo menos as últimas que tivemos por aqui, geralmente tiveram o intuito declarado (pelo governo) de ajudar a baixar os preços aos consumidores. Se quando o governo, seja esse ou qualquer um, baixa impostos pra tentar baixar os preços para a população e o empresariado incorpora isso aos lucros, parece claro que o governo cada vez menos adotará medidas assim. Até porque fazer isso o faria ficar com imagem de privilegiar o empresariado às custas da população. Se o preço não abaixou, pra quê sacrificar a arrecadação? Principalmente sabendo que o governo tende a querer compensar a arrecadação perdida numa área aumentando outras.
Penso que talvez, friso o talvez, inexista aqui uma prática que é comum em outros países que é a de vender com margens enxutas pra vender muito e assim acabar lucrando mais. Nesses locais, a prática de vender pouco mas vender caro e lucrar mais costuma ser reservada a produtos de alto valor agregado ou aos que, devido à lei que você tão bem lembrou, torna mais caros os itens mais desejados como o último modelo de telefone, videogame, carro, jóias e etc. No Brasil, parece que tudo é o último modelo…
Sobre as regras tributárias, também assisti essa reportagem da Globo que mostrou como alguns escritórios de contabilidade tem equipes dedicadas à acompanhar as mudanças galopantes das regras. Nisso, concordo 200% com você que precisamos mudar, sob pena de perecer.
Obrigado Mayuan,
mas infelizmente nunca vi com bons olhos essas medidas de baixar impostos de determinados setores ou determinada classe de produtos aqui ou lá fora.
Para mim isso são medidas paliativas jogadas para algum setor da torcida e que não resolvem nada, não a longo prazo, criando um cenário de volatilidade e incertezas que permeiam as condições de investimentos doméstico e estrangeiros.
Mas vamos pegar o nosso caso doméstico:
O GF declarou que era para baixar os preços ao consumidor. Não vou entrar aki nas razões políticas de Brasilia, mas vamos a um exemplo rasteiro: A CONSTRUÇÃO CIVIL.
O governo (minúsculo) isenta de IPI determinados insumos da construção civil, sendo que estamos em uma bolha imobiliária, com a procura maior do que a oferta e ai me vem uma baixa e até isenções de itens desse setor. O construtor e as incorporadoras irão baixar seus preços? É claro que não.
Mas então porque o governo fez isso? Simples, foi uma tentativa bem vagabunda de controlar determinadas condicionantes da industria e do mercado da construção civil para assim poder oferecer mais unidades da terceira menina dos olhos desse governo – O MINHA CASA MINHA VIDA.
Não deu certo. Mas por que não? Novamente simples, o tamanho do mercado. Esse mercado é tão grande que simplesmente o tal programa não influenciou em NADA no seu movimento, na verdade temos obras hj que estão esperando material pq está em falta, simplesmente pq a capacidade produtiva não acompanha.
Mudar as coisas que importam em Puthenfia está quase no patamar do impossível. Ninguém faz obras na rede de esgoto pq vai ter que quebrar a rua e “acabar” com a vida do transeunte então ao invés de quebrar a rua, eu a ASFALTO. Na verdade, ao invés de colocar a sugeria para baixo do tapete, eu coloco UM TAPETE (asfalto) em cima da sujeira, garantindo a reeleição.
Brasil il il il il il.
Sds.
Concordo plenamente com vc Mayuan, e digo são 4 as reformas que precisam ser implementadas e ou pensamentos mudados:
1º De alguns empresários que só querem lucro fácil e tirar o coro do trabalhador
2º Reforma tributária, os impostos são altos e insustentáveis sim, devem ser baixado, unificados e melhores fiscalizados
3º Reforma trabalhista, há direitos invertidos e realmente muitos deles tornam caro o custo do trabalhador pro empresário, isso deve ser amplamente discutido
4º Mudança no hábito do consumidor, ele tem que saber que é ele que dita as regras do mercado da procura e demanda, tá caro não consuma, mude o fornecedor, o empresário não repassou o desconto no imposto… não compre e por ai vai…
Mas infelizmente toda mudança é lenta e depende de sair da inércia e enfrentar muitas barreiras…